Archive for 19 Fevereiro, 2023

O Pulsar do Campeonato – 19ª Jornada

(“O Templário”, 16.02.2023)

U. Tomar e Fazendense voltaram a ganhar, em ambos os casos pela quarta jornada consecutiva, mantendo o pleno de (12) pontos na segunda volta, continuando separados por escassa margem de dois pontos, destacados no topo da tabela. Beneficiaram, em paralelo, do desaire sofrido pelo Alcanenense frente ao Amiense – por números que não seriam expectáveis –, para distanciar um concorrente ao título, que, todavia, não poderá considerar-se ainda arredado de tais aspirações.

Destaques – O “jogo-grande” da jornada 19, colocando frente-a-frente as formações que partilhavam o 3.º lugar, tinha sido disputado já na quarta-feira da passada semana (dia 8), no Espinheiro, com uma inesperada vitória – dada a diferença registada no “placard” final – do Amiense sobre o Alcanenense (grupo que vinha de três triunfos sucessivos, não perdendo há onze jornadas, no que constitui a mais longa série de invencibilidade neste campeonato), por 3-0.

Tendo-se atingido o intervalo com o nulo a subsistir, a turma de Amiais de Baixo inaugurou o marcador à passagem dos dez minutos do segundo tempo, vindo a selar o desfecho com mais dois tentos nos derradeiros cinco minutos. O Amiense, agora isolado no 3.º posto, mantém-se a cinco pontos do comandante, tendo o Alcanenense visto ampliar-se, para oito pontos, o seu atraso.

Em Tomar, o União conseguiu, enfim, superar uma espécie de “karma” que vinha registando nos desafios ante o Samora Correia (clube frente ao qual sofrera cinco derrotas sucessivas, apenas tendo obtido uma vitória nos últimos oito jogos para o campeonato, desde a época de 2018-19).

No 1.000.º jogo em 50 temporadas de participações em Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Santarém (914 jogos na I Divisão, em 42 edições; e 86 na II Divisão, em 8 presenças), o U. Tomar fixou, com o triunfo, um balanço global de 475 vitórias, 192 empates e 333 derrotas.

Fosse pelo “peso” do histórico recente entre os dois clubes, ou pelas incidências da partida da primeira volta (com o impacto adverso do golo não validado, na conversão de um “penalty”), a equipa pareceu entrar em campo demasiado ansiosa e nervosa, sem conseguir assentar o jogo.

Valeria alguma “estrelinha”, em momentos-chave: primeiro, a inaugurar o marcador mesmo a findar o primeiro tempo; de seguida, ampliando para 2-0, logo ao terceiro minuto da segunda parte; e, já depois de se ter visto reduzida a dez elementos, e de consentir o 2-1, restabelecendo uma decisiva “margem de segurança”, com o terceiro golo, somente dois minutos volvidos.

O 4-1 final, obtido em período de compensação, chegava numa fase em que o adversário, tendo cometido muito comprometedoras falhas (oportunamente aproveitadas pelo União, marcando o 1.º e 3.º golos), se tinha desorganizado e conformado com o quarto desaire sucessivo, de uma turma que chegou a liderar a prova, invicta nas dez primeiras rondas… agora a 14 pontos do guia!

Num desafio que se antecipava equilibrado, entre Ferreira do Zêzere e Mação, os ferreirenses confirmaram o mau momento que vêm atravessando (tendo averbado um único ponto em quatro jogos nesta segunda volta), perdendo por 2-3, um desfecho que possibilitou aos maçaenses igualarem o Samora Correia na 5.ª posição. Ao invés, o conjunto de Ferreira vem caindo na pauta classificativa, repartindo o 9.º ao 11.º posto com Fátima e At. Ouriense, somente seis pontos acima da “linha de água”, uma situação que, de todo, não se projectava ser possível nesta temporada.

Em destaque esteve também o Torres Novas, com a estratégia delineada por Eduardo Fortes, apostando na consistência defensiva, a revelar-se acertada, tendo ido ganhar a Ourém, face ao At. Ouriense, por concludente marca de 3-0. Os torrejanos ascenderam a um notável 7.º lugar.

Confirmações – Numa jornada sem especiais surpresas, registaram-se, nos quatro encontros restantes, resultados de alguma forma expectáveis.

