O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – Final

(“O Templário”, 01.06.2023)

Na 45.ª final da Taça do Ribatejo (em 46 edições da competição – atendendo a que a prova de 2019-20 acabaria por ser suspensa nas meias-finais, devido à pandemia), em partida disputada no Cartaxo, uma surpreendente equipa do Torres Novas superiorizou-se ao Alcanenense, conquistando o troféu pela segunda vez no seu historial (depois da vitória averbada em 2011).

Em função da classificação dos dois clubes no campeonato (4.º lugar do Alcanenense; face ao 9.º posto do Torres Novas), a turma de Alcanena aspirava a estrear-se como vencedora da Taça a nível de seniores, depois de ter já triunfado, nesta época, em tal prova no escalão de juniores.

Com um conjunto de forte potencial, liderado por José Torcato, em que impera a juventude, o Alcanenense procurou assumir a iniciativa do jogo, que foi sendo repartido, persistindo o nulo no marcador até ao derradeiro quarto de hora – mesmo que o grupo de Torres Novas se tenha visto forçado a substituir o seu guarda-redes, Telmo Rodrigues, ao intervalo, devido a lesão.

Bastaria um golo para decidir o desfecho da final, apontado – estavam decorridos 77 minutos – por Persi Mamede (que, por curiosidade, representara a formação de Alcanena na temporada precedente), finalizando da melhor forma, com um desvio subtil, a assistência de Miguel Miguel, com a formação torrejana, muito oportuna, a beneficiar de falha da defensiva contrária.

Até ao termo do encontro o Alcanenense ensaiaria várias tentativas de chegar ainda ao empate, mas o jovem guardião da equipa de Torres Novas, António Henriques, com intervenções muito atentas, preservaria o nulo na sua baliza, garantindo assim um excelente triunfo da equipa comandada pelo tomarense Eduardo Fortes, fazendo valer a maior experiência do seu colectivo.

Contando apenas 22 participações na Taça do Ribatejo (e, somente, com quatro presenças nas meias-finais; e três em finais), o Torres Novas igualou, pois, o registo de dois troféus conquistados, até agora mantido por Águias de Alpiarça, Alferrarede, Cartaxo, Mação, Samora Correia, U. Rio Maior e U. Santarém. No palmarés da prova subsiste destacado o Fazendense, com cinco Taças, seguido por Amiense, Coruchense, Riachense e Tramagal (três triunfos cada).

Juntam-se ainda doze clubes cada um com uma Taça do Ribatejo conquistada: Abrantes FC, Azinhaga, Benavente, Ferreira do Zêzere, Ferroviários, Glória do Ribatejo, Lagartos do Sardoal, Monsanto, Ouriquense, Pego, União de Tomar e Vasco da Gama.

I Divisão Distrital – Recuperando também o palmarés do Campeonato, o U. Tomar sagrou-se Campeão Distrital da I Divisão pela 6.ª vez no seu historial, depois de ter sido já vencedor nas épocas de 1941-42, 1942-43, 1964-65, 1987-88 e 1997-98. Soma, ainda, quatro títulos de Campeão da divisão secundária (nas temporadas de 1941-42, 1942-43, 1955-56 e 1957-58).

A nível do escalão principal apenas o Torres Novas (com 9 títulos, incluindo o de 1928-29, então conquistado pelo Torres Novas F.C.), U. Operária Santarém (8) e Tramagal (7) superam o registo do emblema unionista – contando também a Ac. Santarém com seis títulos de Campeão.

Em praticamente um século de Campeonatos Distritais – cujo início data do ano de 1925 – foram já 30 os clubes Campeões, num total de 97 títulos atribuídos (não tendo sido completadas as provas das épocas de 2019-20 e 2020-21), sendo a próxima a 100.ª edição da competição.

II Divisão Distrital – Ainda com duas rondas por disputar o Forense (que, na próxima época, se estreará na I Divisão) e o Moçarriense (num rápido regresso, depois da descida no final da temporada de 2020-21) garantiram já a promoção ao principal escalão do futebol distrital.

Tendo o Forense vencido (2-0) o Tramagal, já depois de o Moçarriense ganhar (4-2), no Sábado, ao Vasco da Gama, os dois clubes – que continuam a partilhar o comando –, dispõem agora de vantagem de oito pontos face ao par que reparte o 3.º posto (Riachense e Vasco da Gama).

A formação dos Riachos foi surpreendida no Espinheiro, tendo sido derrotada por 4-3 – terceiro desaire sucessivo –, um desfecho que poderá, eventualmente, vir a revelar-se comprometedor, na medida em que o Riachense foi o primeiro concorrente a perder com o Espinheirense.

A restante vaga de promoção será disputada, para além de Riachense e Vasco da Gama, também pelo Tramagal, somente um ponto abaixo, pese embora conte já quatro derrotas consecutivas.

Antevisão – Este Sábado teremos, no Estádio Municipal Dr. Alves Vieira, em Torres Novas, a disputa da Supertaça com a mesma denominação, colocando frente-a-frente o recente Campeão Distrital, U. Tomar, e o vencedor da Taça do Ribatejo, precisamente o C. D. Torres Novas.

Numa prova cujo calendário foi, desde o ano de 2019, adaptado ao final de temporada, os torrejanos terão, nesta situação, a particularidade de beneficiar do factor casa, a equilibrar a contenda perante um grupo unionista aureolado com o título distrital, mas que, por seu lado, vem de um (breve) interregno competitivo, desde que, há duas semanas, se sagrou Campeão.

