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Mundial 2022 – 1/8 de final – Portugal – Suíça
6-1
Diogo Costa, Diogo Dalot, Pepe, Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Bruno Fernandes (87m – Rafael Leão), Bernardo Silva (81m – Rúben Neves), Otávio Monteiro (74m – Vítor Ferreira “Vitinha”), João Félix (74m – Cristiano Ronaldo) e Gonçalo Ramos (74m – Ricardo Horta)
Yann Sommer, Manuel Akanji, Ricardo Rodríguez, Fabian Schär (45m – Eray Cömert), Edimilson Fernandes, Remo Freuler (54m – Denis Zakaria), Granit Xhaka, Djibril Sow (54m – Haris Seferović), Ruben Vargas (66m – Noah Okafor), Breel Embolo (89m – Ardon Jashari) e Xherdan Shaqiri
1-0 – Gonçalo Ramos – 17m
2-0 – Pepe – 33m
3-0 – Gonçalo Ramos – 51m
4-0 – Raphaël Guerreiro – 55m
4-1 – Manuel Akanji – 58m
5-1 – Gonçalo Ramos – 67m
6-1 – Rafael Leão – 90m
Cartões amarelos – Fabian Schär (43m) e Eray Cömert (59m)
Árbitro – César Arturo Ramos (México)
Lusail Stadium – Lusail, Al Daayen (22h00 / 19h00)
É inevitável: antes do jogo começar (e, também, no final, já depois de terminar, ao recolher, solitário, aos balneários), todas as atenções estavam focadas em Cristiano Ronaldo, com os “holofotes” (câmaras dos repórteres fotográficos) apontados para o “banco” da selecção portuguesa, onde, pela primeira vez, nos últimos largos anos, num desafio de cariz decisivo desta relevância, “foi deixado”.
Durante o jogo, por curiosa coincidência, seria o seu “substituto”, Gonçalo Ramos, a estar em grande evidência, a um nível que poucos julgariam possível, ao conseguir o primeiro “hat-trick” deste Mundial – também o jogador mais novo (21 anos) a alcançá-lo e, igualmente, o primeiro a marcar três golos e dar a assistência para outro tento, em partidas da fase a eliminar de um Campeonato do Mundo, desde a 2.ª edição da competição, em 1934 (altura em que o italiano Schiavio tinha obtido registo idêntico)!
E, já que se fala em “records”: Portugal, com os seis golos marcados, igualou igualmente a marca de maior número de golos obtidos em encontros dos 1/8 de final de Mundiais, que fora, antes (em 1938!), estabelecida pela Hungria e pelo Brasil.
Quanto ao jogo, em si, teve bastantes pontos de contacto com o que estas mesmas duas selecções tinham disputado há precisamente seis meses (a 5 de Junho), a contar para a Liga das Nações, em que Portugal goleara também, por 4-0, então com um “bis” de… Cristiano Ronaldo.
Alinhando com oito (!) jogadores que não tinham iniciado o desafio ante a Coreia do Sul (para além do guarda-redes, só Dalot e Pepe se mantiveram no “onze” titular), a equipa portuguesa voltou, tal como em Junho, a entrar mal, com dificuldades para encaixar no jogo suíço.
Ao fim de um quarto de hora Portugal parecia não ter ainda “entrado em campo”, quando, num ápice, se colocou em vantagem, fruto de uma excelente execução de Gonçalo Ramos, assistido por João Félix, num remate à meia-volta, a fazer a bola passar pelo “buraco da agulha”, entre o poste e (sobre) o guardião contrário.
Animada com o golo a selecção nacional daria então início a uma das melhores actuações dos últimos tempos, mostrando, a nível colectivo, boas dinâmicas (subsistindo sempre a dúvida de qual a quota-parte que coube efectivamente à sua acção própria, e até que ponto tal beneficiou igualmente da “perda de rumo” suíça que se viria a verificar durante a hora final do encontro).
Para além da muito feliz estreia de Gonçalo Ramos a titular, João Félix terá feito também a sua melhor exibição ao serviço do conjunto português, “enchendo o campo”, curiosamente, manobrando a partir de zona mais recuada do terreno. Diogo Dalot voltou a estar a bom nível, William Carvalho e Otávio garantiram a segurança que habitualmente conferem na zona intermediária.
