Archive for 29 Agosto, 2006
O FLAGELO DO DOPING (III)
Seria a morte do ciclista dinamarquês Knud Enemark Jensen nos Jogos Olímpicos de Roma (1960) – vítima de consumo excessivo de Ronicol – a despoletar o início do processo de controlo anti-doping, praticado pela primeira vez aquando dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964 (porém sem que fosse efectuada divulgação dos resultados); apenas a partir de 1968 o Comité Olímpico Internacional “oficializaria” esses testes, tendo sido identificado um único caso, o do atleta sueco de pentatlo moderno Hans-Gunnar Liljenwall.
Outros dois ciclistas integram os casos de mortes por ingestão de substâncias dopantes: Tom Simpson, falecido durante a escalada do Mont Ventoux, na Volta a França em bicicleta de 1967, vítima do consumo de anfetaminas; e Marco Pantani, vencedor do “Tour de France”, morto aos 34 anos, vítima de cocaína.
Outro caso de grande polémica e controvérsia foi o de Florence Griffith Joyner, atleta estado-unidense, campeã olímpica e recordista mundial dos 100 metros, morta aos 38 anos, de crise cardíaca.
O FLAGELO DO DOPING (II)
O doping é a prática que consiste em absorver substâncias visando melhorar artificialmente as capacidades físicas ou mentais.
As principais substâncias proibidas agrupam-se nas seguintes classes de dopantes:
– Esteróides anabolizantes – Nandrolona, Estanozolol, Testosterona
– Estimulantes e anfetaminas – Cocaína, Cafeína, Efedrina
– Analgésicos narcóticos – Codeína, Morfina, Metadona
– Diuréticos e “mascarantes” – Furosemida
– Hormonas peptídicas – HCG, H, Crescimento, ACTH, Eritropoietina (EPO).
As suas origens remontam à antiguidade; não obstante, o caso mais antigo conhecido data de 1865, relativamente a nadadores na Holanda, tendo adquirido particular relevância a partir dos anos 60 do século passado.
Depois de um certo “interregno” na década de 70, a descoberta da EPO e de anabolizantes na década de 80 traduzir-se-ia numa escalada do doping, com o auge nos Jogos Olímpicos de Seoul, em 1988.
As substâncias que permitiam “mascarar” ou ocultar outras substâncias proibidas começavam a ser utilizadas numa escala de difícil quantificação, ao mesmo tempo que novas e mais sofisticadas técnicas de despistagem iam sendo gradualmente adoptadas, culminando nos 25 casos detectados nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.



