Archive for 6 Março, 2008
Taça UEFA – 1/8 Final
Anderlecht – Bayern Munich – 0-5
Fiorentina – Everton – 2-0
Marseille – Zenit St.-Petersburg – 3-1
Bolton – Sporting – 1-1
Glasgow Rangers – Werder Bremen – 2-0
Bayer Leverkusen – Hamburger – 1-0
Tottenham – PSV Eindhoven – 0-1
Benfica – Getafe – 1-2
Benfica – Quim, Nélson, Luisão (29m – Zoro), Edcarlos, Léo, Katsouranis, Cristián Rodríguez, Di María (62m – Mantorras), Rui Costa, Sepsi e Óscar Cardozo
Getafe – Óscar Ustari, Cosmin Contra, Belenguer, Cata Díaz, Lucas Licht, Albín, Casquero, Pablo Hernández, Esteban Granero (45m – Mario Cotelo), De la Red (73m – Celestini) e Braulio (61m – Manu)
0-1 – De la Red – 25m
0-2 – Pablo Hernández – 67m
1-2 – Mantorras – 76m
Cartões amarelos – Braulio (21m), De la Red (35m), Lucas Licht (82m), Casquero (85m) e Pablo Hernández (90m)
Cartão vermelho – Óscar Cardozo (9m)
Árbitro – Grzegorz Gilewski (Polónia)
Numa partida em que parecia querer demonstrar uma coesão e um futebol colectivo que tem estado arredado do clube nesta época, o Benfica, por culpas próprias, conjugadas com alguma infelicidade, cedo ofertou vantagem ao seu oponente.
Quando – logo aos 9 minutos – o seu único avançado, Óscar Cardozo, repetindo um gesto que já esboçara no último jogo contra o Sporting (face a Tonel), agrediu com uma cotovelada um jogador adversário, sendo expulso com cartão vermelho directo, o Benfica tomou consciência que este seria um desafio difícil, perante uma equipa (estreante nas provas europeias) que, em 8 jogos na edição desta época na Taça UEFA, sempre marcara (sendo o seu resultado típico o… 2-1).
O aviso chegaria logo aos 17 minutos, com Quim a responder com uma excelente defesa, adiando o golo… até aos 25 minutos, em que uma desatenção de Léo, perdendo a bola em zona proibida, e um ressalto (in)feliz do remate de De la Red em Edcarlos trairia inapelavelmente o guardião benfiquista.
E, quando, decorridos apenas mais 4 minutos, Luisão teve de abandonar o relvado, ressentindo-se de uma lesão, receou-se o pior. Nessa fase, o que se pedia era que o Benfica procurasse manter a serenidade, não se entregando.
Beneficiando do facto de o Getafe – especializado num sistema de jogo que explora velozes contra-ataques – não assumir deliberadamente uma toada ofensiva, a equipa benfiquista conseguiria controlar o jogo, dispondo mesmo de uma soberana ocasião para empatar a partida, ainda na fase inicial da segunda parte.
Como que adormecendo o jogo, sem criar oportunidades de perigo, o Getafe acabaria por – pouco depois de, com a entrada de Mantorras, o Benfica parecer querer assumir, não obstante a inferioridade numérica, uma toada ofensiva -, em nova jogada rápida, chegar ao segundo golo, iam decorridos 66 minutos, colocando alguma injustiça no marcador.
Para, no minuto seguinte, Edcarlos, a um metro da linha de golo, colocar o pé por baixo da bola, fazendo-a subir e embater no poste, em mais um momento de grande infelicidade… e imperícia.
O sinal de inconformismo perante a adversidade sairia dos pés de Mantorras, num remate potente, de meia-distância, com o Benfica finalmente a chegar ao golo.
Com o golo e com o apoio do (escasso) público, a equipa animar-se-ia, à entrada dos dez minutos finais, superando-se em termos de atitude e entrega ao jogo, acreditando, indo em busca do golo do empate.
Teria ainda uma oportunidade para tal, num livre marcado por Rui Costa, com a bola a ser desviada para canto, numa fase de grande confusão nas imediações da área da equipa espanhola, então algo desconcentrada e perdendo o controlo do jogo. Contudo, nos derradeiros cinco minutos, o Benfica acusaria o desgaste de um encontro pratcamente disputado na íntegra com um jogador a menos.
Numa das melhores e mais esforçadas exibições dos últimos meses – a par do jogo em Guimarães – o Benfica acaba por averbar uma derrota com algum travo de injustiça, tornando muito complexas as possibilidades de apuramento nesta eliminatória.
Em Inglaterra, o Sporting conseguiu alcançar um promissor empate a um golo (mais uma vez com Vukcevic a resolver), partindo para a 2ª mão em vantagem na eliminatória, em busca do almejado apuramento para os 1/4 Final da Taça UEFA.
E se…?
Escreve Nuno Gouveia, no seu (excelente) blogue de acompanhamento das eleições presidenciais estado-unidenses:
“Nunca nos tempos modernos assistimos a Brokered Conventions, mas se esse for o caso, ainda há uma réstia de esperança para uma grande teoria que já li algures. No meio do processo de indecisão, surge uma terceira figura, que reúne o consenso do partido e emerge como o candidato democrata. E esse nome é… Al Gore. Improvável… mas não impossível. Seria uma história que faria as delícias dos jornalistas, dos analistas e dos… republicanos.”
Esta será – porventura mais do que esta outra – uma verdadeira questão de retórica (?).
Nesta fase parece-me mais que improvável; seria uma verdadeira revolução. Não julgo que, neste momento, Al Gore aceitasse candidatar-se a estas eleições. Mas, por outro lado, não consigo deixar de pensar que os Democratas continuam a sentir-se de alguma forma órfãos em relação a Gore, aparentemente sem capacidade para optar entre Barack Obama e Hillary Clinton.
La Gran Guía de los Blogs 2008
La Gran Guía de los Blogs 2008 – disponível para download em PDF – é uma publicação originada por uma tripla motivação: a vontade de abrir um novo espaço de reflexão sobre o estado da blogosfera; abrir uma nova via de acesso ao denso mas interessante debate gerado pela blogosfera; e promover e estimular a presença do espanhol na rede.
Trata-se de uma publicação sob a forma de anuário, sujeito a renovação e ampliação, de consulta obrigatória para quem se interessa pelo fenómeno.