Archive for 24 Março, 2021
Portugal – Azerbaijão (Mundial 2022 – Qualif.)
Allianz Stadium, Turim
Portugal – Anthony Lopes, João Cancelo, Rúben Dias, Domingos Duarte, Nuno Mendes, Pedro Neto (63m – Rafa Silva), João Moutinho (45m – Bruno Fernandes), Rúben Neves (88m – João Palhinha), Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva (88m – Sérgio Oliveira) e André Silva (75m – João Félix)
Azerbaijão – Shakhrudin Magomedaliyev, Maksim Medvedev, Elvin Badalov, Badavi Hüseynov, Anton Krivotsyuk, Abbas Hüseynov (45m – Anatolii Nuriiev), Emin Makhmudov (84m – Aleksey Isaev), Vugar Mustafayev (45m – Ismayil İbrahimli), Azer Salahli, Mahir Emreli (84m – Namik Alaskarov) e Ali Ghorbani (85m – Ramil Sheydaev)
1-0 – Maksim Medvedev (p.b.) – 36m
Cartões amarelos – Bruno Fernandes (82m); Mahir Emreli (52m)
Árbitro – Daniel Siebert (Alemanha)
Finalizados os 90 minutos (mais o inerente tempo de compensação) a questão que, inevitavelmente, perdura é: como foi possível que a selecção portuguesa não conseguisse “marcar” neste jogo?
Mesmo perante adversários que apresentam evidentes debilidades, raramente Portugal exerceu um domínio tão avassalador, instalando-se, praticamente de início a fim, no meio-campo contrário – em boa verdade, mais próximo da área -, sem que o oponente assumisse qualquer iniciativa, ou, sequer, se atrevesse a engendrar um lance ofensivo.
Com uma equipa que mostrou algum desequilíbrio nas suas acções, com as jogadas de ataque predominantemente carriladas pelo flanco direito, muito pela iniciativa de Pedro Neto, a equipa portuguesa empurrou a formação adversária para a sua zona mais recuada, com duas linhas de defesa praticamente sobrepostas, numa inusitada aglomeração de jogadores em tão reduzido espaço de terreno.
Portugal terá começado por denotar alguma ansiedade, procurando atacar “depressa demais”, com mais de 15 remates na primeira parte, dos quais, contudo, apenas cinco enquadrados com a baliza, numa sucessão “interminável” de cruzamentos, sempre a esbarrar numa “parede”.
Por curiosidade o que acabaria por ser o único golo da partida viria a decorrer de uma situação algo caricata: um lançamento em profundidade de Rúben Neves, com o guardião a antecipar-se, a socar a bola contra um seu colega de equipa, do que resultaria o seu ressaltar para dentro da baliza…
Pensou-se que o mais difícil – quebrar a resistência do opositor – estaria feito e que a selecção lusa poderia serenar e organizar melhor o seu ataque. Porém, não tendo o cariz de jogo sofrido qualquer alteração por parte do Azerbaijão, a equipa nacional viria gradualmente a baixar a intensidade de jogo, evidenciando inesperadas dificuldades para conseguir criar flagrantes ocasiões de golo. Ao contrário, à passagem dos 70 minutos, seria a formação adversária a provocar um pequeno susto, num remate que sairia por cima da baliza.
Nem de bola parada Portugal conseguia mostrar maior discernimento, com tentativas sempre desinspiradas. O melhor lance do desafio surgiria já na sua parte final, por João Félix, com o guarda-redes a salvar a sua baliza com uma defesa com a perna…
Como pano de fundo deste jogo – num contexto muito particular, jogado sem público, em campo neutro, inserido numa série de três jornadas a disputar numa única semana – perdura a preocupação com algum aparente “conformismo” mostrado pela selecção portuguesa, a partir de determinada altura como que “satisfeita” com a vantagem tangencial, porventura já a pensar no próximo compromisso, na Sérvia, apenas 72 horas depois.
GRUPO A Jg V E D G Pt 1º Sérvia 1 1 - - 3 - 2 3 2º Portugal 1 1 - - 1 - 0 3 3º Luxemburgo - - - - - - - - 4º Irlanda 1 - - 1 2 - 3 - 5º Azerbaijão 1 - - 1 0 - 1 -
1ª jornada
24.03.2021 – Portugal – Azerbaijão – 1-0
24.03.2021 – Sérvia – Irlanda – 3-2