Archive for Abril, 2016
O Pulsar do Campeonato – 26ª Jornada
(“O Templário”, 28.04.2016)
Caiu o pano sobre mais uma edição do Campeonato Distrital da I Divisão da Associação de Futebol de Santarém, esta época com o Campeão, Fátima, porventura a bater o “record” de aproveitamento (quase 95% do máximo de pontos possíveis), somente com quatro pontos perdidos, em função de apenas dois empates cedidos, curiosamente um deles logo na ronda inaugural, tendo concluído a prova com uma fantástica série de 16 vitórias consecutivas!
Com tudo já decidido a nível dos lugares do pódio – com os três primeiros, Fátima, Cartaxo e União de Tomar, separados entre si por amplas diferenças pontuais (respectivamente 15 pontos, entre 1.º e 2.º, e 13 pontos, entre 2.º e 3.º) – para a derradeira jornada tinham ficado ainda reservadas as emoções da disputa da manutenção e da fuga à ameaça da despromoção.
Apesar de um tento inicial da U. Abrantina, em Amiais de Baixo, ainda ter provocado algum “frisson” – colocando nessa altura, durante alguns minutos (ainda que apenas de forma virtual), os “Caixeiros” em posição de despromoção – no final acabou por não haver alterações de relevo, com a turma de Abrantes a ver consumada a descida à II Divisão, destino contra o qual lutou com grande abnegação até ao último minuto, enquanto o Moçarriense deverá seguir-lhe os passos, dado o facto de o Coruchense ter praticamente sentenciada a despromoção ao Distrital.
Destaques – O principal destaque da última ronda vai precisamente para o desafio em que se defrontavam duas equipas ainda “aflitas”, pese embora o Amiense beneficiar da relativa tranquilidade de o empate lhe bastar para concretizar o seu objectivo, de manutenção. Tendo conseguido reagir ao golo da U. Abrantina, restabelecendo a igualdade ainda no primeiro tempo, na etapa complementar procurou sobretudo gerir o resultado, que lhe convinha, assim conseguindo terminar da melhor forma uma época que tão mal iniciara, apesar de o 11.º lugar que ocupa no final da prova constituir o seu pior registo dos últimos 15 anos.
Na Ribeira de Santarém – num campo ainda sem condições para receber espectadores (que têm de assistir ao jogo do lado de fora da rede de vedação, de pé) – o quase centenário grupo dos Empregados do Comércio (completa 100 anos de existência em 2017) fez pela vida, obtendo o segundo triunfo nos últimos três jogos (apenas o terceiro em toda a segunda volta), ganhando ao U. Tomar por 3-1, acabando inclusivamente por subir duas posições, fixando-se no 9.º lugar.
Numa partida em que o União nada tinha a ganhar nem a perder, a primeira parte foi algo incaracterística, sem grandes oportunidades de golo (a principal terá até pertencido aos tomarenses), chegando-se ao intervalo com o nulo no marcador, que se ajustava ao desempenho de ambas as equipas. Na segunda parte, os “Caixeiros” foram mais acutilantes, aproveitando alguma desconcentração defensiva dos nabantinos, acabando por justificar o triunfo.
Apesar desta “saída em falso”, é justa uma palavra final de apreço para o bom desempenho do União de Tomar nesta competição, mantendo-se no pódio pelo segundo ano consecutivo, depois de ter sido vice-campeão na temporada anterior, garantindo um honroso 3.º lugar, numa época em que teve de enfrentar múltiplas contrariedades, desde sucessivas lesões a questões burocráticas de inscrição de jogadores, que obrigaram ao sistemático recurso a jogadores ainda juniores. Ainda a propósito do trabalho desenvolvido nos escalões de formação, abre-se aqui um brevíssimo parêntesis, para felicitar a equipa de Juvenis do União de Tomar, pela conquista, 24 anos depois, de novo título de Campeão Distrital. Bons sinais de esperança no futuro do clube!
O Fátima deu cabal resposta à interrogação que aqui suscitara na semana passada, impondo-se em Torres Novas, por categórica marca de 3-0, fechando com “chave de ouro” esta sua breve passagem pelo Distrital, numa caminhada que encetou para mais ambiciosos voos.
