Posts filed under ‘Euro-2004’

EURO 2004 – UMA VITÓRIA

PortugalNo dia 12 de Junho, escrevi aqui: “É claro que é importante que Portugal tenha sucesso desportivo nesta prova…”, “Mas, acima de tudo, devemos consciencializar-nos que, mais importante do que a vertente desportiva (embora não completamente dissociável), a prova que .somos obrigados a vencer. é a de mostrar ao mundo a capacidade de organização de um torneio desta dimensão, com centenas de milhares de visitantes…”.

Hoje, as palavras dos responsáveis máximos da UEFA (o seu presidente, o sueco Lennart Johansson e o Director do EURO, o suíço Martin Kallen) são a confirmação do que vivemos e sentimos ao longo destas 3 semanas; este é considerado o “melhor EURO” de sempre, com um balanço “fantástico”:

– com um “retorno” três vezes maior que o anterior
– com bons jogos de futebol, muito equilíbrio e competitividade
– com uma adesão entusiástica de todos os portugueses
– com a nossa tradicional excelente hospitalidade
– com milhares de adeptos de todos os países a confraternizar, numa grande “festa”
– com 96 % dos bilhetes vendidos (1,1 milhão de bilhetes)
– com records de audiência televisiva
– com grande fair-play
– com uma final inédita, entre dois estreantes, da qual sairá o 9º país a sagrar-se Campeão da Europa (Portugal e Grécia “já ganharam”).

No mesmo texto, finalizava assim: “Trata-se de uma oportunidade singular que, provavelmente, não se repetirá no espaço de uma geração (25/30 anos). Temos portanto de .agarrá-la.! PORTUGAL precisa de sentir orgulho de .si próprio. e de voltar a .ser feliz.. Vamos mobilizar-nos (todos!) e fazer do EURO 2004 uma .grande festa.!”

No balanço que é possível já fazer, é patente que fomos capazes de “agarrar a oportunidade”, de “sentir orgulho de nós próprios” e de “ser felizes”.

Ansiamos (todos) por ver a Taça de Campeões da Europa a ser entregue a Fernando Couto e Luís Figo… e, a seguir, a Rui Costa… e aos restantes 20! A “grande festa” final espera por nós logo à noite. Portugal merece esta festa!

É com grande entusiasmo que terei o prazer de nela participar “ao vivo”, no belíssimo Estádio da Luz, a partir das 19h30, vibrar, emocionar-me e libertar a alegria esfusiante que guardámos para logo.

P. S. A classificação deste Campeonato da Europa está praticamente definida, faltando apenas apurar o Campeão e o Vice-Campeão:

3º Holanda
3º R. Checa
5º França
6º Inglaterra
7º Suécia
8º Dinamarca
9º Itália
10º Espanha
11º Alemanha
12º Croácia
13º Rússia
14º Letónia
15º Suíça
16º Bulgária

P. S. 2 – Se as coisas correrem bem, como todos esperamos (estou a lembrar-me que Pauleta, Figo e Costinha ainda não marcaram…), provavelmente, este “blogue” só voltará a ser actualizado já amanhã (depois da meia-noite!)…

[1508]

4 Julho, 2004 at 1:00 pm 2 comentários

EURO 2004 – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL

PortugalInglaterra2-2 PortugalHolanda2-1 SuéciaHolanda0-0 Portugal-


FrançaGrécia0-1 Grécia- GréciaR. Checa1-0 R. ChecaDinamarca3-0

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1 Julho, 2004 at 10:35 pm

EURO 2004 – 1/2 FINAIS – GRÉCIA – R. CHECA

GréciaR. Checa1-0

E continua a fazer-se história!…

Pela primeira vez, a Final de uma grande competição internacional colocará frente a frente as mesmas equipas que participaram no jogo de abertura: Portugal e Grécia!

A Grécia que, continuando a surpreender, conseguiu travar a fulgurante caminhada da R. Checa, hoje a começar a denotar já alguns sintomas de fadiga física… e psicológica, para acabar com a grande frustração de sofrer um “golo de prata” que, na prática foi um “golo dourado”, uma vez que foi obtido em cima dos 105 minutos, portanto no termo da 1ª parte do prolongamento.