O U. Tomar participa nesta competição pela terceira vez, tendo sido desfeiteado nas duas finais disputadas, enquanto Campeão Distrital de 1998 (batido pelo Ferroviários) e após ter conquistado a Taça do Ribatejo de 2018 (perdendo com o Campeão, Mação). Ao invés, o Torres Novas, disputando a prova igualmente pela terceira vez, venceu nas duas presenças anteriores, enquanto Campeão Distrital em 2008, e na condição de vencedor da Taça do Ribatejo de 2011.

Fica ainda o registo de, nas 28 edições precedentes, o Campeão Distrital ter triunfado em 17 ocasiões; face a 11 vezes em que saiu vencedor o detentor (ou finalista da Taça do Ribatejo) – incluindo nas duas últimas Supertaças, ganhas por Coruchense (2019) e Fazendense (2022).

A II Divisão Distrital terá a 9.ª e penúltima jornada da fase final, de apuramento de Campeão e de promoção, compreendendo as seguintes partidas: Vasco da Gama-Forense; Moçarriense-Riachense; e Tramagal-Espinheirense; de que poderá resultar nova configuração da tabela, em especial a nível do terceto que disputa ainda a subida.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 1 de Junho de 2023)

3 Junho, 2023 at 11:00 am Deixe um comentário

Liga Europa – Final – Sevilla – Roma

Após bastante mais do que 120 minutos, com o resultado igualado a 1-1 (que se registava já no final do tempo regulamentar), a decisão do vencedor da prova foi adiada para a marca de “penalty”, fórmula de desempate na qual o Sevilla voltou a ser mais efectivo, vencendo por 4-1, conquistando o seu 7.º troféu, reforçando o estatuto de equipa “rainha” desta competição. José Mourinho não conseguiu repetir o triunfo da época passada, em que a Roma se sagrara vencedora da edição de estreia da “Liga Conferência”.

No Palmarés da prova, após as 14 edições já disputadas sob o formato de “Liga Europa”, é a seguinte a lista de vencedores: Sevilla (2014, 2015, 2016, 2020 e 2023), At. Madrid (2010, 2012 e 2018), Chelsea (2013 e 2019), FC Porto (2011), Manchester United (2017), Villarreal (2021) e Eintracht Frankfurt (2022).

Nas 38 edições anteriores (nas temporadas de 1971-72 a 2008-09), com a denominação da Taça UEFA, sagraram-se vencedores: Juventus (1977, 1990 e 1993), Inter (1991, 1994 e 1998) e Liverpool (1973, 1976 e 2001), com três títulos cada; Borussia Mönchengladbach (1975 e 1979), Tottenham (1972 e 1984), Real Madrid (1985 e 1986), Göteborg (1982 e 1987), Parma (1995 e 1999), Feyenoord (1974 e 2002) e Sevilla (2006 e 2007), cada um com dois troféus; PSV Eindhoven (1978), Eintracht Frankfurt (1980), Ipswich Town (1981), Anderlecht (1983), Bayer Leverkusen (1988), Napoli (1989), Ajax (1992), Bayern München (1996), Schalke 04 (1997), Galatasaray (2000), FC Porto (2003), Valencia (2004), CSKA Moscovo (2005), Zenit St. Petersburg (2008) e Shakhtar Donetsk (2009).

Antes disso, criada em 1955, a par com a Taça dos Campeões Europeus, disputou-se, até à época de 1970-71, em 13 edições, a designada Taça das Cidades com Feiras, prova que seria precursora da Taça UEFA, apesar de não ser reconhecida a nível oficial pela UEFA, que teve por vencedores: Barcelona (1958, 1960 e 1966); Valencia (1962 e 1963) e Leeds United (1968 e 1971); Roma (1961), Zaragoza (1964), Ferencvaros (1965), D. Zagreb (1967), Newcastle (1969) e Arsenal (1970).

Num exercício de “consolidação” dos vencedores da competição nas suas três fórmulas/designações, temos os seguintes clubes que conquistaram mais do que um troféu: Sevilla (7); Barcelona, Juventus, Inter, Liverpool, Valencia e At. Madrid (3 cada); Leeds United, Borussia Mönchengladbach, Tottenham, Real Madrid, Göteborg, Parma, Feyenoord, FC Porto, Chelsea e Eintracht Frankfurt (2 cada).

31 Maio, 2023 at 11:05 pm Deixe um comentário

João Almeida 3.º no “Giro de Itália”

Numa prova de extremo equilíbrio, com os três primeiros separados por escassos segundos até ao penúltimo dia – depois de o Campeão do Mundo, Remco Evenepoel, ter sido forçado a desistir, após o termo da primeira semana, devido a COVID-19, numa altura em que liderava – o esloveno Primož Roglič acabou por fazer a diferença, a seu favor, no contra-relógio de montanha.

O galês Geraint Thomas, que “herdara” a camisola rosa de Evenepoel, mantinha, até anteontem, uma vantagem de 26 segundos sobre Roglič, o qual, por seu lado, tinha 33 segundos de diferença face ao 3.º classificado, o português João Almeida.

No contra-relógio decisivo, Roglič ganhou 40 segundos a Thomas, e 42 segundos a Almeida, consagrando-se assim como vencedor do “Giro”, triunfo que junta às três “Vueltas” conquistadas entre 2019 e 2021, tendo sido 2.º no “Tour” de 2020. Quanto a Thomas, ocupara já as três primeiras posições do “Tour” (1.º em 2018, 2.º em 2019 e 3.º em 2022).

