Liga Europa – 1/8 de Final (1.ª mão)
Union Berlin – Union Saint-Gilloise – 3-3
Sevilla – Fenerbahçe – 2-0
Juventus – Freiburg – 1-0
Bayer Leverkusen – Ferencváros – 2-0
Sporting – Arsenal – 2-2
Manchester United – Betis – 4-1
Roma – Real Sociedad – 2-0
Shakhtar Donetsk – Feyenoord – 1-1
Liga dos Campeões – 1/8 final (2.ª mão) – Benfica – Club Brugge
Benfica – Odysseas Vlachodimos, Alexander Bah (63m – Gilberto Moraes), António Silva (89m – Lucas Veríssimo), Nicolás Otamendi (74m – Felipe Silva “Morato”), Alejandro “Álex” Grimaldo, Florentino Luís, Francisco “Chiquinho” Machado (63m – David Neres), João Mário (74m – João Neves), Rafael “Rafa” Silva, Fredrik Aursnes e Gonçalo Ramos
Club Brugge – Simon Mignolet, Clinton Mata (62m – Denis Odoi), Brandon Mechele, Abakar Sylla, Tajon Buchanan, Casper Nielsen, Hans Vanaken (74m – Mats Rits), Kamal Sowah (75m – Antonio Nusa), Bjorn Meijer, Noa Lang (45m – Raphael Onyedika) e Roman Yaremchuk (62m – Ferran Jutglà)
1-0 – Rafael “Rafa” Silva – 38m
2-0 – Gonçalo Ramos – 45m
3-0 – Gonçalo Ramos – 57m
4-0 – João Mário (pen.) – 71m
5-0 – David Neres – 77m
5-1 – Bjorn Meijer – 87m
Cartões amarelos – Nicolás Otamendi (29m); Roman Yaremchuk (17m) Noa Lang (20m), Abakar Sylla (43m) e Bjorn Meijer (48m)
Árbitro – Halil Umut Meler (Turquia)
O Benfica tinha a eliminatória “ganha”, mas era importante manter o foco: na eventualidade de o Brugge poder marcar primeiro, a “quase certeza” transformar-se-ia, de imediato, numa “grande dúvida”.
E o Benfica cedo mostrou ao que vinha: estava decorrido apenas um minuto quando João Mário, com um subtil toque de calcanhar, introduziu a bola na baliza de Mignolet; porém o golo não seria validado, devido a posição de “fora-de-jogo” no início da jogada, de Gonçalo Ramos, que fizera a assistência.
Seguir-se-iam, durante cerca de 20 minutos, várias oportunidades desaproveitadas, por Florentino, Rafa e João Mário, com o adversário sem conseguir acertar com as marcações. Até que o Brugge parecia ter começado a equilibrar a contenda, conseguindo enfim sair do seu reduto defensivo.
A equipa belga ia prolongando a inviolabilidade da sua baliza – depois de dois nulos e da goleada infligida ao FC Porto, no Estádio do Dragão, por 4-0 –, mas, já na parte final do primeiro tempo, não evitaria o golo de Rafa, numa soberba execução técnica.
O 2-0, que confirmava o sentenciar da eliminatória, chegaria ainda antes do intervalo, com Gonçalo Ramos, deambulando pela área, internando-se, até encontrar o espaço para desferir o remate certeiro, a tirar três adversários do caminho.
A segunda metade do desafio teria sido um “pro-forma”, não fosse o Benfica, numa demonstração de grande personalidade e afirmação competitiva, nunca ter abdicado de continuar a aumentar o “score”, até chegar a um robusto 5-0 (que teria sido a sua maior goleada na era “Champions”, a par do 6-1 aplicado em Israel, frente ao Maccabi Haifa).
Gonçalo Ramos, com dois golos e uma assistência (que seriam duas, caso tivesse sido validado o golo a João Mário, logo no arranque do jogo), “mostrou-se” uma vez mais à Europa, numa “noite europeia” ao mais alto nível, também numa excelente actuação do colectivo.
João Mário, marcando pelo 5.º jogo consecutivo na prova, igualou o “record” de José Águas, na época de 1960-61 (marcaria também nos dois jogos seguintes, da temporada de 1961-62), e de Zoran Filipović, em 1982-83 (este, em jogos na Taça UEFA).
