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Espanha – Portugal (Liga das Nações – 1.ª Jornada)
Espanha – Unai Simón, César Azpilicueta, Diego Llorente, Pau Torres, Jordi Alba, Carlos Soler (62m – Koke), Sergio Busquets, Gavi (81m – Marcos Llorente), Ferran Torres (62m – Dani Olmo), Pablo Sarabia e Álvaro Morata (70m – Raúl de Tomás)
Portugal – Diogo Costa, João Cancelo, Pepe, Danilo Pereira, Raphaël Guerreiro, Bruno Fernandes (81m – Matheus Nunes), João Moutinho (45m Rúben Neves), Otávio (62m – Cristiano Ronaldo), Bernardo Silva, Rafael Leão (72m – Ricardo Horta) e André Silva (62m – Gonçalo Guedes)
1-0 – Álvaro Morata – 25m
1-1 – Ricardo Horta – 82m
Cartões amarelos – Pablo Sarabia (37m), Diego Llorente (72m) e Sergio Busquets (90m); João Moutinho (38m), Bernardo Silva (39m), Matheus Nunes (84m) e Pepe (90m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Este foi mais um típico exemplo de resultado bem melhor que a exibição realizada, no que respeita à selecção portuguesa, incapaz de encontrar o antídoto face a uma equipa espanhola sempre mais dominadora e a assumir iniciativa.
Mesmo que o golo da formação espanhola tenha resultado de uma falha do sector defensivo português, pareceu sempre estar mais perto o segundo tento da Espanha que a possibilidade de empatar.
Portugal teve a sua melhor fase no início da segunda parte, na qual procurou, de alguma forma, pressionar o adversário, mas, curiosamente, acabaria mesmo por restabelecer a igualdade, já na parte final do encontro, numa altura em que a Espanha voltara a controlar o jogo.
No balanço final um desfecho positivo, o quinto empate sucessivo nos últimos cinco desafios entre as duas selecções (no EURO 2012, no Mundial 2018 e após dois amigáveis, em 2020 e 2021), correspondendo, em paralelo, à sexta vez consecutiva em que Portugal empata em Espanha, onde não perde desde 1958!
Sorteio – Mundial 2022
Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Qatar Inglaterra Argentina França Países Baixos EUA México Dinamarca Senegal Irão Polónia Tunísia Equador Gales/Esc./Ucr. A. Saudita EAU/Aust./Peru Grupo E Grupo F Grupo G Grupo H Espanha Bélgica Brasil Portugal Alemanha Croácia Suíça Uruguai Japão Marrocos Sérvia Coreia Sul C.Rica/N.Zel. Canadá Camarões Ghana
Portugal estreia-se na Fase Final do Mundial 2022 a 24 de Novembro, frente ao Ghana; voltará a jogar a 28 de Novembro, com o Uruguai, finalizando a fase de grupos a 2 de Dezembro, ante a Coreia do Sul.
Mundial 2022 – Play-off (Zona Europeia) – “Finais”
País de Gales – Escócia / Ucrânia – (Adiado)
Polónia – Suécia – 2-0
Portugal – Macedónia do Norte – 2-0
Estão já apuradas 27 das selecções que marcarão presença na Fase Final do Campeonato do Mundo:
- Europa (12) – Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Países Baixos, Polónia, Portugal, Sérvia e Suíça
- África (5) – Camarões, Ghana, Marrocos, Senegal e Tunísia
- Ásia (5) – Qatar, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão e Japão
- América do Sul (4) – Brasil, Argentina, Uruguai e Equador
- América do Norte (1) – Canadá
Falta determinar mais duas vagas de apuramento directo na América do Norte, uma na Europa (jogos do play-off que foram adiados – a decidir entre País de Gales – Escócia/Ucrânia) e definir os vencedores dos dois play-offs intercontinentais (a disputar apenas em Junho): (i) Emiratos Árabes Unidos/Austrália – Peru; e (ii) EUA/México/Costa Rica – N. Zelândia/Ilhas Salomão.
Actualização a 31.03.2022 – México e EUA garantiram as duas últimas vagas de apuramento directo (América do Norte). Os play-offs intercontinentais terão o seguinte alinhamento: Emiratos Árabes Unidos/Austrália – Peru; e Costa Rica – N. Zelândia.