Se a Suíça ainda ia procurando dar réplica, o segundo tento de Portugal, pouco passava da meia hora – com Pepe, a pouco mais de dois meses de completar 40 anos (!), a elevar-se mais alto que a defensiva contrária, a dar a melhor sequência ao canto cobrado por Bruno Fernandes, cabeceando para o fundo das redes –, seria o definitivo “game changer”; o golo que desarmaria a equipa helvética, a partir daí sem conseguir organizar-se para suster a avalancha ofensiva lusa.
No reatamento da partida, bastariam apenas mais cinco minutos para a formação nacional voltar a marcar, outra vez por Gonçalo Ramos (assistido por Dalot), antecipando-se, à boca da baliza, ampliando a contagem para 3-0, sentenciando definitivamente a contenda. E, logo de seguida, seria o habitualmente discreto Raphaël Guerreiro a estabelecer a goleada, desta feita a passe do mesmo Gonçalo, a culminar uma muito boa jogada de cariz colectivo.
Aproveitando (mais) uma desconcentração defensiva portuguesa, noutro lance de bola parada, a Suíça reduziria ainda para 1-4. Mas a vitória nunca pareceu poder vir a ser ameaçada: menos de dez minutos decorridos chegava o 5.º golo português, o “hat-trick” do jovem Ramos, a isolar-se e a “picar a bola” sobre Sommer, outra vez numa abertura “açucarada” de João Félix.
Com o “Estádio” a pedir a entrada de Ronaldo, Fernando Santos colocaria então em campo – mais tarde do que seria expectável (faltando jogar apenas cerca de um quarto de hora) – o capitão da selecção, ao mesmo tempo que aproveitava para dar alguma “poupança” de esforço aos elementos sujeitos a maior desgaste, como Félix, Ramos e Otávio (e, já na parte final, também a Bernardo Silva e Bruno Fernandes).
Já em tempo de compensação, e, tal como sucedera no desafio com o Ghana, Rafael Leão faria, escassos minutos após ter entrado em campo – numa fantástica execução, a rematar em arco, ao poste mais distante, deixando o guardião “pregado” ao solo – o sexto tento para Portugal, a fixar o resultado numa histórica goleada.
Voltando ao princípio: após o termo do jogo, e já depois de ter ido agradecer os aplausos do público, Cristiano retirou de campo sozinho, como que sentindo que aquela festa (que os restantes jogadores iam fazendo, no centro do terreno), de alguma forma “não era dele”, para a qual terá sentido não ter dado efectivo contributo.
Cristiano Ronaldo transpareceu ser, no seu íntimo, e neste momento, um homem “destroçado”, a precisar que lhe “dêem a mão”. Terá tido uma sensação de “exclusão” do grupo, como se os amigos o tivessem renegado. Diz o ditado que: «Na cama que farás, nela te deitarás». Pois, está a ter de assimilar, de forma dolorosa, uma lei inexorável da vida: dar lugar a outros.
Num momento de euforia colectiva com esta goleada, fica a ideia de que este ambiente poderá não ser o mais saudável para a nossa selecção, para o resto do Mundial. Será ainda possível reabilitar Cristiano (voltar a trazê-lo de regresso ao seio do grupo)?
Aceitando a sua actual condição, recuperando mentalmente, poderá ter ainda o tal (relevante) contributo a dar à equipa – desde logo nuns quartos-de-final em que se antecipa forte oposição de Marrocos (com forte solidez defensiva), que surpreendeu, eliminando a favorita Espanha.
O Pulsar do Campeonato – 11ª Jornada

(“O Templário”, 01.12.2022)
Ao fim de onze jornadas já não há equipas invictas: o último resistente, Samora Correia, não conseguiu evitar o desaire na deslocação ao Cartaxo; desfecho de que beneficiou o U. Tomar, para, ganhando em Ferreira do Zêzere, se isolar no comando da pauta classificativa, seguido de perto por Fazendense (apenas a dois pontos) e pelo grupo samorense, que baixou ao 3.º posto.
Destaques – O primeiro destaque vai, pois, para a turma do Cartaxo, a qual, a realizar boa campanha no seu reduto (onde conta, até agora, quatro vitórias e dois empates), conseguiu ser a primeira a derrotar o Samora Correia, por tangencial 3-2, numa partida em que cedo se colocou em vantagem (logo ao minuto 10), posição que recuperou no início da segunda parte, com o 2-1, acabando por se registar ainda mais dois tentos, um para cada lado, já em tempo de compensação: primeiro, os donos da casa a ampliar para 3-1, vindo os samorenses a fechar a contagem.