E, no entanto, os checos, “avisados” iniciaram a partida com grande fulgor: aos 3 minutos, já Rosicky rematava com estrondo, ao “ferro”… para, dois minutos depois, Jankulovski obrigar Nikopolidis a uma defesa muito “apertada”.

Mas rapidamente os gregos conseguiriam impor um ritmo que mais lhes convinha, “adormecendo” o jogo.

Apenas aos 23 minutos, Poborsky, na marcação de um livre, para a “molhada”, no centro da área, provocaria um momento de bastante confusão e algum apuro para a defesa grega.

Cinco minutos mais tarde, a Grécia criava finalmente a sua primeira oportunidade, com Cech em apuros, para “safar” o golo.

Aos 32 minutos, Jankulovski, a fazer uma grande partida, obrigava novamente Nikopolidis a “aplicar-se”.

Mais três minutos, e um rude golpe para a R. Checa: Nedved lesionava-se com (aparente) gravidade, ainda tentou aguentar-se em campo até aos 40 minutos, altura em que teria de ser substituído, deixando a sua equipa bastante perturbada. Ainda assim, seria mais uma vez Jankulovski, do “meio da rua”, a tentar explorar o adiantamento do guarda-redes grego, já a fechar a primeira parte, aos 43 minutos.

A R. Checa pareceu entrar mais “retraída” no segundo tempo, o que os gregos, percebendo esse “receio”, logo aproveitaram para começar a “tentar a sua sorte”.

O encontro decorreria em toada repartida, sobretudo disputado na zona intermediária do terreno, com os gregos a conseguirem afastar o jogo da sua área; por volta das 65 minutos, era bem patente a apreensão dos checos nas bancadas… e no “banco”, ao mesmo tempo que os gregos começavam a “fazer a festa”, numa altura em que Vryzas cabeceava perigosamente, embora para as mãos de Cech.

Aos 68 minutos, de forma algo fortuita, Poborsky quase surpreendia Nikopolidis com um “balão” a fazer lembrar o “chapéu” com que eliminara Portugal em 1996.

Mas é notório que os checos parecem “perder gás”, começando a faltar-lhe a frescura física.

Ainda assim, aos 80 minutos, na melhor jogada da partida, Koller desperdiça inacreditavelmente o golo, com a bola a saír a “rasar” o poste. E, três minutos depois, já em contra-ataque, uma excelente iniciativa individual de Baros, leva a bola a saír novamente muito próximo do poste. Seria o “canto do cisne” checo…

Aos 91 minutos (penúltimo minuto de jogo), numa das raras vezes em que a Grécia chegou “lá à frente”, criava uma situação de bastante perigo. Pouco depois, terminava o tempo regulamentar; pela primeira vez neste Campeonato, a R. Checa não ganhava o encontro!

No prolongamento, a condição física da Grécia “viria ao de cima”; a R. Checa, depois de uma prova bastante intensa, de futebol muito positivo, correndo riscos, “dando a volta” a três resultados desfavoráveis, parecia fraquejar.

Aos 93 minutos, Giannakopoulos obrigava Cech à defesa da noite, a saír da baliza, em antecipação ao cabeceamento adversário; para, logo no minuto seguinte, o mesmo jogador ameaçar novamente a baliza checa.

Parecia começar a adivinhar-se o desempate por penalties; até que, aos 102 minutos, surgia o “pré-aviso”: livre marcado por Tsiartas (de muito longe), surginda Dellas a desviar na área, para mais uma defesa espectacular de Cech.

Aos 105 minutos, o “golo de prata”: na sequência de um canto, Dellas, de cabeça, ao primeiro poste, a antecipar-se a toda a defesa checa. Era a grande festa grega! Segundos depois, Collina apitava para o termo da partida. A Grécia garantia a presença na final, com Portugal.

Os checos, absolutamente impotentes, incrédulos, viam escapar esta magnífica oprtunidade. Depois de uma brilhante carreira na prova, “coroada” com 4 vitórias em 4 jogos, com um futebol “total” muito positivo e ofensivo, a R. Checa “claudicava” fisicamente, depois de ter dado mostras de fraquejar também psicologicamente, a partir do momento em que começou a “recear” a surpresa grega.

