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"E DEUS PEGOU-ME PELA CINTURA" (V) – PRÉ-PUBLICAÇÃO
– Para terminar… vejo que estou a cansá-lo.
– Não, de modo nenhum, senhor inspector.
– Sim, mas é de facto a última pergunta. Conhece o senhor Lourenço Matias, comerciante, proprietário de um antiquário e residente em Cascais?
– Sim. É, ou melhor, era o marido legal de Rute Monteiro.
– Marido legal… quer dizer, é o marido. É o marido e mais nada!
– Era.
“Bom, senhor Guilherme Moutinho, vamos ficar por aqui.
Não sei se voltaremos a chamá-lo aqui à esquadra. Em princípio, estamos face a uma ocorrência mais ou menos normal que, sem uma relação clara de causa efeito, teria precedido um assalto sem grande importância. Delito comum, como se costuma dizer.
É essa piolheira que aí anda, o senhor sabe do que falo. Mas é possível que não. Muito provavelmente, é bem possível, vai ter que provar noutro lado muito do que hoje aqui afirmou. É natural que possamos ter que ficar em contacto nos próximos tempos, não sei se me está a entender… Guilherme interrompeu então o inspector com um sonante “Não!”. O inspector sorriu com um ar condescendente e sem grandes desdramatizações rematou: “É isso mesmo, senhor Guilherme Moutinho. As investigações que estamos agora a levar a cabo, e que são ainda preliminares, é que nos irão dizer se tudo isto não passou de um infeliz mal-entendido, ou se, pelo contrário, o senhor está mesmo metido, como diz o povo, desculpe-me, num verdadeiro molho de brócolos.
Além disso, passando-se o que se passou no Líbano, ou lá onde é que foi, é mais do que normal que o Ministério Público se encarregue de pôr em movimento tudo, mas mesmo tudo, o que se relacione com a jornalista Rute Monteiro. Neste momento, ela é apenas a pessoa mais falada em todo o mundo. Está a ver, senhor Moutinho? Aqui os meus colegas (o inspector levanta-se, esfrega as minúsculas mãos e pisca o olho) dizem que o Taipas tem sempre razão!…
“E Deus Pegou-me Pela Cintura” – Luís Carmelo
"E DEUS PEGOU-ME PELA CINTURA" (IV) – PRÉ-PUBLICAÇÃO
– Crê que a dona da casa teria autorizado essa busca? – Obviamente.
– Sabe que o histórico do Internet Explorer, tenho-o ali comigo (o inspector aponta para o canto da divisão), refere onze sites visitados durante o período em que o senhor Guilherme Moutinho confessa ter estado na casa de Rute Monteiro?
– Não creio que tenham sido tantos…
– O material tem sempre razão, palavra de inspector. Continuemos. Mexeu nas estantes? – Não.
– Mexeu em algum livro, ou levou mesmo consigo algum livro? – Não.
– Mas, olhe senhor Moutinho, há impressões digitais nas estantes, em dois livros e numa espécie de arquivo que estava na segunda prateleira do lado direito… que não coincidem nem com as da dona da casa, nem com as dos assaltantes.
Guilherme alarmou-se, repentinamente. – Assaltantes?
– Sim, senhor Guilherme Moutinho. A casa de Rute Monteiro foi assaltada no passado dia 19 de Outubro. Temos tido um Outono muito movimentado. Repito, portanto, não mexeu nas estantes ou em livros, em nada?
A imagem de um livro e dos sublinhados veio-lhe então à cabeça.
– De facto, lembro-me agora, esta minha memória…, lembro-me agora de ter mexido num ou noutro livro. – Porquê?
– Não sei. Tentei ver o que é que a Rute andava a ler.
– Não a conhecia, portanto, muito bem?
Guilherme achou a questão tão idiota quanto perspicaz. E sentiu-se estranhamente afectado.
– Não nos víamos há 30 anos. Foi um reencontro fulminante.
Guilherme sentiu um verdadeiro aperto na garganta, um arrepio que o consumiu de alto a baixo, mas a frieza logo reatou a gravidade e a impassibilidade do rosto. Felizmente, o questionário aproximava-se do final.