Portugal – Macedónia do Norte (Mundial 2022 – Play-off – “Final”)
Estádio do Dragão, Porto
Portugal – Diogo Costa, João Cancelo, Danilo Pereira, Pepe, Nuno Mendes, Bruno Fernandes (87m – Matheus Nunes), João Moutinho (90m – Vítor Ferreira “Vitinha”), Otávio Monteiro (76m – William Carvalho), Diogo Jota (76m – Rafael Leão), Bernardo Silva (87m – João Félix) e Cristiano Ronaldo
Stole Dimitrievski, Stefan Ristovski, Visar Musliu, Darko Velkoski, Ezgjan Alioski, Eljif Elmas (87m – Boban Nikolov), Enis Bardi, Arijan Ademi, Aleksandar Trajkovski (59m – Darko Churlinov), Milan Ristovski (45m – Bojan Miovski) e Tihomir Kostadinov (75m – Stefan Ashkovski)
1-0 – Bruno Fernandes – 32m
2-0 – Bruno Fernandes – 65m
Cartões amarelos – João Cancelo (68m); Visar Musliu (68m) e Ezgjan Alioski (74m)
Árbitro – Anthony Taylor (Inglaterra)
Agora, findos os jogos do play-off, constata-se que Portugal conseguiu, com muito maior facilidade que o esperado, garantir o apuramento para a fase final do Mundial. Efectivamente – beneficiando, em larga medida, da grande surpresa protagonizada pela Macedónia do Norte em Itália –, a selecção portuguesa acabou por ver-se confrontada com duas equipas de nível manifestamente inferior ao seu.
Fazendo alinhar nesta “final” João Cancelo, Pepe e Nuno Mendes (por troca com Diogo Dalot, José Fonte e Raphaël Guerreiro), a formação nacional fez uma exibição segura, controlando durante praticamente todo o jogo, exercendo natural predomínio.
Isto apesar de a Macedónia do Norte ter começado por surpreender, entrando em campo de forma muito aguerrida, com linhas subidas, a disputar os lances a meio-campo, visando bloquear, logo aí, as iniciativas contrárias, beneficiando também, nessa fase, de um estilo de arbitragem que ia enervando os portugueses, permitindo excessiva agressividade aos adversários.
Ainda assim, nesse período, os lances de maior perigo surgiriam, primeiro, num remate cruzado de Cristiano Ronaldo, no flanco esquerdo, a sair a rasar o poste da baliza de Dimitrievski; e, logo depois, num cabeceamento “defeituoso” de Diogo Jota, muito direccionado para o solo, a desperdiçar soberana ocasião de marcar.
Por curiosidade, Portugal chegaria ao golo de forma talvez menos expectável, num lance de transição, aproveitando um mau passe (de grande risco) de Stefan Ristovski, na zona intermediária, paralelo à linha de meio campo, mas ligeiramente atrasado, o qual seria interceptado por Bruno Fernandes, que, após pronta combinação com Cristiano Ronaldo, surgiu desmarcado, a rematar colocado, para o fundo da baliza.
Não obstante a Macedónia como que tivesse “desaparecido” do jogo, o tento da confirmação só chegaria passada outra meia hora de jogo (já após o intervalo), outra vez com início numa recuperação de bola, com Diogo Jota a fazer excelente assistência, de “longa distância”, para notável remate, na passada, do mesmo Bruno Fernandes, particularmente inspirado nesta noite, igualmente sem hipóteses para o guardião macedónio.
Até final, Portugal ainda podia ter ampliado a contagem, não fosse um defesa ter “tirado o pão da boca” a Cristiano Ronaldo, num corte “in extremis”, quando este se preparava para “fazer o gosto ao pé”.
A selecção nacional, sem necessidade de se aplicar a fundo, ou de “brilhar”, não deixou de colocar em evidência o seu superior potencial, face a uma inofensiva equipa contrária, que não conseguiu qualquer remate enquadrado à baliza portuguesa, obtendo um triunfo tão claro como lógico.
Desde a ausência da fase final do Mundial de 1998, em França, nunca mais Portugal voltou a falhar uma grande competição internacional, somando, consecutivamente, 12 participações: seis no Europeu (2000, 2004, 2008, 2012, 2016 e 2020/21) e, agora, outras tantas em Campeonatos do Mundo (2002, 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022) – a que junta os até então raros apuramentos (1966 e 1986 no Mundial; 1984 e 1996 em Europeus).