Confirmações – Nos restantes quatro encontros registaram-se desfechos expectáveis, sem impacto significativo no posicionamento final das equipas. Efectivamente, o Moçarriense, recebendo o Rio Maior, superou o contratempo inicial de um tento sofrido, acabando por ganhar por 3-1, fixando-se na ingrata 12.ª posição – que seria de manutenção, mas que, em função da previsível descida do Coruchense, arrastará na queda para a II Divisão o conjunto da Moçarria.
O Cartaxo completou também a sua excelente temporada, ganhando ao Fazendense, por 2-0, terminando com três triunfos sucessivos. O Mação, batendo o At. Ouriense pelo mesmo resultado, confirmou o 4.º lugar final (a sua melhor posição dos últimos 15 anos, igualando os desempenhos de 2004-05 e 2012-13). Por fim, o Riachense, recebendo o U. Almeirim, chegou a estar em vantagem por dois golos, tendo consentido o restabelecer do empate, antes de acabar por fixar o resultado em 3-2, um desfecho que lhe proporciona também a confirmação do 5.º lugar, imediatamente à frente do rival Torres Novas, registando igualmente ambos os clubes o mais fraco desempenho dos últimos quinze anos (tal como no caso do Fazendense, que cai do 3.º posto do ano anterior). Paralelamente, U. Almeirim e Fazendense terminam a prova igualados em pontos, respectivamente no 7.º e 8.º lugares, que ocupavam já antes desta jornada.
II Divisão Distrital – Na quinta ronda da fase final, destaque para mais um categórico triunfo (3-0) do Benavente, no “derby” (em Samora Correia), praticamente já com um pé na I Divisão, dado dispor de oito pontos de vantagem sobre o 4.º lugar (partilhado por Glória e Samora). O Ferreira do Zêzere não foi além do nulo na recepção ao Pego, com os pegachos a manterem o 2.º lugar, com um ponto a mais que o adversário desta ronda. O U. Santarém, ganhando por 2-1 ao Glória, parece reentrar na corrida pela promoção, agora a dois pontos do 3.º lugar.
Campeonato de Portugal Prio – Na 11.ª jornada da segunda fase, o Alcanenense, com excelente recta final de temporada, ganhou ao Caldas por 2-0, consolidando a liderança, agora com cinco pontos de vantagem sobre o adversário desta ronda. Por seu lado, o Coruchense, perdendo por 3-1 em Loures, mantém a indesejada “lanterna vermelha”, distando já oito pontos do 6.º lugar. Restando somente nove pontos em disputa, só por “milagre” o grupo do Sorraia poderia ainda evitar o regresso ao Distrital na próxima época….
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 28 de Abril de 2016)
Liga Europa – 1/2 Finais (1ª mão)
Shakhtar Donetsk – Sevilla – 2-2
Villarreal – Liverpool – 1-0
Liga dos Campeões – 1/2 Finais (1ª mão)
Manchester City – Real Madrid – 0-0
At. Madrid – Bayern – 1-0
O Pulsar do Campeonato – 25ª Jornada
(“O Templário”, 21.04.2016)
Culminando uma muito problemática temporada, em especial com uma péssima segunda volta, na qual apenas registou um único triunfo (obtido perante o Fazendense), acumulando já onze desaires, os últimos sete consecutivos, o Rio Maior viu confirmada a sua posição de “lanterna vermelha” e consequente despromoção à II Divisão Distrital.
A penúltima jornada proporcionou, enfim, a tranquilidade, a dois outros clubes, com uma época atípica, precisamente a formação de Fazendas de Almeirim e o At. Ouriense. Assim, das sete equipas que se encontravam em risco – tendo uma delas visto entretanto consumar-se já a descida de divisão –, subsistem agora quatro, que disputarão, na derradeira ronda, os dois lugares de manutenção “automática”: Amiense, Empregados do Comércio, U. Abrantina e Moçarriense, curiosamente, separados entre cada um deles por um escasso ponto.