O Fazendense confirmou, com naturalidade, o favoritismo, na recepção ao Cartaxo, impondo-se por 3-0, tendo, outra vez, resolvido cedo a contenda, com dois tentos, aos 21 e 27 minutos.

Em Salvaterra de Magos o Abrantes e Benfica, procurando sair da posição delicada em que se encontra, fez um bom jogo, empatando 1-1 com o Salvaterrense (que somou terceira igualdade sucessiva), numa partida em que os abrantinos até poderiam ter obtido maior ganho pontual.

Por seu lado, o Fátima, recebendo o Benavente, obteve uma importante vitória (2-1), consumada “in extremis”, já depois dos 90 minutos, após ter operado reviravolta no marcador. Os fatimenses, em fase muito positiva (quatro vitórias nos cinco jogos mais recentes; ou cinco nos últimos sete), não só subiram ao 9.º lugar, como conseguiram estabelecer uma certa “margem de segurança”.

Entroncamento e Águias de Alpiarça empataram também a uma bola, um resultado que, não sendo o “ideal”, permite aos “ferroviários” manter acesa a esperança, enquanto os alpiarcenses, ponto a ponto (quarta igualdade nas cinco últimas jornadas) vão amealhando precioso pecúlio, dispondo de cinco pontos de vantagem sobre o 13.º e 14.º classificados (Abrantes e Benfica e Cartaxo).

II Divisão Distrital – Em partida que se antecipava poder ser relevante para as contas finais, Espinheirense e Forense neutralizaram-se, empatando a um golo, desfecho mais favorável ao Forense (2.º classificado), que, assim, mantém seis pontos de vantagem sobre o grupo do Espinheiro (4.º), mas tendo este um jogo a menos, dado ter já folgado na segunda volta.

No “derby” municipal, o Marinhais não conseguiu melhor que resultado idêntico (1-1) na Glória do Ribatejo, mantendo o 3.º lugar, com três pontos de diferença em relação ao Espinheirense. O U. Almeirim, a fazer um campeonato de “trás para a frente” é já 5.º, três pontos mais abaixo.

A Norte, noutro “derby”, Riachense e Goleganense não desfizeram o nulo no marcador, do que beneficiou o Tramagal (que partilha a 2.ª posição com o Vasco da Gama), ganhando 4-0 em Abrantes, para reduzir para cinco pontos o seu atraso… mas o Caxarias (4.º) está só a dois pontos.

Campeonato de Portugal – Confirmada a desqualificação do Rio Maior, esta foi uma ronda negativa para os clubes do Distrito, com duas derrotas, ambas por tangencial 0-1: o U. Santarém, em Pêro Pinheiro; o Coruchense, em casa, frente ao Sintrense.

Considerando o ajustamento decorrente da desconsideração dos resultados dos dois jogos que o Rio Maior tinha disputado na 2.ª volta, o U. Santarém é agora 5.º classificado (a par do Sintrense), mas apenas a dois pontos do trio que partilha o 2.º lugar (Pêro Pinheiro, B. C. Branco e Marinhense); por seu lado, o Coruchense continua em 9.º, a três pontos de Sertanense e Mortágua, mas restando-lhe ainda disputar oito jogos, enquanto estes rivais só jogarão mais sete vezes.

Antevisão – Os três primeiros do principal escalão do Distrital enfrentam saídas difíceis, com destaque para a visita do Fazendense a Samora Correia, isto no pressuposto de que os samorenses consigam, entretanto, recuperar animicamente de uma sucessão de resultados negativos; o U. Tomar, mesmo sendo favorito, não esperará também facilidades em Alpiarça; o Amiense desloca-se a Benavente, formação que tudo procurará fazer para pontuar, na luta pela permanência.

Na II Divisão, com Forense e Caxarias de folga, o realce vai para os desafios: U. Atalaiense-Riachense, Pego-Vasco da Gama; assumindo o Moçarriense e Marinhais claro favoritismo, perante, respectivamente, o Rebocho e At. Pernes, precisamente os dois últimos da série.

No Campeonato de Portugal os clubes do Distrito esperarão somar pontos, na recepção ao Loures (U. Santarém) e na viagem até Arronches (Coruchense), actuais 12.º e 11.º classificados.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 16 de Fevereiro de 2023)

19 Fevereiro, 2023 at 11:00 am Deixe um comentário


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