Para ilustrar esta proeza lusa, anote-se que apenas três países (Alemanha, Espanha e França) acompanharam Portugal em todas estas 12 fases finais, superando o registo português: os germânicos não falham uma fase final desde o Europeu de 1968 (somando 13 Europeus e 14 Mundiais sucessivos); os espanhóis registam 15 presenças consecutivas (desde 1994, com 8 Mundiais e 7 Europeus); enquanto os gauleses alcançaram uma série de 14 participações (desde 1996, com 7 Mundiais e 7 Europeus) – devendo, por outro lado, considerar-se ainda os casos do Brasil (nunca falhou o Mundial, que irá disputar pela 22.ª vez) e Argentina (13 presenças sucessivas, desde 1974).
Mundial 2022 – Play-off (Zona Europeia) – “Semi-finais”
Semi-final 1 – Escócia – Ucrânia – (Adiado)
Semi-final 2 – País de Gales – Áustria – 2-1
Semi-final 3 – Rússia – Polónia – Jogo não disputado, devido ao facto de a selecção russa ter sido suspensa da competição, no âmbito das sanções aplicadas à Rússia pela invasão da Ucrânia
Semi-final 4 – Suécia – R. Checa – 0-0 (1-0 a.p.)
Semi-final 5 – Itália – Macedónia do Norte – 0-1
Semi-final 6 – Portugal – Turquia – 3-1
O alinhamento – previamente sorteado – dos jogos das “finais”, agendados para o próximo dia 29 de Março, é o seguinte:
País de Gales – Escócia / Ucrânia
Polónia – Suécia
Portugal – Macedónia do Norte
A Campeã da Europa em título, Itália, foi surpreendida, em casa, perdendo com a Macedónia do Norte, mercê de um golo apontado já em período de compensação, com os italianos a falharem o apuramento para o Mundial pela segunda edição sucessiva. Tendo-se estreado em fases finais de grandes competições no “EURO 2020”, em Junho do ano passado, a Macedónia do Norte ganhara já, na fase de grupos desta qualificação para o Mundial, na Alemanha, há cerca de um ano, tendo ido agora vencer a Itália.
Portugal – Turquia (Mundial 2022 – Play-off – “Semi-final”)
Estádio do Dragão, Porto
Portugal – Diogo Costa, Diogo Dalot, Danilo Pereira, José Fonte, Raphaël Guerreiro (88m – Nuno Mendes), Bruno Fernandes (80m – William Carvalho), João Moutinho (88m – Matheus Nunes), Bernardo Silva, Otávio Monteiro (88m – Rafael Leão), Diogo Jota (71m – João Félix) e Cristiano Ronaldo
Turquia – Uğurcan Çakır, Ozan Kabak, Merih Demiral, Çağlar Söyüncü, Berkan Kutlu (90m – Serdar Dursun), Zeki Çelik (80m – Yusuf Yazıcı), Orkun Kökçü (80m – Dorukhan Toköz), Hakan Çalhanoğlu, Kerem Aktürkoglu (66m – Enes Ünal), Cengiz Ünder e Burak Yılmaz
1-0 – Otávio Monteiro – 15m
2-0 – Diogo Jota – 42m
2-1 – Burak Yılmaz – 65m
3-1 – Matheus Nunes – 90m
Cartões amarelos – Diogo Jota (35m) e João Moutinho (86m); Zeki Çelik (35m), Hakan Çalhanoğlu (69m), Merih Demiral (76m) e Dorukhan Toköz (90m)
Árbitro – Daniel Siebert (Alemanha)
Pese embora uma exibição desequilibrada e inconstante, com “altos” e “baixos”, o primeiro objectivo (intermédio) foi alcançado: o apuramento para o jogo da final dos “play-off”, no qual Portugal irá disputar, com a surpreendente Macedónia do Norte, a qualificação para a fase final do Mundial 2022.
A selecção portuguesa ganhou à Turquia, porque é claramente melhor – mesmo privada de elementos-chave na defesa como têm sido João Cancelo, Rúben Dias ou Pepe, obrigando ao recurso a José Fonte e ao recuo de Danilo Pereira para o eixo central, e com alguma surpresa na titularidade (em estreia) do guardião Diogo Costa.
Mas não deixou de passar por um enorme susto quando, a escassos cinco minutos do final, Burak Yılmaz teve a soberana oportunidade de igualar o marcador a dois golos, tendo, para nossa tranquilidade, desperdiçado a grande penalidade de que dispôs, ao rematar muito por alto.
