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Liga dos Campeões – 1/8 final (2.ª mão) – Benfica – Club Brugge
Benfica – Odysseas Vlachodimos, Alexander Bah (63m – Gilberto Moraes), António Silva (89m – Lucas Veríssimo), Nicolás Otamendi (74m – Felipe Silva “Morato”), Alejandro “Álex” Grimaldo, Florentino Luís, Francisco “Chiquinho” Machado (63m – David Neres), João Mário (74m – João Neves), Rafael “Rafa” Silva, Fredrik Aursnes e Gonçalo Ramos
Club Brugge – Simon Mignolet, Clinton Mata (62m – Denis Odoi), Brandon Mechele, Abakar Sylla, Tajon Buchanan, Casper Nielsen, Hans Vanaken (74m – Mats Rits), Kamal Sowah (75m – Antonio Nusa), Bjorn Meijer, Noa Lang (45m – Raphael Onyedika) e Roman Yaremchuk (62m – Ferran Jutglà)
1-0 – Rafael “Rafa” Silva – 38m
2-0 – Gonçalo Ramos – 45m
3-0 – Gonçalo Ramos – 57m
4-0 – João Mário (pen.) – 71m
5-0 – David Neres – 77m
5-1 – Bjorn Meijer – 87m
Cartões amarelos – Nicolás Otamendi (29m); Roman Yaremchuk (17m) Noa Lang (20m), Abakar Sylla (43m) e Bjorn Meijer (48m)
Árbitro – Halil Umut Meler (Turquia)
O Benfica tinha a eliminatória “ganha”, mas era importante manter o foco: na eventualidade de o Brugge poder marcar primeiro, a “quase certeza” transformar-se-ia, de imediato, numa “grande dúvida”.
E o Benfica cedo mostrou ao que vinha: estava decorrido apenas um minuto quando João Mário, com um subtil toque de calcanhar, introduziu a bola na baliza de Mignolet; porém o golo não seria validado, devido a posição de “fora-de-jogo” no início da jogada, de Gonçalo Ramos, que fizera a assistência.
Seguir-se-iam, durante cerca de 20 minutos, várias oportunidades desaproveitadas, por Florentino, Rafa e João Mário, com o adversário sem conseguir acertar com as marcações. Até que o Brugge parecia ter começado a equilibrar a contenda, conseguindo enfim sair do seu reduto defensivo.
A equipa belga ia prolongando a inviolabilidade da sua baliza – depois de dois nulos e da goleada infligida ao FC Porto, no Estádio do Dragão, por 4-0 –, mas, já na parte final do primeiro tempo, não evitaria o golo de Rafa, numa soberba execução técnica.
O 2-0, que confirmava o sentenciar da eliminatória, chegaria ainda antes do intervalo, com Gonçalo Ramos, deambulando pela área, internando-se, até encontrar o espaço para desferir o remate certeiro, a tirar três adversários do caminho.
A segunda metade do desafio teria sido um “pro-forma”, não fosse o Benfica, numa demonstração de grande personalidade e afirmação competitiva, nunca ter abdicado de continuar a aumentar o “score”, até chegar a um robusto 5-0 (que teria sido a sua maior goleada na era “Champions”, a par do 6-1 aplicado em Israel, frente ao Maccabi Haifa).
Gonçalo Ramos, com dois golos e uma assistência (que seriam duas, caso tivesse sido validado o golo a João Mário, logo no arranque do jogo), “mostrou-se” uma vez mais à Europa, numa “noite europeia” ao mais alto nível, também numa excelente actuação do colectivo.
João Mário, marcando pelo 5.º jogo consecutivo na prova, igualou o “record” de José Águas, na época de 1960-61 (marcaria também nos dois jogos seguintes, da temporada de 1961-62), e de Zoran Filipović, em 1982-83 (este, em jogos na Taça UEFA).
Faltavam três minutos para o termo da partida quando o Brugge desenhou o seu melhor lance de toda a eliminatória, alcançando o “ponto de honra”.
Esta é a segunda temporada sucessiva que o Benfica, tendo iniciado a competição na 3.ª pré-eliminatória, atinge os 1/4 de final – um feito sem igual na história da “Liga dos Campeões” – e se, na época passada, tal causou grande surpresa (com a imprevista eliminação do Ajax), a qualificação deste ano é o reflexo natural da superioridade da equipa portuguesa, numa eliminatória ganha com um contundente “placard” final agregado de 7-1!