Pode ter sido verbalizado por todos que era “mais um jogo”, mas, efectivamente, era bastante mais que isso: o Ferreira do Zêzere-U. Tomar foi, para além de um tradicional “quase derby”, entre dois rivais vizinhos, um embate entre duas equipas com aspirações neste campeonato, com cariz mais determinante para os visitados, bastante atrasados na tabela, a que acresceu a assaz invulgar particularidade – que fez dele ainda mais especial – de, na formação ferreirense, oito (!) dos jogadores que integraram o “onze” inicial terem alinhado, em anos recentes, pelo União.
De facto, num jogo entre “velhos conhecidos” e, mais que isso, colegas e amigos, o Ferreira do Zêzere entrou em campo com os 2.º (David Vieira), 3.º (Fábio Vieira), 4.º (Filipe Cotovio), 5.º (Tiago Vieira) e 7.º (Chrystian Pedroso) jogadores com mais jogos ao serviço do emblema tomarense na última década – os outros dois são Nuno Rodrigues (1.º, presentemente a representar o Mação, depois de ter passado também por Ferreira), e Luís Alves (6.º, que, por razões de saúde, se viu forçado a suspender a prática do futebol) –, todos transferidos no início desta época.
Também Ricardo Simões, Caio Lucas e Miguel Abreu – assim como Ricardo Gerardo, que entrou no final do desafio – vestiram as cores rubro-negras em anos anteriores; inclusivamente, o treinador ferreirense, David Lourenço, foi também adjunto no U. Tomar. Do lado unionista, actuaram três antigos jogadores do Ferreira do Zêzere: Guilherme Camargo e José Charles (que, esta temporada, fizeram o “percurso inverso” aos cinco acima mencionados) e Henrique Matos.
Quanto ao jogo em si, foi um encontro sem casos, um exemplo, em que o “fair-play” imperou, com ascendente inicial dos donos da casa, tendo os visitantes conseguido, a partir de meio do primeiro tempo, repartir a iniciativa – então, com ambas as equipas a privilegiar as transições rápidas –, vindo os nabantinos a ser premiados com o que acabaria por ser o único golo da partida, logo aos 25 minutos, na sequência de um lance de bola parada, numa excelente finalização de Pedro Pires, celebrando da melhor forma o seu 100.º jogo com a camisola do U. Tomar.
Os ferreirenses podiam ter empatado à passagem da meia hora (bola no poste), mas o União teve também ocasião para ampliar a vantagem mesmo a fechar os primeiros 45 minutos. Na segunda parte, os visitados tentaram ir “atrás do prejuízo”, assenhoreando-se do domínio do jogo, com os tomarenses, submetidos a intensa (mas pouco eficaz) pressão, a mostrarem-se – tal como sucedera em Fátima – muito solidários (com a “agravante” de, por lesão, e consequente substituição dos dois laterais, um logo aos 27 e, outro, aos 55 minutos, terem sido forçados a “improvisar”).
Foi o 5.º triunfo consecutivo do U. Tomar (quarto em seis jogos fora de casa), num notável ciclo; já o Ferreira do Zêzere mostrou valia para melhorar significativamente o modesto 10.º posto que passou a ocupar, mesmo que se avizinhem novos compromissos de elevado grau de dificuldade.
A última nota de realce vai para mais uma importante vitória (2-1) do Alcanenense, em Abrantes, a consolidar a 5.ª posição, ao mesmo tempo que contribui para o agudizar da “crise” do Abrantes e Benfica (cinco jogos sem ganhar), tendo caído para muito inesperado 13.º lugar.
Confirmações – Numa jornada sem particulares surpresas a assinalar, seriam de alguma forma expectáveis os resultados dos outros cinco jogos. O agora vice-líder, Fazendense, ganhou, com naturalidade, por 3-0, face ao último classificado, Entroncamento; tendo o Mação (já 7.º) batido o Benavente, por 2-1, após ter operado reviravolta no marcador, depois de ter “entrado a perder”.
O Torres Novas, a protagonizar muito boa recuperação – tendo igualado pontualmente o Ferreira do Zêzere, partilhando a 10.ª posição –, superiorizou-se ao Águias de Alpiarça, também mercê de solitário golo, já na parte final do desafio. Por seu lado, o Salvaterrense impôs ao Fátima (penúltimo classificado) quarto desaire sucessivo, ganhando por 2-0.