Com uma boa entrada em jogo, afirmativa, assumindo a iniciativa, “sufocando” o adversário, Portugal cedo chegou ao golo de que necessitava para poder serenar, isto depois de ter já deixado algumas ameaças, uma delas com uma perdida flagrante de Diogo Jota. Foi na sequência de um remate de Bruno Fernandes, com a bola a embater com estrondo no poste, surgindo Otávio, muito oportuno, a antecipar-se e a fazer a recarga para o fundo da baliza.
Já depois de um período de algumas perdas de bola na fase de construção, a actuação da equipa portuguesa, mantendo a toada ofensiva, culminaria com o segundo tento, obtido já à beira do intervalo, pelo mesmo Diogo Jota, assistido por Otávio, uma aposta para esta partida, ganha pelo seleccionador Fernando Santos. Parecia uma margem confortável e segura.
Na segunda metade, aproveitando também alguma quebra anímica por parte da selecção turca, a formação nacional, continuando a exercer forte domínio, mesmo que baixando a intensidade de jogo, teve ocasiões para ampliar o marcador (em especial, de novo, por Diogo Jota, por mais de uma vez), mas não conseguiria chegar ao 3-0, que teria, desde logo, ditado o desfecho do desafio.
Perante tantas (aparentes) “facilidades”, vindo gradualmente a cair de produção, principalmente após o golo turco, apontado por Burak Yılmaz (a aproveitar alguma passividade na defesa), Portugal correu riscos que teriam sido desnecessários, tendo perdido o controlo do jogo, experimentando então dificuldades para suster a dinâmica turca, agora com renovada crença.
Logo depois de, por via da entrada de William Carvalho (a substituir, a dez minutos do fim, Bruno Fernandes), Fernando Santos ter pretendido “trancar” o resultado, surgiria o lance da grande penalidade, que poderia ter mudado drasticamente a configuração deste embate.
Tendo acabado por passar por um período de algum sofrimento, durante vários minutos, o terceiro golo, da confirmação – com Rafael Leão a desmarcar Matheus Nunes, o qual, com excelente execução técnica, desviou a bola do alcance do guarda-redes –, surgiria apenas já em período de compensação.
Praticamente em simultâneo a Macedónia do Norte acabara de marcar também, em Itália, o tento solitário que foi o bastante para afastar o Campeão Europeu em título do Mundial, no que constitui a segunda fase final sucessiva que os transalpinos falham.
No Estádio do Dragão haveria ainda tempo, nos derradeiros instantes, para Cristiano Ronaldo rematar à trave, no que, a ter-se materializado em golo, constituiria um excessivamente pesado castigo para os turcos, então já conformados com o desenlace da eliminatória.
Mundial 2022 – Sorteio do “Play-off” (Zona Europeia)
Realizou-se esta tarde o sorteio dos play-off de qualificação da zona europeia, para preenchimento das três vagas restantes na fase final do Mundial 2022, com o seguinte emparelhamento das 12 selecções, em três “vias” de apuramento:
Semi-final 1 – Escócia – Ucrânia
Semi-final 2 – País de Gales – Áustria
Semi-final 3 – Rússia – Polónia
Semi-final 4 – Suécia – R. Checa
Semi-final 5 – Itália – Macedónia do Norte
Semi-final 6 – Portugal – Turquia
As “finais” serão disputadas nos países vencedores das semi-finais n.º 2, 3 e 6. Assim, caso Portugal vença a Turquia, actuará em casa ante o vencedor do Itália-Macedónia do Norte.
Os jogos destes play-off estão previstos para 24 de Março (“meias-finais”) e 29 de Março de 2022 (“finais”).
Mundial 2022 – Qualificação – Zona Europeia
(clicar na imagem para ampliar)
As selecções da Sérvia, Espanha, Suíça, França, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, Croácia, Inglaterra e Alemanha garantiram o apuramento directo para a fase final do Mundial 2022, no Qatar.
Por seu lado, disputarão os play-off de qualificação, para preenchimento das três vagas restantes, as seguintes selecções:
Portugal – 17p. (17-6) Turquia – 15p. (18-16) Escócia – 17p. (14-7) Polónia – 14p. (18-10) Itália – 16p. (13-2) Macedónia do Norte – 12p. (14-11) Rússia – 16p. (14-5) Ucrânia – 12p. (11-8) Suécia – 15p. (12-6) Áustria – (via Liga das Nações) País de Gales – 15p. (14-9) R. Checa – (via Liga das Nações)
Estas doze selecções serão emparelhadas (por sorteio) em três “vias” de apuramento, cada uma com quatro participantes, sendo disputadas, em cada uma dessas vias, dois jogos de “meias-finais”, a que se seguirá a respectiva “final”, entre os vencedores da eliminatória prévia.
