Posts tagged ‘Ciclismo’

Bradley Wiggins vence “Tour de France”

O ciclista Bradley Wiggins, de 32 anos, consumou a magnífica proeza que se vinha já antecipando: não só se tornou no primeiro britânico (não obstante natural da Bélgica) a vencer o “Tour de France” – na 99ª edição da prova! – como é, nos “tempos modernos”, o primeiro a conseguir ter absoluto sucesso na transição das provas de pista (nas quais conquistou 6 medalhas olímpicas, em 2000, 2004 e 2008) para a estrada, onde apenas debutou a nível de alta competição em 2008.

Excelente contra-relogista (tendo vencido categoricamente os dois contra-relógios da edição deste ano), foi adquirindo capacidade de resistência nas etapas de montanha, chegando sempre no grupo da dianteira, o que lhe possibilitou  confirmar a vitória na mais importante prova velocipédica mundial.

(foto AP – via A Bola)

Porém, como não há “bela sem senão”, este meritório triunfo, não deixa de ser de alguma forma condicionado por dois factores: primeiro, a ausência do espanhol Alberto Contador (a cumprir pena disciplinar de suspensão de dois anos, na sequência do controlo positivo que acusou em 2010) e do luxemburguês Andy Schleck (lesionado), porventura os dois mais cotados ciclistas da actualidade; depois, o facto de o seu “lugar-tenente” na equipa Sky, o também britânico Christopher Froome (nascido no Quénia…), que se estreara com um 2º lugar na “Vuelta” de 2011, ter demonstrado este ano, nas etapas de montanha, inequívoca superior capacidade, acabando por ver-se constrangido a, por mais de uma vez, ter de esperar pelo seu chefe-de-fila, não obstante as insistentes solicitações para que lhe desse “autorização” para, em particular na última etapa nos Pirinéus, poder “ir embora”, em busca da vitória que, nesse dia, acabaria por ser garantida por Alejandro Valverde (com um importante contributo de Rui Costa, com um trabalho de desgaste do grupo de fugitivos, lançando o seu líder, permitindo que se isolasse).

Numa prova não tão entusiasmante como estávamos habituados nos últimos anos, com um percurso menos exigente a nível de etapas de montanha, e marcado por inúmeras quedas nos primeiros dias, acabou por ser algo decepcionante – depois do triunfo no ano passado – a prestação do australiano Cadel Evans, a quedar-se pelo 7º lugar.

Destaque, por outro lado, para as revelações da prova, o estado-unidense Tejay Van Garderen (5º na geral e vencedor do “Prémio da Juventude”), assim como para o eslovaco Peter Sagan (a conquistar a camisola verde, da classificação por pontos), tendo vencido três etapas, proeza que repartiu com o alemão André Greipel e o também britânico Mark Cavendish (este, com o “valor acrescentado” de repetir o triunfo em Paris, nos Campos Elíseos, pela 4ª vez consecutiva!). Depois da magnífica prestação do ano passado, Thomas Voeckler venceu este ano o prémio da montanha, tendo portanto também  um excelente desempenho.

Por fim, em relação aos portugueses, assinalam-se significativas evoluções na classificação geral, com Rui Costa a alcançar um muito bom 18º lugar (depois da 90ª posição do ano passado) – tendo estado bastante activo, em fugas sucessivas, nos últimos dias da competição (inclusivamente, na derradeira etapa, integrando um trio que apenas a 3 km da meta seria absorvido pelo veloz pelotão), após ter estabilizado a sua posição na tabela classificativa (depois de ter chegado a rondar de muito perto um lugar nos 10 primeiros); também Sérgio Paulinho regista significativa progressão, de 81º para 50º, classificação a merecer ainda maior relevo considerando que participou na prova com o objectivo prioritário de “ganhar rodagem” para a Volta a Espanha.

