Archive for Janeiro, 2011

“Os conteúdos online dos jornais portugueses devem ser pagos pelo leitor?” e outros equívocos

«Grassam três equívocos no espaço comunicacional, veiculados por representantes da indústria incumbente, que é bastante poderosa e acredita precisamente no seu poder para (voltar a) impôr o seu modelo sobre a sociedade, repondo o status quo nos eixos.

Equívoco 1: os consumidores de informação pagam as notícias.

Equívoco 2: o leitor só tem jornalismo de qualidade se pagar por ele.

Equívoco 3: o acesso à informação na Internet é grátis.

[…]»

(Paulo Querido, no “Ondas na Rede“)

31 Janeiro, 2011 at 3:19 pm Deixe um comentário

Nomeações para os Óscares – 2011

São já conhecidas as nomeações para os Óscares, a atribuir em cerimónia a realizar no próximo dia 27 de Fevereiro.

Como candidatos ao prémio de melhor filme, foram nomeados:

  • “Cisne Negro” (Black Swan)
  • “The Fighter”
  • “A Origem” (Inception)
  • “Os Miúdos Estão Bem” (The Kids Are All Right)
  • “O Discurso do Rei” (The King’s Speech)
  • “127 Horas” (127 Hours)
  • “A Rede Social” (The Social Network)
  • “Toy Story 3”
  • “Indomável” (True Grit)
  • “Despojos de Inverno” (Winter’s Bone)

Os nomeados para melhor realizador são: Darren Aronofsky (“Cisne Negro”), David O. Russell (“The Fighter”), Tom Hooper (“O Discurso do Rei”), David Fincher (“A Rede Social”) e Joel e Ethan Coen (“Indomável”).

Para o óscar de melhor actor foram nomeados: Javier Bardem (“Biutiful”), Jeff Bridges (“Indomável”), Jesse Eisenberg (“A Rede Social”), Colin Firth (“O Discurso do Rei”) e James Franco (“127 Horas”).

Em relação às nomeações para melhor actriz, foram seleccionadas: Annette Bening (“Os Miúdos Estão Bem”), Nicole Kidman (“Rabbit Hole”), Jennifer Lawrence (“Despojos de Inverno”), Natalie Portman (“Cisne Negro”) e Michelle Williams (“Blue Valentine – Só Tu e Eu”).

25 Janeiro, 2011 at 2:17 pm Deixe um comentário

Eleições Presidenciais 2011

Já quase tudo foi dito e escrito sobre as eleições presidenciais de ontem, pelo que, «para memória futura», aqui deixo apenas algumas breves notas adicionais:

  • Lamentável a confusão originada com o novo cartão do cidadão, sem indicação do número de eleitor, dificultando e impossibilitando mesmo, em alguns casos, o exercício do  dever cívico dos cidadãos eleitores. Suponhamos que Cavaco Silva tivesse registado 49,9 % dos votos e que Manuel Alegre e Fernando Nobre tivessem ficado separados por margem mais escassa, e imaginemos o impacto que esta situação poderia ter tido no desfecho final da votação.
  • Contundente a derrota averbada por Manuel Alegre, que não terá tido a capacidade de compreender e interpretar da forma mais apropriada as motivações para o resultado obtido em 2006. Apoiado por uma aliança contra-natura entre Bloco de Esquerda e Partido Socialista, viu cerca de 300 000 votantes escaparem-lhe e – tal como acontecera a Mário Soares – acaba por encerrar a sua carreira sem brilho.
  • O mesmíssimo erro que Fernando Nobre poderá estar a ser induzido a cometer, ao sobrevalorizar e apropriar-se dos quase 600 000 votos que ontem obteve, que, como já bem ficou demonstrado, traduzem  uma intenção expressa num determinando momento, num contexto e circunstância particulares, de difícil repetição, e que, tendencialmente, se esgota nesse acto.
  • A par da votação em Fernando Nobre, sintomática a expressão do voto de protesto face ao sistema político na sua generalidade, quer por via dos votos brancos e nulos (mais de 6 %!), quer no candidato José Manuel Coelho (4,5 %) – somando um total de cerca de 25 % dos votos direccionados para opções excluindo os candidatos mais conotados com o sistema partidário. Começa a notar-se uma certa reincidência de casos em que os portugueses são levados a considerar que as eleições não são “a sério” – no sentido em que, ou têm um resultado esperado pré-determinado, ou são apercebidas como não tendo importância para o seu dia a dia, como ocorreu, por exemplo, nas eleições para o Parlamento Europeu – e em que, consequentemente, se sentem libertos ou até, de alguma forma, desresponsabilizados, o que lhes permite canalizar as suas opções para este tipo de voto. Porventura nunca, em 35 anos de Democracia, os portugueses terão tido, como tiveram ontem, tanta dificuldade em fazer uma escolha convicta por um dos candidatos.
  • Como os eleitores “têm sempre razão”, mesmo quando optam por não votar (e, em particular, quando “votam em branco”, uma singular expressão de vontade), este tipo de comportamento, a par do preocupante nível de abstenção – traduzindo um verdadeiro “cartão amarelo” ao sistema político – requer uma reflexão aprofundada sobre as práticas políticas, o tipo de campanha eleitoral que se vai, cada vez mais, fazendo, e sobre quais são efectivamente as reais preocupações dos portugueses.
  • Tal como em 2006, não é indicado procurar minimizar a legitimidade política da vitória de Cavaco Silva; a margem obtida face aos restantes candidatos “fala por si”, sendo cabalmente esclarecedora. Tal como não foi certamente a via mais indicada a adoptada pelo Presidente recandidato e reeleito no teor do seu discurso de vitória, repreendendo os abstencionistas e acusando os adversários de terem baseado a campanha em ataques pessoais. Em contraponto ao digno discurso de derrotado de Manuel Alegre e ao lúcido discurso de Pedro Passos Coelho, desligando o resultado da eleição presidencial de outras ilações de índole partidária.