Por fim, At. Ouriense (6.º) e Amiense (4.º) neutralizaram-se, empatando a uma bola, sendo que os homens de Ourém apenas no derradeiro minuto marcaram o tento que evitou a derrota.
II Divisão Distrital – Na 8.ª jornada esteve particularmente em evidência o Vasco da Gama, ganhando por 2-0 no Tramagal, ascendendo ao 2.º lugar da série B, a par do Pego (que folgou), mas, ambos, já a oito pontos do Riachense, que “soma e segue” (2-0 em Alferrarede, contando agora sete triunfos e um único empate cedido).
Mais a Sul, o Moçarriense (2-1, frente ao Porto Alto) continua a liderar, com dois escassos pontos de vantagem em relação a Forense (2-0 ao Rebocho) e Espinheirense (ganhando por 2-1, no Paço dos Negros), e três face ao Marinhais (que bateu o U. Almeirim por inequívoca marca de 3-0).
Campeonato de Portugal – Esta foi uma ronda positiva, com vitórias categóricas do Coruchense (4-0, na recepção ao Alcains) e do U. Santarém (3-0, também no seu terreno, ao União da Serra). Já o Rio Maior não evitou novo desaire (0-2) caseiro, ante o agora guia isolado, 1.º Dezembro.
Os escalabitanos repartem o 5.º lugar com o B. C. Branco, somente a um ponto do trio de vice-líderes, formado por Sintrense, Pêro Pinheiro e Mortágua… e apenas a três do comandante!
O conjunto do Sorraia continua a ser 10.º classificado, mas reduziu para dois pontos o atraso face à “linha de água” (Sertanense, 8.º, em igualdade pontual com o 9.º, União da Serra). Por seu lado, o Rio Maior subsiste a onze distantes pontos dessa zona delimitadora.
Antevisão – A 12.ª jornada oferece-nos o que poderá ser o “jogo-grande” deste campeonato, entre aqueles que se perfilam, porventura, como os dois principais favoritos ao título, chegando a este confronto posicionados já nos dois lugares de topo da tabela: U. Tomar e Fazendense.
De grande interesse será também o desafio Samora Correia-Ferreira do Zêzere, tal como o Fátima-Mação. Alcanenense e Amiense serão favoritos, na recepção a Torres Novas e Salvaterrense.
O escalão secundário tem jornada dupla, com a 9.ª ronda agendada para o feriado de 1 de Dezembro, na qual pontificavam as partidas Moçarriense-Forense, Espinheirense-Marinhais, Riachense-Caxarias e Pego-Tramagal. Já no Domingo (10.ª), realce para o Vilarense-Riachense.
Também na 10.ª jornada do Campeonato de Portugal, com as três equipas do Distrito a viajar, o U. Santarém visita Mortágua (4.º), o Coruchense vai à Sertã, e o Rio Maior à Marinha Grande.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 1 de Dezembro de 2022)
Mundial 2022 – Resultados e Classificações – 3ª jornada
GRUPO A Jg V E D G Pt Qatar-Equador.........0-2 P. Baixos3 2 1 - 5-1 7 Senegal-Países Baixos.0-2 Senegal
3 2 - 1 5-4 6 Qatar-Senegal.........1-3 Equador
3 1 1 1 4-3 4 Países Baixos-Equador.1-1 Qatar
3 - - 3 1-7 - Países Baixos-Qatar...2-0 Equador-Senegal.......1-2
GRUPO B Jg V E D G Pt Inglaterra-Irão.......6-2 Inglaterra3 2 1 - 9-2 7 EUA-País Gales........1-1 EUA
3 1 2 - 2-1 5 Inglaterra-EUA........0-0 Irão
3 1 - 2 4-7 3 País Gales-Irão.......0-2 País Gales
3 - 1 2 1-6 1 País Gales-Inglaterra.0-3 Irão-EUA..............0-1
GRUPO C Jg V E D G Pt Argentina-A. Saudita..1-2 Argentina3 2 - 1 5-2 6 México-Polónia........0-0 Polónia