Classificação final

1º Bradley Wiggins (Grã-Bretanha) – Sky Procycling – 87h 34′ 47″
2º Christopher Froome (Grã-Bretanha) – Sky Procycling – a 03’21”
3º Vincenzo Nobali (Itália) – Liquigas-Cannondale – a 06’19”
4º Jurgen Van Den Broeck (Bélgica) – Lotto-Belisol – a 10’15”
5º Tejay Van Garderen (EUA) – BMC Racing Team – a 11’04”
6º Haimar Zubeldia (Espanha) – Radioshack-Nissan – a 15’41”
7º Cadel Evans (Austrália) – BMC Racing Team – a 15’49”
8º Pierre Rolland (França) – Team Europcar – a 16’26”
9º Janez Brajkovic (Eslovénia) – Astana – a 16’33”
10º Thibaut Pinot (França) – FDJ-Bigmat – a 17’17”
11º Andréas Kloden (Alemanha) – Radioshack-Nissan – a 17’54”
12º Nicolas Roche (Irlanda) – AG2R La Mondiale – a 19’33”
13º Christopher Horner (EUA) – Radioshack-Nissan – a 19’55”
14º Chris Sorensen (Dinamarca) – Team Saxo Bank-Tinkoff Bank – a 25’27”
15º Denis Menchov (Rússia) – Katusha – a 27’22”
16º Maxime Monfort (Bélgica) – Radioshack-Nissan – a 28’30”
17º Egoi Martinez (Espanha) – Euskaltel-Euskadi – a 31’46”
18º Rui Costa (Portugal) – Movistar – a 37’03”
19º Eduard Vorganov (Rússia) – Katusha – a 38’16”
20º Alejandro Valverde (Espanha) – Movistar – a 42’26”

50º Sérgio Paulinho (Portugal) – Team Saxo Bank-Tinkoff Bank – a 1h 47’14”

22 Julho, 2012 at 6:36 pm 1 comentário

Rui Costa vence Volta à Suíça

O ciclista Rui Costa, ao serviço da equipa Movistar, sagrou-se hoje vencedor da Volta à Suíça em bicicleta, a prova mais importante por etapas do circuito mundial, após o Tour de France, o Giro de Itália e a Vuelta a Espanha.

Depois de ter vencido uma etapa na Volta a França do ano passado, Rui Costa torna-se no primeiro ciclista português a vencer uma prova por etapas deste circuito profissional.

Tendo envergado a camisola amarela logo na 2ª etapa, Rui Costa resistiria a todos os ataques até à derradeira etapa (9ª), hoje disputada. A classificação final foi a seguinte:

1.º Rui Costa (Portugal/Movistar) – 35:54.49 horas
2.º Frank Schleck (Luxemburgo/RadioShack-Nissan), a 14 segundos
3.º Levi Leipheimer (EUA/Omega Pharma-QuickStep), a 21 segundos
4.º Robert Gesink (Holanda/Rabobank), a 25 segundos
5.º Mikel Nieve (Espanha/Euskaltel-Euskadi), a 40 segundos
6.º Roman Kreuziger (Rep. Checa/Astana), a 47 segundos
7.º Thomas Danielson (EUA/Garmin-Barracuda), 48 segundos
8.º Steven Kruijswijk (Holanda/Rabobank), a 59 segundos
9.º Alejandro Valverde (Espanha/Movistar), a 1.42 minutos
10.º Nicolas Roche (Irlanda/AG2R), a 1.52 minutos
45.º Sérgio Paulinho (PORTUGAl/Saxo Bank), a 38.14 minutos

17 Junho, 2012 at 7:27 pm Deixe um comentário

Cadel Evans vence “Tour de France”

Aos 34 anos, depois de ter sido já por duas vezes segundo classificado (em 2007 e 2008) e após participações menos bem sucedidas nos dois últimos anos (respectivamente 30º e 26º), Cadel Evans tornou-se no primeiro ciclista australiano a triunfar na mais importante prova velocipédica por etapas a nível mundial, o “Tour de France”.

