Egan Bernal vencedor do “Tour de France”

28 Julho, 2019 at 8:26 pm Deixe um comentário

A 106.ª edição do “Tour de France”, caracterizada por grande equilíbrio de forças entre os primeiros, regista a estreia de um novo vencedor, o jovem (apenas 22 anos) colombiano Egan Bernal, uma estrela em ascensão no firmamento do ciclismo mundial (15.º na sua primeira experiência na prova, no ano passado), que se impôs na montanha, tendo destronado, a dois dias do final da corrida, o francês Julian Alaphilippe, o qual envergara a camisola amarela quase de início a fim.

Na ausência de Christopher Froome (por lesão), a sua equipa (agora sob a denominação Ineos) consegue a proeza de, em três anos sucessivos, ter no seu seio três vencedores da principal prova velocipédica por etapas (depois do triunfo do galês Geraint Thomas na edição precedente, agora 2.º classificado), um sensacional feito, sem paralelo no longo historial da competição.

Para além dos dois primeiros, destaque ainda para o holandês Steven Kruijswijk, a progredir do 5.º lugar do ano passado até ao último posto do pódio e para o alemão Emanuel Buchmann, para além do excelente desempenho de Alaphilippe, apenas a fraquejar nas duas últimas etapas dos Alpes.

Mikel Landa é também repetente no “top 10”, tendo subido uma posição em relação à prova anterior. Com Rigoberto Uran e Nairo Quintana (também com ligeira melhoria, do 10.º ao 8.º lugar), a Colômbia – além de, pela primeira vez, ter um seu nacional como vencedor, 35 anos depois da estreia de “Lucho” Herrera no “Tour” – consegue um assinalável trio entre os dez primeiros da geral!

Ainda uma palavra para Thibaut Pinot, a maior esperança francesa para um eventual triunfo (3.º classificado em 2014), que, uma vez mais (pela 4.ª participação consecutiva), não conseguiu terminar a prova, tendo sofrido uma rotura muscular na antepenúltima etapa, altura em que ocupava o 5.º lugar da classificação geral, apenas a vinte segundos do então 2.º, Egan Bernal.

Quanto aos portugueses, uma passagem absolutamente discreta, com o único facto digno de registo a ser o 11.º lugar de Nélson Oliveira no contra-relógio individual (a 2 segundos do 10.º classificado, e 33 segundos à frente de Egan Bernal, somente 22.º nessa etapa). Para além disso, fica apenas a nota de terem conseguido, os três, chegar a Paris…

Classificação geral final:

1.º Egan Bernal (Colômbia) – Team Ineos – 82h 57′ 00”
2.º Geraint Thomas (Grã-Bretanha) – Team Ineos – a 01′ 11”
3.º Steven Kruijswijk (Holanda) – Team Jumbo – Visma – a 01′ 31”
4.º Emanuel Buchmann (Alemanha) – Bora – Hansgroe – a 01′ 56”
5.º Julian Alaphilippe (França) – Deceuninck – Quick – Step – a 04′ 05”
6.º Mikel Landa Meana (Espanha) – Movistar Team – a 04′ 23”
7.º Rigoberto Uran (Colômbia) – EF Education First – a 05′ 15”
8.º Nairo Quintanta (Colômbia) – Movistar Team – a 05′ 30”
9.º Alejandro Valverde (Espanha) – Movistar Team – a 06′ 12”
10.º Warren Barguil (França) – Team Arkea – Samsic – a 07′ 32”

53.º Rui Costa (Portugal) – UAE Team Emirates – a 1h 59′ 02”
79.º Nélson Oliveira (Portugal) – Movistar Team – a 2h 35′ 51”
128.º José Gonçalves (Portugal) – Team Katusha Alpecin – a 3h 47′ 15”

É a seguinte a lista completa dos vencedores da maior prova de ciclismo mundial:

  • 5 vitórias – Jacques Anquetil (1957, 1961, 1962, 1963 e 1964), Eddy Merckx (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), Bernard Hinault (1978, 1979, 1981, 1982 e 1985) e Miguel Indurain (1991, 1992, 1993, 1994 e 1995);
  • 4 vitórias – Christopher Froome (2013, 2015, 2016 e 2017)
  • 3 vitórias – Philippe Thys (1913, 1914 e 1920), Louison Bobet (1953, 1954 e 1955) e Greg Lemond (1986, 1989 e 1990)
  • 2 vitórias – Lucien Petit-Breton (1907 e 1908), Firmin Lambot (1919 e 1922), Ottavio Bottecchia (1924 e 1925), Nicolas Frantz (1927 e 1928), André Leducq (1930 e 1932), Antonin Magne (1931 e 1934), Sylvère Maes (1936 e 1939), Gino Bartali (1938 e 1948), Fausto Coppi (1949 e 1952), Bernard Thévenet (1975 e 1977), Laurent Fignon (1983 e 1984) e Alberto Contador (2007 e 2009);
  • 1 vitória – Maurice Garin (1903), Henri Cornet (1904), Louis Trousselier (1905), René Pottier (1906), François Faber (1909), Octave Lapize (1910), Gustave Garrigou (1911), Odile Defraye (1912), Léon Scieur (1921), Henri Pélissier (1923), Lucien Buysse (1926), Maurice De Waele (1929), Georges Speicher (1933), Romain Maes (1935), Roger Lapébie (1937), Jean Robic (1947), Ferdi Kubler (1950), Hugo Koblet (1951), Roger Walkowiak (1956), Charly Gaul (1958), Federico Bahamontes (1959), Gastone Nencini (1960), Felice Gimondi (1965), Lucien Aimar (1966), Roger Pingeon  (1967), Jan Janssen (1968), Luis Ocaña (1973), Lucien Van Impe (1976), Joop Zoetemelk (1980), Stephen Roche (1987), Pedro Delgado (1988), Bjarne Riis (1996), Jan Ullrich (1997), Marco Pantani (1998), Oscar Pereiro (2006), Carlos Sastre (2008), Andy Schleck (2010), Cadel Evans (2011), Bradley Wiggins (2012), Vincenzo Nibali (2014), Geraint Thomas (2018) e Egan Bernal (2019).

A competição não se disputou nas épocas das duas Guerras Mundiais (1915 a 1918 e 1940 a 1946). Foram anuladas as classificações (7 vitórias) de Lance Armstrong nas edições de 1999 a 2005.

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