Destaque – O principal destaque da 25.ª jornada vai para a vitória do At. Ouriense sobre o Empregados do Comércio, por clara marca de 3-0, em partida crucial, que assegurou, desde logo, a manutenção da turma de Ourém no principal escalão do futebol distrital; dispondo de vantagem de três pontos sobre a U. Abrantina, beneficia do facto de Amiense e abrantinos se defrontarem, pelo que, pelo menos um dos grupos não poderá já alcançá-lo.
Outro realce que se justifica é o do triunfo do conjunto de Abrantes face ao Moçarriense (2-1), que proporciona que – contrariamente ao que se chegou a supor – a U. Abrantina chegue ao último dia a depender apenas de si própria, pese embora tenha uma tarefa difícil, com a visita a Amiais de Baixo, onde mora outro dos ainda “aflitos”.
Uma referência adicional para a vitória do Cartaxo em Almeirim, frente ao União local (3-2), que fora, durante praticamente toda a época, como que um bastião inexpugnável, a comprovar uma vez mais – se tal ainda fosse necessário – a qualidade do grupo dos vice-campeões.
Por fim, pelos números categóricos, menção ainda à goleada (5-0) do Fátima na recepção ao Amiense, completando assim uma bela série de 13 triunfos noutros tantos desafios disputados no seu terreno, em paralelo com uma extraordinária sequência de 15 vitórias consecutivas!
Confirmações – Nas restantes três partidas confirmaram-se, de alguma forma, as expectativas, desde logo com o nulo registado entre União de Tomar e Riachense, com os tomarenses já com a sua posição no pódio consolidada, enquanto a formação de Riachos, visando ainda subir na tabela, terá agora como objectivo primordial a final da Taça do Ribatejo. Um desafio repartido, em que os unionistas desperdiçaram as melhores oportunidades, com situações controversas no que respeita à arbitragem, nomeadamente com uma grande penalidade que terá ficado por sancionar.
Em Rio Maior, a vitória do Mação (3-0), permitiu aos maçaenses retomar a 4.ª posição, agora com dois pontos de vantagem sobre o par formado por Riachense e Torres Novas. E isto porque os torrejanos foram desfeiteados em Fazendas de Almeirim, perdendo por 2-0.
II Divisão Distrital – Na quarta jornada da fase final, realce para a categórica vitória (goleada por 4-0) do Benavente, na recepção ao Ferreira do Zêzere. Beneficiando também do empate (1-1) entre Glória do Ribatejo e Samora Correia, os benaventenses, líderes destacados, passaram a dispor de confortável vantagem de cinco pontos sobre o trio que reparte o 3.º lugar, precisamente os três clubes antes referidos. Por seu lado, o Pego, ganhando ao U. Santarém (2-0), tirou o melhor partido de tal resultado, ascendendo ao 2.º posto, um ponto acima dos mais directos concorrentes. Apenas os escalabitanos parecem estar “fora da corrida”…
Campeonato de Portugal Prio – Na 10.ª ronda da segunda fase, o Alcanenense, somando o sexto triunfo (a que junta quatro empates, mantendo a invencibilidade), isolou-se no comando da sua série, garantindo matematicamente, ainda com quatro jogos por disputar, a manutenção no Nacional. Quanto ao Coruchense, não conseguiu ir além da igualdade (1-1) na recepção ao Torreense, isolando-se… no último lugar, agora a sete pontos do 6.º lugar, que passou a ser ocupado precisamente pela equipa de Torres Vedras. Desta forma, o escapar à despromoção começa a afigurar-se quase que como um “milagre”, de muito remota probabilidade.
Antevisão – O Campeonato Distrital da I Divisão atinge a sua jornada derradeira, com as atenções focadas, em especial, no decisivo Amiense-U. Abrantina, encontro no qual, caso haja um vencedor, tal significará o alcançar da ambicionada redenção; sendo que, para a turma de Amiais de Baixo, o empate teria o mesmo efeito, de garantir a permanência (tal poderá acontecer mesmo em caso de derrota, dependendo, nesse caso, de Empregados do Comércio e Moçarriense não conseguirem vencer os seus jogos). As contas do conjunto de Abrantes parecem ser mais lineares, “salvando-se” com a conquista dos três pontos.