Defendendo-se com grande bravura nas etapas de montanha, em particular a que terminou com a vitória isolada de Andy Schleck – em que se viu obrigado a assumir, praticamente em exclusivo, a responsabilidade pela tentativa de perseguição, conseguindo reduzir a significativa vantagem de que o luxemburguês chegou a dispor -, beneficiou das suas qualidades de grande contra-relogista para, não só anular os 57 segundos de atraso com que partia para a última etapa antes do dia de consagração, como ainda inverter a situação a seu favor, com uma esclarecedora diferença de 1′ 34″ na classificação geral.

Uma curiosidade inédita na tabela final foi a presença de dois irmãos no pódio, com Andy Schleck a repetir, pelo terceiro ano consecutivo, o 2º lugar, depois de uma excelente prova em que, contudo, baqueou no contra-relógio final.

Surpreendente foi também a excelente prova de Thomas Voeckler, que, dia após dia, foi mantendo a camisola amarela, praticamente até ao final da prova, apenas a cedendo na última etapa de montanha.

Como grande derrotado desta edição terá de indicar-se o nome de Alberto Contador, vencedor da prova nas suas últimas três participações, quedando-se desta feita apenas pela 5ª posição, depois de um dia mau numa etapa de montanha, não tendo conseguido impor-se de forma a recuperar tempo noutras etapas.

Por fim, em relação aos portugueses, embora com classificações modestas na geral, destaque para a prova realizada por Rui Costa, vencendo uma etapa (repetindo a proeza de Sérgio Paulinho no ano anterior), e integrando uma outra fuga de grande sensação, acompanhando Andy Schleck e Alberto Contador.

1. Cadel Evans (Austrália) – BMC Racing Team – 86h 12′ 22″
2. Andy Schleck (Luxemburgo) – Team Leopard-Trek – a 01′ 34″
3. Frank Schleck (Luxemburgo) – Team Leopard-Trek – a 02′ 30″
4. Thomas Voeckler (França) – Team Europcar – a 03′ 20″
5. Alberto Contador (Espanha) – Astana – a 03′ 57″
6.  Samuel Sanchez (Espanha) – Euskaltel – Euskadi – a 04′ 55″
7. Damiano Cunego (Itália) – Lampre – a 06′ 05″
8. Ivan Basso (Itália) – Liquigas-Cannondale – a 07′ 23″
9. Tom Danielson (EUA) – Team Garmin – Cervelo – a 08′ 15″
10. Jean-Christophe Peraud (França) – AG2R La Mondiale – a 10′ 11″

81. Sérgio Paulinho (Portugal) – Team Radioshack – a 2h 24′ 29″

90. Rui Costa (Portugal) – Movistar Team – a 2h 31′ 34″

24 Julho, 2011 at 7:42 pm Deixe um comentário

Rui Costa vence etapa no “Tour de France”

O ciclista Rui Costa, de 24 anos, ao serviço da equipa Movistar, na sua terceira participação na prova, obteve hoje a 10ª vitória individual de ciclistas portugueses em etapas da Volta a França em bicicleta – competição velocipédica por etapas mais importante a nível mundial -, depois dos triunfos de Joaquim Agostinho (4, duas das quais em 1969, e uma nas edições de 1973 e 1979, esta no mítico Alpe d’Huez – no ano de 1977 venceu também uma outra etapa, mas seria posteriormente desclassificado), Acácio da Silva (3, em 1987, 1988 e 1989 – ano em que envergou a camisola amarela da prova), Paulo Ferreira (1, em 1984) e Sérgio Paulinho (1, na prova do ano passado) – tendo também José Azevedo participado em 2 vitórias em contra-relógios por equipas (em 2004, pela US Postal, e em 2005, pela Discovery Channel).

