Archive for 17 Setembro, 2019
Liga dos Campeões – 1ª jornada – Benfica – RB Leipzig
Benfica – Odysseas Vlachodimos, Tomás Tavares, Rúben Dias, Francisco Ferreira “Ferro”, Alejandro “Álex” Grimaldo, Luís Fernandes “Pizzi” (76m – Rafael “Rafa” Silva), Ljubomir Fejsa, Adel Taarabt, Franco Cervi (76m – Haris Seferović), João Filipe “Jota” (67m – David Tavares) e Raúl de Tomás
RB Leipzig – Péter Gulácsi, Willi Orban, Ibrahima Konaté, Nordi Mukiele, Diego Demme, Marcel Sabitzer, Konrad Laimer (39m – Amadou Haidara), Emil Forsberg (88m – Christopher Nkunku), Marcel Halstenberg (83m – Lukas Klostermann), Yussuf Poulsen e Timo Werner
0-1 – Timo Werner – 69m
0-2 – Timo Werner – 78m
1-2 – Haris Seferović – 84m
Cartões amarelos – João Filipe “Jota” (62m); Yussuf Poulsen (57m) e Amadou Haidara (70m)
Árbitro – Anastasios ”Tasos” Sidiropoulos (Grécia)
Na estreia de Bruno Lage na Liga dos Campeões (por coincidência, suspenso, devido ao cartão vermelho que lhe foi exibido no último jogo da Liga Europa da temporada passada), o treinador do Benfica voltou a procurar surpreender, optando por uma “mini-revolução” no onze, dando também oportunidade ao “baptismo europeu” de Tomás Tavares (e, depois, igualmente de David Tavares), estreando-se também Taarabt e Raúl de Tomás em desafios das competições europeias, ao serviço do Benfica, a que acrescem ainda as entradas de Franco Cervi (primeiro jogo oficial na presente época) e Jota, para os lugares habitualmente desempenhados por Rafa Silva e Seferović.
A primeira parte caracterizou-se por quase absoluto equilíbrio (repartição paritária do tempo de posse de bola, 50/50, dois cantos para cada lado, número muito aproximado de remates), com as duas equipas perfeitamente “encaixadas”, destacando-se, neste período, dois lances, um para cada lado: primeiro, aos 26 minutos, Timo Werner a testar a concentração de Vlachodimos; quase a chegar ao intervalo, seria a vez de Gulácsi defender um remate de cabeça de Raúl de Tomás.
Porém, à medida que o relógio ia avançando, o ritmo competitivo mais intenso da formação germânica começava a fazer-se sentir, com Vlachodimos a ser chamado a várias intervenções de bom nível, procurando manter a sua baliza inviolada.
O primeiro lance de algum perigo a favor do Benfica surgiria apenas à passagem da hora de jogo, com Pizzi a conseguir fugir à marcação directa, mas, sem deixar de se sentir pressionado, algo precipitadamente, a rematar fraco e à figura do guardião contrário.
Com as equipas a arriscar mais – pese embora a turma portuguesa apostasse mais em transições rápidas -, o jogo começaria a ficar “partido”, abrindo-se espaços, e acabaria mesmo por ser o RB Leipzig a inaugurar o marcador, próximo dos 70 minutos.
Com uma boa reacção ao tento sofrido, o Benfica teria, quase de imediato, as suas melhores oportunidades de golo, primeiro com o guarda-redes húngaro a dar boa resposta a um livre directo apontado por Grimaldo, e poucos minutos volvidos, com Taarabt a lançar Cervi, que, isolado frente a Gulácsi, não teve, porém, o discernimento necessário para marcar.
Menos de dez minutos após o tento inaugural, a equipa alemã ampliaria a vantagem, outra vez pelo letal Timo Werner, dando prova de grande eficácia.
Já próximo do final da partida, o Benfica conseguiria ainda reduzir para uma diferença tangencial no marcador, com Seferović, de primeira, a dar boa sequência à assistência de Rafa.
Curiosamente, o conjunto português teria ainda nova ocasião para voltar a marcar, invertendo-se os papéis, desta vez com Rafa, a passe de Seferović, a rematar ao lado.
Frente a um adversário que se revelou mais forte – o RB Leipzig (actual líder da Bundesliga), vindo do “pote 4”, será talvez a mais poderosa equipa do grupo –, o Benfica acabou, não obstante, por ser penalizado pela sua ineficácia, não tendo conseguido materializar em golo um par de ocasiões flagrantes de que dispôs, voltando a ter uma comprometedora “entrada em falso” na Liga dos Campeões, que faz realçar, desde já, a crucial importância do jogo a disputar em São Petersburgo.
Grandes clássicos das competições europeias – (24) Manchester United – Benfica
Época Prova Ronda 1.ª Mão 2.ª mão 1965-66 TCE 1/4 M.United-Benfica 3-2 Benfica-M.United 1-5 1967-68 TCE Final M.United-Benfica 4-1 (Estádio de Wembley) 2005-06 LCE Grupo M.United-Benfica 2-1 Benfica-M.United 2-1 2006-07 LCE Grupo Benfica-M.United 0-1 M.United-Benfica 3-1 2011-12 LCE Grupo Benfica-M.United 1-1 M.United-Benfica 2-2 2017-18 LCE Grupo Benfica-M.United 0-1 M.United-Benfica 2-0 Balanço global J V E D GM GS Manchester United - Benfica 11 8 2 1 25 - 11
Num dos dois “Grandes clássicos das competições europeias” em que é interveniente um clube português, o balanço do confronto directo entre Manchester United e Benfica é claramente desequilibrado a favor do emblema inglês, registando o Benfica uma única vitória, em 11 jogos disputados.
Nestes encontros, destaca-se, em especial, o da Final da Taça dos Campeões Europeus da época de 1967-68, disputado em Londres, no Estádio de Wembley, com uma igualdade a um golo no final do tempo regulamentar, tendo a formação inglesa marcado três tentos no prolongamento, num período de apenas três minutos.
Assim como, por outro lado, o triunfo alcançado pelo Benfica na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões de 2005-06, que lhe proporcionou o apuramento para os 1/8 de final (fase em que a equipa portuguesa superaria o então Campeão Europeu em título, Liverpool, vindo depois a ser afastada pelo futuro Campeão, Barcelona), tendo, em paralelo, eliminado o Manchester United.
A estreia dos confrontos entre os dois clubes remonta a 1965-66, época em que o Manchester United, depois de eliminar o Benfica (com uma sensacional goleada de 5-1 no Estádio da Luz), viria a ser surpreendido, nas meias-finais, pelo Partizan de Belgrado.
Também já na era da “Liga dos Campeões”, em 2006-07, a turma inglesa, vencedora do seu grupo de apuramento, afastaria ainda o Lille e a Roma (com uma goleada por 7-1), tendo sido desfeiteada nas meias-finais, pelo AC Milan.
Adicionalmente, os dois empates averbados na temporada de 2011-12 (1-1 na Luz e 2-2 em Old Trafford) contribuíram para que o Benfica vencesse o grupo (à frente do Basileia), tendo resultado, de novo, no afastamento da prova do então vice-campeão europeu, Manchester United (que, aliás, marcara presença na Final da competição em três das quatro épocas precedentes).
Nessa época o Benfica ultrapassaria ainda o Zenit (nos 1/8 de final), vindo a cair perante o Chelsea, clube que acabaria igualmente por conquistar o título.
Por fim, em 2017-18, o Manchester United, depois de ter sido igualmente 1.º classificado do grupo, seria eliminado logo nos 1/8 de final, pelo Sevilla.