No Moçarriense-Rio Maior, a turma da Moçarria apenas pode pensar igualmente na vitória, ficando ainda dependente dos resultados da U. Abrantina e dos Empregados do Comércio. Por seu lado, os “Caixeiros”, que recebem o União de Tomar, garantirão o objectivo em caso de vitória, ficando, em caso de empate (e/ou derrota) dependentes de U. Abrantina e Moçarriense. Uma curiosidade final: conseguirá o Torres Novas quebrar enfim a invencibilidade do Fátima?
Na II Divisão Distrital, realce para o “derby” Samora Correia-Benavente, com o Ferreira Zêzere a receber o Pego, enquanto o U. Santarém, visitado pelo Glória, “queima os últimos cartuchos”.
No “Campeonato de Portugal”, o Alcanenense recebe o Caldas, em jogo determinante para ditar o vencedor da série. O Coruchense terá uma difícil saída, até Loures (actual 2.º classificado).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 21 de Abril de 2016)
O Pulsar do Campeonato – 24ª Jornada
(“O Templário”, 14.04.2016)
Ainda com duas jornadas por disputar tudo ficou já definido nas posições do topo da tabela, com Cartaxo e U. Tomar a confirmarem os respectivos lugares no pódio (2.º e 3.º), depois de o Fátima ter já garantido a conquista do título de Campeão Distrital. Ao invés, na cauda da pauta classificativa a situação parece cada vez mais “embrulhada”, com sete equipas ainda envolvidas na disputa pela manutenção, embora uma delas (Rio Maior) apenas “ligada à máquina” das possibilidades matemáticas, dado o atraso de seis pontos que regista já face ao 11.º lugar.
Destaque – O destaque da 24.ª ronda vai para a goleada (4-1) imposta pelo vice-campeão, Cartaxo, na recepção ao Riachense, apesar de ter chegado ao intervalo em posição de desvantagem, operando então, no segundo tempo, excelente reviravolta no marcador.
Surpresa – A surpresa aconteceu em Mação, onde a U. Abrantina foi alcançar uma crucial vitória (2-1), a alimentar ainda a esperança na manutenção – agora a “apenas” três pontos da “linha de água” –, após uma fase em que tudo se julgaria já perdido para a turma de Abrantes.
Confirmações – Nos restantes cinco encontros, já marcados por alguma toada de “fim de estação”, os desfechos foram os que, à partida, seriam expectáveis.
Começando pelo triunfo (14.º sucessivo!) do Fátima na Moçarria (3-1), seguindo-se a tangencial vitória do União de Tomar na recepção ao At. Ouriense, num desafio em que os visitantes, carenciados de pontos, ofereceram notável resistência, apenas sendo desfeiteados por via de uma grande penalidade, tendo actuado larga fase do jogo em inferioridade numérica, a partir desse momento apenas com nove elementos em campo. Para os tomarenses, o mais importante foi alcançado, somando os três pontos que lhes garantem o 3.º lugar, num bom desempenho, a confirmar a consistência da 2.ª posição da temporada anterior, sendo justo endereçar os parabéns a todo o grupo unionista: directores, equipa técnica, jogadores e corpo médico.
Também o Torres Novas voltou a vencer, depois de ter surpreendido o Cartaxo na ronda precedente, batendo o U. Almeirim por 3-1, tendo também consumado a reviravolta no marcador, depois de ter começado por sofrer o tento inicial.
Por seu lado, os Empregados do Comércio, em jogo em que tinham uma oportunidade singular para vencer, recebendo o “lanterna vermelha”, Rio Maior, não desperdiçaram tal ocasião, ganhando por 2-0, dando, por agora, um pulo na classificação, transpondo a “linha de água”, ascendendo ao 10.º lugar, dois pontos acima do Moçarriense, agora 12.º classificado, entretanto empurrado para indesejável posição, em zona de despromoção.