24 Janeiro, 2011 at 10:57 pm 1 comentário

Resultados das Eleições Presidenciais 2011


(via)

23 Janeiro, 2011 at 10:27 pm Deixe um comentário

A Campanha em “Discurso Directo”

As citações “falam por si”, relativamente à elevação e esclarecimento proporcionado pelo debate.

Uma campanha completamente desfocada da realidade, provocando mais do que um inevitável alheamento dos portugueses: afugentando-os mesmo da ida às assembleias de voto – no Domingo à noite lá teremos o tradicional carpir de mágoas pelo elevadíssimo nível de abstenção, e seus efeitos nefastos para a solidez da nossa democracia. Ficou por fazer o balanço de 5 anos de Presidência de Cavaco Silva…

10.01.2011

  • Defensor de Moura pede «a demissão do Presidente da República»;
  • Manuel Alegre solicita a Cavaco Silva que interrompa a campanha, para «explicar que a subida dos juros da dívida é artificial, que é uma injustiça» junto da Europa;
  • Cavaco Silva declara não responder aos adversários «por mais loucos que eles sejam».

11.01.2011

  • O mandatário distrital de Cavaco Silva em Portalegre, José Roquete, pede uma maior intervenção do Presidente num segundo mandato, para «mudar o rumo do país»; «Use os seus poderes sem medo e na altura necessária»;
  • Cavaco Silva, a propósito da proposta de Manuel Alegre, refere que a mesma «revela uma tal ignorância da política externa que eu nem devo comentar»;
  • Manuel Alegre acusa Cavaco Silva de não dar garantias de «estabilidade política e social», e de ter voltado «ao seu estilo antigo, da arrogância, do homem que nunca se engana, que tem sempre razão».

12.01.2011

  • Francisco Lopes acusa Cavaco Silva de pretender «desresponsabilizar-se das políticas» do Governo, com que afirma estar «profundamente envolvido», permitindo «uma solução que sirva os especuladores»;
  • Manuel Alegre anuncia que a reeleição de Cavaco «pode abrir caminho não apenas para uma mudança de Governo ou da maioria, mas também para uma mudança da democracia», e que, consequentemente, «a democracia deixará de ser a mesma»;
  • José Manuel Coelho considera-se como o «José Mourinho da política portuguesa», na sua condição de «outsider».

13.01.2011

  • José Manuel Coelho critica a direita portuguesa, integrando como acção de campanha a tentativa de «oferecer um submarino de brincar a Paulo Portas»;
  • Fernando Nobre acusa Cavaco Silva de «estimular o medo», ao falar na hipótese de ocorrer a prazo uma crise política;
  • Manuel Alegre volta a apontar um cenário catastrofista, acusando a direita de querer a Presidência, o Governo, e a maioria, concluindo: «A democracia será mutilada».

14.01.2011

  • Manuel Alegre acusa Cavaco Silva de «violar a laicidade e a separação da igreja do Estado», por ter pedido a um pároco que apelasse aos cidadãos a votarem;
  • Em comício em Arcos de Valdevez, Cavaco Silva apresenta-se como o «candidato do povo»;
  • José Manuel Coelho acusa Cavaco Silva de «despesismo», afirmando que o gasto anual de 16 milhões de euros não é coerente com o discurso de «poupança e racionalização».

