Liga dos Campeões – 1/4 Final (1ª mão) – Bayern – Benfica
5 Abril, 2016 at 8:39 pm Deixe um comentário
Bayern München – Manuel Neuer, Philipp Lahm, Joshua Kimmich (60m – Javi Martínez), David Alaba, Juan Bernat, Thiago Alcântara, Arturo Vidal, Douglas Costa (70m – Kingsley Coman), Thomas Müller (85m – Mario Götze), Franck Ribéry e Robert Lewandowski
Benfica – Ederson Moraes, André Almeida, Jardel, Victor Lindelöf, Eliseu, Ljubomir Fejsa, Renato Sanches, Pizzi (90m – Andreas Samaris), Nico Gaitán, Jonas (83m – Eduardo Salvio) e Konstantinos Mitroglou (70m – Raúl Jiménez)
1-0 – Arturo Vidal – 2m
Cartões amarelos – Franck Ribéry (22m) e Juan Bernat (42m); Jonas (58m) e Victor Lindelöf (62m)
Árbitro – Szymon Marciniak (Polónia)
Ainda não se tinha esgotado o primeiro minuto de jogo e já o Bayern “dizia” ao que vinha, dando largura ao seu jogo ofensivo, ameaçando, desde logo, a baliza benfiquista.De imediato, a equipa portuguesa procuraria ainda ripostar, numa primeira jogada ofensiva, como que a querer dar “prova de vida”.
Contudo, ainda antes de completado o segundo minuto, uma falha defensiva da equipa portuguesa, deixando caminho aberto no flanco esquerdo do ataque bávaro, proporcionando o cruzamento, a que Arturo Vidal daria a melhor sequência para as suas cores, colocando o Bayern, desde logo, em vantagem no marcador.
Imprimindo grande intensidade ao seu jogo, a equipa alemã forçou o Benfica a acantonar-se na sua zona defensiva, submetida a enorme pressão, com muita dificuldade em ter bola, e, ainda mais, em esboçar qualquer lance de ataque. Uma fase, de cerca de vinte minutos, em que se receou o pior. Valeria a concentração do guarda-redes Ederson, a opor-se com eficácia às investidas contrárias.
Ainda antes do final do primeiro tempo, a formação portuguesa, passando a acertar as marcações, conseguiria refrear a intensidade do Bayern, começando a conseguir pegar no jogo, faltando-lhe apenas um pouco mais de confiança para ser mais consequente nas saídas para o meio-campo contrário.
O que não obstaria a que, numa dessas saídas, quando Gaitán tentava cruzar para a área, a trajectória da bola tivesse sido interrompida pelo contacto com o braço do defesa alemão, Lahm, em queda, num lance passível de grande penalidade, que o critério do árbitro entendeu não sancionar.
Na segunda parte, ao invés do que sucedera na fase inicial da partida, seria o Bayern a ver-se surpreendido pela personalidade evidenciada pelo Benfica, a ganhar, gradualmente, a tal confiança, colocando um “pauzinho” na engrenagem alemã, que – não obstante ter criado mais alguns lances de perigo – não só não conseguiria manter o ritmo que impusera na fase inicial do encontro, como denotava então dificuldades para desenvolver uma toada atacante.
Mais, seria o Benfica a beneficiar inclusivamente de algumas soberanas oportunidades para marcar, não tendo contudo Jonas conseguido ultrapassar Manuel Neuer, num primeiro lance, enquanto, noutra ocasião, seria Javi Martínez a evitar o golo benfiquista.
Depois de ter colocado como que “em sentido” o adversário, a turma encarnada teria ainda de suportar o assédio final do Bayern, em busca do ampliar de uma (inesperadamente) magra vantagem. E o Benfica continuaria a ser competente, acabando os alemães por se conformar, pensando certamente que seria preferível não sofrer o golo do empate, do que arriscar na procura do segundo tento.
Um resultado tangencial que deixa tudo em aberto para a 2.ª mão, premiando a dignidade e a entrega do Benfica, e a forma concentrada como soube resistir nos períodos de maior dificuldade. Enfrentando uma grande desproporção de meios, a equipa portuguesa terá consciência de que será necessário fazer ainda melhor, superar-se, se quiser continuar a sonhar.
Perante o poderio do adversário, parece difícil perspectivar que o mesmo possa ser contido, de forma a manter a baliza benfiquista inviolada – um golo do Bayern em Lisboa praticamente definiria o desfecho da eliminatória -, em paralelo com a imperiosa necessidade de correr riscos acrescidos, que possam proporcionar o(s) indispensável(is) golo(s) do Benfica… mas sabemos que não há vencedores antecipados, e que o futebol tem uma magia única…
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