Com uma prova muito regular, reforçando a consistência que faz dele um dos melhores ciclistas mundiais da actualidade, João Almeida, para além de ter sido o vencedor do “Prémio da Juventude” (“Camisola branca”), torna-se no segundo português a terminar uma grande volta no pódio, depois do 3.º lugar de Joaquim Agostinho nas edições de 1978 e 1979 do “Tour” (este, de ambas as vezes, secundando Bernard Hinault e Joop Zootemelk), tendo Agostinho sido ainda 2.º classificado na “Vuelta” em 1974.

Depois de ter terminado já o “Giro” no 4.º lugar (2020) e no 6.º lugar (2021), e a “Vuelta” na 5.ª posição (2022), o jovem João Almeida (24 anos) – também bi-Campeão Nacional de Estrada (em 2021 e 2022) – alcança a sua melhor classificação de sempre, numa prova em que foi ainda vencedor de uma etapa de montanha, no “Monte Bondone” (16.ª etapa, no dia 23 de Maio), onde se impôs, sobre a linha de meta, a Geraint Thomas, o único que, nesse dia, conseguira acompanhá-lo.

Classificação geral final:

1.º Primož Roglič (Eslovénia) – Jumbo-Visma – 85h 29′ 02”
2.º Geraint Thomas (Reino Unido) – Ineos Grenadiers – a 00′ 14”
3.º João Almeida (Portugal) – UAE Team Emirates – a 01′ 15”
4.º Damiano Caruso (Itália) – Bahrain Victorious – a 04′ 40”
5.º Thibaut Pinot (França) – Groupama FDJ – a 05′ 43”
6.º Thymen Arensman (Países Baixos) – Ineos Grenadiers – a 06′ 05”
7.º Edward Dunbar (Irlanda) – Team Jayco AlUla – a 07′ 30”
8.º Andreas Leknessund (Noruega) – Team DSM – a 07′ 31”
9.º Lennard Kamna (Alemanha) – Bora-Hansgrohe – a 07′ 46”
10.º Laurens De Plus (Bélgica) – Ineos Grenadiers – a 09′ 08”

É a seguinte a lista completa dos vencedores da “Volta à Itália”:

  • 5 vitórias – Alfredo Binda (1925, 1927, 1928, 1929 e 1933); Fausto Coppi (1940, 1947, 1949, 1952 e 1953); e Eddy Merckx (1968, 1970, 1972, 1973 e 1974)
  • 3 vitórias – Giovanne Brunero (1921, 1922 e 1926); Gino Bartali (1936, 1937 e 1946); Florenzo Magni (1948, 1951 e 1955); Felice Gimondi (1967, 1969 e 1976); Bernard Hinault (1980, 1982 e 1985)
  • 2 vitórias – Carlo Galetti (1910 e 1911); Costante Girardengo (1919 e 1923); Giovanni Valetti (1938 e 1939); Charly Gaul (1956 e 1959); Jacques Anquetil (1960 e 1964); Franco Balmamion (1962 e 1963); Giuseppe Saronni ((1979 e 1983); Miguel Indurain (1992 e 1993); Ivan Gotti (1997 e 1999); Gilberto Simoni (2001 e 2003); Paolo Salvoldelli (2002 e 2005); Ivan Basso (2006 e 2010);  Alberto Contador (2008 e 2015); Vincenzo Nibali (2013 e 2016)
  • 1 vitoria – Luigi Ganna (1909); Carlo Oriani (1913); Alfonso Calzolari (1914); Gaetano Belloni (1920); Giuseppe Enrici (1924); Luigi Marchisio (1930); Francesco Camusso (1931); Antonio Pesenti (1932); Learco Guerra (1934); Vasco Bergamaschi (1935); Hugo Koblet (1950); Carlo Clerici (1954); Gastone Nencini (1957); Ercole Baldini (1958); Arnaldo Pambianco (1961); Vittorio Adorni (1965); Gianni Motta (1966); Gösta Pettersson (1971); Fausto Bertoglio (1975); Michel Pollentier (1977); Johan De Muynck (1978); Giovanni Battaglin (1981); Francesco Moser (1984); Roberto Visentini (1986); Stephen Roche (1987); Andrew Hampsten (1988); Laurent Fignon (1989); Gianni Bugno (1990); Franco Chioccioli (1991); Evgeni Berzin (1994); Tony Rominger (1995); Pavel Tonkov (1996); Marco Pantani (1998); Stefano Garzelli (2000); Damiano Cunego (2004), Danilo Di Luca (2007); Denis Menchov (2009); Michele Scarponi (2011); Ryder Hesjedal (2012); Nairo Quintana (2014); Tom Dumoulin (2017); Chris Froome (2018); Richard Carapaz (2019); Tao Geoghegan Hart (2020); Egan Bernal (2021); Jai Hindley (2022); Primož Roglič (2023)

28 Maio, 2023 at 6:09 pm Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – 30ª Jornada

(“O Templário”, 25.05.2023)

Ao fim de 25 anos, e de 20 épocas no Distrital da I Divisão – após, por várias ocasiões, ter ficado muito próximo do objectivo –, o União de Tomar consegue, enfim, sagrar-se Campeão, garantindo a promoção ao Campeonato de Portugal, regressando, pois, às competições de índole nacional.

Nessas 20 participações no principal escalão do futebol distrital (desde 2002-03) esta foi a 10.ª vez em que o emblema unionista concluiu a prova nos cinco primeiros lugares; ocupando uma das posições do pódio pela 7.ª vez – depois de, em quatro ocasiões (2009, 2015, 2018 e 2022), ter sido vice-campeão; e de ter terminado no 3.º lugar noutras duas edições (em 2016 e 2017).

Um justo prémio para muitos anos de esforços em prol do clube, por parte de órgãos directivos, equipas técnicas (destacando-se as seis temporadas sob a orientação de Eduardo Fortes, a que se seguiram oito épocas sob o comando de Lino Freitas, galardoado com a conquista da Taça do Ribatejo em 2018 – por curiosidade, numa final frente ao Mação) e várias gerações de jogadores.