“E Deus Pegou-me Pela Cintura” – Luís Carmelo
"E DEUS PEGOU-ME PELA CINTURA" (III) – PRÉ-PUBLICAÇÃO
– Como é que entrou na casa de Rute Monteiro e porquê?
– Ela pediu-me para regar as plantas ainda no dia 29 de Setembro, talvez já fosse dia 30, era tarde. Tivemos uma noite muito longa.
– E deu-lhe a chave nessa altura?
– Exacto.
– Vai ter de ma devolver agora (quase mecanicamente, o inspector abriu um envelope que estava sobre a secretária e Guilherme limitou-se inserir lá dentro a chave que retirara em segundos do porta-moedas). Tiveram os dois um… caso passional?
Guilherme não respondeu de imediato. Olhou o inspector de frente, baixou depois os olhos e acabou por dar às palavras o sabor de um rasto sem vida.
– Se quiser dizer por essas palavras…
– Já tinha regado as plantas entre o dia 30 de Setembro e o dia 4 de Outubro? – Não.
– E porquê? As plantas ao fim de um dia sofrem muito com a falta de água!
– Tem razão. Foi esquecimento, desleixo, não me lembrei, não sei.
– Durante o tempo que esteve na casa de Rute Monteiro, e devo dizer-lhe que há vizinhos que testemunham a sua presença na casa no dia 4 de Outubro, e apenas nesse dia, esteve no escritório, ou só no piso de cima?
– Estive em ambos os pisos. E a minha consciência está limpíssima.
Guilherme arrependeu-se de ter pronunciado a palavra “consciência”, não era para ali chamada, mas já estava feito.
– Não é isso que está aqui em causa! Mas, já agora, por que é que foi ao escritório, se não havia lá, aparentemente, plantas nenhumas para regar?
– De facto, já lá tinha estado com a Rute e senti-me atraído pelo local onde ela trabalhava. Para mais, tinha acabado de saber do rapto. Sentia-me em estado de choque. – Abriu o computador? – Sim. – E porquê?
– Queria ter notícias sobre o rapto. Queria saber a última hora. – E que sites visitou?
– Talvez a CNN, o Sapo e algum blogue, já não me lembro bem.
“E Deus Pegou-me Pela Cintura” – Luís Carmelo
"E DEUS PEGOU-ME PELA CINTURA" (II) – PRÉ-PUBLICAÇÃO
Guilherme baixou a cabeça, não disse palavra e depois acenou com o peso de uma estátua africana de ébano a quem tivessem removido a história e a lenda. O sol bateu inesperadamente nas cortinas puídas da janela, o inspector Taipas continuou a esfregar as minúsculas mãos e as onze da manhã fizeram-se ouvir. Seguiu-se uma pausa breve, enquanto o dossiê de papel pardo se ia abrindo, página a página, sobre o tampo da secretária. “Senhor Guilherme Moutinho, vou ter que lhe fazer uma série de perguntas. Trata-se de um questionário preliminar, pois ainda não sabemos se alguém, “alguém graúdo” digo eu (com os dedos, Rodolfo Taipas fez o gesto das aspas), irá pegar no caso. Receio bem que sim, pelo meu simples faro, pela experiência e tendo em conta tudo o que se passou… bem, o senhor sabe. Indo directamente ao assunto (Guilherme sentiu-se subitamente bloqueado, enquanto a mente parecia circular à velocidade de um carrossel):
– Onde é que esteve no passado dia 4 de Outubro, entre as 18h30 e as 20h30?
Guilherme lembrava-se perfeitamente do dia: o dia a seguir ao rapto. Fixara-o por isso quase involuntariamente.
– Na rua da Escola Politécnica, na casa de Rute Monteiro ao Príncipe Real e, provavelmente, já no final desse período, no trajecto entre o Príncipe Real e a minha casa na Infante Santo.
– Confirma, portanto, ter estado em casa de Rute Monteiro.
– Confirmo.
– Muito bem. Esteve no quarto de dormir?
– Sim, já tinha lá dormido de 29 para 30 de Setembro, dia em que, ainda de madrugada, Rute Monteiro partiu para o Médio Oriente. No dia 4, lembro-me perfeitamente que foi no quarto que entrei em primeiro lugar, depois de ter aberto a porta.
