Archive for 26 Março, 2023
Luxemburgo – Portugal (Europeu 2024 – Qualif.)
Luxemburgo – Anthony Moris, Laurent Jans, Marvin Martins (45m – Florian Bohnert), Maxime Chanot, Lars Gerson (45m – Dirk Carlson), Christopher Martins (82m – Sébastien Thill), Leandro Barreiro, Michael “Mica” Pinto, Gerson Rodrigues, Danel Sinani (45m – Mathias Olesen) e Vincent Thill (70m – Yvandro Borges Sanches)
Portugal – Rui Patrício, António Silva, Rúben Dias, Danilo Pereira, Diogo Dalot, João Palhinha (86m – Diogo Jota), Bruno Fernandes (75m – Rafael Leão), Nuno Mendes, Bernardo Silva (64m – Rúben Neves), João Félix (75m – Otávio) e Cristiano Ronaldo (64m – Gonçalo Ramos)
0-1 – Cristiano Ronaldo – 9m
0-2 – João Félix – 15m
0-3 – Bernardo Silva – 18m
0-4 – Cristiano Ronaldo – 31m
0-5 – Otávio – 77m
0-6 – Rafael Leão – 88m
Cartões amarelos – Vincent Thill (32m), Marvin Martins (37m), Christopher Martins (74m) e Leandro Barreiro (82m); Cristiano Ronaldo (57m)
Árbitro – Radu Petrescu (Roménia)
O adversário voltava a ser relativamente fraco, mas, ainda assim, de nível bem distinto do do Liechtenstein, como, aliás, deixara bem vincado, no jogo de estreia desta fase de qualificação, tendo imposto um nulo na deslocação ao terreno de um dos candidatos ao apuramento, Eslováquia.
E o jogo também nada teve a ver com o anterior, desta feita com uma exibição convincente da selecção portuguesa que, com pouco mais de um quarto decorrido, tinha já a vitória garantida.
Tendo Roberto Martínez introduzido três alterações no “onze”, com as entradas de António Silva, Diogo Dalot e Nuno Mendes (nos lugares, respectivamente, de Gonçalo Inácio, João Cancelo e Raphaël Guerreiro), e apesar de a entrada parecer ter-se processado a baixo ritmo, bastariam depois cerca de vinte minutos “diabólicos” (entre os 9 e os 31) para Portugal marcar por quatro vezes (com Cristiano Ronaldo, outra vez, a bisar – tendo João Félix e Bernardo Silva marcado… de cabeça)!
Sem dar hipóteses ao adversário, com uma pressão intensa, a equipa nacional assenhoreava-se da bola, e, sabendo perfeitamente o que fazer dela, dominou o jogo a seu bel-prazer.
Na segunda metade, conjugando-se já alguma tendência para a gestão do tempo, em função do resultado, com as alterações introduzidas na selecção luxemburguesa, a procurar “robustecer” o seu sector defensivo, Portugal só voltaria a ampliar a contagem já no derradeiro quarto de hora – tendo ainda Rafael Leão desperdiçado uma grande penalidade (possibilitando a defesa ao guardião contrário) – isto, numa fase em que, entretanto, o Luxemburgo até chegara já a ameaçar a baliza portuguesa.
O desfecho da partida pode ser considerado algo penalizador para o Luxemburgo, mas faz jus ao bom futebol desbobinado pela equipa portuguesa. Dois adversários “fáceis”, mas superados com distinção, neste “pontapé de saída” da fase de qualificação para o “Europeu” de 2024.
GRUPO J Jg V E D G Pt 1º Portugal 2 2 - - 10 - 0 6 2º Eslováquia 2 1 1 - 2 - 0 4 3º Islândia 2 1 - 1 7 - 3 3 4º Bósnia-Herzegovina 2 1 - 1 3 - 2 3 5º Luxemburgo 2 - 1 1 0 - 6 1 6º Liechtenstein 2 - - 2 0 -11 -
2ª jornada
26.03.2023 – Liechtenstein – Islândia – 0-7
26.03.2023 – Eslováquia – Bósnia-Herzegovina – 2-0
26.03.2023 – Luxemburgo – Portugal – 0-6
O Pulsar do Campeonato – 24ª Jornada
(“O Templário”, 23.03.2023)
Após 24 jornadas, com 80% da prova já decorrida, é quase como se o campeonato fosse (re)começar agora; na mais competitiva edição dos últimos quinze anos (pelo menos), o título de Campeão subsiste ainda, apenas a seis rondas do final, em disputa por três clubes, separados, entre cada um deles – numa situação verdadeiramente inaudita –, por um único ponto: 1.º U. Tomar, 55; 2.º Fazendense, 54; 3.º Amiense, 53 pontos.