3 1 1 1 2-2 4 Argentina-México......2-0 México
3 1 1 1 2-3 4 Polónia-A. Saudita....2-0 A. Saudita
3 1 - 2 3-5 3 Polónia-Argentina.....0-2 A. Saudita-México.....1-2
GRUPO D Jg V E D G Pt França-Austrália......4-1 França3 2 - 1 6-3 6 Dinamarca-Tunísia.....0-0 Austrália
3 2 - 1 3-4 6 França-Dinamarca......2-1 Tunísia
3 1 1 1 1-1 4 Tunísia-Austrália.....0-1 Dinamarca
3 - 1 2 1-3 1 Tunísia-França........1-0 Austrália-Dinamarca...1-0
GRUPO E Jg V E D G Pt Espanha-Costa Rica....7-0 Japão3 2 - 1 4-3 6 Alemanha-Japão........1-2 Espanha
3 1 1 1 9-3 4 Espanha-Alemanha......1-1 Alemanha
3 1 1 1 6-5 4 Japão-Costa Rica......0-1 Costa Rica
3 1 - 2 3-11 3 Japão-Espanha.........2-1 Costa Rica-Alemanha...2-4
GRUPO F Jg V E D G Pt Bélgica-Canadá........1-0 Marrocos3 2 1 - 4-1 7 Marrocos-Croácia......0-0 Croácia
3 1 2 - 4-1 5 Bélgica-Marrocos......0-2 Bélgica
3 1 1 1 1-2 4 Croácia-Canadá........4-1 Canadá
3 - - 3 2-7 - Croácia-Bélgica.......0-0 Canadá-Marrocos.......1-2
GRUPO G Jg V E D G Pt Brasil-Sérvia.........2-0 Brasil3 2 - 1 3-1 6 Suíça-Camarões........1-0 Suíça
3 2 - 1 4-3 6 Brasil-Suíça..........1-0 Camarões
3 1 1 1 4-4 4 Camarões-Sérvia.......3-3 Sérvia
3 - 1 2 5-8 1 Camarões-Brasil.......1-0 Sérvia-Suíça..........2-3
GRUPO H Jg V E D G Pt Portugal-Ghana........3-2 Portugal3 2 - 1 6-4 6 Uruguai-Coreia Sul....0-0 Coreia Sul
3 1 1 1 4-4 4 Portugal-Uruguai......2-0 Uruguai
3 1 1 1 2-2 4 Coreia Sul-Ghana......2-3 Ghana
3 1 - 2 5-7 3 Coreia Sul-Portugal...2-1 Ghana-Uruguai.........0-2
Melhores Marcadores:
- 3 golos – Álvaro Morata (Espanha), Cody Gakpo (Países Baixos), Enner Valencia (Equador), Kylian Mbappé (França) e Marcus Rashford (Inglaterra)
- 2 golos – Aleksandar Mitrović (Sérvia), Andrej Kramarić (Croácia), Breel Embolo (Suíça), Bruno Fernandes (Portugal), Bukayo Saka (Inglaterra), Cho Gue-sung (Coreia do Sul), Ferrán Torres (Espanha), Giorgian De Arrascaeta (Uruguai), Kai Havertz (Alemanha), Lionel Messi (Argentina), Mehdi Taremi (Irão), Mohammed Kudus (Ghana), Niclas Füllkrug (Alemanha), Olivier Giroud (França), Richarlison (Brasil), Ritsu Dōan (Japão), Salem Al-Dawsari (A. Saudita) e Vincent Aboubakar (Camarões)
Mundial 2022 – Coreia do Sul – Portugal
2-1
Kim Seung-Gyu, Kim Moon-hwan, Kwon Kyung-won, Kim Young-gwon (81m – Son Jun-ho), Kim Jin-su, Jung Woo-young, Lee Jae-sung (66m – Hwang Hee-chan), Hwang In-beom, Lee Kang-in (81m – Hwang Ui-jo), Son Heung-min e Cho Gue-sung (90m – Cho Yu-min)
Diogo Costa, Diogo Dalot, Pepe, António Silva, João Cancelo, Rúben Neves (65m – Rafael Leão), Ricardo Horta, Matheus Nunes (65m – João Palhinha), Vítor Ferreira “Vitinha” (82m – William Carvalho), João Mário (82m – Bernardo Silva) e Cristiano Ronaldo (65m – André Silva)
0-1 – Ricardo Horta – 5m
1-1 – Kim Young-gwon – 27m
2-1 – Hwang Hee-chan – 90m
Cartões amarelos – Lee Kang-in (36m) e Hwang Hee-chan (90m)
Árbitro – Facundo Tello (Argentina)
Education City Stadium – Al Rayyan, Doha (18h00 / 15h00)
O terceiro e último encontro da fase de grupos só não foi “mais do mesmo” porque Portugal praticamente entrou a ganhar, não dando azo a um sistema defensivo tão rígido por parte do opositor.