Um trabalho agora culminado sob a direcção técnica de Marco Marques, repetindo, como treinador, o anterior título de Campeão Distrital, em 1997-98 (então como jogador do União), que junta à conquista, como treinador da equipa de Juniores do clube, da Taça do Ribatejo, em 2013 – vendo coroado de êxito o seu intenso labor e enorme dedicação. Ao Marco, o meu Obrigado!

Destaques – Num campeonato renhido, disputado até ao último dia entre três concorrentes, de que – em largas décadas – havia, até agora, um único antecedente (na época de 1967-68), a forte réplica oferecida por Amiense e Fazendense vem valorizar sobremaneira a conquista do União.

A formação mais regular ao longo de toda a época – na liderança durante um total de 21 (das 30) jornadas, entre as quais as últimas 18 – o U. Tomar entrava para o derradeiro encontro sendo o único a depender apenas de si, “bastando” ganhar ao Mação para confirmar a conquista do título.

Perante este dado, a equipa, com forte personalidade, honrou, desde o início da partida, a missão que tinha a cumprir, assumindo a iniciativa, indo em busca da vitória. Que acabou por ser construída e alcançada com naturalidade. Quando os tomarenses inauguraram o marcador, num remate colocado, de “meia-distância”, desferido por Leandro Filipe, estavam decorridos apenas 17 minutos, tinham demonstrado cabalmente ao que vinham, tendo criado já um par de situações.

O golo tranquilizou o grupo, que manteve a pressão. Mas o melhor estava ainda para vir: não estava completado o minuto inicial do segundo tempo quando Wemerson Silva, com um remate “bombeado”, fez a bola sobrevoar o guardião contrário, estabelecendo o “placard” final de 2-0.

Logo aí começou a formar-se a convicção de que a vitória – e, consequentemente, o título – não escaparia ao União. E assim foi. Até final, os nabantinos, perdulários, não conseguiram aproveitar algumas soberanas ocasiões para voltar a marcar. A grande festa esperava já por eles!

O Amiense, em igualdade pontual face ao líder, tinha também uma tarefa a realizar: a de vencer o seu desafio, recebendo o Torres Novas, na expectativa de algum eventual deslize dos unionistas.

Cedo (apenas com dez minutos decorridos) se colocando em vantagem, o conjunto dos Amiais repetiria a “dose” no segundo tempo, marcando de novo após estarem jogados dez minutos, fixando o resultado em 2-0. Porém, as notícias que chegavam de Tomar não eram as desejadas…

O grupo de Amiais de Baixo, com excelente desempenho nesta época, alcançou, não obstante, magnífico 2.º lugar, superando todas as expectativas – terminando, aliás, com o mesmo número de pontos do Campeão – tendo como prémio a presença na próxima edição da Taça de Portugal.

Por seu lado, o Fazendense – imune à decepção de ter deixado escapar uma situação, que chegou a parecer privilegiada, de poder conquistar o título (quando, depois de ter já derrotado o Amiense, recebia, na 27.ª ronda, o U. Tomar, apenas com um ponto de desvantagem), tendo acabado, inesperadamente, por ver-se relegado para o 3.º lugar, sem sequer ter a consolação do acesso à Taça de Portugal – goleou, em jogo de “final de estação”, o Salvaterrense, por categórico 5-0.

Aqui fica uma palavra de apreço pelo brilhante campeonato realizado pela turma das Fazendas de Almeirim, num estimulante duelo com o União, porventura merecedor de algo mais na pauta final.

Também, em paralelo, um abrir de apetite para a próxima edição do Campeonato Distrital, que se antevê empolgante, com vários clubes com fortes aspirações, a que se juntará ainda o Coruchense.

Surpresas – A grande surpresa da derradeira jornada foi o empate (2-2) cedido pelo Alcanenense – em “rodagem” para a Final da Taça –, na recepção ao Águias de Alpiarça (15.º classificado), que, assim, conseguiu fechar a sua participação neste campeonato a pontuar, após dez derrotas.

O conjunto de Alcanena manteve, ainda assim, a 4.ª posição, mercê de outro desfecho algo imprevisto, por parte do Samora Correia (5.º), derrotado por 2-1 no “derby” municipal, pelo rival Benavente (14.º), o qual, já desde a semana anterior, conhecia o seu destino, acompanhando os alpiarcenses e o Entroncamento AC na despromoção ao escalão secundário.

Confirmações – Nas restantes três partidas os favoritos alcançaram a vitória, destacando-se o Fátima, que, mercê da categórica vitória (3-0) ante o Cartaxo (13.º), ascendeu a uma muito meritória 7.ª posição, ultrapassando, sobre o “risco de meta”, os grupos de Salvaterra e torrejano.

Também o Ferreira do Zêzere finalizou da melhor forma um campeonato irregular, somando o quarto triunfo consecutivo, ao bater (2-1) o At. Ouriense; os ferreirenses igualaram, precisamente, aqueles dois emblemas (formando-se um terceto com 39 pontos), mas, por via do confronto directo, acabaram por quedar-se no 10.º posto, após o Salvaterrense (8.º) e o Torres Novas (9.º).

Igualmente inglória foi a vitória do Abrantes e Benfica no Entroncamento, por 3-2, uma vez que não lhe possibilitou melhorar o modesto 12.º lugar final, em paridade pontual com o At. Ouriense (11.º). A formação da cidade ferroviária tinha já definida a sua posição de “lanterna vermelha”.