Faltavam três minutos para o termo da partida quando o Brugge desenhou o seu melhor lance de toda a eliminatória, alcançando o “ponto de honra”.
Esta é a segunda temporada sucessiva que o Benfica, tendo iniciado a competição na 3.ª pré-eliminatória, atinge os 1/4 de final – um feito sem igual na história da “Liga dos Campeões” – e se, na época passada, tal causou grande surpresa (com a imprevista eliminação do Ajax), a qualificação deste ano é o reflexo natural da superioridade da equipa portuguesa, numa eliminatória ganha com um contundente “placard” final agregado de 7-1!
O Pulsar do Campeonato – 21ª Jornada
(“O Templário”, 02.03.2023)
Um golo no “último suspiro” do jogo (aos 90+6 minutos), obtido na conversão de uma controversa grande penalidade, permitiu ao U. Tomar evitar a derrota caseira ante o Alcanenense, minimizando os danos: mantém esse rival à distância de oito pontos – agora com pouco mais do que esperanças “matemáticas” de poder vir a chegar ainda ao título –, assim como subsiste o avanço de cinco pontos face ao Amiense. O que, em paralelo, parece apontar no sentido de uma disputa a dois, com o Fazendense a recuperar os dois pontos que tinha perdido na ronda anterior.
Destaques – Era o “jogo-grande”, colocando frente-a-frente dois dos mais fortes conjuntos do Distrital, no qual a turma de Alcanena jogava uma espécie de “última cartada”, só a vitória lhe servindo para continuar a acalentar aspirações ao 1.º lugar. E, fiel ao seu modelo, com uma defesa sólida e o avançado mais eficaz na presente temporada, esteve prestes a alcançar o seu objectivo.
O União entrou em campo com algumas cautelas, mas, sobretudo, sem o ritmo necessário para desbloquear a compacta organização do adversário. O Alcanenense, parecendo mais confortável com as bases em que a partida fora lançada, aproveitaria um lance de bola parada para se colocar em vantagem no marcador, à passagem da meia hora.
Procurou reagir o grupo da casa, mas, numa desconcentração defensiva, os forasteiros ampliariam mesmo para 2-0, praticamente a findar a primeira metade. Perante um adversário de grande valor, com tudo a correr a seu favor, os tomarenses enfrentavam uma enorme “montanha a escalar”.
A equipa unionista entraria como que transfigurada para os segundos 45 minutos, corajosa, assumindo a responsabilidade de ir “atrás do prejuízo”, tendo dois lances de perigo logo na fase inicial, mas que, contudo, não conseguiu materializar em golo.
Esse golo, que faria a equipa acreditar ainda mais, acabaria por surgir a meio desta etapa complementar. E o União poderia até ter igualado a cerca de um quarto de hora do final. Mas, claro, corria fortes riscos, sujeito a sofrer novo tento, que, a ter ocorrido, sentenciaria o desfecho.
O Alcanenense terá confiado em demasia, e, já nos instantes finais do encontro, num lance confuso na grande área, o árbitro terá sancionado um contacto com a mão, assinalando o “penalty”, que Leandro Filipe marcou, “sem tremer”, fixando o resultado no empate a duas bolas.
Um golo que poderá vir a revelar-se crucial nas contas finais do campeonato; no imediato, terá evitado o efectivo ressurgir do Alcanenense na luta pelo título (para além dos oito pontos de atraso face ao União, tem também desvantagem de seis pontos em relação ao Fazendense) – sendo que o clube de Alcanena não solicitara, aliás, o licenciamento para admissão ao campeonato nacional.
Outra partida de especial interesse era a que opunha Amiense e Fátima, duas das equipas a atravessar notável momento de forma: os donos da casa tinham em curso a melhor série de entre todos os concorrentes, com seis vitórias e um empate nas sete rondas precedentes; os fatimenses seguiam com cinco vitórias e um empate nas últimas seis jornadas. E o embate não terá ficado aquém das expectativas… excepto no que aos golos diz respeito, não tendo sido desfeito o nulo.
Num confronto em circunstâncias diametralmente opostas, cruzavam-se, em Ferreira do Zêzere, os ferreirenses, num ciclo de quatro derrotas e um empate, e o Abrantes e Benfica, também sem vencer há cinco jogos, nos quais não fora além de dois empates.
