Archive for 27 Março, 2021

Sérvia – Portugal (Mundial 2022 – Qualif.)

Stadion Rajko Mitić, Belgrado

Sérvia Sérvia – Marko Dmitrović, Nikola Milenković, Stefan Mitrović, Strahinja Pavlović, Darko Lazović (45m – Nemanja Maksimović), Sergej Milinković-­Savić, Nemanja Gudelj, Filip Kostić (71m – Mihailo Ristić), Dušan Vlahović (45m – Nemanja Radonjić), Dušan Tadić (81m – Filip Djuričić) e Aleksandar Mitrović (87m – Luka Jović)

Portugal Portugal – Anthony Lopes, Cédric Soares, Rúben Dias, José Fonte, João Cancelo (72m – Nuno Mendes), Danilo Pereira, Bruno Fernandes (90m – João Palhinha), Sérgio Oliveira (72m – Renato Sanches), Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e Diogo Jota (85m – João Félix)

0-1 – Diogo Jota – 11m
0-2 – Diogo Jota – 36m
1-2 – Aleksandar Mitrović – 46m
2-2 – Filip Kostić – 60m

Cartões amarelos – Nemanja Maksimović (57m) e Aleksandar Mitrović (85m); Bruno Fernandes (53m), José Fonte (54m) e Cristiano Ronaldo (90m)

Cartão vermelho – Nikola Milenković (90m)

Árbitro – Danny Makkelie (Holanda)

É inevitável começar por lamentar que a vitória tenha acabado por ser “sonegada” à equipa portuguesa por um crasso erro de arbitragem, sobretudo por um árbitro auxiliar que não fez o seu trabalho de forma competente, no derradeiro lance do encontro, quanto teve “todo o tempo do mundo” para ajuizar de forma correcta, sem qualquer impedimento visual: a bola, empurrada “in extremis” para a baliza por Cristiano Ronaldo (algo em desequilíbrio e num ângulo relativamente apertado) encaminhou-se lentamente para a baliza, com Mitrović, num desesperado “carrinho”, a tentar salvar sobre a linha de golo, mas, efectivamente, a repelir a bola quando esta tinha já ultrapassado o risco “fatal”.

Sendo muito difícil compreender que, num jogo de apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo, não esteja disponível a tecnologia da linha de golo, é com uma boa dose de benevolência que podemos aceitar que – sem conseguir ter a certeza de que a bola tivesse transposto por completo tal linha – tivesse optado por não dar indicação ao árbitro da validação do golo.

A intempestiva reacção de Cristiano Ronaldo (já depois de ter sancionado com cartão amarelo), retirando a braçadeira de capitão do braço e lançando-a ao chão, obviamente não lhe fica nada bem, não deixando de constituir um evidente sinal de revolta perante este grave erro, mas, em paralelo, expressando toda a frustração por um jogo em que nada lhe correu de feição.

De forma mais abrangente, Portugal começa por dever muito a si próprio não ter saído de Belgrado com os três pontos e, por consequência, com o que poderia constituir-se num passo decisivo para o apuramento, perante o seu adversário principal nesta fase de qualificação.

Apresentando-se com seis alterações no “onze” inicial face ao encontro da passada quarta-feira, e depois de uma boa entrada em jogo, assertiva, coroada com um primeiro golo logo aos 11 minutos (dando perfeita sequência a excelente passe de Bernardo Silva), e, de novo por outro cabeceamento de um inspirado Diogo Jota (agora a cruzamento de Cédric), a ampliar a vantagem para um “confortável” 2-0 – um resultado, não obstante, algo lisonjeiro face à exibição -, a selecção lusa voltaria apática no segundo tempo.

Surpreendida pelas alterações tácticas do adversário ao intervalo, ainda antes de ter tempo para perceber o que tinha mudado, já tinha sofrido um golo, logo no minuto inicial, tendo passado então por uma fase de claro desnorte, em que valeu a atenção de Anthony Lopes (face a remate com “selo de golo” de Dušan Tadić) para adiar males maiores.

Mas demoraria pouco o tento que possibilitou à Sérvia restabelecer a igualdade, aproveitando a recuperação de bola após o que seria um dos escassos bons ataques portugueses nessa segunda parte, beneficiando de uma situação de desequilíbrio defensivo, desta feita com Kostić a rematar sem hipótese.

Curiosamente, depois de ter visto esfumar-se a posição privilegiada de que tinha chegado a dispor, Portugal pareceu assentar o seu jogo, também em função de algumas alterações introduzidas por Fernando Santos, que permitiram reequilibrar a contenda.

Contudo, daí até final, não tendo criado outras soberanas oportunidades, o que teria sido o terceiro golo – ao minuto 93, com a Sérvia já reduzida a dez elementos -, chegaria numa altura em que, em rigor, o desempenho da equipa não justificara, num balanço global do tempo de jogo, a vitória neste desafio. Mas, como a “justiça” do marcador acaba, em última instância, por ser ditada pelas bolas que entram na baliza, temos de acabar como começámos: provocou uma enorme azia (quero acreditar que também para a equipa de arbitragem) que o golo de Cristiano Ronaldo não tivesse sido validado…

Que este episódio possa ter servido para se retirar as devidas ilações, por parte da UEFA e da FIFA, sobre a necessidade de ser mais “profissional” em jogos desta importância – não faz qualquer sentido, nos dias de hoje, que não estejam disponíveis meios tecnológicos para certificar que a bola ultrapassou a linha de golo!

   GRUPO A     Jg   V   E   D     G    Pt
1º Sérvia       2   1   1   -   5 - 4   4
2º Portugal     2   1   1   -   3 - 2   4
3º Luxemburgo   1   1   -   -   1 - 0   3
4º Azerbaijão   1   -   -   1   0 - 1   -
5º Irlanda      2   -   -   2   2 - 4   -

2ª jornada

27.03.2021 – Sérvia – Portugal – 2-2
27.03.2021 – Irlanda – Luxemburgo – 0-1

(mais…)

27 Março, 2021 at 10:40 pm Deixe um comentário


Autor – Contacto

Destaques

Benfica - Quadro global de resultados - Printscreen Tableau
Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade União de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Março 2021
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.