II Divisão Distrital – Também neste escalão se assinala evolução surpreendente, do Vasco da Gama, que, depois de ter averbado um único ponto nas quatro primeiras jornadas, encadeou um ciclo de três triunfos sucessivos, tendo vencido nos Riachos por 2-1, igualando, precisamente, o Riachense, no 3.º posto. Ao invés, o Tramagal, derrotado (0-1) em casa pelo Moçarriense, somou terceiro desaire consecutivo, baixando ao 5.º lugar, pese embora apenas a um ponto desse duo.

O Forense, ganhando por renhido 4-3 no reduto do Espinheirense, consolida a sua posição, apresentando-se, a três rondas do termo desta fase final, na liderança destacada – a par do Moçarriense – ambos já com uma boa margem, de cinco pontos de avanço face àquele par.

Antevisão – Este Domingo (13 horas) disputa-se a Final da Taça do Ribatejo, entre Alcanenense e Torres Novas, turmas dirigidas, respectivamente, por José Torcato e Eduardo Fortes. O clube de Alcanena participa na Final pela quarta vez (depois de 2002, 2009 e 2010), ainda sem se estrear como vencedor do troféu, que almeja juntar à Taça conquistada no escalão de Juniores. Já os torrejanos participam na sua terceira Final (após 1986 e 2011), aspirando a bisar o triunfo de 2011.

Na II Divisão Distrital todos os três desafios se afiguram de cariz determinante, em relação à definição dos lugares de subida ao escalão principal: o Forense procurará desforrar-se da pesada derrota (1-5) sofrida, na 1.ª volta, no Tramagal; o Moçarriense recebe o Vasco da Gama, podendo, em caso de triunfo, praticamente selar a promoção; o Riachense visita a turma do Espinheirense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Maio de 2023)

28 Maio, 2023 at 11:00 am Deixe um comentário

I Liga / I Divisão – Historial de lugares de honra

 Época    Campeão          2.º          3.º         4.º
2022-23   Benfica      FC Porto     Sp. Braga    Sporting
2021-22   FC Porto     Sporting     Benfica      Sp. Braga
2020-21   Sporting     FC Porto     Benfica      Sp. Braga
2019-20   FC Porto     Benfica      Sp. Braga    Sporting
2018-19   Benfica      FC Porto     Sporting     Sp. Braga
2017-18   FC Porto     Benfica      Sporting     Sp. Braga
2016-17   Benfica      FC Porto     Sporting     V. Guimarães
2015-16   Benfica      Sporting     FC Porto     Sp. Braga
2014-15   Benfica      FC Porto     Sporting     Sp. Braga
2013-14   Benfica      Sporting     FC Porto     Estoril
2012-13   FC Porto     Benfica      P. Ferreira  Sp. Braga
2011-12   FC Porto     Benfica      Sp. Braga    Sporting
2010-11   FC Porto     Benfica      Sporting     Sp. Braga
2009-10   Benfica      Sp. Braga    FC Porto     Sporting
2008-09   FC Porto     Sporting     Benfica      Nacional
2007-08   FC Porto     Sporting     V. Guimarães Benfica
2006-07   FC Porto     Sporting     Benfica      Sp. Braga
2005-06   FC Porto     Sporting     Benfica      Sp. Braga
2004-05   Benfica      FC Porto     Sporting     Sp. Braga
2003-04   FC Porto     Benfica      Sporting     Nacional
2002-03   FC Porto     Benfica      Sporting     V. Guimarães
2001-02   Sporting     Boavista     FC Porto     Benfica
2000-01   Boavista     FC Porto     Sporting     Sp. Braga
1999-00   Sporting     FC Porto     Benfica      Boavista
1998-99   FC Porto     Boavista     Benfica      Sporting
1997-98   FC Porto     Benfica      V. Guimarães Sporting
1996-97   FC Porto     Sporting     Benfica      Sp. Braga
1995-96   FC Porto     Benfica      Sporting     Boavista
1994-95   FC Porto     Sporting     Benfica      V. Guimarães
1993-94   Benfica      FC Porto     Sporting     Boavista
1992-93   FC Porto     Benfica      Sporting     Boavista
1991-92   FC Porto     Benfica      Boavista     Sporting
1990-91   Benfica      FC Porto     Sporting     Boavista
1989-90   FC Porto     Benfica      Sporting     V. Guimarães
1988-89   Benfica      FC Porto     Boavista     Sporting
1987-88   FC Porto     Benfica      Belenenses   Sporting
1986-87   Benfica      FC Porto     V. Guimarães Sporting
1985-86   FC Porto     Benfica      Sporting     V. Guimarães
1984-85   FC Porto     Sporting     Benfica      Boavista
1983-84   Benfica      FC Porto     Sporting     Sp. Braga
1982-83   Benfica      FC Porto     Sporting     V. Guimarães
1981-82   Sporting     Benfica      FC Porto     V. Guimarães
1980-81   Benfica      FC Porto     Sporting     Boavista
1979-80   Sporting     FC Porto     Benfica      Boavista
1978-79   FC Porto     Benfica      Sporting     Sp. Braga
1977-78   FC Porto     Benfica      Sporting     Sp. Braga
1976-77   Benfica      Sporting     FC Porto     Boavista
1975-76   Benfica      Boavista     Belenenses   FC Porto
1974-75   Benfica      FC Porto     Sporting     Boavista
1973-74   Sporting     Benfica      V. Setúbal   FC Porto
1972-73   Benfica      Belenenses   V. Setúbal   FC Porto
1971-72   Benfica      V. Setúbal   Sporting     CUF
1970-71   Benfica      Sporting     FC Porto     V. Setúbal
1969-70   Sporting     Benfica      V. Setúbal   Barreirense
1968-69   Benfica      FC Porto     V. Guimarães V. Setúbal
1967-68   Benfica      Sporting     FC Porto     Académica
1966-67   Benfica      Académica    FC Porto     Sporting
1965-66   Sporting     Benfica      FC Porto     V. Guimarães
1964-65   Benfica      FC Porto     CUF          Académica
1963-64   Benfica      FC Porto     Sporting     V. Guimarães
1962-63   Benfica      FC Porto     Sporting     Belenenses
1961-62   Sporting     FC Porto     Benfica      CUF
1960-61   Benfica      Sporting     FC Porto     V. Guimarães
1959-60   Benfica      Sporting     Belenenses   FC Porto
1958-59   FC Porto     Benfica      Belenenses   Sporting
1957-58   Sporting     FC Porto     Benfica      Belenenses
1956-57   Benfica      FC Porto     Belenenses   Sporting
1955-56   FC Porto     Benfica      Belenenses   Sporting
1954-55   Benfica      Belenenses   Sporting     FC Porto
1953-54   Sporting     FC Porto     Benfica      Belenenses
1952-53   Sporting     Benfica      Belenenses   FC Porto
1951-52   Sporting     Benfica      FC Porto     Belenenses
1950-51   Sporting     FC Porto     Benfica      Atlético
1949-50   Benfica      Sporting     Atlético     Belenenses
1948-49   Sporting     Benfica      Belenenses   FC Porto
1947-48   Sporting     Benfica      Belenenses   Estoril
1946-47   Sporting     Benfica      FC Porto     Belenenses
1945-46   Belenenses   Benfica      Sporting     Olhanense
1944-45   Benfica      Sporting     Belenenses   FC Porto
1943-44   Sporting     Benfica      Atlético     FC Porto
1942-43   Benfica      Sporting     Belenenses   Unidos Lisboa
1941-42   Benfica      Sporting     Belenenses   FC Porto
1940-41   Sporting     FC Porto     Belenenses   Benfica
1939-40   FC Porto     Sporting     Belenenses   Benfica
1938-39   FC Porto     Sporting     Benfica      Belenenses
1937-38   Benfica      FC Porto     Sporting     Carcavelinhos
1936-37   Benfica      Belenenses   Sporting     FC Porto
1935-36   Benfica      FC Porto     Sporting     Belenenses
1934-35   FC Porto     Sporting     Benfica      Belenenses