Os tomarenses continuam a depender de si próprios: “bastará” obter cinco vitórias e um empate nos seis desafios restantes, para o União se sagrar Campeão. Mas também o Fazendense voltou a ter o “destino nas suas mãos”, podendo arrebatar o título caso triunfe nos seis derradeiros encontros. Na sequência do desaire sofrido nos Amiais de Baixo, os nabantinos ficaram sem “margem de erro”, virtualmente “proibidos” de perder nas Fazendas de Almeirim, num embate – que, a par do Fazendense-Amiense – poderá ser decisivo para as contas finais da competição.
Destaques – No jogo grande do passado Domingo o U. Tomar voltou a soçobrar perante um rival directo, batido por uma equipa do Amiense, muito pragmática, e com notável grau de eficácia ofensiva (praticamente, marcou nas duas ocasiões de que dispôs), ao mesmo tempo que ampliou para seis jogos consecutivos a inviolabilidade das suas redes.
Os unionistas até tiveram promissora entrada em campo, mas cedo se veriam em desvantagem, logo ao 10.º minuto. Os tomarenses poderiam ter reposto a igualdade apenas cinco minutos volvidos, mas um defesa contrário conseguiu salvar o lance, detendo a bola em cima do risco de baliza. E, já no sétimo minuto de compensação do primeiro tempo – dado o facto de o desafio ter estado interrompido durante vários minutos, devido a desordem nas bancadas –, aproveitando uma falha defensiva contrária, o Amiense, com alguma felicidade, ampliaria para 2-0.
O União via repetir-se o cenário da partida ante o Alcanenense, outra vez a necessitar de recuperar de uma desvantagem de dois golos. Todavia, na segunda metade, o Amiense, muito organizado e compacto, privilegiando a gestão do marcador, não permitiria grandes veleidades, com o guardião José Vieira, em grande plano, a negar a única oportunidade soberana de marcar dos nabantinos.
Por coincidência, tal como sucedera, no ano passado, em Rio Maior, o União voltou a perder, a 19 de Março, um desafio crucial. Uma diferença relevante é que, então, ficara a seis pontos do guia, praticamente forçado a abdicar do título; desta feita, subsiste na liderança, já há 12 jornadas. Na época anterior, a partir daí, até final – mesmo só com muito ténues esperanças –, acumularia sete triunfos (seis deles sucessivos), cedendo um único empate, nas oito últimas rondas…
Após o “susto” sofrido na semana precedente, o Fazendense voltou a experimentar (expectáveis) dificuldades, na deslocação a Fátima, apenas tendo conseguido desbloquear o jogo a seu favor já próximo do derradeiro quarto de hora, marcando por duas vezes, aos 73 e aos 78 minutos, mais do que suficiente para “encostar” ao líder, reduzindo o atraso para a diferença mínima de um ponto (depois de, já por onze vezes, ter estado a dois pontos do União, no decurso desta prova).
Em destaque esteve também o Torres Novas, ganhando por 2-1 no Cartaxo, o que lhe proporcionou igualar o At. Ouriense na 8.ª posição, praticamente garantindo, desde já, ainda com muita folga, o objectivo da permanência – dispondo agora de onze pontos sobre a “linha de água”. Ao invés, os cartaxeiros voltam ao penúltimo lugar, abaixo de tal “fronteira”.
Assim como, por seu lado, o Benavente, que bateu justamente a formação de Ourém, por tão categórica quão imprevista marca de 3-0 (pese embora o 1-0 tivesse subsistido até ao minuto 90), ganhando novo ânimo na luta pela manutenção – para já, em função da classificação do Coruchense no Nacional, em posição de permanência, e, agora, somente a dois pontos do Águias.