(fotos – via RecordWeb Ciclismo e The New York Times)

Na etapa de hoje (ver resumo em vídeo), disputada entre Aigurande e Super-Besse Sancy, no maciço central francês, a primeira de (média) montanha da edição deste ano, o ciclista português culminou da melhor forma uma longa fuga, de cerca de 180 km, protagonizada por um grupo composto inicialmente por 9 ciclistas, que se foi progressivamente reduzindo, conseguindo, já na parte final (a cerca de 5 km do termo), destacar-se, resistindo ainda à forte perseguição protagonizada pelo cazaque Alexander Vinokourov, acabando por vencer isolado, com 12 segundos de vantagem sobre o 2º classificado, que seria, ao sprint, Philippe Gilbert, impondo-se ao pelotão, liderado por Cadel Evans, a 15 segundos.

9 Julho, 2011 at 7:09 pm Deixe um comentário

Beco sem saída?

O luxemburguês Andy Schleck – 2º classificado nas duas últimas edições do “Tour de France”, imediatamente após o espanhol Alberto Contador, e, consequentemente, o mais imediato beneficiário da eventual penalização do vencedor da prova de 2010 – declarou ontem esperar que Contador possa confirmar a sua alegada inocência no caso de doping, referindo ainda que não teria grande prazer em ser proclamado vencedor da maior competição velocipédica mundial, em caso da desclassificação do rival, uma vez que entende que é «na estrada que se ganham as corridas».

Repetindo-me, já há três anos e meio, aqui havia escrito que a questão do doping no ciclismo é profunda e transversal; não se limita apenas a alguns casos pontuais de “grandes figuras”.

Numa modalidade que tem a particularidade de requerer rápidas recuperações de esforço (os ciclistas deparam-se, dia após dia, ao longo de 3 semanas, com longas e exigentes etapas), todo o pelotão recorre – hoje, como ao longo dos tempos – a suplementos vitamínicos, que foram sendo alvo de gradual processo de sofisticação, visando escapar ao controlo, num contexto em que o ténue limiar entre a legalidade e a ilegalidade é constantemente testado.

As principais agremiações/marcas rodearam-se de experimentadas equipas médicas, investigando e desenvolvendo substâncias sintéticas, doseadamente administradas, procurando a maximização do rendimento competitivo dos seus atletas, a par de uma complexa gestão dos limites: em geral, as substâncias proibidas tornam-se efectivamente ilícitas em termos das regras desportivas quando excedem determinados níveis fixados em regulamento.

Assiste-se portanto a uma competição paralela – extra-estrada ou extra-pista – entre a investigação desenvolvida pelas equipas médicas e as técnicas, cada vez mais sofisticadas, de controlo anti-doping.

As sucessivas derrotas das equipas médicas, com o avolumar de controlos positivos de grande mediatismo, atingindo as principais figuras do pelotão mundial, têm conduzido o ciclismo para o que se perfila ser cada vez mais um beco sem saída.

Com significativos interesses económicos envolvidos, dados os fortes investimentos realizados pelos patrocinadores, a modalidade não parece ter “dois caminhos”; caso não seja invertido o rumo (da competitividade baseada em sofisticadas equipas médicas e práticas ilícitas de dopagem), acabará por – consequência da ruína da credibilidade desportiva – sofrer o afastamento desses mesmos financiadores, com reflexos calamitosos a todos os níveis, num verdadeiro “efeito-dominó”, qual ciclo vicioso de que dificilmente se poderá sair: desinvestimento publicitário / redução drástica nas remunerações dos ciclistas / quebra de nível competitivo / afastamento do público / alheamento das televisões e dos media em geral.

1 Fevereiro, 2011 at 9:08 am 2 comentários

Laurent Fignon (1960-2010)

Há uma idade – da inocência – em que, quantas vezes sem sabermos explicar porquê, adoptamos como ídolos personalidades que se destacam em determinada área, com frequência particular no caso de desportistas.

Com os meus 16 anos, acompanhava com fervor a carreira de Joaquim Agostinho, em especial as suas proezas no “Tour de France”, que correria pela última vez nesse ano de 1983, terminando num muito honroso 11º lugar – para o veterano do pelotão, então já com 40 anos -, a escassos segundos da posição que lhe daria direito à tradicional “volta de honra” nos Champs Elysées.