Finalmente, no Amiense-Fazendense, confirmou-se o resultado mais conveniente para ambos os clubes, empatando a uma bola, permitindo à formação de Fazendas de Almeirim praticamente colocar-se a salvo (agora já com uma margem de segurança de quatro pontos em relação ao Moçarriense, com o grupo de Amiais de Baixo a manter-se apenas um ponto abaixo do seu adversário desta ronda, o que implica que terá de continuar alerta nas duas jornadas finais…
II Divisão Distrital – Na terceira ronda da fase final, destaque para o triunfo (2-0) do Benavente em Santarém, frente ao União local, o que lhe proporcionou isolar-se na liderança, já com três pontos de avanço face ao 3.º e 4.º classificados. Em Ferreira do Zêzere, que teve a visita do Samora Correia, as equipas não desfizeram o nulo no marcador, pelo que os ferreirenses ocupam agora o 2.º posto, a dois pontos do guia, com os samorenses a repartir a 3.ª posição com o Glória do Ribatejo, vencedor ante o Pego (2-1).
Campeonato de Portugal Prio – Na 9.ª jornada da segunda fase, o Alcanenense voltou a ganhar (2-0), na recepção ao “lanterna vermelha”, Crato, igualando assim o Caldas na liderança; a cinco rondas do termo da competição, a formação de Alcanena dispõe agora de 12 pontos de vantagem sobre o Sertanense (6.º na classificação) – tendo, por outro lado, 10 pontos a mais que o 3.º classificado –, pelo que a manutenção estará virtualmente garantida. Ao invés, o Coruchense, perdendo pela mesma marca no terreno do novo líder da sua série, Malveira, está cada vez em situação mais delicada, partilhando agora a última posição com o Eléctrico de Ponte de Sôr, ambos já a seis pontos do 6.º lugar, que continua a ser ocupado pelo Sacavenense; salvo uma sensacional recuperação, a despromoção parece estar cada vez mais à vista…
Antevisão – Na próxima ronda da I Divisão Distrital, o destaque vai para a luta pela manutenção, com duas partidas a assumir o cariz de “finais”, o At. Ouriense-Empregados do Comércio, tal como o U. Abrantina-Moçarriense, em que os vencedores poderão dar um passo decisivo para alcançar o objectivo, ao mesmo tempo que colocarão os eventuais derrotados em situação ainda mais crítica. Já sem implicações significativas a nível da classificação, o U. Tomar recebe o Riachense, enquanto o Fazendense esperará um resultado positivo na recepção ao Torres Novas, que lhe proporcione enfim a tranquilidade nesta conturbada época.
Na II Divisão Distrital, defrontam-se os dois primeiros, com o Benavente a receber o Ferreira do Zêzere, enquanto o par que reparte a 3.ª posição se encontra também na Glória do Ribatejo; por fim, teremos ainda o jogo entre os actuais dois últimos classificados, Pego-U. Santarém, já de contornos determinantes em caso de derrota, especialmente no caso dos escalabitanos.
No “Campeonato de Portugal”, o Alcanenense desloca-se a Peniche, para defrontar uma equipa em posição aflitiva (penúltimo classificado), já a quatro pontos do Sertanense; por seu lado, o Coruchense recebe o Torreense, primeiro clube acima da “linha de água”, num jogo em que outro resultado que não a vitória poderá traduzir o consumar do regresso ao Distrital.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 14 de Abril de 2016)
Liga Europa – Sorteio das 1/2 Finais
Shakhtar Donetsk – Sevilla
Villarreal – Liverpool
Os jogos desta eliminatória serão disputados nos próximos dias 28 de Abril e 5 de Maio de 2016.
Liga dos Campeões – Sorteio das 1/2 Finais
Manchester City – Real Madrid
At. Madrid – Bayern
Os jogos da primeira mão serão disputados nos próximos dias 26 e 27 de Abril de 2016. Por seu lado, as partidas da segunda mão estão agendadas para 3 e 4 de Maio.
Liga Europa – 1/4 final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Shakhtar Donetsk - Sp. Braga 4-0 2-1 6-1 Sparta Praha – Villarreal 2-4 1-2 3-6 Sevilla - Athletic Bilbao 1-2 2-1 (5-4 gp) 3-3 Liverpool - Borussia Dortmund 4-3 1-1 5-4
Liga dos Campeões – 1/4 Final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Real Madrid - Wolfsburg 3-0 0-2 3-2 Benfica – Bayern 2-2 0-1 2-3 At. Madrid - Barcelona 2-0 1-2 3-2 Manchester City - P. St.-Germain 1-0 2-2 3-2
Sinal notório do grande equilíbrio dos confrontos destes 1/4 de final: todas as quatro eliminatórias decididas por tangencial margem de 3-2 no agregado das duas mãos.