Surpresa – Se, na semana anterior, o Abrantes e Benfica estivera em evidência pela negativa, pois, desta vez, deu uma resposta bem afirmativa, surpreendendo o Samora Correia – em notória fase de “descompressão”, somente com seis pontos somados em nove jogos na segunda volta –, ganhando, em terreno alheio, por concludente 3-0, passando, assim, a dispor de margem de quatro pontos em relação ao 14.º classificado (primeiro clube em risco de eventual despromoção).
Confirmações – O Alcanenense, pese embora afastado do título, mantém bom rendimento, firmando-se no 4.º posto, tendo goleado o tranquilo Salvaterrense (em confortável 7.º lugar) por concludente 5-1, com o guia dos marcadores, Moises Iabna, em evidência, com um “hat-trick”.
O Águias de Alpiarça confirmou a fase difícil que vem atravessando há largas semanas, somando 10.ª jornada consecutiva sem conseguir ganhar. Em partida repleta de cambiantes, o Mação alcançaria, já ao “cair do pano”, o tento da vitória, por renhido 4-3. Pela segunda semana sucessiva os alpiarcenses marcaram três tentos… o que, contudo, não foi suficiente para evitar duas derrotas.
Também o Entroncamento deixou escapar, no “último suspiro” do desafio, o que poderia ter sido uma vitória fundamental (até em termos anímicos), ante o Ferreira do Zêzere, cedendo uma igualdade a duas bolas – depois de, por duas vezes, ter estado em vantagem. Um ponto importante para os ferreirenses, agora com sete pontos de avanço face à “linha de água”, enquanto o emblema da cidade ferroviária subsiste com atraso de seis pontos em relação a tal zona delimitadora.
II Divisão Distrital – Na derradeira ronda da fase regular da prova, os três apurados a Sul (Moçarriense, Espinheirense e Forense) não deixaram os seus créditos por mãos alheias, ganhando todos eles, e em reduto alheio (Paço dos Negros, Pernes e Benfica do Ribatejo). A surpresa foi o desaire caseiro (0-2) do já conformado Marinhais (4.º classificado) ante o Rebocho.
A Norte, tendo o vencedor da série, Riachense, folgado, o Tramagal (2.º) venceu na Golegã por 2-1, enquanto o outro apurado, Vasco da Gama, tendo “desligado”, perdeu em Alferrarede, por 4-3. Em função deste imprevisto desfecho, o Caxarias (4.º) terminou apenas dois pontos abaixo.
Campeonato de Portugal – O U. Santarém cumpriu a sua missão, goleando o Mortágua por 4-1, enquanto o Coruchense deixou escapar outro “match-point” (tal como sucedera, antes, nos desafios com o Loures e em Arronches, em que cedera empates, ante adversários ao seu alcance), não tendo ido além da repartição de pontos, empatando a duas bolas na recepção ao Sertanense.
Os escalabitanos partilham agora o comando com o Pêro Pinheiro (ainda que este tenha um jogo a menos). Por seu lado, o grupo do Sorraia mantém o 8.º lugar (último que conferirá a manutenção no Nacional), agora com um ponto a mais que o Mortágua, equipa com a qual tem agendado crucial confronto, no seu terreno, para a 25.ª e penúltima jornada.
Antevisão – Os campeonatos distritais têm breve interregno, neste fim-de-semana, para disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo – de que estão já arredados os dois primeiros do campeonato, U. Tomar e Fazendense – em que sobressaem as partidas: Amiense-Cartaxo; Entroncamento AC-Alcanenense; Torres Novas-Mação; At.Ouriense-Fátima; e Abrantes e Benfica-Salvaterrense.
Também o Campeonato de Portugal estará em pausa, sendo retomado, com a sua antepenúltima ronda, a 2 de Abril, enfrentando os clubes do Distrito, nessa altura, saídas de grande importância, com U. Santarém e Coruchense a defrontar, respectivamente, 1.º Dezembro (3.º) e U. Serra (10.º).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 23 de Março de 2023)