Archive for 14 Novembro, 2009

Portugal – Bósnia-Herzegovina (Mundial 2010 – “Play-off”)

Na primeira de duas partidas decisivas para definir o apuramento para a Fase Final do Campeonato do Mundo de Futebol, a disputar no próximo ano na África do Sul, a  equipa portuguesa teria uma entrada promissora, com a bola a rondar a baliza da Bósnia por algumas vezes nos primeiros cinco minutos, com Raul Meireles, Simão e Liedson a tentar a sorte.

Aos 6 minutos, o primeiro aviso da Bósnia, com Misimović a demonstrar grande espontaneidade no remate… um pouco por cima da trave. À passagem dos 12 minutos, a Bósnia teria outras duas boas iniciativas de ataque, não obstante inconsequentes.

Para, em cima do quarto de hora, Nani procurar despertar novamente a selecção nacional; pouco depois, com 18 minutos decorridos, não seria contudo expedito no remate, em situação privilegiada, já em plena área. Mais dois minutos decorridos, Bruno Alves não conseguiria também ser efectivo na concretização.

Cada vez mais ameaçadora – depois de um livre directo, na zona frontal, a embater na muralha defensiva bósnia, aos 25 minutos, e de um remate de Raul Meireles, a obrigar o guarda-redes Hasagić a intervenção difícil, à meia hora de jogo – a equipa portuguesa acabaria mesmo por chegar ao golo, no minuto seguinte, num imparável desvio de cabeça de Bruno Alves, a dar a melhor sequência a um cruzamento de Nani.

Aos 38 minutos, seria a vez de Eduardo ser colocado à prova por Salihović, com um remate forte, a obrigar o guarda-redes português a aplicar-se a fundo. Parecendo afrouxar o ritmo de jogo, a equipa portuguesa permitia à bósnia subir no terreno; aos 42 minutos, Ibričić dava novo e sério aviso, surgindo a cabecear, com a bola a embater com estrondo na barra. O intervalo parecia chegar em boa hora para a selecção nacional.

No início da segunda parte, no retomar do jogo, mantinha-se uma toada de domínio repartido, com a Bósnia a procurar – quando tinha possibilidade para tal – instalar-se no meio terreno português.

O encontro apenas animaria já na aproximação à hora de jogo, primeiro com um excelente trabalho de Liedson, “picando” a bola sobre um defesa, para, já isolado, na cara do guardião, rematar ao lado; logo de seguida, com Deco a rematar desastradamente, quando tinha condições para dilatar a vantagem; e, ainda, Raul Meireles, também a não ser eficaz.

Na melhor fase da equipa portuguesa – com dez minutos de intensa pressão – , Simão Sabrosa, numa boa iniciativa sobre o lado esquerdo, já dentro da área, não conseguiria contudo finalizar.

A equipa Bósnia parecia em nítida perda, recuando no terreno, denotando alguma falta de frescura física – ao mesmo tempo que algumas das suas principais figuras iam vendo cartões amarelos, que afastarão Muratović, Rahimić e Spahić do jogo de quarta-feira, em Zenica -, quando, de forma inesperada, Edin Džeko ameaçaria a baliza portuguesa, com um remate quase a embater no poste, estavam decorridos 75 minutos. 

Curiosamente, o episódio mais extraordinário deste jogo estava ainda por chegar: aos 88 minutos, com toda a defesa portuguesa paralisada, atónita, a ver o que se estava a passar, os bósnios – na mesma jogada – rematariam consecutivamente, primeiro à trave, de imediato ao poste, num lance que, miraculosamente, não resultou em golo. 

A partida encerraria com uma defesa apertada de Hasagić, a negar o golo a Tiago. 

Frente a uma equipa que se mostrou desinibida, com a vitória pela margem mínima hoje alcançada (ficando a dever a si própria a obtenção de um resultado mais confortável) – mas com o importante factor de não ter sofrido golos em casa -, a selecção nacional deverá ter de demonstrar capacidade de sofrimento na Bósnia; não obstante, em condições normais, dificilmente deixará de ser apurada.

Portugal – Eduardo; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Pepe, Raul Meireles e Deco (84m – Tiago); Nani (68m – Fábio Coentrão), Simão Sabrosa (88m – Hugo Almeida) e Liedson

Bósnia-Herzegovina– Kenan Hasagić, Sanel Jahić, Safet Nadarević e Emir Spahić; Senijad Ibričić, Samir Muratović (86m – Miralem Pjanić), Elvir Rahimić, Zvjezdan Misimović (81m – Zlatan Muslimović) e Sejad Salihović; Vedad Ibišević e Edin Džeko

1-0 – Bruno Alves – 31m

Cartões amarelos – Deco (13m); Vedad Ibišević (15m), Samir Muratović (37m), Elvir Rahimić (48m) e Emir Spahić (71m)

Árbitro – Martin Atkinson (Inglaterra)

Nos outros jogos dos play-off na Europa, a Rússia venceu tangencialmente (2-1) a Eslovénia; a França foi vencer à Irlanda, por 1-0; enquanto a Grécia empatou a zero com a Ucrânia.

Entretanto, garantiram também o apuramento, após os encontros hoje disputados, as selecções da Nova Zelândia, Nigéria e Camarões, assim elevando para 26 o número de equipas já qualificadas, juntando-se a Brasil, Chile, Paraguai, Argentina, EUA, México, Honduras, Dinamarca, Suíça, Eslováquia, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Sérvia, Itália, Holanda, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Ghana, Costa do Marfim e África do Sul.

Para completar o lote de 32 finalistas, subsiste por definir a  atribuição de seis vagas: para além das quatro que resultarão dos play-off europeus, uma a disputar entre Costa Rica e Uruguai, e, a derradeira, a decidir entre Argélia e Egipto (que – depois da vitória egípcia por 2-0 no jogo de hoje, colocando em absoluta igualdade de pontos e golos marcados e sofridos ambas as selecções – terão de desempatar na próxima quarta-feira, em jogo a realizar no Sudão).

14 Novembro, 2009 at 11:23 pm Deixe um comentário


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