Enquanto os franceses suspiravam pelo sucessor de Bernard Hinault, ausente por lesão, que pensavam ter encontrado em Pascal Simon – que lideraria a prova durante vários dias, inclusivamente mesmo depois de, na sequência de uma queda, ter fracturado um braço, o que inevitavelmente o viria a obrigar a desistir – um herói improvável surgiria.

Estreante na maior competição velocipédica do mundo, Laurent Fignon era um jovem parisiense de apenas 22 anos, que “chegou, viu e venceu”. E assim, do nada, nascia o meu novo  ídolo!

Com o seu sucesso me entusiasmei na fase decisiva da prova de 1983, e, ainda mais vibraria, no ano seguinte, com a forma categórica como se impôs ao regressado “todo-poderoso” Hinault, com triunfos em 5 etapas!

Porventura não tanto quanto sofri com a decepção de 1989, perdendo ingloriamente a competição para o estado-unidense Greg LeMond por escassos 8 segundos, após mais de 3 000 km percorridos, e quase 100 horas a pedalar.

Retirado da competição, mas acompanhando o ciclismo até ao fim – agora como comentador televisivo -, ao mesmo tempo que lutava contra um implacável adversário, o meu ídolo teve hoje a última derrota da sua vida. Tinha apenas 50 anos…

31 Agosto, 2010 at 8:46 pm Deixe um comentário

Alberto Contador x 3

Depois dos triunfos de 2007 e 2009 – e de se ter visto impedido de correr a prova em 2008, dada a não admissão da sua equipa -, o ciclista espanhol Alberto Contador (de 27 anos) somou hoje a sua terceira vitória no “Tour de France” (em quatro presenças na competição), em que – porventura não de forma tão categórica como se poderia antecipar, por condicionantes físicas – acabaria não obstante por confirmar o seu favoritismo, vencendo o luxemburguês Andy Schleck (que repete a posição de vice-líder do ano passado), pela escassa margem de 39 segundos, ao fim de mais de 3 600 km de prova.

Após o sucesso que constituíra o seu regresso na edição precedente da Volta a França (depois de 3 anos de “sabática” e, então, já praticamente com 38 anos), com um excelente 3º lugar, o estado-unidense Lance Armstrong – hepta-vencedor da competição, de 1999 a 2005 – quedou-se este ano, no que terá sido o seu derradeiro “Tour”, pela 23ª posição na classificação geral, limitando-se a subir ao pódio final como vencedor por equipas, a Radioshack (conjunto que integra também o português Sérgio Paulinho, com um bom desempenho, vencedor de uma etapa – o que daria importante contributo para a vitória colectiva – e 46º na geral final).

O também português Rui Costa, na sua estreia na maior competição velocipédica mundial, conclui a prova no 73º lugar (entre 170 ciclistas que conseguiram chegar aos Champs Élysées, a Paris), sendo o 12º na tabela classificativa específica aos “jovens” (menos de 25 anos).

1. Alberto Contador (Espanha) – Astana – 91h 58′ 48″
2. Andy Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 00′ 39″
3. Denis Menchov (Rússia) – Rabobank – a 02′ 01″
4. Samuel Sanchez (Espanha) – Euskaltel – Euskadi – a 03′ 40″
5. Jurgen van den Broeck (Bélgica) – Omega Pharma – Lotto – a 06′ 54″
6. Robert Gesink (Holanda) – Rabobank – a 09′ 31″
7. Ryder Hesjedal (Canadá) – Garmin – a 10′ 15″
8. Joaquin Rodriguez Oliver (Espanha) – Katusha Team – a 11′ 37″
9. Roman Kreuziger (R. Checa) – Liquigas-Doimo – a 11′ 54″
10. Christopher Horner (França) – Radioshack – a 12′ 02″

46. Sérgio Paulinho (Portugal) – Radioshack – a 1h 25′ 43″

73. Rui Costa (Portugal) – Caisse d’Epargne – a 2h 12′ 28″

25 Julho, 2010 at 5:38 pm Deixe um comentário

Sérgio Paulinho vence etapa no “Tour de France”