A turma da casa confirmaria o seu mau momento, ampliando para seis o número de jornadas sem ganhar (nas quais obteve um único ponto), perdendo (1-2) pela quinta vez em casa, vendo o rival aproximar-se, encurtando a diferença para apenas dois pontos. Os abrantinos marcaram aos 20 e aos 70 minutos, com o Ferreira do Zêzere a chegar ao “ponto de honra” a dois minutos do final.
Confirmações – Numa jornada sem especiais surpresas a assinalar, os resultados dos restantes cinco encontros enquadram-se na lógica, atendendo ao desempenho geral das várias equipas.
O Fazendense ainda consentiu o tento do empate ao Águias de Alpiarça, a findar o primeiro tempo, mas, na segunda parte, selaria, com naturalidade, a vitória (3-1) com outros dois tentos.
Mais intenso foi o desafio entre Mação e Torres Novas, incluindo reviravolta no marcador, com os maçaenses, já na fase final, a conseguir triunfar por 3-2, depois de os torrejanos terem estado em vantagem durante boa parte do jogo; uma vitória que lhes possibilita isolarem-se no 5.º posto.
Isto em articulação com o resultado do Samora Correia, que, tendo estado, por duas ocasiões, em vantagem no marcador em Ourém, permitiu ao At. Ouriense restabelecer a igualdade outras tantas vezes, com o tento que garantiria o 2-2 final a ser apontado a um minuto do termo do encontro. Tal como o Fátima (e, antes, o Salvaterrense), também o At. Ouriense parece a salvo da descida.
Justamente, o Salvaterrense bateu, por categórico 3-0, o Cartaxo, mantendo a 7.ª posição, agora somente a três pontos do Samora Correia. Quanto aos cartaxeiros (tendo acumulado nove desaires nas dez últimas jornadas) caíram no penúltimo lugar, cada vez em situação mais delicada.
No embate entre os que eram os dois últimos classificados, o Entroncamento esteve largo período a ganhar, mas o Benavente empataria (1-1) ainda com meia hora para jogar. Os benaventenses, igualados com o Cartaxo na tabela, distam agora quatro pontos do Abrantes e Benfica; sendo que os homens da cidade ferroviária se posicionam ainda outros quatro pontos mais abaixo.
II Divisão Distrital – Ainda com três jornadas por disputar garantiram já a qualificação para a fase final, de apuramento de Campeão e de promoção à I Divisão Distrital, o Moçarriense e o Riachense – tendo o Tramagal muito bem encaminhado tal objectivo, após a concludente vitória frente a um adversário directo, Vasco da Gama, averbada em terreno alheio, por 3-0.
O U. Almeirim, batido em casa, também por 0-3, pelo Marinhais, ficou arredado de tais aspirações, sendo três os candidatos, disputando duas vagas: Forense, Marinhais e Espinheirense.
Campeonato de Portugal – O U. Santarém cumpriu a sua missão, indo ganhar a Alcains, mesmo que por tangencial 2-1, partilhando o 3.º posto com o Marinhense, a dois pontos do Pêro Pinheiro (mas este com um jogo a menos), que derrotou o Coruchense pela mesma marca. O grupo do Sorraia, também com menos um jogo, mantém-se a três pontos da “linha de água” (Mortágua).
Antevisão – A próxima jornada é rica em embates de grande expectativa, envolvendo, em especial, os quatro emblemas do topo da tabela. Teremos, desde logo, um empolgante Alcanenense-Fazendense (restando saber como reagirá o conjunto de Alcanena), assim como o Benavente-U. Tomar, com os dois primeiros a ser colocados, uma vez mais, à prova. Por seu lado, o Amiense, recebendo o Ferreira do Zêzere, terá de estar atento à possibilidade de os ferreirenses conseguirem, de alguma forma, voltar a aproximar-se do rendimento da metade inicial da época.
Na II Divisão, as atenções estarão focadas, a Sul, nas partidas Forense-Moçarriense e Marinhais-Espinheirense, sendo que este jogo poderá ser decisivo nas contas do apuramento para a fase final; assim como, a Norte, no Caxarias-Riachense, onde os donos da casa jogam cartada crucial.
