Archive for 24 Julho, 2022

Jonas Vingegaard vence o “Tour de France”

Numa das mais disputadas edições do “Tour” dos últimos anos, o vencedor nos dois anos precedentes viu-se destronado do lugar mais alto do pódio, pelo dinamarquês Jonas Vingegaard, a confirmar plenamente o poderio de que já dera mostras no ano passado, ocasião em que, apesar de ter começado por trabalhar em prol do seu chefe-de-fila, Primož Roglič, terminaria a prova no 2.º posto.

Este ano, não obstante Pogačar tenha chegado a vestir o “maillot jaune”, as posições inverteram-se, com Vingegaard – curiosamente, numa volta que teve o seu início em Copenhaga, na Dinamarca – a revelar-se mais forte na montanha, e, inclusivamente, no contra-relógio final, no qual apenas foi superado pelo também colega de equipa e jovem prodígio, o belga Wout van Aert (que chegou igualmente a liderar a geral, entre a 2.ª e a 5.ª etapa).

O esloveno venceu a 6.ª e a 7.ª etapas, tendo, nessa altura (até à 10.ª etapa), envergado a camisola amarela, mas nunca conseguindo ir além de 39 segundos de vantagem face a Vingegaard. Este triunfaria então na 11.ª etapa – tendo deixado, nesse dia, Pogačar distanciado quase a três minutos – e assumindo a liderança, que não mais deixaria até final (dando-se ainda ao “luxo” de chegar 51 segundos atrasado na etapa da consagração, em Paris).

No balanço geral, três vitórias em etapas para Pogačar e van Aert, tendo Vingegaard ficado bem satisfeito com os seus dois triunfos (o último, em Hautacam, numa etapa em que sofrera múltiplos ataques do rival, beneficiando também da inestimável ajuda do belga, a colocar ponto final na dúvida sobre o vencedor da prova). O dinamarquês foi também o vencedor do prémio da montanha, com Wout van Aert a ganhar a camisola verde.

Destaque ainda para o 3.º lugar de Geraint Thomas; e para Alexey Lutsenko, o único – à parte os dois primeiros – a repetir a presença no “Top 10” (depois do 7.º lugar do ano passado).

Com a desistência forçada de Ruben Guerreiro (por doença), Nélson Oliveira foi o único português a chegar a Paris, obtendo, ainda assim, uma posição razoável na classificação geral final.

Classificação geral final:

1.º Jonas Vingegaard (Dinamarca) – Jumbo – Visma – 79h 33′ 20”
2.º Tadej Pogačar (Eslovénia) – UAE Team Emirates – a 02′ 43”
3.º Geraint Thomas (Grã-Bretanha) – Ineos Grenadiers – a 07′ 22”
4.º David Gaudu (França) – Groupama – FDJ – a 13′ 39”
5.º Aleksandr Vlasov (Rússia) – Bora – Hansgrohe – a 15′ 46”
6.º Nairo Quintana (Colômbia) – Team Arkea – Samsic – a 16′ 33”
7.º Romain Bardet (França) – Team DSM – a 18′ 11”
8.º Louis Meintjes (África Sul) – Intermarché – Wanty – Gobert Matériaux – a 18′ 44”
9.º Alexey Lutsenko (Cazaquistão) – Astana – Qazaqstan Team – a 22′ 56”
10.º Adam Yates (Grã-Bretanha) – Ineos Grenadiers – a 24′ 52”

52.º Nelson Oliveira – Movistar Team – a 2h 57′ 39”

É a seguinte a lista completa dos vencedores da maior prova de ciclismo mundial:

  • 5 vitórias – Jacques Anquetil (1957, 1961, 1962, 1963 e 1964), Eddy Merckx (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), Bernard Hinault (1978, 1979, 1981, 1982 e 1985) e Miguel Indurain (1991, 1992, 1993, 1994 e 1995);
  • 4 vitórias – Christopher Froome (2013, 2015, 2016 e 2017)
  • 3 vitórias – Philippe Thys (1913, 1914 e 1920), Louison Bobet (1953, 1954 e 1955) e Greg Lemond (1986, 1989 e 1990)
  • 2 vitórias – Lucien Petit-Breton (1907 e 1908), Firmin Lambot (1919 e 1922), Ottavio Bottecchia (1924 e 1925), Nicolas Frantz (1927 e 1928), André Leducq (1930 e 1932), Antonin Magne (1931 e 1934), Sylvère Maes (1936 e 1939), Gino Bartali (1938 e 1948), Fausto Coppi (1949 e 1952), Bernard Thévenet (1975 e 1977), Laurent Fignon (1983 e 1984), Alberto Contador (2007 e 2009) e Tadej Pogačar (2020 e 2021);
  • 1 vitória – Maurice Garin (1903), Henri Cornet (1904), Louis Trousselier (1905), René Pottier (1906), François Faber (1909), Octave Lapize (1910), Gustave Garrigou (1911), Odile Defraye (1912), Léon Scieur (1921), Henri Pélissier (1923), Lucien Buysse (1926), Maurice De Waele (1929), Georges Speicher (1933), Romain Maes (1935), Roger Lapébie (1937), Jean Robic (1947), Ferdi Kubler (1950), Hugo Koblet (1951), Roger Walkowiak (1956), Charly Gaul (1958), Federico Bahamontes (1959), Gastone Nencini (1960), Felice Gimondi (1965), Lucien Aimar (1966), Roger Pingeon  (1967), Jan Janssen (1968), Luis Ocaña (1973), Lucien Van Impe (1976), Joop Zoetemelk (1980), Stephen Roche (1987), Pedro Delgado (1988), Bjarne Riis (1996), Jan Ullrich (1997), Marco Pantani (1998), Oscar Pereiro (2006), Carlos Sastre (2008), Andy Schleck (2010), Cadel Evans (2011), Bradley Wiggins (2012), Vincenzo Nibali (2014), Geraint Thomas (2018), Egan Bernal (2019) e Jonas Vingegaard (2022).

A competição não se disputou nas épocas das duas Guerras Mundiais (1915 a 1918 e 1940 a 1946). Foram anuladas as classificações (7 vitórias) de Lance Armstrong nas edições de 1999 a 2005.

24 Julho, 2022 at 10:00 pm Deixe um comentário


Autor – Contacto

Destaques

Benfica - Quadro global de resultados - Printscreen Tableau
Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade União de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Julho 2022
S T Q Q S S D
 123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728293031

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.