Archive for 21 Novembro, 2005
MUNDIAL 2006 (XLII) – 1966
A Fase Final do Campeonato do Mundo de 1966 começaria por ser marcada pelo episódio do furto da Taça Jules Rimet, em exposição em Londres. Seria encontrada dias depois num jardim nos arredores da cidade…
O Brasil procurava o tri-campeonato (depois das vitórias nas duas edições precedentes, em 1958 e 1962)… mas a sua caminhada triunfal seria interrompida por Portugal, na sua estreia nos Mundiais!
Pelé, lesionado no jogo contra Portugal, cederia o palco a outras grandes estrelas: Bobby Moore, Bobby Charlton e, especialmente, Eusébio, coroado como o rei dos marcadores, com 9 golos em 6 jogos.
A maior surpresa da prova seria a Coreia do Norte, eliminando a histórica selecção de Itália. Tal como o Brasil e a Itália, também a França (eliminada pela Inglaterra e Uruguai) e a Espanha (suplantada pela RFA e Argentina) se quedariam pela primeira fase da competição.
Nos ¼ final, num jogo “épico”, à passagem da meia hora, a Coreia do Norte vencia Portugal por 3-0; na mais sensacional reviravolta da história dos Campeonatos do Mundo, conduzida por Eusébio (autor de 4 golos), a selecção portuguesa chegaria aos 5-3.
Nas ½ finais, Portugal, defrontando a equipa da “casa”, a Inglaterra, não conseguiria evitar a derrota, por 1-2, num jogo que culminou com as imagens que correram mundo, de Eusébio em lágrimas.
A equipa portuguesa ganharia ainda forças para, no jogo de atribuição do 3º e 4º lugares se impor à URSS, por 2-1, alcançando assim a sua melhor classificação de sempre (até hoje…) num Campeonato do Mundo de Futebol: o 3º lugar!
Na Final, após um dos golos mais polémicos de sempre da história do futebol (o que, já no prolongamento, colocou o resultado em 3-2 – com a bola, depois de embater na barra, a cair sobre a linha de baliza, na época, com uma enorme dúvida se teria ou não transposto essa linha), a Inglaterra, conquistaria o título de Campeão Mundial, vencendo a RFA por 4-2.
O PULSAR DOS DIÁRIOS VIRTUAIS EM PORTUGAL (XXI)
Depois do “entusiasmo mediático” do Verão de 2003, os blogues quase tinham “desaparecido” dos meios de comunicação tradicionais. Paulo Pena, em artigo na revista “Visão” (edição de 15 a 21 de Abril) volta a “colocá-los no mapa”, a propósito do seu papel na convocação da militância política, nomeadamente manifestações contra a guerra no Iraque.
Em Maio de 2004, a blogosfera volta a passar por uma fase de grande turbulência, na sequência de artigo na edição electrónica do “Expresso” [89] («Alegando tendência para difamação Autoridade quer acabar “blogs”»), o qual não terá passado de uma “gaffe” de uma estagiária.
Em 16 de Setembro, no “Público”, Pacheco Pereira apresentava um novo balanço da “blogosfera”: «Há cerca de um ano, escrevi sobre os blogues no PÚBLICO, coincidindo com a sua descoberta por um público mais vasto. Houve, em seguida, o habitual surto de breve fama, centenas de blogues foram criados e dezenas de artigos mais ou menos apressados, mais ou menos informados, foram publicados. Tudo quanto era órgão de comunicação social publicou pelo menos um artigo sobre os blogues. Depois os blogues passaram de moda, muitos dos blogues criados desapareceram, embora a “audiência” global dos blogues tenha aumentado significativamente, mantendo-se esse efeito até hoje. É altura de fazer um balanço deste novo tipo de publicação electrónica. A blogosfera portuguesa mudou muito durante este ano, deixou de ser constituída por um pequeno grupo pioneiro, que a usava quase como um “espaço íntimo”, para se tornar, de um dia para o outro (a rapidez é uma característica do meio), mais agressiva, politizada no mau sentido, ressentida e implicativa. Mas essa fase também já passou e o melhor dos primeiros tempos “íntimos” e o melhor da fase de democratização da blogosfera permaneceram. Cerca de 20 a 30 blogues portugueses fornecem todos os dias novas ideias, reflexões, informações, que um cidadão avisado e culto não deve perder.» [90]
A 1 de Agosto, os “blogues políticos” (Abrupto, Barnabé e Causa Nossa) seriam objecto de destaque no Telejornal da RTP1.
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89 “Expresso Online”, 14 de Maio de 2004 – http://online.expresso.pt/1pagina/artigo.asp?id=24744264
90 Pereira, José Pacheco, “Público”, 16 de Setembro de 2004
100 000 X OBRIGADO
Os números “valem o que valem”: nem mais, nem menos.
Principalmente, quando têm – como no caso dos contadores que utilizamos nos blogues – uma fiabilidade muito limitada.
Apenas muito recentemente tomei efectiva consciência de quão pouca fiabilidade tem, por exemplo, o Sitemeter: as suas contagens dependem (muito) do local em que o contador é colocado na página; dependem (imenso) de o contador operar apenas na página de entrada ou também nos arquivos. Sei hoje que este blogue teve muito mais (largamente mais!…) que os 100 000 visitantes que o contador assinala; mesmo que – tantos deles – visitantes “acidentais” ou ocasionais, que tenho o atrevimento de esperar tenham encontrado algo do que buscavam.
Os 100 000 visitantes ao Memória Virtual que o Sitemeter hoje indica têm portanto um único simbolismo: o de um imenso número de pessoas que me deram a satisfação de por aqui passar, voltar uma e mais outra vez, e, em muitos casos, tornar-se amigos, e não apenas virtuais.
Por isso, pelo vosso interesse e atenção, 100 000 x OBRIGADO!