Archive for 4 Setembro, 2003

FUTEBOL, FUTEBOL E … FUTEBOL

Alguns “milhões” de portugueses terão “aprendido a ler” com “A Bola”, que teve – em simultâneo! – jornalistas / “escritores” da estirpe de Vítor Santos, Carlos Miranda (com as suas magníficas reportagens do “Tour de France” com Joaquim Agostinho), Carlos Pinhão (“Ai que saudades, ai, ai…”), Homero Serpa, Alfredo Farinha, Aurélio Márcio (só para falar da “velha guarda”, dos anos 80).

Nesse tempo, “A Bola” era claro “líder de mercado”, com “O Record” a uma distância significativa. Depois, mais tarde, surgiu a “Gazeta dos Desportos”, com uma existência relativamente curta (uns anos antes – acho que já não “é do meu tempo” – tinha havido o “Mundo Desportivo”).

Mas eram todos “ trissemanários”.

Eis aqui o ponto a que quero chegar (eu que sempre fui um “fanático desportista de bancada”): o (muito) exagerado peso que a “informação desportiva” (“futebolística”) tem hoje em dia na comunicação social.

Hoje temos três jornais desportivos diários! (com “O Jogo” predominantemente implantado a Norte) – é claro, se subsistem, é porque existe mercado…

Mas, para além disso, é a rádio (e, por exemplo, quando se fala nos “bons programas” da TSF, um deles será sem dúvida a “Bancada Central”, uma espécie de “blogues falados” – mas com duas horas diárias!!!), em que o sentido das proporções é bastantes vezes esquecido (nomeadamente nos serviços informativos, considerando a relação de tempo face à cobertura noticiosa da informação generalista) e, acima de tudo, a televisão.

E aqui, penso que se está a atingir situações de extremo: não há justificação possível (não pode ser de todo enquadrado no conceito de “serviço público”) que se enviem repórteres para os estágios de pré-época que as equipas (as tradicionais três: Benfica, Porto e Sporting – por ordem alfabética…) fizeram no estrangeiro; foi confrangedor assistir ao espectáculo da “não notícia” (em particular, com um “misto de tragicomédia”, a propósito das várias contratações que o Benfica acabou por não fazer e da deprimente história da “braçadeira de capitão”); não há razão que justifique – mesmo agora que as competições já “arrancaram” – que, quase diariamente, haja um repórter, tendo por pano de fundo um estádio vazio, dizendo quais “as águias, dragões ou leões” que treinaram hoje, quais os que estiveram “lesionados”, conjecturando, especulando sobre a constituição das equipas e as tácticas para o próximo jogo (daí a quatro ou cinco dias)…

E mais as “tricas”, o “diz que disse”, os “arrufos”e os “amuos” dos treinadores, as polémicas da arbitragem.

E, a culminar, “4 – Quatro – 4” jogos televisionados por jornada!!!

É a lei do mercado no seu “estado puro”? (Dar às pessoas o que elas querem ver…) “Pão e circo”, como no tempo dos Romanos?

Nós, que “amamos o futebol” (slogan do “Euro2004”), queremos ver (ouvir e ler) futebol de qualidade, não necessariamente em quantidade.

P.S. Veja aqui o “porquê?” e o “como?” dos “blogues”.

[220]

4 Setembro, 2003 at 7:17 pm

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (IV)

“O fundador do islamismo é o profeta Maomé (570-632), que em poucos anos revolucionou o mundo árabe e grande parte do resto da História. Hoje em dia, 40 dos 152 países do mundo estão ligados ao islamismo, e há analistas políticos e sociólogos que pensam que brevemente a população islâmica ultrapassará a do cristianismo.

O islamismo é uma religião que determina a cultura e a história, razão por que a história dos povos árabes anda tão ligada ao islamismo, e razão por que o islamismo é estruturalmente uma religião nacionalista.

O islamismo não se entende sem o seu livro sagrado, o Corão. É uma religião tipicamente do “livro”. A própria palavra árabe “al-qur’na” significa literalmente “a leitura”.

A unicidade de Deus é o dogma fundamental do islamismo, que, neste aspecto, não se distingue do monoteísmo judaico. Quando Maomé começou com a sua revolução religiosa em Meca, aquelas tribos árabes viviam a sua religião animista e politeísta, com muitas divisões e ódios entre elas. O profeta deu-se conta de que o judaísmo e o cristianismo eram superiores às religiões árabes e quis oferecer aos mesmos árabes também uma religião que os identificasse.

Segundo o Corão, o islamismo não tem nem sacerdotes, nem sacrifícios, nem sacramentos. É constituído apenas pela palavra da revelação “final” a Maomé, que é o último profeta duma linha profética que começa em Abraão e acaba nele.”

“Os caminhos da descendência de Abraão” (Joaquim Carreira das Neves) – “Notícias do Milénio”

[219]

4 Setembro, 2003 at 9:07 am

1925 – INSTABILIDADE

“Os governos sucedem-se, somando três até ao fim do ano. A agitação nas ruas é galopante. É declarado o estado de sítio.”

[218]

4 Setembro, 2003 at 7:36 am

1925 – “MEIN KAMPF”

“Publicada em Munique, esta obra de Adolfo Hitler, escrita na prisão, é um manifesto nacionalista, anti-semita e anticomunista, fundamentos ideológicos do partido nazi.”

[217]

4 Setembro, 2003 at 7:36 am

“Entrada do dia” (Quarta) – A Aba de Heisenberg

“Nichos de argumentação” 

“É mais fácil um rico entrar no reino dos céus do que ver alguém reconhecer publicamente que errou. O “mea culpa” está praticamente extinto, o “tua culpa” é ubíquo. 

… 

Na sua coluna Política à Portuguesa no Expresso deste fim-de-semana, JAS fala das lágrimas de crocodilo que ”certa esquerda” alegadamente verteu por Sérgio Vieira de Mello. Diz: “A esquerda não invocou a morte de Sérgio Vieira de Mello por razões piedosas – agitou-a como bandeira para condenar a ocupação americana. Nesta medida – e dito cruamente – essa morte até conveio a essa esquerda. Por isso, muitas das lágrimas que chorou foram lágrimas de crocodilo”. 

…” 

Pode ler o texto completo aqui

P.S. Reabriu o site da Al-Jazeera em inglês (após uma primeira tentativa durante a guerra do Iraque, mal sucedida devido a ataques de “piratas informáticos”).

4 Setembro, 2003 at 7:35 am


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