Mais uma vez, sem proporcionar espectáculo (tal como no jogo com a França), os gregos conseguiam ser eficazes, superando todas as suas (melhores) expectativas. O seu percurso na prova está cumprido; desejamos todos que o futebol positivo que Portugal mostrou nesta prova saia vencedor, consagrando a melhor equipa deste Europeu.

Grécia Antonis Nikopolidis, Giourkas Seitaridis, Traianos Dellas, Mihalis Kapsis, Costas Katsouranis, Panagiotis Fyssas, Angelos Basinas (71m – Stelios Giannakopoulos), Theodoros Zagorakis, Georgios Karagounis, Zisis Vryzas (90m – Vassilis Tsiartas), Angelos Charisteas

R. Checa Petr Cech, Zdenek Grygera, Tomas Ujfalusi, René Bolf, Marek Jankulovski, Tomas Galasek, Karel Poborsky, Tomas Rosicky, Pavel Nedved (40m – Vladimir Smicer), Milan Baros, Jan Koller

1-0 – Dellas – 105m

“Melhor em campo” – Dellas (Grécia)

Amarelos – Seitaridis (22m), Charisteas (69m) e Karagounis (87m); Galasek (48m), Smicer (54m) e Baros (102m)

Árbitro – Pierluigi Collina (Itália)

Estádio do Dragão – Porto (19h45)

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1 Julho, 2004 at 10:35 pm

EURO 2004 – ESTAMOS NA FINAL!

ABola Publico Lequipe Record

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1 Julho, 2004 at 8:31 am

EURO 2004 – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL

PortugalInglaterra2-2 PortugalHolanda2-1 SuéciaHolanda0-0 Portugal-


FrançaGrécia0-1 Vencedor do .............-.............- GréciaR. Checa--- R. ChecaDinamarca3-0

[1496]

30 Junho, 2004 at 10:15 pm 3 comentários

EURO 2004 – 1/2 FINAIS – PORTUGAL – HOLANDA

PortugalHolanda2-1

Já estamos a “fazer História”!

Neste preciso momento, tudo parece ainda algo “irreal”; precisamos de algum tempo para interiorizar o que tem vindo a acontecer nas últimas duas semanas.

Agora mesmo, são lindas as imagens que nos chegam em directo, com a Av. da Liberdade repleta de portugueses em festa, munidos de milhares de bandeiras de Portugal, num prolongamento da grande festa iniciada no Estádio José Alvalade com esta brilhante vitória portuguesa frente a uma das selecções mais fortes do Mundo.

Portugal pareceu disposto a entrar em campo com uma estratégia de ataque organizado, de forma continuada, com a Holanda a lançar bolas em profundidade.

As equipas denotavam algum receio mútuo; no primeiro quarto de hora, o ritmo do jogo ia sendo progressivamente “adormecido” pelos holandeses; Portugal que controlara na fase inicial do jogo, permitiria o reequilíbrio.

À passagem dos 20 minutos, o ritmo decaíra bastante; ninguém parecia estar disposto a arriscar, fazendo-se sentir o peso da responsabilidade de uma partida que daria acesso à Final; o jogo era muito táctico.

Até que, num momento de magia, Portugal chega ao golo! Nos 5 minutos seguintes, a Holanda tem uma forte reacção, com duas ocasiões de muito perigo, num excelente jogo de Davids, a transportar a sua equipa para a frente.

Portugal tenta aproveitar o contra-ataque, mas Pauleta permite que van der Sar evite o segundo golo.

O árbitro, bastante permissivo, não assinala faltas a favor de Portugal, com Deco a ser muito castigado.

Figo vai tentando pautar o jogo, na sua melhor partida neste Campeonato.

A segunda parte inicia-se numa toada “morna”, até que, por volta dos 10 minutos, Portugal começa a criar oportunidades, chegando ao golo, em novo momento “mágico” de Maniche, super-confiante, sempre a arriscar o remate à baliza.

Pedia-se então à equipa que não se deslumbrasse… com a Final ali “mesmo à mão”. Até que, num lance relativamente ocasional, um momento infeliz de Jorge Andrade daria o golo à Holanda (o 3º golo “oferecido” aos adversários, depois de Paulo Ferreira e Costinha).