– Pode provar que já tinha estado na casa de Rute Monteiro antes do dia 4 de Outubro?
Guilherme fez um pequeno silêncio, lembrou rostos, pessoas, datas e sentiu-se no meio de uma súbita confusão.
– Não sei. Será difícil. Rute Monteiro morreu. Talvez algum vizinho…, mas reafirmo que já lá tinha estado e que já lá tinha dormido.
“E Deus Pegou-me Pela Cintura” – Luís Carmelo
"E DEUS PEGOU-ME PELA CINTURA" (I) – PRÉ-PUBLICAÇÃO
É com grande prazer que procederei – ao longo desta semana, no Memória Virtual – à “pré-publicação” de um capítulo do mais recente livro de Luís Carmelo, a lançar brevemente, “E Deus Pegou-me Pela Cintura“:
O dia cinzento, os eléctricos como fios de lâmina, as árvores desfolhadas e o taxista, um insecto lívido e ignorante. Guilherme trocou depois a nota de cinco euros pelos passeios descarnados em direcção ao Calvário. Os tempos desencontraram-se de vez e nada havia já a fazer: as imagens estavam em todos os jornais e passavam na televisão de hora a hora. Previra-o, é verdade; e a frieza mais óbvia que agora acompanhava Guilherme apenas provava o estado mais de premonição do que de consolação que vivera em Portalegre. Sabia-o, sempre o soubera; porventura, desde o dia 15 de Setembro, quando aquele mágico reencontro no Algarve ditou uma imensidão que não fora moldada para este mundo. Diante do gigantismo do destino, “o pobre desconfia” – pensava Guilherme, no momento em que parou em frente da esquadra e leu com atenção a placa: “4ª Divisão – Esquadra de Investigação Criminal”. Entrou serenamente no nº 7 do Largo do Calvário, dirigiu-se ao polícia de serviço, um jovem candidato a James Bond que leu em diagonal a carta registada recebida na Infante Santo. “Pois é, senhor Guilherme Moutinho, aguarde um bocadinho na sala de espera que o senhor inspector já vai recebê-lo”. “Inspector”?, repetiu Guilherme. O polícia sorriu com algum desdém, fez um gesto vago e atendeu de imediato a florista que estava em pulgas por causa de um roubo no quarteirão da frente.
O salão parecia ter sido uma enfermaria noutros tempos – as mesmas janelas largas, metalizadas e brancas; a mesma disposição de cavalaria sobre o comprido e a mesma luminosidade baça e inquietante. As paredes estavam cheias de cartazes, injunções, avisos e um calendário com uma mulher meio despida que marcava o dia de hoje: segunda-feira, dia 30/10/2006. Na porta do fundo que estava entreaberta, surgiu um sujeito alto de sobrancelhas arqueadas, lábios crispados e umas mãos pequeninas que se agitavam como salmões a subir um rio. “Rodolfo Taipas, faça o favor de entrar!” (o inspector olhou detalhadamente para o interlocutor como se já há muito o conhecesse).
Guilherme sentou-se e ouviu aquele tipo de prólogo moralista que menos poderia suportar: “O tema, a pessoa de quem vou falar, as notícias de choque que estão a passar a toda a hora nos media, tudo isso me embaraça e até inibe, senhor Guilherme Moutinho. Mas eu sou um profissional, compreenderá, e tenho que agir como tal… seja em que circunstância for. É o meu trabalho”.
“E Deus Pegou-me Pela Cintura” – Luís Carmelo
"A FÓRMULA DE DEUS" (IV)
Entrando na fase final das suas aventuras em busca da “Fórmula de Deus”, Tomás chega a Lhasa, capital do Tibete, com a missão de se encontrar com Tenzing Thubten, um velho budista tibetano, colaborador de Einstein nos anos 50, com quem espera poder falar no majestoso, sereno e “elevado” Palácio Potala – dando a sensação de se poder flutuar entre o céu e a terra.
Ainda antes do encontro, em Shigatse, Tomás vê-se novamente refém dos iranianos, contando mais uma vez com a colaboração de Ariana para recuperar a liberdade.
