Liga Europa – 6ª jornada – Standard Liège – Benfica
10 Dezembro, 2020 at 8:42 pm Deixe um comentário
Standard de Liège – Arnaud Bodart, Laurent Jans, Merveille Bokadi, Konstantinos “Kostas” Laifis, Nicolas Gavory, Gojko Cimirot, Samuel Bastien, Nicolas Raskin (80m – Joachim Carcela-Gonzalez), Eden Shamir (59m – Collins Fai), Michel-Ange Balikwisha (59m – Jackson Muleka) e Abdoul-Fessal Tapsoba (72m – Obbi Oularé)
Benfica – Helton Leite, João Ferreira, Jan Vertonghen, Jardel Vieira, Nuno Tavares (80m – Franco Cervi), Julian Weigl (80m – Gabriel Pires), Pedro “Pedrinho” da Silva (64m – Rafael “Rafa” Silva), Adel Taarabt (83m – Haris Seferović), Everton Soares, Gian-Luca Waldschmidt (64m – Luís Fernandes “Pizzi”) e Darwin Núñez
1-0 – Nicolas Raskin – 12m
1-1 – Everton Soares – 16m
2-1 – Abdoul Tapsoba – 60m
2-2 – Luís Fernandes “Pizzi” (pen.) – 67m
Cartões amarelos – Gojko Cimirot (65m); João Ferreira (53m) e Franco Cervi (90m)
Árbitro – Aleksei Kulbakov (Bielorrússia)
Seria pouco crível que o Rangers não ganhasse na Polónia e pudesse deixar escapar a liderança do grupo. Tal não invalida a sensação de alguma frustração decorrente do facto de o Benfica nem a sua parte ter cumprido, não conseguindo vencer em Liège, no termo de uma sofrível campanha, em que é magra a consolação de – perante opositores de fraco nível – ter mantido a invencibilidade nesta fase (num grupo em que seria talvez exigível obter, pelo menos, cinco vitórias e um empate – em Glasgow).
Evidenciando de forma declarada que este jogo não constituía uma prioridade, Jesus fez alinhar um “onze” inicial em que mais de metade dos habituais titulares ficou “em repouso” – o que é tão mais difícil de compreender quando, perante as fragilidades defensivas que têm sido constantes, improvisou uma defesa com quatro “reservistas” (incluindo o guardião). Os sinais transmitidos pela “liderança” acabam, inevitavelmente, por se fazer sentir dentro de campo…
E, contudo, há que sublinhar que a equipa benfiquista até entrou em jogo com uma atitude muito positiva, assumindo a iniciativa, aparentemente apostada em resolver rapidamente a contenda a seu favor, só que, esta noite, os avançados estiveram tão desinspirados quanto costumam estar os defesas, e foram desperdiçando sucessivas oportunidades de golo. Apenas no primeiro quarto de hora foram, pelo menos, três. Ao contrário, o Standard, na primeira investida à zona defensiva contrária marcou, aproveitando as tais facilidades…
O Benfica não se descompôs e Darwin rematou, de ângulo muito apertado, ao poste, no minuto imediato; bastariam mais três minutos para chegar ao golo, restabelecendo a igualdade, curiosamente numa cabeçada pouco ortodoxa de Everton, com a bola a ser impelida para o relvado, ressaltando para o fundo das redes, sem hipótese de defesa para Bodart.
A equipa portuguesa prosseguiu o controlo do jogo até próximo da meia hora, fase a partir da qual a turma belga começou a libertar-se mais, pese embora actuasse de forma bastante “caótica” nas saídas para o meio-campo adversário, permitindo diversas situações de “contra-golpe”, nunca aproveitadas.
No início da segunda parte, o Benfica perdera já o domínio, pelo que acabaria por não surpreender novo tento do Standard, após uma perda de bola de Taarabt, com Tapsosa, muito expedito, a rematar de longe, tendo a felicidade de a bola embater ainda em Vertonghen, traindo Helton Leite.
Só então surgiu a ordem do banco para entrarem em campo reforços (Rafa e Pizzi), que prontamente imprimiram maior ritmo ao jogo, forçando o erro do adversário, beneficiando ainda da “colaboração” do árbitro, a assinalar grande penalidade, num lance em que o defesa da formação belga pouco mais fez do que colocar os braços em torno do adversário, praticamente sem contacto, para repor o empate. Foi o sexto golo de Pizzi nestes seis jogos da fase de grupos da Liga Europa (apenas não marcou na Luz, ante o Rangers – jogo em que fora substituído logo aos 21 minutos, devido à expulsão de Otamendi – tendo bisado no jogo em casa ante este mesmo Standard de Liège).
O Benfica voltou a forçar no quarto de hora final, não conseguindo, porém, finalizar nenhuma de várias ocasiões de perigo criadas, em especial já nos derradeiros minutos, pelo que o resultado não se alteraria.
Em função do 2.º lugar averbado, o Benfica irá a sorteio com a condicionante de não ser “cabeça-de-série”, à mercê da possibilidade de se lhe poder deparar no caminho, logo nos 1/16 de final, um opositor do calibre de Manchester United, Arsenal, Tottenham, Leicester, AC Milan, Napoli, Roma, Bayer Leverkusen, Villarreal, Shakhtar Donetsk ou Ajax. Restando, pois, poucas alternativas “mais acessíveis”, talvez restringidas a Hoffenheim, Brugge, D. Zagreb e PSV Eindhoven.
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