No Campeonato de Portugal o U. Santarém recebe o Sertanense (que reparte o 7.º lugar com o Mortágua), estando o Coruchense “obrigado” a ganhar ao antepenúltimo classificado, Loures.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 2 de Março de 2023)
O Pulsar do Campeonato – 20ª Jornada
(“O Templário”, 23.02.2023)
Concluído o segundo terço do campeonato, o U. Tomar – há oito jornadas consecutivas na liderança, desde o mês de Dezembro, totalizando já onze rondas no comando – alcançou a maior vantagem de que, até agora, dispôs. Não obstante, uma “magra” margem de quatro pontos, atendendo às dificuldades que terá ainda de enfrentar até final, incluindo visitas ao reduto dos 2.º e 3.º classificados (Fazendense e Amiense – a que se somam só outras duas saídas, a Benavente e Salvaterra), e a recepção aos clubes posicionados no 4.º e 5.º lugar (Alcanenense e Mação).
Destaques – O desafio de maior cartaz da jornada 20 colocava frente-a-frente o Samora Correia e o Fazendense – os outros dois guias da prova, nesta temporada, respectivamente durante três e cinco semanas –, que vinham de trajectórias diametralmente opostas (os samorenses com quatro desaires sucessivos; a turma das Fazendas com uma série de quatro triunfos), mas que encontraram, neste jogo, um “ponto de equilíbrio”, fixando-se uma igualdade a duas bolas no final da partida, depois de os visitados terem mesmo chegado ao intervalo em vantagem, por 2-1.
O U. Tomar, com desempenho muito seguro, superou mais um obstáculo na sua caminhada, tendo ido ganhar a Alpiarça, frente a uma aguerrida equipa do Águias, por 3-1. Os unionistas cedo se colocaram em vantagem, antes dos dez minutos, que geriram até ao intervalo. Na segunda metade, outra vez dez minutos decorridos, ampliariam para 2-0. Os visitados, nunca “virando a cara à luta” – valorizando o êxito do adversário –, tendo ameaçado um par de vezes, reduziriam para a diferença mínima, mas com os nabantinos a confirmar o triunfo à entrada do quarto de hora final.
Praticamente “sem se se dar por ele”, o Amiense prossegue o seu excelente percurso nesta edição do Distrital, tendo ido vencer a um difícil terreno como é o do Benavente, face ao penúltimo classificado, uma posição que, contudo, não faz jus às exibições dos benaventenses. Bastou, para tal, um solitário tento, com o grupo dos Amiais de Baixo a conseguir extrair a maior eficácia dos golos marcados (43 pontos somados, mercê de apenas 32 golos), tendo averbado o sexto triunfo em terreno alheio, em onze jogos (registo só superado pelas oito vitórias dos tomarenses).
Em evidência esteve igualmente o At. Ouriense, ganhando no Cartaxo por 2-1 (oitava derrota dos cartaxeiros nos últimos nove jogos), após operar reviravolta no marcador, colocando-se, com forte probabilidade, a salvo de maiores imprevistos, para o que resta do campeonato, partilhando agora o 8.º posto com o Fátima – ambos um ponto atrás do Salvaterrense, conjunto também a atravessar fase muito positiva –, projectando-se que este trio possa vir a animar (juntamente com algumas equipas actualmente posicionadas mais abaixo) uma interessante disputa a meio da tabela.
Surpresa – A surpresa da ronda registou-se em Torres Novas, onde o Salvaterrense conseguiu uma robusta desforra do desaire sofrido no seu terreno na primeira volta frente aos torrejanos. Num desafio entre duas formações que, em termos globais, vêm realizando boas campanhas – eram, à entrada para este jogo, respectivamente 7.º e 8.º classificados –, os visitados não poderiam desejar melhor do que marcar logo no primeiro minuto. Porém, o Salvaterrense empataria à meia hora, vindo mesmo a colocar-se em vantagem aos 75 minutos. Com o adversário reduzido a dez elementos, o “placard” avolumar-se-ia, nos derradeiros dez minutos, para um imprevisível 1-5!
Confirmações – Nas restantes três partidas os resultados apurados seriam, de alguma forma, expectáveis. Começando pela natural vitória, com goleada (4-1), do Alcanenense sobre o “lanterna vermelha”, Entroncamento – tendo mesmo chegado aos 4-0, só concedendo o “ponto de honra” dos visitantes já à entrada dos últimos cinco minutos.