Finalmente em contacto com Tenzing Thubten, é confrontado com a revelação do tema da “Fórmula de Deus”, a “maior busca jamais empreendida pela mente humana, a demanda do mais importante enigma do universo, a revelação do desígnio da existência.”
Ou, de como os 6 “dias da criação” bíblica corresponderiam a um total de cerca de quinze mil milhões de anos…
As descobertas de Tomás culminariam em Coimbra, passando pela Biblioteca Joanina, um “Monumento” com quase três séculos – integrado num espaço com cerca de 700 anos de ensino, a Universidade de Coimbra -, com os seus três majestosos salões, repletos com cerca de 100 000 livros!
Com a colaboração de Carlos Fiolhais e João Queiró, professores de Física e de Matemática da Universidade de Coimbra, na revisão científica do texto, José Rodrigues dos Santos apresenta-nos um romance orientado – a par da acção e da intriga “cinematográfica”, à “maneira” de Dan Brown – para aspectos de índole científica (mas, também, sem negligenciar uma componente espiritual), numa espécie de “homenagem” a Einstein (cujo centenário da sua famosa Teoria da Relatividade se celebrou no ano passado).

Escrevendo as suas obras – como o próprio autor confirma – ao “correr da pena”, de um jacto, “A Fórmula de Deus” não evita, aqui e ali, alguns “desequilíbrios”, assim como linguagem ou expressões que, algumas vezes, soam a “postiço”. O resultado final não deixa, não obstante, de ser amplamente positivo, devendo realçar-se a componente “didáctico-pedagógica” da sua escrita (expressa em qualquer dos seus três romances: “A Filha do Capitão”, “O Codex 632” e “A Fórmula de Deus” – com os quais sempre aprendemos bastante).
“A FÓRMULA DE DEUS” (III)
Ainda antes de partir para Teerão, Tomás é abordado por agentes da CIA, que, paralelamente à missão confiada pelo Governo do Irão, o encarregam – auferindo um montante adicional de 100 000 euros / mês… – de procurar desvendar o caso do misterioso desaparecimento de um cientista da Universidade de Coimbra, alegadamente sequestrado por membros do Hezbollah!
Sem possibilidade de opção – vendo-se como que num beco sem saída -, subitamente convertido numa espécie de “agente duplo”, do Irão e dos EUA, Tomás viria a passar por inúmeras peripécias, desde uma não muito bem sucedida “incursão” pelos arquivos secretos do Ministério iraniano, que o conduziriam à prisão, ao mesmo tempo que se vai envolvendo com a bela iraniana, com uma activa colaboração na sua libertação, rematando com uma fuga via Azerbaijão, com escala em Moscovo.
A etapa seguinte passaria por uma aula sobre o “Alfa” e o “Ómega” na Universidade de Coimbra, ministrada pelo principal auxiliar do desaparecido professor catedrático, culminando na teoria do “Big Bang”, a “grande explosão” – ocorrida algures entre há dez e vinte mil milhões de anos, provavelmente há cerca de quinze mil milhões de anos -, com a expansão, numa monumental erupção, da energia antes concentrada num ponto, teoria que se conforma com as leis da termodinâmica, com o Paradoxo de Olbers, com a lei da gravidade de Newton e… com as teorias da Relatividade de Einstein.
Com uma interrogação que subsiste: se o Big Bang existiu, algo o fez existir: “Qual a primeira causa? E o que causou a primeira causa?”
“A FÓRMULA DE DEUS" (II)
“«No princípio, Deus criou os céus e a terra», leu em voz alta pela terceira vez. «A terra era informe e vazia. As trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus movia-Se sobre a superfície das águas. Deus disse: ‘Faça-se luz’. E a luz foi feita.»”
“Quando o astrofísico Brandon Carter propôs, em 1973, o Princípio Antrópico, parte da comunidade científica mergulhou num intenso debate sobre a posição da humanidade no universo e o significado último da sua existência. Pois se o universo está afinado para nos criar, será que temos um papel a desempenhar no universo? Quem concebeu esse papel? E já agora, que papel será esse?”
