Resultados vs. projecções
5 Junho, 2011 at 11:59 pm Deixe um comentário
Numa primeira análise dos resultados, ainda muito “a quente”, e de forma bastante sintética, diria que não houve grandes surpresas, uma vez que o desfecho era de alguma forma previsível; a título de curiosidade, indico abaixo uma comparação entre as projecções que aqui tinha apresentado na sexta-feira e os resultados finais apurados:
- No que respeita a votação, e relativamente à projecção de 37 % para o PSD, 30 % para o PS, 12 % para o CDS, 8 % para a CDU e 6 % para o BE; constata-se portanto que o PSD regista mais 1,6 %, o PS menos 2 %, o BE menos 1 %, ficando o CDS e CDU dentro das percentagens estimadas.
- A nível de deputados, a minha projecção apontava para os seguintes números (excluindo emigração): PSD, 99; PS, 78; CDS, 24; CDU, 15; BE, 10. Verifica-se portanto que o PSD elegeu mais 6 deputados; o PS menos 5; a CDU mais 1; o BE menos 2; tendo acertado precisamente no número de deputados do CDS.
- Em termos de círculos eleitorais, a comparação entre os resultados apurados no que respeita a deputados eleitos e as projecções resumem-se da seguinte forma: correspondência total nos círculos de Aveiro, Leiria, Viseu, Viana do Castelo, Madeira, Vila Real, Açores, Castelo Branco, Bragança, Évora, Beja e Portalegre; diferenças nos círculos eleitorais de Lisboa (mais 1 deputado para o PSD; menos 2 para o PS); Porto e Guarda (mais 1 deputado para o PSD; menos 1 para o PS); Braga (menos 1 deputado para o BE); Setúbal, Santarém e Coimbra (mais 1 deputado para o PSD); e Faro (menos 1 deputado para o PS; mais 1 para a CDU).
Em relação às projecções anunciadas pelas televisões às 20 horas, dada a amplitude dos intervalos, todas elas acertaram nos resultados finais, com PSD, CDS, CDU e BE a alcançarem resultados mais próximos do limite inferior do intervalo, e o PS mais próximo do limite superior.
As sondagens que foram sendo apresentadas no decurso da campanha eleitoral acabaram por ficar um pouco afastadas dos resultados finais, em meu entender essencialmente devido às datas em que os estudos foram realizados, não conseguindo captar na íntegra a evolução final, nos últimos dias, das tendências que, não obstante, vinham detectando já na segunda semana de campanha.
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