Portugal teria ainda de sofrer bastante; passou, no imediato, 5 minutos de grande dificuldade, até à entrada de Petit; outras substituições e alguns cartões amarelos quebrariam o ritmo do jogo, e a Holanda só conseguiria pressionar novamente nos últimos minutos da partida, altura em que Portugal (tal como no jogo frente à Inglaterra) desperdiçaria ainda oportunidades para elevar o marcador.

Foi um jogo menos exuberante de Portugal, quando comparado com os dois anteriores, mas a Holanda também pareceu uma equipa bastante mais perigosa, com um ataque muito forte e que foi sendo sucessivamente reforçado à medida que o jogo se aproximava do fim.

Ainda assim, e não obstante o domínio bastante repartido, uma vitória justa, com Portugal a “fazer história”, alcançando o que nunca tinha conseguido: a presença na FINAL da mais importante competição de futebol da Europa.

Uma vitória que é fruto de uma equipa que foi sendo construída e reforçada na sequência da derrota do primeiro jogo, com grande mérito (e alguma “estrelinha”) de Scolari (feliz nas substituições em vários jogos); uma equipa que foi capaz de se ir unindo, de ir ganhando auto-confiança e de criar um clima de “intercâmbio” com os adeptos, num ciclo “virtuoso”, em que a equipa vai “puxando” pelos adeptos e estes vão “puxando” pela equipa, que sempre tem retribuído com fantásticas vitórias, de que só podemos sentir um grande orgulho.

O grande sonho está agora a 90 minutos de distância. Que magnífica alegria seria a vitória portuguesa no Domingo. VAMOS ACREDITAR!

Portugal Ricardo, Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Nuno Valente, Costinha, Figo, Maniche (87m – Fernando Couto), Deco, Cristiano Ronaldo (67m – Petit), Pauleta (75m – Nuno Gomes)

Holanda Edwin van der Sar, Michael Reiziger, Jaap Stam, Wilfred Bouma (55m – Rafael van der Vaart), Giovanni van Bronckhorst, Philip Cocu, Clarence Seedorf, Edgar Davids, Marc Overmars (45m – Roy Makaay), Arjen Robben (81m – Pierre van Hooijdonk), Ruud van Nistelrooy

1-0 – Cristiano Ronaldo – 26m
2-0 – Maniche – 57m
2-1 – Jorge Andrade (p.b.) – 62m

“Melhor em campo” – Figo (Portugal)

Amarelos – Cristiano Ronaldo (26m), Nuno Valente (43m) e Figo (89m); Overmars (38m) e Robben (70m)

Árbitro – Anders Frisk (Suécia)

Estádio José Alvalade (Alvalade XXI) – Lisboa (19h45)


“Filme do jogo”:

4m – Primeira jogada de relativo perigo, na sequência de um ataque rápido da Holanda

5m – Jorge Andrade lança em profundidade, surgindo Pauleta pela esquerda, a bola sobra para Figo, que combina com Deco, chegando novamente à zona de Pauleta que não consegue desviar de cabeça; intranquilidade de van der Sar

8m – Nistelrooy lança um “balão” para a área; defesa fácil de Ricardo

9m – Num cruzamento de Figo do lado direito, a “rasgar” a área, Cristiano Ronaldo chega uma fracção de segundo atrasado ao “desvio para o golo”

11m – Deco travado em falta, não assinalada pelo árbitro; naresposta, Cocu a rematar cruzado, de fora da área, ao lado, mas não muito afastado da baliza

18m – Figo percorre todo o “corredor” esquerdo, centra atrasado para Cristiano Ronaldo, que remata fraco e à figura de van der Sar

22m – Os holandeses dominam a bola na área portuguesa, mas aparece Ricardo Carvalho a “dobrar” bem Jorge Andrade

24m – Figo faz nova investida rápida pelo “corredor” esquerdo, colocando a defesa holandesa “em sentido”, mas Pauleta não consegue controlar a bola, deixando-se antecipar pela defesa

25m – Agora é Cristiano Ronaldo que faz “sofrer” Reiziger, sempre pela ala esquerda do ataque de Portugal; ganha o primeiro canto da partida

26m – Deco marca o canto, colocando a bola “milimetricamente” na cabeça de Cristiano Ronaldo que, aproveitando a sua estatura. marca o primeiro GOLO de Portugal