À parte isso – e com Fernando Santos a fazer rodar seis jogadores (entradas de Diogo Dalot, António Silva, Ricardo Horta, Matheus Nunes, Vitinha e João Mário, por troca com Nuno Mendes/Raphaël Guerreiro, Rúben Dias, Wiliam Carvalho, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix, em repouso – o ritmo de jogo foi ainda substancialmente mais baixo (em especial na segunda parte, em que, literalmente, se chegou a “arrastar”).
Com o apuramento já previamente confirmado e o 1.º lugar do grupo “prometido” (pouco depois da meia hora de jogo o Uruguai já ganhava por 2-0 ao Ghana, pelo que essa posição só fugiria aos portugueses se os ganeses marcassem três golos e Portugal perdesse por dois golos de diferença), o tempo correu vagarosamente, numa modorra de que ninguém parecia despertar.
O que, por seu lado, convinha aos coreanos, que, enquanto se mantivesse o empate, tinham esperança de que poderia, a qualquer momento, suceder um “golpe de sorte” que lhes proporcionasse o golo, quanto bastava para garantirem o apuramento (desde que o Uruguai não ampliasse a vantagem no outro jogo…).
A entrada de Portugal em campo foi boa, com Dalot a “dar nas vistas”, a subir até à linha de fundo, e a oferecer o golo a Ricardo Horta, que não se fez rogado, finalizando com uma bela execução.
Este tento inaugural não provocaria grandes alterações na forma de jogar das duas equipas, com “sinal mais” da equipa portuguesa, mas os coreanos a procurar oferecer a réplica possível.
Até que, num canto, o primeiro sinal de um “dia de sorte” para a Coreia, com a bola a tabelar nas costas de Cristiano Ronaldo (em acção defensiva), e a sobrar para os pés de Kim Young-gwon, que não desperdiçou a soberana oportunidade.
Para além de Diogo Dalot, Vitinha era quem maior inconformismo demonstrava, a “pedir” um lugar no “onze”. Mas esteve sempre muito desacompanhado, pelo que, ao intervalo, o resultado não destoava da exibição das duas equipas.
O segundo tempo praticamente não tem história… A equipa portuguesa, muito a espaços, lá ia tentando sacudir a letargia, mas nem as substituições operadas tiveram qualquer efeito notório (à parte mais um episódio de manifestação de extrema “azia”, por parte de Cristiano Ronaldo, ao ser substituído, num “desabafo” urbi et orbi, para as câmaras, direccionado ao seleccionador, que «estaria com demasiada pressa para o tirar de campo»).
A verdade é que Cristiano teve uma tarde desastrada, com um cabeceamento completamente desconexo (mesmo que se tratasse de um lance em que a bola não seria fácil de dominar) e mais um par de intervenções pouco condizentes com o seu “estilo”.
Chegava então o momento em que Paulo Bento (ausente do banco, por expulsão no final do jogo da Coreia com o Ghana) entenderia que nada tinha a perder, e, ao contrário, poderia ainda ter “tudo a ganhar”.
E teve toda a “felicidade”, na competência do incansável Son: num pontapé de canto a favor de Portugal, já em período de compensação, os coreanos recuperam a bola, com o jogador do Tottenham a correr velozmente todo o campo, praticamente de baliza a baliza, e, no momento preciso, a libertar o esférico para Hwang Hee-chan fazer o golo da vitória!
Para um “final feliz” da Coreia do Sul, seria ainda necessário esperar – após o termo do desafio – praticamente dez “longos minutos” (a segunda parte do Uruguai-Ghana tinha arrancado quase sete minutos depois do reatamento do Portugal-Coreia, tendo tido ainda um período de compensação mais alargado) para confirmar um histórico apuramento para os 1/8 de final (repetindo as proezas de 2002 – em que tinham também derrotado a selecção portuguesa, acabando por chegar às meias-finais, e de 2010).
Já Portugal a única coisa que poderá ter ganho com este desafio foi uma lição, de humildade, de entrega ao jogo, e de concentração. E uma oportunidade para melhorar (muito) o que de menos bom se fez, talvez dando a devida atenção aos sinais protagonizados por Diogo Dalot e por Vitinha.