15.01.2011

  • Manuel Alegre critica Cavaco Silva por este lamentar que a sua mulher «tenha uma reforma de 800 euros mensais»;
  • Fernando Nobre protesta pela falta de cobertura da sua campanha no semanário “Expresso”, considerando que «querem silenciar a sua candidatura presidencial»;
  • Francisco Lopes qualifica como «hipócritas» as declarações de Cavaco Silva sobre «alguma injustiça nos cortes salariais».

16.01.2011

  • Cavaco Silva afirma que está «montada contra si uma campanha de calúnias, mentiras e insinuações»;
  • Manuel Alegre aponta a Cavaco Silva estar a demonstrar «algum nervosismo e alguma perturbação», recordando que foi o recandidato a trazer para a campanha palavras como «louco» e «medíocres»;
  • Fernando Nobre declara confiar que o «povo anónimo» lhe vai dar um bom resultado nas eleições, independentemente das intenções de voto que lhe atribuam as sondagens.

17.01.2011

  • Defensor Moura acusa Cavaco Silva de ser «inculto politicamente»;
  • Manuel Alegre reage às críticas de Cavaco Silva, objectando que é «impróprio um candidato a chefe de Estado nada esclarecer numa campanha»;
  • José Manuel Coelho afirma que «Os políticos, tal como as fraldas, têm de ser mudados de vez em quando. Porque senão cheiram mal».

18.01.2011

  • Manuel Alegre volta a dramatizar: «Esta é uma luta de vida ou de morte para a democracia nacional»;
  • Fernando Nobre acusa Cavaco Silva de «ter destruído o sector produtivo português»;
  • Defensor Moura reclama «política com nobreza».

19.01.2011

  • Fernando Nobre aproveita «para falar olhos nos olhos a Manuel Alegre e perguntar-lhe se ele na segunda volta desiste a meu favor, porque quem vai à segunda volta com Cavaco Silva sou eu e quem vai vencer o professor Cavaco Silva sou eu»;
  • Manuel Alegre critica Cavaco Silva por ter pedido uma eleição à primeira volta «para poupar dinheiro ao país», considerando que o candidato está a ser «populista»;
  • Em resposta aos rumores sobre a aquisição da sua casa de férias, Cavaco Silva limita-se a responder «Já chega. De desonestidade já chega».

20.01.2011

  • Fernando Nobre considera que o povo vê em Cavaco um «passado que não quer mais», ao mesmo tempo que refere «só desistir se me dessem um tiro na cabeça»;
  • Manuel Alegre, a propósito de sondagens desfavoráveis, menciona ter tido «o mesmo sentimento de quando foi anunciada a pseudo-derrota do General Humberto Delgado»;
  • José Manuel Coelho critica as «sondagens falsas encomendadas pelos corruptos do país», indicando que os portugueses têm domingo uma «oportunidade para correr com a canalha que prejudica o país».

21 Janeiro, 2011 at 5:25 pm Deixe um comentário

Mandato de J. F. Kennedy via Twitter

Comemorando o 50º aniversário da tomada de posse de John Fitzgerald Kennedy como Presidente dos EUA, que se cumpre no próximo dia 20 de Janeiro, numa iniciativa da “John F. Kennedy – Presidential Library and Museum“, foi criada uma conta no Twitter, sob a designação @Kennedy1961, na qual têm vindo a ser publicadas mensagens com citações de Kennedy ao longo da campanha eleitoral de 1960 e que, a partir do referido dia do cinquentenário, passará a recordar outras frases do célebre Presidente, ao longo dos seus cerca de 1000 dias de mandato.

15 Janeiro, 2011 at 12:40 pm Deixe um comentário

New York – “Time Lapse”

NYC – Mindrelic Timelapse from Mindrelic on Vimeo.

(via)

15 Janeiro, 2011 at 12:29 pm Deixe um comentário

José Mourinho eleito melhor treinador do mundo em 2010

Face a uma concorrência de peso – Vicente del Bosque (Campeão do Mundo pela selecção espanhola) e Pep Guardiola (treinador do Barcelona) -, José Mourinho foi hoje eleito, por seleccionadores, jogadores e jornalistas de todo o planeta, como o melhor treinador mundial do ano de 2010, assim vendo reconhecido pela FIFA (no primeiro ano em que é também distinguido um treinador, para além da tradicional eleição do melhor jogador – neste caso, com Lionel Messi a bisar o título já conquistado no ano anterior) o seu papel determinante nos êxitos alcançados pelo Inter de Milão: Campeão de Itália, vencedor da respectiva Taça, e Campeão Europeu.

10 Janeiro, 2011 at 7:35 pm Deixe um comentário

SIC Notícias – 10 anos

Um novo paradigma na informação televisiva em Portugal, desde há 10 anos.

8 Janeiro, 2011 at 11:26 pm 1 comentário

Surface V2

7 Janeiro, 2011 at 10:27 pm Deixe um comentário

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