28m – Ricardo Carvalho “salva” na área, de cabeça, mas a bola sobra para Overmars que, sozinho, do lado direito, “enche o pé”, rematando “para as nuvens”, com a baliza completamente à disposição

30m – Davids “senta” Miguel no chão, cruza para o centro da área, onde Seedorf salta com a defesa, ganhando o canto, que Ricardo afasta a soco

33m – Figo ganha o canto do lado direito; marca curto para Deco, que lhe devolve a bola, resultando num centro-remate para as mãos de van der Sar

35m – Deco ganha a bola no meio campo, passa a Maniche, que cruza para Pauleta que, sozinho na área, remata para a “defesa da noite” de van der Sar; Portugal insiste no ataque e ganha mais um canto

38m – Dois holandeses a anteciparem-se na área portuguesa, a bola a ser introduzida na baliza, mas em posição de fora-de-jogo

40m – O árbitro “perdoa” o segundo amarelo a Overmars, em falta sobre Nuno Valente

41m – Jogada fantástica de Figo, com um fenomenal remate em arco, a embater estrondosamente no poste

42m – Livre perigoso para a Holanda; Robben marca e Stam cabeceia ao lado

44m – Figo, mais uma vez pelo lado esquerdo, cruza para a área; mais uma vez, Pauleta não chega à bola; na sequência, Maniche remata de longe, por cima

45m – Bouma agarra Pauleta; livre perigoso; Deco remata forte, mas contra a barreira

46m – Portugal entra bem na segunda parte, ganhando mais um canto

53m – Contra-ataque rápido iniciado por Deco, que coloca em Figo, que remata bastante ao lado

54m – Um pontapé longo de Ricardo, a isolar Pauleta que, “cara a cara” com van der Sar, remata forte, mas à figura. Na resposta, a Holanda ganha o canto, com Portugal a sentir muitas dificuldades para aliviar

56m – Deco ganha mais um canto, desta vez do lado direito

57m – Novo canto, ganho por Cristiano Ronaldo do lado esquerdo do ataque; Deco marca curto para Maniche fazer um “GOLAÇO“!… num remate em “banana”, “gigante”, para o poste mais afastado

59m – Figo ganha novo canto

61m – Seedorf remata forte, ao lado

62m – Cruzamento do lado esquerdo do ataque holandês, Jorge Andrade intercepta a bola, procurando evitar que chegasse a van Nistelrooy, mas o desvio trai Ricardo: auto-golo

65m – Livre perigoso para a Holanda, com dois holandeses na área, a chegar ligeiramente atrasados ao desvio para a baliza

68m – Portugal ganha um livre; Deco remata novamente contra a barreira

70m – Jorge Andrade salta mal com van Nistelrooy, mas surge Nuno Valente., a “obrigar” o holandês a fazer falta

74m – van Nistelrooy atinge Ricardo com um pontapé; um árbitro mais rigoroso expulsá-lo-ia

77m – Miguel vai à linha de fundo, assiste Nuno Gomes, mas o remate sai contra o defesa holandês

81m – van Nistelrooy assiste van der Vaart, mas Ricardo antecipa-se

88m – Remate perigoso, com Ricardo a defender

91m – O árbitro marca falta à entrada da área; van Hooijdonk remata contra a barreira

94m – Deco surge isolado frente a van der Sar, mas falha “clamorosamente” o 3-1. O árbitro apita: PORTUGAL ESTÁ NA FINAL!

[1495]

30 Junho, 2004 at 10:15 pm 1 comentário

EURO 2004 – 1/2 FINAIS

PortugalApurados que estão os semi-finalistas do EURO 2004 – Portugal, Grécia, Holanda e R. Checa; as quatro melhores equipas da Europa neste momento – tenho lido / ouvido nos últimos dias, por diversas ocasiões, que este se transformou num “EURO dos pequeninos”…

Não me parece que seja – de todo – justo, estar, por esta via, a “minimizar” o desempenho das selecções que se mantêm em prova, apenas porque outras (teoricamente mais fortes) foram entretanto sendo eliminadas (Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra e França).