Abrantes e Benfica e Mação não desfizeram o nulo, num embate que, noutras circunstâncias, seria um dos jogos de principal cartel do campeonato. Os maçaenses continuam a partilhar a 5.ª posição com o Samora Correia, agora já a oito pontos do Alcanenense (4.º), e com avanço de cinco pontos face ao Salvaterrense; por seu lado, os abrantinos ocupam o 13.º posto, a quatro pontos do Águias de Alpiarça (12.º)… mas, apenas, um ponto a mais que o Cartaxo, e dois sobre o Benavente.
Num jogo em estreia entre os dois clubes, o Fátima – num ciclo muito favorável, tendo alcançado o sexto triunfo nas oito rondas mais recentes (só U. Tomar e Amiense fizeram melhor, nesse período) – superiorizou-se a um intranquilo Ferreira do Zêzere, ganhando por 3-2, apesar de os ferreirenses terem chegado a dispor de vantagem de 2-1… durante dois minutos.
Num total de quinze pontos em disputa na segunda volta, o Ferreira do Zêzere obteve um único ponto (empate caseiro com o Salvaterrense), sendo que, em todas essas cinco jornadas, sofreu sempre três golos por jogo (!), o que justifica uma acentuada queda na classificação, tendo baixado agora ao 11.º lugar, com uma vantagem de apenas cinco pontos face ao Abrantes e Benfica.
II Divisão Distrital – Moçarriense (5-1 ao Rebocho), Espinheirense (1-0, fora, com o Benfica do Ribatejo) e Marinhais (2-1 ao At. Pernes) cumpriram o seu papel, enquanto o Forense folgou. No “derby” Paço dos Negros-U. Almeirim, o nulo no marcador pode ter sido comprometedor para as aspirações dos almeirinenses, a oito pontos do Marinhais (mesmo que com um jogo a menos).
O Riachense bateu, com dificuldade, a U. Atalaiense, por 4-3, aproximando-se – tal como, na outra série, o Moçarriense – da garantia de apuramento (dez pontos de avanço sobre o 4.º classificado, Caxarias, não obstante ter um jogo a mais). O Tramagal goleou (4-0), com naturalidade, o Ortiga, e beneficiou do imprevisto desaire do Vasco da Gama no Pego, mas com os pegachos ainda em situação pouco promissora (atraso de quatro pontos, com mais um jogo).
Campeonato de Portugal – O U. Santarém confirmou o seu favoritismo, derrotando o Loures por 3-0. Quanto ao Coruchense, voltou a pontuar, tendo empatado a zero em Arronches, um desfecho que, mais adiante, se poderá aquilatar se terá ou não ficado aquém das necessidades.
Por agora os escalabitanos repartem o 4.º lugar com o B. C. Branco, a dois pontos do vice-líder, Pêro Pinheiro (e, também, do Marinhense), com o 1.º Dezembro na frente, a cinco pontos. Já a turma do Sorraia subsiste abaixo da “linha de água”, na 9.ª posição, dois pontos atrás de Sertanense e Mortágua (este ainda sem “folgar”, o que sucederá na jornada em que deveria defrontar o Rio Maior). Mas o União da Serra (10.º) está somente um ponto atrás.
Antevisão – O jogo grande da próxima ronda será o U. Tomar-Alcanenense, que poderá eventualmente reduzir o número de candidatos ao título, ou, ao invés, deixar tudo ainda “mais embrulhado”. O Fazendense, recebendo o Águias de Alpiarça, é favorito a somar os três pontos; por seu lado, o Amiense, mesmo jogando em casa, com o Fátima, enfrenta mais um sério teste.
Na II Divisão, o Moçarriense tem uma saída de alguma dificuldade, ao Porto Alto. O U. Almeirim-Marinhais poderá ser uma espécie de “tudo ou nada” para os almeirinenses. Mais a Norte, as atenções estarão centradas no Vasco da Gama-Tramagal, actuais 3.º e 2.º classificados, respectivamente, com o Caxarias (também com deslocação difícil, ao Vilarense) na “expectativa”.