Sérgio Paulinho, ao serviço da equipa Radioshack, obteve hoje a 9ª vitória individual de ciclistas portugueses em etapas da Volta a França em bicicleta – competição velocipédica por etapas mais importante a nível mundial -, depois dos triunfos de Joaquim Agostinho (4, duas das quais em 1969, e uma nas edições de 1973 e 1979, esta no mítico Alpe d’Huez – no ano de 1977 venceu também uma outra etapa, mas seria posteriormente desclassificado), Acácio da Silva (3, em 1987, 1988 e 1989 – ano em que envergou a camisola amarela da prova) e Paulo Ferreira (1, em 1984).


(foto – via TSF)

Na etapa de hoje, entre Chambery e Gap, o ciclista português – vice-campeão olímpico em 2004, em Atenas, e também já vencedor de uma etapa na “Vuelta”, em Espanha, em 2006 – culminou da melhor forma uma longa fuga, de quase 150 km, protagonizada por um grupo de 6 ciclistas, conseguindo, já na parte final da etapa, destacar-se do grupo, a par do bielorrusso Vasil Kiryienka, vencendo ao sprint sobre a linha de meta, ambos com cerca de 14 minutos de vantagem sobre o pelotão.


(foto – via El País)

A primeira vitória da equipa no “Tour” foi também notícia no The New York Times.

14 Julho, 2010 at 6:52 pm 1 comentário

Alberto Contador vence “Tour de France” pela segunda vez

Depois da vitória de 2007 – e de se ter visto impedido de correr a prova em 2008, dada a não admissão da sua equipa, o jovem ciclista espanhol Alberto Contador (de 26 anos) somou hoje a sua segunda vitória no “Tour de France” (em três presenças na competição), alcançada de forma categórica, título que junta aos triunfos obtidos no ano passado no “Giro” de Itália e na “Vuelta” a Espanha, culminando uma época em cujo início de preparação começara por alcançar o primeiro lugar na Volta ao Algarve.

Contador viu surgir este ano um “delfim”, vencedor da prova na categoria de jovens, o luxemburguês Andy Schleck (de 24 anos), mais novo dos irmãos Schleck, com Frank a alcançar também um bom 5º lugar.

Uma palavra também para a excelente prova de Lance Armstrong – hepta-vencedor da competição, de 1999 a 2005 -, garantindo (prestes a completar 38 anos) um lugar no pódio em Paris, após três anos de “sabática”, sem competir, prometendo insistir no próximo ano.

A vitória de Contador decidiu-se essencialmente nos contra-relógios (em que ganhou 3.07 minutos a Andy Schleck: 42 segundos na 1ª etapa, no Mónaco; 40 segundos no contra-relógio por equipas de Montpellier; e 1.45m na 18ª etapa, em Annecy). Nas etapas de montanha, o espanhol apenas superou Schleck nas etapas com final em Andorra (21 segundos) e em Verbier (43 segundos), ou seja, um ganho total de 1.04 minutos.

Já em relação a Armstrong, ganhou 1.52 minutos em contra-relógios (22 segundos no Mónaco e 1.30m em Annecy), tendo conquistado mais tempo nas etapas de montanha (um total de 4.17 minutos: 21 segundos em Andorra; 1.35m em Verbier; 2.18m no Grand Bornand; e 3 segundos no Mont Ventoux). O estado-unidense tinha, por outro lado, ganho 41 segundos na 3ª etapa, e 4 segundos na 19ª etapa.

Apesar de se apresentar bastante dividida – com 2 “chefes-de-fila” e com as polémicas entre eles surgidas, com Contador a sentir-se na obrigação de demonstrar que é de facto o melhor ciclista da actualidade, enquanto Armstrong esperava poder retomar o seu reinado, neste regresso ao mais alto nível – a Astana conseguiria atingir os objectivos, com a vitória na prova, para além do 3º lugar de Armstrong e do 6º de Kloden… que talvez pudesse ter ficado uns furos acima na classificação não fora as imposições tácticas de apoio aos “chefes-de-fila”.