As seis selecções da coluna da esquerda serão “cabeças-de-série”, jogando em casa nas “meias-finais”; depois, nas três “finais”, não será já aplicável tal estatuto, sendo sorteado quem jogará em casa.
Os jogos estão agendados para 24 e 25 de Março (“meias-finais”) e 28 e 29 de Março de 2022 (“finais”).
Por razões de índole política, a Rússia e a Ucrânia não poderão defrontar-se.
Portugal – Sérvia (Mundial 2022 – Qualif.)
Estádio da Luz, Lisboa
Portugal – Rui Patrício, João Cancelo, José Fonte, Rúben Dias, Nuno Mendes, Renato Sanches (84m – Rúben Neves), Danilo Pereira (90m – André Silva), João Moutinho (64m – João Palhinha), Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva (64m – Bruno Fernandes) e Diogo Jota (83m – João Félix)
Sérvia – Predrag Rajković, Nikola Milenković, Miloš Veljković (65m – Uroš Spajić), Strahinja Pavlović, Andrija Živković (69m – Nemanja Radonjić), Saša Lukić, Nemanja Gudelj (45m – Aleksandar Mitrović), Sergej Milinković-Savić, Filip Kostić (89m – Luka Jović), Dušan Tadić e Dušan Vlahović
1-0 – Renato Sanches – 2m
1-1 – Dušan Tadić – 33m
1-2 – Aleksandar Mitrović – 90m
Cartões amarelos – João Cancelo (8m), João Moutinho (61m) e Renato Sanches (67m); Nemanja Gudelj (13m), Strahinja Pavlović (66m), Nikola Milenković (70m) e Aleksandar Mitrović (90m)
Árbitro – Daniele Orsato (Itália)
Integrado num grupo demasiado fraco, sem efectiva oposição, a selecção de Portugal não conseguiu, porém, evitar chegar ao último dia sem ter a situação resolvida – não tendo descolado da Sérvia, que foi “replicando” os resultados da turma portuguesa face aos restantes adversários – o que deixaria tudo em aberto para uma espécie de “final”, na qual, à excepção do factor casa, tudo parecia jogar já a favor dos sérvios, quer em termos anímicos, como, inclusivamente, a nível do estado de forma presente das duas equipas.
Ou seja, mercê de uma sucessão de variados equívocos próprios – e também, necessariamente, de grave falha alheia, não podendo escamotear-se a situação do golo não validado, que teria resultado no triunfo português na Sérvia – a equipa nacional foi-se – ao longo de toda a campanha de qualificação – “pondo a jeito”.
O que teria o seu corolário, precisamente, neste derradeiro e decisivo embate. Necessitando “apenas” de empatar, e tendo entrado praticamente a ganhar – beneficiando de uma má saída de jogo por parte do guarda-redes, interceptada por Bernardo Silva, que assistiu um isolado Renato Sanches, a rematar sem dificuldade para o fundo da baliza –, Portugal quase tudo faria de errado, a partir daí, ao longo de quase noventa minutos.
Efectivamente, a partir dos 10 minutos, a Sérvia mandou no jogo, perante um adversário perdido dentro de campo, falho de orientação. E, também neste caso, não pode fugir-se a apontar o claro principal responsável deste grande fiasco: obviamente, Fernando Santos.
O jogo na Irlanda fizera já “soar” as campainhas de alarme; era necessário mudar o “chip”, mas a selecção portuguesa não só não o conseguiu fazer, como, inclusivamente, agravou o já fraco desempenho, e, ainda pior, a atitude demonstrada dentro de campo.
Os equívocos começaram logo na formação do “onze” inicial: fazendo entrar Danilo Pereira, para posição mais recuada (em detrimento de João Palhinha) e Renato Sanches (em vez de Bruno Fernandes), Fernando Santos denotava, “por actos e omissões”, que privilegiava a defesa do empate, apostando numa estratégia de contenção, procurando surpreender o adversário, com lances de rompante mais esporádico e eventuais oportunidades de rápidas transições, em alternativa ao assumir efectivo do jogo, sendo que a equipa portuguesa se encontra perfeitamente capacitada para tal, devendo ter tomado a iniciativa em vez de se limitar a ser reactiva.