No Campeonato de Portugal o U. Santarém, deslocando-se ao terreno do agora último (13.º) classificado, Alcains, terá uma boa oportunidade de voltar a ganhar; bem mais difícil se afigura a tarefa do Coruchense, que viaja até Pêro Pinheiro, para defrontar um dos actuais vice-líderes.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 23 de Fevereiro de 2023)
Liga Conferência Europa – Sorteio dos 1/8 de Final
AEK Larnaca – West Ham
Fiorentina – Sivasspor
Lazio – AZ
Lech Poznań – Djurgårdens
Basel – Slovan Bratislava
Sheriff Tiraspol – Nice
Anderlecht – Villarreal
Gent – İstanbul Başakşehir
Os jogos da primeira mão serão disputados a 9 de Março, estando a segunda mão agendada para 16 de Março.
Liga Europa – Sorteio dos 1/8 de Final
Union Berlin – Union Saint-Gilloise
Sevilla – Fenerbahçe
Juventus – Freiburg
Bayer Leverkusen – Ferencváros
Sporting – Arsenal
Manchester United – Betis
Roma – Real Sociedad
Shakhtar Donetsk – Feyenoord
Os jogos da primeira mão serão disputados a 9 de Março, estando a segunda mão agendada para 16 de Março.
Liga Conferência Europa – “Play-off” intercalar (2.ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Gent - Qarabağ 1-0 (5-3gp) 0-1 1-1 Basel - Trabzonspor 2-0 0-1 2-1 CFR Cluj - Lazio 0-0 0-1 0-1 Lech Poznań - Bodø/Glimt 1-0 0-0 1-0 Fiorentina - Sp. Braga 3-2 4-0 7-2 Dnipro-1 - AEK Larnaca 0-0 0-1 0-1 Partizan - Sheriff Tiraspol 1-3 1-0 2-3 Anderlecht - Ludogorets 2-1 (3-0gp) 0-1 2-2
Na segunda edição desta nova competição da UEFA, são os seguintes os principais contingentes por país, a garantir presença nos 1/8 de final: Bélgica (Anderlecht e Gent – por curiosidade ambos apurados mercê de desempate da marca de “penalty”), (Itália (Fiorentina e Lazio) e Turquia (Istanbul Başakşehir e Sivasspor).
Numa prova bastante mais aberta, são 13 os países ainda com representação, sendo que os grandes colossos Espanha (Villarreal), França (Nice) e Inglaterra (West Ham) apenas mantêm um clube em prova (tal como Chipre, Eslováquia, Moldávia, Países Baixos, Polónia, Suíça e Suécia), não subsistindo nenhum da Alemanha… nem de Portugal.
Liga Europa – “Play-off” intercalar (2.ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Manchester United - Barcelona 2-1 2-2 4-3 Nantes - Juventus 0-3 1-1 1-4 Midtjylland - Sporting 0-4 1-1 1-5 Rennes - Shakhtar Donetsk (a.p.) 2-1 (4-5gp) 1-2 2-2 Union Berlin - Ajax 3-1 0-0 3-1 Monaco - Bayer Leverkusen 2-3 (3-5gp) 3-2 5-5 PSV Eindhoven - Sevilla 2-0 0-3 2-3 Roma - Salzburg 2-0 0-1 2-1
Em função dos resultados desta eliminatória “intermédia”, são os seguintes os principais contingentes na disputa dos 1/8 de final da Liga Europa: três clubes da Alemanha (Freiburg, Bayer Leverkusen e Union Berlin) e de Espanha (Real Sociedad, Betis e Sevilla); dois de Inglaterra (Arsenal e Manchester United) e de Itália (Juventus e Roma).
Bélgica, Hungria, Países Baixos, Portugal, Turquia e Ucrânia (um cada) formam os restantes seis (do total de 16) apurados. Anota-se que a França (com duas equipas eliminadas no desempate da marca de “penalty”) não conseguiu qualificar qualquer dos seus três representantes.