“A Fórmula de Deus” inicia-se com o relato do encontro de Albert Einstein com o Primeiro-Ministro israelita Ben-Gurion, em Princeton, nos EUA, no ano de 1951, em que o cientista terá lançado algumas interrogações:
– Será o conceito antropomórfico de Deus – ao qual associamos comummente um perfil benevolente e paternalista – mais do que uma fantasia criada pelo homem para obter apoio nos momentos difíceis?
– Sendo o homem uma de entre milhões de espécies que ocupam um pequeno planeta de uma estrela periférica de uma galáxia mediana de entre milhares de milhões de galáxias existentes no universo, como pretender que Deus – neste contexto, de imensidão de proporções inimagináveis – se ocupe de cada ser individual?
A figura central do romance, Tomás Noronha, surge-nos logo de seguida, numa conferência na cidade do Cairo, no Egipto, onde é surpreendentemente abordado por Ariana, uma atraente funcionária do Ministério da Ciência do Irão, transportando consigo a cópia de um manuscrito de Einstein (“Die Gottesformel”), de cuja decifração pretende encarregar o criptólogo português, a troco de uma remuneração mensal de 100 000 euros…
“A FÓRMULA DE DEUS” (I)
Na sequência de “O Codex 632”, José Rodrigues dos Santos continua a desenvolver, em “A Fórmula de Deus”, a fórmula Dan Brown…
Não exactamente na dimensão dos capítulos (curtos nas obras recentes de Dan Brown; bem mais extensos na escrita do autor português), mas na trama, acção, romance e intriga, retomando o “protagonista” da história anterior, Tomás de Noronha, um perito em criptanálise e línguas antigas, contratado para descodificar mais uma enigmática cifra.
Desde a primeira página, tal como Brown, José Rodrigues dos Santos tem a capacidade de prender o leitor, neste caso, com um flashback de um encontro (ocorrido há cerca de 50 anos, nos EUA) entre Einstein e o então Primeiro-Ministro israelita, Ben-Gurion.
Daí, salta-se directamente para a actualidade, com o herói da história a ser surpreendido por um convite para uma missão ao serviço do governo do Irão, que lhe é dirigido pessoalmente por uma atraente iraniana.
Do Egipto ao Irão, passando por Coimbra e pelo Azerbaijão, culminando numa deslocação ao Tibete, Tomás de Noronha – no centro de rocambolescas aventuras e intrigas – vai desenrolando o novelo do mistério do que se pensava ser a fórmula secreta de uma bomba atómica de fabrico económico… afinal, a prova científica da existência de Deus!
Recorrendo a complexos conceitos de Física e Cosmologia, que procura expressar em “linguagem comum”, sublinhado também a dimensão espiritual, José Rodrigues dos Santos proporciona-nos mais umas horas de leitura envolvente, onde a perspectiva pedagógica não deixa também de estar presente.
“A FÓRMULA DE DEUS”
“Nas escadarias do Museu Egípcio, em pleno Cairo, Tomás Noronha foi abordado por uma desconhecida. Chamava-se Ariana Pakravan, era iraniana e trazia consigo a cópia de um documento inédito, um velho manuscrito com um título e um poema enigmático.
DIE GOTTESFORMEL
Terra if fin
De terrors tight
Sabbath fore
Christ nite
O inesperado encontro lançou Tomás numa estranha aventura, colocando-o na rota da crise nuclear com o Irão e da mais importante descoberta efectuada por Albert Einstein, um achado que nos leva a penetrar no maior mistério da História: A prova científica da existência de Deus.
Uma história de amor, uma intriga de traição, uma perseguição implacável, uma busca espiritual que nos leva à mais espantosa revelação mística de todos os tempos.
Baseada nas últimas e mais avançadas descobertas científicas nos campos da física, da cosmologia e da matemática, A Fórmula de Deus transporta-nos, numa espécie de percurso iniciático, numa empolgante e primordial viagem até às origens do tempo, à essência do universo e ao sentido da vida.”
Sobre o mais recente livro de José Rodrigues dos Santos, “A Fórmula de Deus“, aqui apresentarei algumas notas durante esta semana.