Resumo:

– Benfica – 38 vezes Campeão / 29 vezes 2º / 17 vezes 3º / 4 vezes 4º classificado
– FC Porto – 30 vezes Campeão / 29 vezes 2º / 13 vezes 3º / 11 vezes 4º classif.
– Sporting – 19 vezes Campeão / 22 vezes 2º / 29 vezes 3º / 14 vezes 4º classif.
– Belenenses – 1 vez Campeão / 3 vezes 2º / 14 vezes 3º / 9 vezes 4º classificado
– Boavista – 1 vez Campeão / 3 vezes 2º / 2 vezes 3º / 10 vezes 4º classificado
– Sp. Braga – 1 vez 2º / 3 vezes 3º / 16 vezes 4º classificado
– V. Setúbal – 1 vez 2º / 3 vezes 3º / 2 vezes 4º classificado
– Académica – 1 vez 2º / 2 vezes 4º classificado
– V. Guimarães – 4 vezes 3º / 10 vezes 4º classificado
– Atlético – 2 vezes 3º / 1 vez 4º classificado
– CUF – 1 vez 3º / 2 vezes 4º classificado
– Paços Ferreira – 1 vez 3º classificado
Estoril – 2 vezes 4º classificado
Nacional – 2 vezes 4º classificado
– Barreirense – 1 vez 4º classificado
– Olhanense – 1 vez 4º classificado
– Unidos Lisboa – 1 vez 4º classificado
– Carcavelinhos – 1 vez 4º classificado

27 Maio, 2023 at 11:02 pm Deixe um comentário

I Liga – 2022-23 – Classificação final

     Equipa            J     V     E     D    GM   GS     P
 1.º Benfica          34    28     3     3    82 - 20    87
 2.º FC Porto         34    27     4     3    73 - 22    85
 3.º Sp. Braga        34    25     3     6    75 - 30    78
 4.º Sporting         34    23     5     6    71 - 32    74
 5.º Arouca           34    15     9    10    36 - 37    54
 6.º V. Guimarães     34    16     5    13    34 - 39    53
 7.º Chaves           34    12    10    12    35 - 40    46
 8.º Famalicão        34    13     5    16    39 - 47    44
 9.º Boavista         34    12     8    14    43 - 54    44
10.º Casa Pia         34    11     8    15    31 - 40    41
11.º Vizela           34    11     7    16    34 - 38    40
12.º Rio Ave          34    10    10    14    36 - 43    40
13.º Gil Vicente      34    10     7    17    32 - 41    37
14.º Estoril Praia    34    10     5    19    33 - 49    35
15.º Portimonense     34    10     4    20    25 - 48    34
16.º Marítimo         34     7     5    22    32 - 63    26
17.º P. Ferreira      34     6     5    23    26 - 62    23
18.º Santa Clara      34     5     7    22    26 - 58    22

Campeão – Benfica – Entrada directa na Fase Grupos da Liga dos Campeões
2º classificado – FC Porto – Entrada directa na Fase Grupos da Liga dos Campeões
3º classificado – Sp. Braga – 3ª eliminatória acesso à Fase Grupos Liga Campeões
4º classificado – Sporting – Entrada directa na Fase Grupos da Liga Europa
5º classificado – Arouca – 3ª elimin. acesso à Fase Grupos “Conference League”
6º classificado – V. Guimarães – 2ª el. acesso à Fase Grupos “Conference League”

