Archive for 7 Setembro, 2019
Sérvia – Portugal (Europeu 2020 – Qualif.)
Sérvia – Marko Dmitrović, Nikola Milenković, Nikola Maksimović, Matija Nastasić, Aleksandar Kolarov, Nemanja Matić, Luka Milivojević (87m – Luka Jović), Darko Lazović (59m – Adem Ljajić), Dušan Tadić, Filip Kostić (83m – Aleksandar Katai) e Aleksandar Mitrović
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo (65m – João Cancelo), José Fonte, Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, Danilo Pereira, William Carvalho, Bruno Fernandes (85m – João Moutinho), Cristiano Ronaldo, Gonçalo Guedes (70m – João Félix) e Bernardo Silva
0-1 – William Carvalho – 42m
0-2 – Gonçalo Guedes – 58m
1-2 – Nikola Milenković – 68m
1-3 – Cristiano Ronaldo – 80m
2-3 – Aleksandar Mitrović – 85m
2-4 – Bernardo Silva – 86m
Cartões amarelos – Nikola Maksimović (10m) e Aleksandar Kolarov (65m); Rúben Dias (40m) e William Carvalho (89m)
Árbitro – Cüneyt Çakır (Turquia)
Quer pela lógica dos “rankings”, quer pelos resultados até então averbados na presente fase de qualificação, o desafio de Belgrado adivinhava-se quase como uma “final”, no que à decisão de apuramento (reservado aos dois primeiros classificados de cada grupo) respeita.
Apesar de estarmos ainda numa ronda relativamente prematura – para a selecção portuguesa – desta disputa, os comprometedores empates cedidos em casa ante os dois principais rivais colocavam já uma pressão importante, sendo praticamente “proibido” perder.
Ciente também do seu superior potencial, a equipa nacional entrou em campo determinada a assumir a iniciativa do jogo, perante uma formação da Sérvia na expectativa.
Assim decorreram os primeiros vinte minutos, com Portugal a controlar o jogo e a posse de bola, mas, com baixa intensidade e a ritmo denunciado, aparentemente incapaz de contornar a bem escalonada defensiva contrária, assente num rigoroso posicionamento táctico e na compleição física dos seus defesas.
Passada essa fase inicial, a equipa visitada começou a conseguir fazer chegar a bola a zonas mais adiantadas, através de rápidas transições, a solicitar os extremos. Entre os 30 e os 40 minutos, por uma, duas, três ocasiões, Tadić e Mitrović, levando a melhor em velocidade, geraram perigo junto da baliza de Rui Patrício, obrigado a aplicar-se para manter o marcador em branco.
Adivinhava-se o golo… que, contra o que era então a tendência do jogo, surgiria para Portugal, de forma algo fortuita: na sequência de um lançamento de Bruno Fernandes, houve uma falha de comunicação entre o guardião Dmitrović e Milenković, os dois a tentar ir à bola, a chocar, e o esférico a sobrar para William Carvalho, em zona em que não é vulgar a parecer, oportuno, a empurrar a bola para o fundo da baliza.
Na segunda metade, o cariz do encontro seria radicalmente diferente, com a Sérvia a ser forçada a correr mais riscos, em busca do golo, o que, naturalmente, proporcionaria espaços à turma portuguesa. Já depois de ter ameaçado por duas vezes, ambas por Cristiano Ronaldo, Portugal ampliaria a contagem, numa excelente execução de Gonçalo Guedes, descaído sobre a esquerda, a conseguir isolar-se frente ao guarda-redes.
Quando se esperaria que Portugal conseguisse fazer serenar a partida, controlando a boa vantagem já adquirida, a Sérvia conseguiria mesmo marcar e até poderia ter igualado o “placard”, logo de seguida, não fosse a intervenção de Rui Patrício, perante Ljajić.
O jogo estava agora, aberto, bem vivo, dando oportunidade a uma notável abertura de Bernardo Silva para Cristiano Ronaldo, que, eficaz, apontaria o terceiro tento português. Faltavam dez minutos para o final e a vitória estava confirmada… ou talvez não…
Na zona intermediária, Bruno Fernandes teria um passe infeliz, para trás, a libertar a rápida progressão de Tadić, que ofereceu o segundo golo a Mitrović.
Num confronto repleto de cambiantes, Portugal colocava-se à mercê de uns potencialmente “infernais” cinco minutos derradeiros. Mas a incerteza seria de pouca dura: no minuto imediato, Bernardo Silva colocaria o ponto final no jogo, fixando o 4-2.
Contrariamente ao que tem sido a “imagem de marca” da selecção portuguesa, o sector defensivo pareceu, desta vez, ser o mais oscilante, incapaz de transmitir a segurança necessária, com a metade ofensiva, em contraponto, com grande eficácia – mesmo após as dificuldades que denotara em todo o primeiro tempo -, a conseguir alcançar uns notáveis quatro golos no “Marakana” (reduto do Crvena Zvezda), obtendo assim um triunfo que poderá ser determinante para o que falta disputar.
De facto, foi suficiente um único encontro para que a situação se invertesse, a favor de Portugal: “bastar-lhe-á” agora vencer os quatro desafios ante as duas selecções teoricamente menos cotadas (Luxemburgo e Lituânia) para, matematicamente, garantir o apuramento; disporá ainda, adicionalmente, da partida na Ucrânia para, eventualmente, disputar o 1.º lugar.
GRUPO B Jg V E D G Pt 1º Ucrânia 5 4 1 - 11 - 1 13 2º Portugal 3 1 2 - 5 - 3 5 3º Luxemburgo 4 1 1 2 4 - 5 4 4º Sérvia 4 1 1 2 7 - 11 4 5º Lituânia 4 - 1 3 3 - 10 1
5ª jornada
07.09.2019 – Lituânia – Ucrânia – 0-3
07.09.2019 – Sérvia – Portugal – 2-4
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