Archive for 18 Junho, 2017
Portugal – México (Taça das Confederações – 1ª Jor.)
Portugal – Rui Patrício, Cédric Soares, Pepe, José Fonte, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, João Moutinho (58m – Adrien Silva), Ricardo Quaresma (82m – André Silva), André Gomes, Nani (58m – Gelson Martins) e Cristiano Ronaldo
México – Guillermo Ochoa, Carlos Salcedo (67m – Néstor Araujo), Diego Reyes, Hector Moreno, Miguel Layun, Jonathan dos Santos, Hector Herrera, Andres Guardado, Carlos Vela (57m – Giovani dos Santos), Javier Hernández “Chicharito” e Raúl Jiménez (79m – Oribe Peralta)
1-0 – Ricardo Quaresma – 34m
1-1 – Javier Hernández “Chicharito” – 42m
2-1 – Cédric Soares – 86m
2-2 – Hector Moreno – 90m
Cartões amarelos – Adrien Silva (68m) e André Gomes (90m); Andres Guardado (73m)
Árbitro – Néstor Pitana (Argentina)
Não foi uma boa exibição da selecção nacional, no seu jogo de estreia na participação inaugural na Taça das Confederações, prova que reúne os actuais campeões continentais ao Campeão do Mundo em título (Alemanha), para além do país organizador do próximo Mundial (Rússia).
Falhou, sobretudo, o colectivo, denotando falta de coesão do “onze”, numa partida em que as individualidades estiveram acima do conjunto, em que foram patentes – para além de algum desacerto nos lances de finalização -, especialmente, os lapsos e a pouca concentração defensiva, num tão flagrante quão imprevisto contraste face ao encontro de há apenas nove dias, na Letónia.
E, não obstante, Portugal até poderia ter ganho: por duas vezes esteve em vantagem; por outras tantas vezes a podia ter inclusivamente ampliado; por duas vezes consentiu a igualdade, em ambos os casos já na parte final do tempo de jogo (em cada uma das partes), com o derradeiro tento da equipa mexicana a surgir já em tempo de compensação…
Mas, como reconheceu o próprio Fernando Santos, foi a selecção do México a que melhor entrou no jogo, de forma mais incisiva, disputando com garra a generalidade dos lances, e levando a melhor na maior parte deles, pese embora, depois, acabasse também por ser algo inconsequente na sua conversão em jogadas de ataque.
Apenas recorrendo às suas individualidades, Portugal se começaria a impor no jogo, chegando ao golo na sequência de uma excelente abertura de Cristiano Ronaldo, a desmarcar por completo Ricardo Quaresma, a surgir isolado em plena área, com grande frieza, com uma finta de corpo, a tirar do lance o guardião contrário, para, de imediato, praticamente entrar pela baliza dentro.
Uma posição de liderança no marcador que, contudo, apenas perduraria por oito minutos, com a formação lusa a ser penalizada por desatenções defensivas.
Na segunda metade, com os mexicanos, à medida que o tempo ia avançando e o jogo se ia aproximando do seu termo, a mostrarem satisfação com o empate, seria então a equipa portuguesa a arriscar, em busca da vitória, com a opção pela entrada de André Silva – somente a oito minutos do final -, a proporcionar a Cristiano Ronaldo soltar-se mais, configuração táctica que, quase de imediato, apenas quatro minutos volvidos, resultaria no segundo golo da turma lusa.
Quando se pensava que o triunfo estava garantido, acabaria por ser de alguma forma inesperado o restabelecimento da igualdade por parte do campeão da zona da América do Norte, na sequência de um pontapé de canto, uma vez mais com a defensiva portuguesa a conceder demasiadas facilidades, numa altura em que se aguardava já o apito derradeiro do árbitro.
Um encontro que, apesar de tudo, poderá revelar-se útil na construção da caminhada que se pretende nesta competição, pelos ensinamentos que do mesmo poderão ser extraídos. Mas, para que a mesma possa ser bem sucedida, é preciso que a equipa seja muito mais equipa, já no próximo desafio, frente aos anfitriões.