Despromovidos – Paços de Ferreira e Santa Clara
Promovidos – Moreirense e Farense

Play-off – Marítimo – C. F. Estrela Amadora

Melhores marcadores:
1. Mehdi Taremi (FC Porto) – 22
2. Gonçalo Ramos (Benfica) – 19
3. João Mário (Benfica); e Francisco “Fran” Navarro – 17

Palmarés – Campeões:

Benfica (38) – 1935-36; 1936-37; 1937-38; 1941-42; 1942-43; 1944-45; 1949-50; 1954-55; 1956-57; 1959-60; 1960-61; 1962-63; 1963-64; 1964-65; 1966-67; 1967-68; 1968-69; 1970-71; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76; 1976-77; 1980-81; 1982-83; 1983-84; 1986-87; 1988-89; 1990-91; 1993-94; 2004-05; 2009-10; 2013-14; 2014-15; 2015-16; 2016-17; 2018-19; 2022-23

FC Porto (30) – 1934-35; 1938-39; 1939-40; 1955-56; 1958-59; 1977-78; 1978-79; 1984-85; 1985-86; 1987-88; 1989-90; 1991-92; 1992-93; 1994-95; 1995-96; 1996-97; 1997-98; 1998-99; 2002-03; 2003-04; 2005-06; 2006-07; 2007-08; 2008-09; 2010-11; 2011-12; 2012-13; 2017-18; 2019-20; 2021-22

Sporting (19) – 1940-41; 1943-44; 1946-47; 1947-48; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1953-54; 1957-58; 1961-62; 1965-66; 1969-70; 1973-74; 1979-80; 1981-82; 1999-00; 2001-02; 2020-21

Belenenses (1) – 1945-46

Boavista (1) – 2000-01

27 Maio, 2023 at 11:00 pm Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – 29ª Jornada

(“O Templário”, 18.05.2023)

Na penúltima jornada do campeonato os três candidatos ao título venceram, todos eles em terreno alheio, não vacilando, mantendo-se as posições relativas (U. Tomar e Amiense igualados no comando, com vantagem dos tomarenses no critério de desempate; o Fazendense apenas um ponto abaixo) pelo que a disputa se estenderá ao último dia, possivelmente até ao derradeiro minuto…

Destaques – A primeira nota de realce vai, pois, para os triunfos das três formações do topo da tabela, que, de forma competente, superaram as dificuldades que enfrentavam: o União, ganhando por 2-0 em Salvaterra de Magos; o Amiense, por tangencial 2-1, no difícil reduto abrantino; o Fazendense, por categórico 3-0, frente ao At. Ouriense, que vinha de surpreender em Tomar.

O União não podia ter melhor entrada, colocando-se em vantagem apenas completados os dois minutos iniciais, beneficiando de um auto-golo, decorrente da forte pressão que, desde o começo da partida, exerceu. Tendo sempre maior iniciativa que o Salvaterrense, não surpreendeu o segundo tento, a cerca de dez minutos do intervalo, conferindo importante margem de segurança.

Numa tarde com forte vento lateral a fazer-se sentir, adivinhava-se, na segunda parte, uma tentativa dos homens da casa fazerem lançamentos em profundidade, procurando surpreender a defesa contrária. Mas, controlando muito bem o jogo, os tomarenses não permitiram maiores veleidades ao adversário, que não dispuseram de qualquer efectiva ocasião de golo.

Um jogo que acabou por ser bem mais tranquilo do que se poderia supor, mesmo que seja latente alguma inevitável ansiedade. A vitória por 2-0 não deixou qualquer dúvida sobre o mérito dos unionistas, constituindo um importante tónico para abordar a decisiva partida de Domingo, em Tomar, em que o União, com o “destino nas mãos”, pode voltar a fazer história, 25 anos depois.

Em Abrantes os locais ainda assustaram o Amiense, tendo inaugurado o marcador, mas, bastante sólido, o grupo de Amiais de Baixo operaria a reviravolta ainda na metade inicial, estabelecendo o 2-1 final. Tal como em Salvaterra não se registou qualquer golo no segundo tempo.

Impressionou também a “facilidade” com o que o Fazendense se desembaraçou do At. Ouriense, indo ganhar a Ourém por categórica marca de 3-0, mantendo-se na expectativa de qualquer eventual deslize dos seus rivais (só poderá chegar ainda ao 1.º lugar se ambos perderem pontos).

Numa espécie de “final”, o Cartaxo, impondo-se por 4-2 frente ao Benavente, traçou irremediavelmente o destino do adversário, agora já despromovido ao escalão secundário, acompanhando Águias de Alpiarça e Entroncamento AC. Foi um desafio muito renhido e “nervoso”, com sucessivas cambiantes no marcador, tendo o Benavente chegado a estar a vencer, mas, após os cartaxeiros terem restabelecido a igualdade (a duas bolas), o rival “desmoralizou”.

Surpresa – Já aqui fora referida, na passada semana, a surpresa da derrota caseira (1-2) do Mação ante o “lanterna vermelha”, Entroncamento AC, em encontro que havia sido antecipado.

Confirmações – Com Alcanenense e Torres Novas já com o espírito na Final da Taça, foram de alguma forma expectáveis os desfechos dos respectivos desafios: derrota tangencial (1-2) do conjunto de Alcanena em Samora Correia, o que proporcionou aos samorenses reduzir para apenas um ponto a desvantagem face a esse adversário, ainda com o 4.º lugar por confirmar; empate (1-1) no Torres Novas-Fátima, dois clubes posicionados exactamente a meio da tabela.