Liga dos Campeões – 1/8 de Final (1.ª mão)
22.02.2023 – RB Leipzig – Manchester City – 1-1
15.02.2023 – Club Brugge – Benfica – 0-2
21.02.2023 – Liverpool – Real Madrid – 2-5
14.02.2023 – AC Milan – Tottenham – 1-0
21.02.2023 – E. Frankfurt – Napoli – 0-2
15.02.2023 – B. Dortmund – Chelsea – 1-0
22.02.2023 – Inter – FC Porto – 1-0
14.02.2023 – Paris Saint-Germain – Bayern München – 0-1
O Pulsar do Campeonato – 19ª Jornada
(“O Templário”, 16.02.2023)
U. Tomar e Fazendense voltaram a ganhar, em ambos os casos pela quarta jornada consecutiva, mantendo o pleno de (12) pontos na segunda volta, continuando separados por escassa margem de dois pontos, destacados no topo da tabela. Beneficiaram, em paralelo, do desaire sofrido pelo Alcanenense frente ao Amiense – por números que não seriam expectáveis –, para distanciar um concorrente ao título, que, todavia, não poderá considerar-se ainda arredado de tais aspirações.
Destaques – O “jogo-grande” da jornada 19, colocando frente-a-frente as formações que partilhavam o 3.º lugar, tinha sido disputado já na quarta-feira da passada semana (dia 8), no Espinheiro, com uma inesperada vitória – dada a diferença registada no “placard” final – do Amiense sobre o Alcanenense (grupo que vinha de três triunfos sucessivos, não perdendo há onze jornadas, no que constitui a mais longa série de invencibilidade neste campeonato), por 3-0.
Tendo-se atingido o intervalo com o nulo a subsistir, a turma de Amiais de Baixo inaugurou o marcador à passagem dos dez minutos do segundo tempo, vindo a selar o desfecho com mais dois tentos nos derradeiros cinco minutos. O Amiense, agora isolado no 3.º posto, mantém-se a cinco pontos do comandante, tendo o Alcanenense visto ampliar-se, para oito pontos, o seu atraso.
Em Tomar, o União conseguiu, enfim, superar uma espécie de “karma” que vinha registando nos desafios ante o Samora Correia (clube frente ao qual sofrera cinco derrotas sucessivas, apenas tendo obtido uma vitória nos últimos oito jogos para o campeonato, desde a época de 2018-19).
No 1.000.º jogo em 50 temporadas de participações em Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Santarém (914 jogos na I Divisão, em 42 edições; e 86 na II Divisão, em 8 presenças), o U. Tomar fixou, com o triunfo, um balanço global de 475 vitórias, 192 empates e 333 derrotas.
Fosse pelo “peso” do histórico recente entre os dois clubes, ou pelas incidências da partida da primeira volta (com o impacto adverso do golo não validado, na conversão de um “penalty”), a equipa pareceu entrar em campo demasiado ansiosa e nervosa, sem conseguir assentar o jogo.
Valeria alguma “estrelinha”, em momentos-chave: primeiro, a inaugurar o marcador mesmo a findar o primeiro tempo; de seguida, ampliando para 2-0, logo ao terceiro minuto da segunda parte; e, já depois de se ter visto reduzida a dez elementos, e de consentir o 2-1, restabelecendo uma decisiva “margem de segurança”, com o terceiro golo, somente dois minutos volvidos.
O 4-1 final, obtido em período de compensação, chegava numa fase em que o adversário, tendo cometido muito comprometedoras falhas (oportunamente aproveitadas pelo União, marcando o 1.º e 3.º golos), se tinha desorganizado e conformado com o quarto desaire sucessivo, de uma turma que chegou a liderar a prova, invicta nas dez primeiras rondas… agora a 14 pontos do guia!
Num desafio que se antecipava equilibrado, entre Ferreira do Zêzere e Mação, os ferreirenses confirmaram o mau momento que vêm atravessando (tendo averbado um único ponto em quatro jogos nesta segunda volta), perdendo por 2-3, um desfecho que possibilitou aos maçaenses igualarem o Samora Correia na 5.ª posição. Ao invés, o conjunto de Ferreira vem caindo na pauta classificativa, repartindo o 9.º ao 11.º posto com Fátima e At. Ouriense, somente seis pontos acima da “linha de água”, uma situação que, de todo, não se projectava ser possível nesta temporada.
Em destaque esteve também o Torres Novas, com a estratégia delineada por Eduardo Fortes, apostando na consistência defensiva, a revelar-se acertada, tendo ido ganhar a Ourém, face ao At. Ouriense, por concludente marca de 3-0. Os torrejanos ascenderam a um notável 7.º lugar.
Confirmações – Numa jornada sem especiais surpresas, registaram-se, nos quatro encontros restantes, resultados de alguma forma expectáveis.