Liga dos Campeões – 1/4 Final (2ª mão) – Benfica – Bayern
Benfica – Ederson Moraes, André Almeida, Jardel, Victor Lindelöf, Eliseu (88m – Luka ), Ljubomir Fejsa, Renato Sanches, Eduardo Salvio (68m – Anderson Talisca), Mehdi Carcela-González, Pizzi (58m – Gonçalo Guedes) e Raúl Jiménez
Bayern München – Manuel Neuer, Philipp Lahm, Joshua Kimmich, Javi Martínez, David Alaba, Thiago Alcântara, Xabi Alonso (90m – Juan Bernat), Arturo Vidal, Douglas Costa, Thomas Müller (84m – Robert Lewandowski) e Franck Ribéry (90m – Mario Götze)
1-0 – Raúl Jiménez – 27m
1-1 – Arturo Vidal – 38m
1-2 – Thomas Müller – 52m
2-2 – Anderson Talisca – 76m
Cartões amarelos – Mehdi Carcela-González (70m) e André Almeida (90m); Javi Martínez (74m)
Árbitro – Björn Kuipers (Holanda)
Numa conclusão sumária, confirmou-se que a “missão era impossível”.
E, todavia – mesmo privado do concurso de Jonas (castigado), Nico Gaitán, Mitroglou (para além de Júlio César ou Luisão), por lesão -, o Benfica até começou por conseguir o que parecia mais difícil, ao colocar-se em vantagem no marcador, numa excelente antecipação, em voo, de Raúl Jiménez, a aproveitar uma saída em falso de Neuer, a cabecear sem hipóteses para o guardião bávaro, igualando assim a eliminatória.
Mas, efectivamente – e pese embora nova boa exibição do guarda-redes Ederson -, o mais difícil era mesmo manter a baliza benfiquista inviolada, tal a expressão de posse de bola da equipa alemã (a aproximar-se, no final da partida, dos 70%), e a pressão imposta sobre o meio campo e zona defensiva contrária, qual “rolo compressor”.
Poderiam as coisas ter sido diferentes, em termos de desfecho da eliminatória? Quem sabe, se o Benfica tivesse concretizado a soberana oportunidade de que dispôs para ampliar o resultado para 2-0 (negada por Neuer), apenas quatro minutos volvidos após o primeiro tento… talvez pudesse prolongar o sonho.
Como se receava, o golo do Bayern – novamente por Vidal, numa recarga de “baliza aberta”, após um deficiente desvio de Ederson, para a frente, e para a zona central -, empatando o jogo, poucos minutos antes do intervalo, praticamente sentenciou tal desfecho.
Depois, com a obtenção do segundo tento pelos alemães, num lance estudado de bola parada (canto), chegou a poder recear-se que algum desânimo se apoderasse da equipa portuguesa, que veria ainda uma bola embater no poste da baliza de Ederson.
Mas não, o grupo soube reagir da melhor forma à desilusão, não virando a cara à luta, enfrentando o adversário “olhos nos olhos”, conseguindo, na sequência de uma soberba execução de Talisca, na conversão de um livre, marcar novamente, restabelecendo a igualdade.
E o mesmo Talisca teria ainda nos pés, também na marcação de um outro livre, a cinco minutos do final, a possibilidade de dar a vitória ao clube português, com a bola, contudo, a sair ligeiramente ao lado da baliza. Até final, seria o conjunto benfiquista a procurar com mais insistência chegar ainda ao golo.
No conjunto das duas mãos, o tangencial diferencial de 2-3, espelha bem a oposição que o Benfica ofereceu ao amplamente favorito Bayern, dispondo de meios e recursos largamente superiores.
Não aconteceu a desejada “noite mágica” no Estádio da Luz, mas foi de forma honrosa que a equipa portuguesa se despediu da Liga dos Campeões, concluindo uma bela campanha nesta temporada.
Uma palavra, para definir a atitude e o comportamento do Benfica nestes dois jogos: Dignidade!