Em Alpiarça o Ferreira do Zêzere, a fechar a época em boa forma, somou terceira vitória sucessiva (ganhando por 2-1), no que constitui o décimo desaire consecutivo do Águias no campeonato.

II Divisão Distrital – Continuam as goleadas, tendo, desta feita, a “vítima” sido a turma que concluíra a primeira volta na liderança: o Riachense foi batido pelo Forense por categórico 5-2!

De alguma forma inesperada terá sido também nova derrota averbada pelo Tramagal, desfeiteado pelo Vasco da Gama por 2-1, ao invés, com a turma de Boleiros a ganhar pela segunda semana sucessiva, encurtando distâncias, agora apenas a três pontos do grupo dos Riachos.

O Moçarriense obteve uma segura vitória (3-0) ante o Espinheirense, partilhando o comando com o Forense, ambos com dois pontos mais que o Riachense, com o Tramagal um ponto abaixo.

Antevisão – Tendo a definição do novo Campeão Distrital ficado adiada para a 30.ª e derradeira jornada, em função dos desfechos que se verificaram no passado Domingo, as anteriormente referidas 729 combinações possíveis de resultados reduziram-se, agora, a apenas 27 (3 x 3 x 3)!…

De novo, sem atender às dificuldades específicas de cada um dos desafios, passaram a ser as seguintes as probabilidades de qualquer dos três emblemas vir a sagrar-se Campeão: 52% para o U. Tomar (14 combinações favoráveis); 30% para o Amiense (8); 18% para o Fazendense (5).

Em relação às probabilidades de terminar no 2.º lugar (dando acesso à Taça de Portugal), as hipóteses são, agora, de 40% para o Amiense; e de 30% para o U. Tomar, tal como o Fazendense.

Na larga história dos Campeonatos Distritais da I Divisão da Associação de Futebol de Santarém só por uma vez (na temporada de 1967-68) os três primeiros classificados tinham chegado à última ronda separados por um único ponto (então, U. Almeirim, com 37 pontos; e Ferroviários e “Os Leões” de Santarém, com 36 – tendo a formação do Entroncamento acabado por conquistar o título, mercê de um empate… face às derrotas sofridas pelos outros dois contendores!).

O U. Tomar – que será Campeão se conseguir, pelo menos, desfecho idêntico ao que os seus rivais registarem –, recebendo o Mação, necessitará, independentemente de qualquer outra coisa, de fazer a sua parte, para não ficar dependente de outros resultados; isto é: precisa de ganhar o jogo!

Trata-se de um adversário valoroso, frente ao qual, em oito jogos disputados em Tomar, na última década, o União venceu três (incluindo na última época), tendo cedido cinco empates. Foi igualmente ante o Mação, que, há cinco anos, conquistou o seu último troféu: a Taça do Ribatejo.

Mas o Mação é, também, um adversário já com a sua classificação final fixada (6.º classificado), pelo que o resultado deste desafio em nada afectará o seu desempenho na presente temporada.

Ao contrário dos nabantinos, os maçaenses – já sem objectivos concretos – entram em campo sem qualquer tipo de pressão. Os unionistas terão, pois, de estar preparados para enfrentar todos os cenários, com força mental para superar qualquer eventual adversidade que se lhes possa deparar, com a noção de que este poderá ser um jogo “aberto”, com “bastantes” golos, e que só terminará quando o árbitro apitar pela última vez. Dar tudo pela vitória, numa oportunidade “única”.

E isto porque, quer Amiense (recebendo o Torres Novas), quer Fazendense (visitado pelo Salvaterrense), são claros favoritos a somar os três pontos (mesmo que, na última época, a equipa de Amiais não tenha ido além do empate ante os torrejanos e o conjunto de Salvaterra tenha surpreendido, vencendo nas Fazendas – desfechos, contudo, de repetição nada expectável).

Na II Divisão Distrital, já na 7.ª jornada da fase final, destaca-se o Tramagal-Moçarriense, em que os visitados jogam cartada determinante. O Riachense-Vasco da Gama poderá dar indicação importante sobre a possibilidade de a agremiação fatimense vir ainda a “reentrar na luta”.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 18 de Maio de 2023)

21 Maio, 2023 at 11:00 am Deixe um comentário

Liga Conferência Europa – 1/2 Finais (2.ª mão)

                               2ª mão      1ª mão       Total
Basel - Fiorentina               1-2 (1-3ap) 2-1         3-4
AZ - West Ham                    0-1         1-2         1-3

A final, a disputar a 7 de Junho em Praga, na Fortuna Arena, colocará frente-a-frente a Fiorentina e o West Ham.

18 Maio, 2023 at 10:39 pm Deixe um comentário

Liga Europa – 1/2 Finais (2.ª mão)

                               2ª mão      1ª mão       Total
Sevilla - Juventus               1-1 (2-1ap) 1-1         3-2
Bayer Leverkusen - Roma          0-0         0-1         0-1

A final, a disputar a 31 de Maio em Budapeste, na Puskás Aréna, colocará frente-a-frente o Sevilla e a Roma.

18 Maio, 2023 at 10:37 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 1/2 Finais (2.ª mão)

                               2ª mão      1ª mão       Total
Inter - AC Milan                 1-0         2-0         3-0
Manchester City - Real Madrid    4-0         1-1         5-1

A final, a disputar a 10 de Junho em Istambul, no Atatürk Olympic Stadium, colocará frente-a-frente o Manchester City e o Inter.

17 Maio, 2023 at 9:51 pm Deixe um comentário

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