O Fazendense confirmou, com naturalidade, o favoritismo, na recepção ao Cartaxo, impondo-se por 3-0, tendo, outra vez, resolvido cedo a contenda, com dois tentos, aos 21 e 27 minutos.
Em Salvaterra de Magos o Abrantes e Benfica, procurando sair da posição delicada em que se encontra, fez um bom jogo, empatando 1-1 com o Salvaterrense (que somou terceira igualdade sucessiva), numa partida em que os abrantinos até poderiam ter obtido maior ganho pontual.
Por seu lado, o Fátima, recebendo o Benavente, obteve uma importante vitória (2-1), consumada “in extremis”, já depois dos 90 minutos, após ter operado reviravolta no marcador. Os fatimenses, em fase muito positiva (quatro vitórias nos cinco jogos mais recentes; ou cinco nos últimos sete), não só subiram ao 9.º lugar, como conseguiram estabelecer uma certa “margem de segurança”.
Entroncamento e Águias de Alpiarça empataram também a uma bola, um resultado que, não sendo o “ideal”, permite aos “ferroviários” manter acesa a esperança, enquanto os alpiarcenses, ponto a ponto (quarta igualdade nas cinco últimas jornadas) vão amealhando precioso pecúlio, dispondo de cinco pontos de vantagem sobre o 13.º e 14.º classificados (Abrantes e Benfica e Cartaxo).
II Divisão Distrital – Em partida que se antecipava poder ser relevante para as contas finais, Espinheirense e Forense neutralizaram-se, empatando a um golo, desfecho mais favorável ao Forense (2.º classificado), que, assim, mantém seis pontos de vantagem sobre o grupo do Espinheiro (4.º), mas tendo este um jogo a menos, dado ter já folgado na segunda volta.
No “derby” municipal, o Marinhais não conseguiu melhor que resultado idêntico (1-1) na Glória do Ribatejo, mantendo o 3.º lugar, com três pontos de diferença em relação ao Espinheirense. O U. Almeirim, a fazer um campeonato de “trás para a frente” é já 5.º, três pontos mais abaixo.
A Norte, noutro “derby”, Riachense e Goleganense não desfizeram o nulo no marcador, do que beneficiou o Tramagal (que partilha a 2.ª posição com o Vasco da Gama), ganhando 4-0 em Abrantes, para reduzir para cinco pontos o seu atraso… mas o Caxarias (4.º) está só a dois pontos.
Campeonato de Portugal – Confirmada a desqualificação do Rio Maior, esta foi uma ronda negativa para os clubes do Distrito, com duas derrotas, ambas por tangencial 0-1: o U. Santarém, em Pêro Pinheiro; o Coruchense, em casa, frente ao Sintrense.
Considerando o ajustamento decorrente da desconsideração dos resultados dos dois jogos que o Rio Maior tinha disputado na 2.ª volta, o U. Santarém é agora 5.º classificado (a par do Sintrense), mas apenas a dois pontos do trio que partilha o 2.º lugar (Pêro Pinheiro, B. C. Branco e Marinhense); por seu lado, o Coruchense continua em 9.º, a três pontos de Sertanense e Mortágua, mas restando-lhe ainda disputar oito jogos, enquanto estes rivais só jogarão mais sete vezes.
Antevisão – Os três primeiros do principal escalão do Distrital enfrentam saídas difíceis, com destaque para a visita do Fazendense a Samora Correia, isto no pressuposto de que os samorenses consigam, entretanto, recuperar animicamente de uma sucessão de resultados negativos; o U. Tomar, mesmo sendo favorito, não esperará também facilidades em Alpiarça; o Amiense desloca-se a Benavente, formação que tudo procurará fazer para pontuar, na luta pela permanência.
Na II Divisão, com Forense e Caxarias de folga, o realce vai para os desafios: U. Atalaiense-Riachense, Pego-Vasco da Gama; assumindo o Moçarriense e Marinhais claro favoritismo, perante, respectivamente, o Rebocho e At. Pernes, precisamente os dois últimos da série.
No Campeonato de Portugal os clubes do Distrito esperarão somar pontos, na recepção ao Loures (U. Santarém) e na viagem até Arronches (Coruchense), actuais 12.º e 11.º classificados.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 16 de Fevereiro de 2023)