Numa interpretação extensiva, tal teoria equivaleria ao reconhecimento – em paralelo com o que, tradicionalmente, se tem verificado em Portugal, com os campeões a sairem, invariavelmente, do trio Benfica-Sporting-Porto, com apenas 2 honrosas excepções (Belenenses e Boavista), em cerca de 70 anos! – de que o “domínio” do futebol europeu se deveria “perpetuar” num conjunto de 4 ou 5 países.

Ora, todos sabemos que, no que ao desporto respeita, não é muito saudável, em termos do próprio interesse competitivo, que haja grande previsibilidade quanto ao vencedor (veja-se, actualmente, o caso de Schumacher na Fórmula 1…).

Mas, prosseguindo o raciocínio: como é possível “apelidar de EURO dos pequeninos” uma prova que tem nas 1/2 finais, 2 dos semi-finalistas do Europeu anterior (Portugal e Holanda) e uma equipa com o poderio actual (para não falar já da sua tradição histórica, de Campeão da Europa, vice-Campeão do Mundo e da Europa) da R. Checa.

Só por “memória”: a R. Checa apresenta 9 (!) jogadores que foram Campeões Europeus de Esperanças em 2002, espírito de juventude que mescla na perfeição com os “veteranos” Nedved, Smicer, Koller e Poborsky (o “campeão” das assistências da presente prova, já com 4 “passes para golo”), os quais disputaram já os Europeus de 1996 e 2000.

É verdade que há um outsider, a Grécia, com o seu jogo, pouco “bonito”, mas muito eficaz e que, sobretudo, beneficiou de uma equipa francesa completamente apática que, finalmente, demonstrou não ter capacidade (física ou motivacional) para, neste momento, ir mais longe (pese embora a sua inquestionável valia potencial).

Concluindo, quem é forte, ou “grande”, prova-se, primeiro que tudo, dentro do campo!…

E, assim sendo – no dia em que se completam 13 anos sobre o até então jogo mais importante da vida de Figo e Rui Costa, em que tiveram o seu dia de maior felicidade, sagrando-se Campeões do Mundo de Juniores – a selecção portuguesa tem hoje o jogo mais importante da sua história, por uma razão simples: porque é o próximo e porque é o que nos pode proporcionar o inédito acesso à Final da mais importante competição futebolística da Europa.

Este é portanto o maior desafio que alguma vez se colocou aos jogadores portugueses; que nos permitam fazer, mais logo à noite, a maior festa de sempre, vibrando e emocionando-nos com esta grande alegria. Coragem!

[1493]

30 Junho, 2004 at 1:49 pm 2 comentários

EURO 2004 – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL

PortugalInglaterra2-2 PortugalHolanda--- SuéciaHolanda0-0 Vencedor do .............-.............-


FrançaGrécia0-1 Vencedor do .............-.............- GréciaR. Checa--- R. ChecaDinamarca3-0

[1486]

27 Junho, 2004 at 10:09 pm

EURO 2004 – 1/4 FINAL – R. CHECA – DINAMARCA

R. ChecaDinamarca3-0

A R. Checa daria o primeiro .sinal de vida. logo aos 3 minutos, num livre apontado por Nedved, um remate forte, com uma defesa segura de Sorensen. Aos 13 minutos, os checos levariam o perigo à baliza da Dinamarca, com um remate de Galasek, a .rasar. o poste.

No entanto, num .jogo de paciência., as equipas mostravam-se bem .encaixadas., sem um domínio claro de uma delas. Assim, aos 15 minutos, seria a Dinamarca a .instalar-se. na grande área checa, embora sem resultados práticos, reincidindo aos 19 minutos, na marcação de um livre, que chegou a .assustar..

A partir dos 20 minutos, o jogo . já não particularmente rápido de início . .adormeceria. ainda mais um pouco, numa partida bastante táctica, com as equipas a revelarem um muito bom conhecimento mútuo, não correndo riscos.

O jogo apenas despertaria da letargia, segundos antes do intervalo, na sequência de uma iniciativa de Poborsky, que foi à linha final, tentando, já em esforço, o cruzamento, que embateria ainda na trave da baliza da Dinamarca.

O início da segunda parte ameaçava prolongar a toada de baixo ritmo do primeiro tempo, até que, aos 49 minutos, a R. Checa beneficiaria de um canto, marcado por Poborsky, com Koller a fazer valer a sua altura, saltando sem oposição na área dinamarquesa, com um desvio perfeito para a baliza.

