Archive for 12 Setembro, 2003
“MENSAGEM” – FERNANDO PESSOA (V)
Vasco da Gama realizou a extraordinária façanha, o grande objectivo dos Descobrimentos: a conquista da Índia por via marítima (“Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra / Suspendem de repente o ódio da sua guerra / E pasmam”).
Este empreendimento teria naturalmente custos significativos, causando grandes sofrimentos, com muitas vidas perdidas:
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!”;
mas valeu a pena?:
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem de passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
O desastre de Alcácer Quibir, o mistério que envolve o desaparecimento de D. Sebastião deverá ser o impulso para o renascimento de Portugal:
“Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.”.
Seguiu-se a perda da independência (“Senhor, a noite veio e a alma é vil”), mas é preciso acreditar que é possível renascer:
“Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.”
[254]
1932 – “NEW DEAL”
“O candidato democrata, Franklin D. Roosevelt, é eleito presidente dos EUA, mantendo-se no cargo por três mandatos, até 1945. A sua política, denominada “New Deal”, preconiza a intervenção do Estado na vida económica.”
“Notícias do Milénio”, publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo”, Julho de 1999
[253]
1932 – “ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”
“Publicado este livro do romancista inglês Aldous Huxley, visão impressionante de um futuro dedicado ao prazer e controlado pela tirania totalitária.”
[252]
Entrada do dia (Quinta) – Desejo Casar
.E você? Já escolheu o seu 11 de Setembro?.
.Acho espantoso que a blogosfera, em vez de prestar homenagem às vítimas ou, simplesmente, evitar repisar um território tão exaustivamente percorrido, se perca, em pleno segundo aniversário do 11 de Setembro, em estéreis discussões . como quase, quase, sempre . acerca daquilo que entendem por esquerda e direita.
…
E, de repente, de que é que se ia falar hoje? Do 11 de Setembro. Ah! É verdade!.
Pode ler o texto completo no Desejo Casar.



