O pulsar do campeonato – 9.ª jornada
7 Dezembro, 2014 at 11:00 am Deixe um comentário
(“O Templário”, 04.12.2014)
Ultrapassado o primeiro terço da prova, com a realização da 9.ª jornada, e na sequência do empate entre os até então dois primeiros, formou-se um quinteto no topo da pauta classificativa, separado por apenas três pontos, com a disputa do 1.º lugar do Campeonato Distrital da I Divisão verdadeiramente ao rubro.
Com boa reacção, superando o impacto adverso do desaire caseiro averbado na ronda anterior, o líder Empregados do Comércio continua a segurar-se com “unhas e dentes” a essa posição, tendo travado a série triunfal (três jogos) que o Coruchense vinha prosseguindo. A formação do Sorraia chegou ainda a estar em vantagem, mas não conseguiria levar de vencida a aguerrida turma escalabitana (que conserva a condição de defesa menos batida, com apenas cinco golos sofridos em nove jogos), a qual, curiosamente, registou o primeiro empate (1-1), numa competição em que tal desfecho tem abundado (registado já por 18 vezes).
No imediato os principais beneficiários foram o Fazendense, com um difícil triunfo, por 3-2, na recepção ao Cartaxo, e o União de Tomar, vitorioso no clássico ante o rival Torres Novas, por 2-1 – com os dois tentos dos unionistas apontados no intervalo de… dois minutos –, agora ambos somente a um ponto do comandante, tendo relegado novamente o Coruchense para o 4.º posto, a dois pontos do guia.
Outra equipa em particular destaque é o Mação (depois de, nas duas saídas anteriores, ter ganho já em Torres Novas e em Santarém, face ao líder), equipa que – ao invés dos torrejanos, que registam três desaires nos últimos quatro jogos – somou a terceira vitória, também nas quatro partidas mais recentes do campeonato (não perdendo desde a 2.ª jornada), cotando-se, paralelamente, como o ataque mais concretizador, já com 22 golos apontados, para o que contribuiu mais uma goleada, desta feita aplicada ao U. Chamusca (5-0), isolando-se assim no 5.º lugar, a três pontos dos “caixeiros”.
Mais, já com nove desafios disputados, União de Tomar, Fazendense e Mação registam apenas, cada um deles, uma derrota sofrida. É obra!
Num campeonato em que o equilíbrio tem predominado, com uma curiosa tendência de superioridade das equipas que actuam em terreno alheio (apenas 22 vitórias dos clubes visitados, em 63 jogos já disputados), observa-se não obstante uma polarização em dois grupos: um primeiro, constituído por oito equipas, a disputar os lugares da frente – incluindo também Pontével, Torres Novas e Cartaxo –, que têm demonstrado capacidade para disputar a vitória em qualquer campo; um outro, integrando os seis clubes da parte baixa da tabela (neste caso, com realce, pelo inesperado da situação, para o Amiense), em que todos perderam em casa já por mais de uma vez, à excepção do “rei dos empates” (cinco no total), U. Chamusca, ainda invicto no seu terreno.
A confirmar aquela tendência, menção final para as três vitórias extra-muros, em que apenas a do Amiense seria talvez expectável, pelo menos em teoria – apesar de não vencer desde a ronda inaugural… –, impondo-se em Santarém, por convincente 3-0, frente ao “lanterna vermelha” União (única equipa ainda sem conseguir ganhar, que se afunda na cauda da classificação); o triunfo do Pontével em Benavente, por 2-0 (pese embora elevar para três os desaires sucessivos dos benaventenses, agora aparentemente em queda) é digno de nota; enquanto a vitória do Barrosense em Rio Maior (2-1) não estaria nas previsões gerais, atenta a evolução recente dos dois conjuntos, o da casa tendo obtido duas vitórias nas duas jornadas anteriores, em contraponto aos dois desaires (e cinco jogos sucessivos sem ganhar) da formação da Barrosa.
Na próxima jornada o líder, Empregados do Comércio, recebendo o Benavente, terá naturalmente de ser creditado de favoritismo, podendo, em caso de vitória, beneficiar de uma ronda bem favorável, atendendo a que os seus mais imediatos perseguidores enfrentam, todos eles, sérios testes em recinto alheio: o Fazendense, de visita a Torres Novas; o União de Tomar, de longada até Pontével; deslocando-se o Coruchense à Chamusca; e o Mação a Amiais de Baixo, para defrontar uma equipa que parece disposta a encetar uma recuperação.
Na II Divisão Distrital, U. Abrantina (ganhando em Alferrarede, por 2-0) e Pego (derrotando o Ferreira do Zêzere, por 3-1) mantêm-se destacados na frente, separados por um escasso ponto. A Sul, Moçarriense (com um triunfo categórico, por 4-0, frente ao Samora Correia) e Glória do Ribatejo (ganhando por 3-1 ao Atalaiense) não descolam, tendo o U. Almeirim (vitória por 4-1 em Pernes) a dois pontos. Na próxima ronda, tarefa mais difícil parece esperar o Pego, na visita a Minde, com a U. Abrantina a receber o vizinho Tramagal. O Moçarriense vai até ao Porto Alto, cabendo agora ao Glória receber a turma de Samora Correia.
No Campeonato Nacional de Seniores, já na 11.ª jornada – a sete do termo desta primeira fase –, as equipas do Distrito prosseguem a sua penosa marcha, não tendo conseguido melhor que dois empates caseiros: um nulo, no Fátima-Torreense; igualdade a um golo em Riachos, na recepção ao Eléctrico de Ponte de Sôr. O At. Ouriense, derrotado em casa pelo Sertanense (1-3) ficou agora sozinho na indesejada posição de “lanterna vermelha”, dado o ponto averbado pelo Riachense (terceiro empate); enquanto o Alcanenense foi goleado (1-5) nas Caldas da Rainha. Ainda assim, o conjunto de Alcanena, ocupando o 6.º lugar, é o único dos quatro representantes do Distrito a evitar, para já, as três últimas posições da classificação (zona de despromoção), com o Fátima (8.º), já a sete pontos do Torreense (7.º classificado)… e a oito do Alcanenense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 4 de Dezembro de 2014)
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