A grande surpresa da prova seria o britânico Bradley Wiggins, especialista em provas de pista, que mostrou uma extraordinária evolução, subindo as montanhas dos Pirinéus e dos Alpes entre os melhores.

Pela negativa, referência para o sofrível desempenho do vencedor do ano anterior, o espanhol Carlos Sastre, agora a quedar-se por um cinzento 17º lugar, a mais de 26 minutos do primeiro.

Sérgio Paulinho, tendo como principal missão apoiar os seus chefes-de-fila na Astana, conclui a prova num razoável 35º lugar, a precisamente 54 minutos de Contador.

1. Alberto Contador (Espanha) – Astana – 85h 48′ 35″
2. Andy Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 04′ 11″
3. Lance Armstrong (EUA) – Astana – a 05′ 24″
4. Bradley Wiggins (Grã-Bretanha) – Garmin – a 06′ 01″
5. Frank Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 06′ 04″
6. Andréas Kloden (Alemanha) – Astana – a 06′ 42″
7. Vincenzo Nibali (Itália) – Liquigas – a 07′ 35″
8. Christian Vande Velde (EUA) – Garmin – a 12′ 04″
9. Roman Kreuziger (R. Checa) – Liquigas – a 14′ 16″
10. Christophe Le Mevel (França) – Française des Jeux – a 14′ 25″

35. Sérgio Paulinho (Portugal) – Astana – a 54′ 00″

P. S. Obrigatoriamente a ver as fotos do “Tour” no “The Big Picture“, do Boston Globe.

26 Julho, 2009 at 8:44 pm Deixe um comentário

Vuelta – Classificação Final

Depois da vitória no “Tour de France” do ano passado – de cuja participação na edição deste ano se viu arredado, pelo facto de a sua equipa não ter sido admitida na prova – e no “Giro” de Itália, já na presente temporada, o espanhol Alberto Contador confirma-se como o melhor ciclista mundial da actualidade, ao triunfar hoje na “Vuelta” a Espanha.

Ao vencer as três provas mais importantes do calendário da modalidade, Alberto Contador alcança assim – aos 25 anos, contando somente 2 presenças no “Tour” e uma única participação no “Giro” e na “Vuelta” -, a proeza anteriormente apenas realizada pelos franceses Jacques Anquetil e Bernard Hinault, pelo belga Eddy Merckx e pelo italiano Felice Gimondi.

Os ciclistas espanhóis (com Carlos Sastre a arrebatar a vitória no “Tour”) dominam o pelotão velocipédico, acumulando os sucessos nas três principais provas internacionais com o título de Campeão Olímpico (conquistado por Samuel Sanchez).

A nível de equipas, a Astana – onde milita o ciclista português Sérgio Paulinho, com um bom desempenho nesta prova – garantiu as duas primeiras posições na tabela individual. Classificação final da prova:

1. Alberto Contador – Espanha (Astana), 80:40:08
2. Levi Leipheimer – EUA (Astana), a 00:00:46
3. Carlos Sastre – Espanha (CSC), a 00:04:12
4. Ezequiel Mosquera – Espanha (Xacobeo – Galicia), a 00:05:19
5. Alejandro Valverde – Espanha (Caisse d´Epargne), a 00:06:00
6. Joaquin Rodriguez – Espanha (Caisse d´Epargne), a 00:06:50
7. Robert Gesink – Holanda (Rabobank), a 00:06:55
8. David Moncoutie – França (Cofidis), a 00:10:10
9. Egoi Martinez – Espanha (Euskaltel – Euskadi), a 00:10:57
10. Marzio Bruseghin – Itália (Lampre), a 00:11:56

26. Sérgio Paulinho – Portugal (Astana), a 00:41:43

21 Setembro, 2008 at 5:55 pm Deixe um comentário

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