Portugal – México (Taça Confederações – 3.º/4.º lugar)
2 Julho, 2017 at 2:51 pm Deixe um comentário
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe, Luís Neto, Eliseu, Danilo (82m – André Gomes), Gelson Martins, João Moutinho (82m – Adrien Silva), Pizzi (91m – William Carvalho), Nani (70m – Ricardo Quaresma) e André Silva
México – Guillermo Ochoa, Miguel Layun, Néstor Araujo, Hector Moreno, Luis Reyes, Hector Herrera, Rafael Marquez (106m – Marco Fabián), Andres Guardado (80m – Jonathan dos Santos), Carlos Vela, Javier Hernández “Chicharito” (85m – Raúl Jiménez) e Oribe Peralta (61m – Hirving Lozano)
0-1 – Luís Neto (p.b.) – 54m
1-1 – Pepe – 90m
2-1 – Adrien Silva (pen.) – 104m
Cartões amarelos – Nélson Semedo (26m); Rafael Marquez (16m), Raúl Jiménez (94m) e Hector Moreno (98m)
Cartões vermelhos – Nélson Semedo (106m); Raúl Jiménez (112m)
Árbitro – Fahad Al Mirdasi (Arábia Saudita)
Não valerá a pena perder muito tempo com este tal jogo “sem razão de existir”. Conseguiu-se (“in extremis”) o mais importante: ampliar para 14 o total de jogos consecutivos sem derrota em fases finais de grandes competições internacionais. Paralelamente, o triunfo final e consequente 3.º lugar do pódio dão também um sabor mais “doce” e confiante à selecção nacional, na saída desta prova e antes de se abalançar à derradeira e decisiva fase de qualificação para o Mundial de 2018.
Mas, ademais desses factores, relevante terá sido também a demonstração de que temos disponíveis muitas e válidas soluções para reforçar o grupo: foram oito as alterações face ao jogo anterior, frente ao Chile (para além guarda-redes, Rui Patrício, apenas dois jogadores de campo se mantiveram, Eliseu e André Silva – até porque não estavam já disponíveis alternativas para as posições específicas que ocupam, dadas as ausências de Raphaël Guerreiro e Cristiano Ronaldo).
Dando expressão à máxima de que “não há dois jogos iguais”, foi bastante distinto o cariz deste encontro, comparativamente ao desafio inicial antes esta mesma selecção do México (muito mais conservadora em termos de “rotação” de jogadores), com Portugal a entrar muito melhor no jogo, de forma desinibida, que poderia ter resultado numa posição de vantagem logo à passagem do quarto de hora, não fora André Silva ter sido o quarto jogador luso a desperdiçar, de forma sucessiva, neste torneio, uma grande penalidade, permitindo a defesa ao guardião contrário.
Até final da primeira metade, sentindo de alguma forma a “malapata”, a selecção não conseguiria manter o bom nível exibicional com se apresentara de início. Não obstante, continuava a controlar o jogo, com o México a procurar apostar no contra-ataque.
Na segunda parte, cedo a selecção nacional se viu em desvantagem, com mais um lance infeliz, num auto-golo, dado a bola ter tabelado em Luís Neto, traindo o guarda-redes português.
A equipa acusou o tento, de alguma forma descompensou-se, permitindo então espaços aos mexicanos, que, por mais de uma vez, poderiam ter ampliado o marcador, não fora a excelente actuação de Rui Patrício, com um par de soberbas intervenções, positivamente a negar o golo aos norte-americanos.
Até final, por vezes “mais com o coração que com a cabeça”, a formação portuguesa buscaria o golo que lhe possibilitasse evitar o desaire, acabando por ser premiada já no início do tempo de compensação (como que “retribuindo” o tento do empate mexicano na ronda inaugural, também averbado após os 90 minutos).
No prolongamento, agora impulsionado pela força mental de ter conseguido aquele golo tardio, foi o conjunto luso a entrar novamente mais afirmativo, arrancando nova grande penalidade, desta feita bem convertida por Adrien Silva, colocando Portugal em vantagem.
Depois de uma grande penalidade desperdiçada, um golo na própria baliza, Portugal conseguiria uma inédita e altamente improvável “tripla” conjugação adversa, com Nélson Semedo a ver o segundo cartão amarelo, sendo expulso, apenas dois minutos volvidos. Preparávamo-nos para sofrer de novo, quando, num lance entre dois benfiquistas, Jiménez, inadvertidamente, atingiu Eliseu, resultado no mesmo desfecho do seu colega na Luz, Nélson Semedo, ficando as equipas novamente igualadas em número de elementos, acabando dez contra dez.
Na parte final do prolongamento, os mexicanos, já de “cabeça perdida”, não teriam o discernimento para forçar nova igualdade, o que proporciona a Portugal uma saída airosa desta prova, em que – conforme o “balanço” já anteriormente realizado – registou bom desempenho, dignificando o título de Campeão Europeu que ostenta, dando alento para a continuidade de resultados muito positivos, beneficiando da renovação que se começa a fazer sentir, com jovens talentos de grande valor.
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