O resultado foi que, praticamente durante todo o jogo, Portugal não conseguiu “ter bola”, convidando o adversário a “vir para cima” da sua área, pelo que não surpreenderia que a Sérvia – já depois de ter desperdiçado outras ocasiões de perigo – chegasse, ainda cedo no jogo, ao golo do empate, num lance infeliz de Rui Patrício, que não conseguiu deter a bola, o que proporcionava aos visitantes ainda um suplemento anímico extra para acreditar, com maior convicção, de que seria possível o apuramento.
Tal intensificar-se-ia – depois de, aparentemente, se ter ainda conseguido, durante certo período da segunda parte, como que “adormecer o jogo” –, com a saída de Bernardo Silva (porventura acusando desgaste ou sequelas da lesão que o impediram de jogar na Irlanda), o que se traduziu em retirar de campo o único elemento que ainda ia procurando a bola, coincidindo, em paralelo, com um ainda maior recuo da posição de Danilo Pereira, para junto dos centrais. Definitivamente, Portugal “chamava” pelos cruzamentos – nem sempre com o melhor discernimento – dos sérvios.
A entrada de Rúben Neves, a cerca de cinco minutos do fim, visava, declaradamente, a preservação do empate; André Silva só demasiado tarde seria chamado a jogo, em situação de desespero, já em período de compensação, após o segundo tento da Sérvia.
Esse golo, sofrido em cima do minuto 90, foi, de certo modo, cruel, na forma como, “in extremis”, afastava Portugal do 1.º lugar no grupo, mas o que se pode até estranhar é que não tenha surgido mais cedo.
De facto, também neste desafio, a equipa portuguesa se foi “pondo a jeito”, à mercê de qualquer lance mais fortuito, que sempre poderia surgir… como acabaria por acontecer, com Mitrović a aparecer, livre de marcação, descaído sobre o lado esquerdo, a cabecear com todo o “à vontade” para a baliza, na sequência de um cruzamento de longa distância, do lado contrário. A Sérvia confirmava o apuramento para a fase final do Mundial.
Para Portugal, a qualificação directa, a ter sido alcançada – e, afinal, estivemos a um minuto de a consumar -, já seria com muito pouco “brilho”. Assim, fica uma amarga sensação de enorme desperdício de talento de uma notável geração, mal orientado, e com opções tácticas e estratégicas completamente desajustadas.
De ter o apuramento “garantido” – o que, mesmo que algo inconscientemente, sempre acreditámos ser o desfecho natural ao longo de toda esta campanha – passámos, “num ápice”, para uma situação que pode ser muito complexa, de disputa de play-off, em moldes inovadores: dos 12 participantes em tal fase de qualificação, apenas três serão premiados com o apuramento para a fase final.
Numa primeira eliminatória, teremos ainda a vantagem de jogar em casa, frente a adversário teoricamente menos cotado, mercê da nossa condição de “cabeça-de-série” nesse sorteio; mas, depois, na eliminatória final, não só poderá ter de vir a ser disputada em terreno alheio (dependendo do sorteio), como poderemos vir a enfrentar adversários do nível de exigência de uma Suíça (que eliminou os Campeões do Mundo em título, França, no Europeu, apenas caindo no desempate da marca de grande penalidade ante a Espanha) – ou, eventualmente ainda pior, se for a Campeão da Europa, Itália, a terminar esse grupo no 2.º lugar –, Suécia, Rússia, Polónia, possivelmente a Ucrânia, ou, ainda, a Turquia ou a Noruega (ou, no limite, até os Países Baixos).
Para tal – beneficiando de termos ainda até Março de 2022 para nos prepararmos – será imprescindível, primeiro, começar por recuperar animicamente a equipa do tremendo choque agora sofrido, e, em paralelo, assentar ideias sobre a forma mais apropriada de enfrentar tais adversários, em função das características dos jogadores portugueses, definindo e colocando em prática o sistema de jogo mais ajustado.
GRUPO A Jg V E D G Pt 1º Sérvia 8 6 2 - 18 - 9 20 2º Portugal 8 5 2 1 17 - 6 17 3º Irlanda 8 2 3 3 11 - 8 9 4º Luxemburgo 8 3 - 5 8 -18 9 5º Azerbaijão 8 - 1 7 5 -18 1
10ª jornada
14.11.2021 – Portugal – Sérvia – 1-2
14.11.2021 – Luxemburgo – Irlanda – 0-3
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Irlanda – Portugal (Mundial 2022 – Qualif.)