Estava posta em crise a tendência de .sossego. que se adivinhava; imediatamente a Dinamarca foi obrigada a adoptar uma atitude de maior dinamismo e combatividade, o que faria com grande vontade nos minutos seguintes.

Aproveitando os espaços proporcionados pelos dinamarqueses, a R. Checa ameaçava poder chegar novamente ao golo, logo aos 55 minutos.

À passagem da hora de jogo, o .entusiasmo. dinamarquês começara já a decair ligeiramente; não obstante, obrigariam ainda o guarda-redes checo a uma intervenção .apertada., a soco.

Na resposta, uma pequena obra de arte de Baros, dando sequência a uma óptima .abertura. de Poborsky, a .picar. a bola sobre o guarda-redes, quando este saía da baliza a fazer a .mancha., a marcar o seu 4º golo na prova, igualando Ruud van Nistelrooy e Wayne Rooney…

…Até ao minuto seguinte, em que Baros passaria mesmo para a frente, marcando o seu 5º golo, dando expressão prática à sua fantástica mobilidade no ataque checo; um golo completamente diferente do anterior, desta vez por via de uma desmarcação do lado esquerdo, com um remate potente e bem colocado, mal entrava na área. Nasce uma .estrela.!

E, claro, ainda antes de se completar o minuto 65, a R. Checa .carimbava. . .naturalmente., sem aparentar esforço, podendo dizer-se mesmo, com 100 % de eficácia na segunda parte do jogo (e com o treinador a fazer uma óptima gestão da equipa) . a passagem às ½ finais, onde terá (em teoria…) de cumprir a formalidade que lhe permitirá o acesso à Final, numa prova em que tem confirmado todas as melhores expectativas acerca da sua prestação, com 4 vitórias em 4 jogos!

De nada valeu à Dinamarca ter dominado em termos de .posse de bola., numa proporção de 60 % / 40 %, assim como a procura do golo de honra, por que bastante porfiou nos 20 minutos finais; o resultado final soaria a um castigo bastante pesado face ao desempenho que os dinamarqueses alcançaram nesta partida.

A R. Checa apresenta uma equipa muito bem organizada, com jogadores com excelente técnica (à .estrela. Nedved, junta-se outra da mesma grandeza, Baros, que se consubstancia no complemento perfeito, em termos de finalização, ao trabalho criativo de Nedved); um .futebol total., à maneira da selecção holandesa dos anos 70.

Grande candidata à vitória na prova; veremos se Portugal conseguirá manter as boas prestações, eliminando a Holanda e proporcionando o que se antevê seria uma bela Final contra os checos.

R. Checa Petr Cech, Martin Jiranek (38m . Zdenek Grygera), Tomas Ujfalusi, René Bolf (64m . David Rozehnal), Marek Jankulovski, Tomas Galasek, Karel Poborsky, Tomas Rosicky, Pavel Nedved, Milan Baros (70m . Marek Heinz), Jan Koller

Dinamarca Thomas Sorensen, Thomas Helveg, Martin Laursen, René Henriksen, Kasper Bogelund, Christian Poulsen, Claus Jensen (70m . Peter Madsen), Thomas Gravesen, Jesper Gronkjaer (77m . Dennis Rommedahl), Jon Dahl Tomasson, Martin Jorgensen (85m . Peter Lovenkrands)

1-0 . Koller . 49m
2-0 . Baros . 63m
3-0 . Baros . 64m

“Melhor em campo” – Milan Baros (R. Checa)

Amarelos – Jankulovski (10m), Ujfalusi (45m), Nedved (60m); Poulsen (51m), Bogelund (55m), Gravesen (77m)

Árbitro – Valentin Ivanov (Rússia)

Estádio do Dragão – Porto (19h45)

[1485]

27 Junho, 2004 at 10:08 pm

EURO 2004 – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL

PortugalInglaterra2-2 PortugalHolanda--- SuéciaHolanda0-0 Vencedor do .............-.............-


FrançaGrécia0-1 Vencedor do .............-.............- GréciaVencedor do R. Checa-Dinamarca--- R. ChecaDinamarca---

[1482]

26 Junho, 2004 at 11:59 pm

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Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

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