Aviva Stadium, Dublin
Irlanda – Gavin Bazunu, Matt Doherty, Seamus Coleman, Shane Duffy, John Egan, Enda Stevens (78m – James McClean), Chiedozie Ogbene (90m – William Keane), Josh Cullen, Jeff Hendrick (78m – Conor Hourihane), Jamie McGrath (61m – Adam Idah) e Callum Robinson
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe, Danilo Pereira, Diogo Dalot, João Palhinha, Matheus Nunes (57m – João Moutinho), Bruno Fernandes (75m – Renato Sanches), Cristiano Ronaldo, Gonçalo Guedes (56m – Rafael Leão) (83m – José Fonte) e André Silva (75m – João Félix)
Cartões amarelos – Chiedozie Ogbene (29m), Seamus Coleman (54m) e Matt Doherty (90m); Danilo Pereira (71m) e Pepe (72m)
Cartão vermelho – Pepe (82m)
Árbitro – Jesús Gil Manzano (Espanha)
Para o “bem” (título de Campeão Europeu em 2016) e para o “mal”, Fernando Santos deixou que se lhe colasse a imagem de jogar para o empate – é o próprio que, implicitamente, há muito tempo o reconheceu, com a sua “frase-chave”, de que é difícil a qualquer equipa do mundo ganhar a Portugal…
Ora, faltando disputar dois jogos nesta fase de qualificação, sendo que a selecção portuguesa tinha a garantia de que dois empates nessas partidas lhe garantiriam o apuramento, estava completo o círculo.
Ainda para mais, quando, efectivamente, para tais contas do apuramento, era indiferente ganhar ou empatar esta noite, uma vez que, em qualquer caso, será sempre necessário evitar a derrota frente à Sérvia.
Isto dito, o seleccionador português preocupou-se, em primeira instância, em procurar preservar os jogadores que estavam à beira de poder ser excluídos do decisivo embate de Domingo (entre eles João Cancelo, Rúben Dias e Diogo Jota), por terem visto já cartão amarelo; e, em paralelo, na escolha do “onze” que entrou de início em Dublin, apostando na componente física, para enfrentar uma equipa cujo ponto forte é precisamente esse.
Em função do contexto do jogo e das condicionantes apontadas – acresce ainda a indisponibilidade, por lesão, de Bernardo Silva -, foi muito pobre a exibição do conjunto português, num encontro entediante, que parecia nunca mais acabar. Foram raros os lances articulados que a equipa nacional conseguiu explanar no relvado, praticamente sem criar qualquer efectiva ocasião de golo, expondo-se, por outro lado, ao jogo directo e vertical dos irlandeses.
As substituições operadas, logo a partir de uma fase ainda relativamente prematura do jogo, não surtiriam também efeito. E as coisas conseguiriam piorar quando Pepe – que se tornou, aos 38 anos e 8 meses, no jogador mais velho de sempre a jogar pela selecção – viu, com um intervalo de apenas dez minutos, dois cartões amarelos, deixando a equipa em inferioridade numérica (ao mesmo tempo que ficava arredado do próximo jogo).
Fernando Santos não arriscou, recorrendo, de imediato, a José Fonte – em detrimento de Rafael Leão, que entrou e saiu de jogo, apenas após 27 minutos em campo, sinalizando bem da importância em manter o nulo… que seria preservado, não sem passar por alguns sustos, o último dos quais um lance de “golo” invalidado por contacto de Keane em Rui Patrício, na pequena área.
Foram, verdadeiramente, serviços mínimos. E a necessidade de, rapidamente, “mudar o chip”, para o desafio de Domingo… mesmo que o desfecho necessário seja o mesmo.
GRUPO A Jg V E D G Pt 1º Portugal 7 5 2 - 16 - 4 17 2º Sérvia 7 5 2 - 16 - 8 17 3º Luxemburgo 7 3 - 4 8 -15 9 4º Irlanda 7 1 3 3 8 - 8 6 5º Azerbaijão 8 - 1 7 5 -18 1
9ª jornada
11.11.2021 – Azerbaijão – Luxemburgo – 1-3
11.11.2021 – Irlanda – Portugal – 0-0
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