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Liga dos Campeões – 3ª Jornada – Benfica – Feyenoord
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah (88m – Andreas Schjelderup), Tomás Araújo, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Florentino Luís (65m – Zeki Amdouni), Orkun Kökçü (72m – Renato Sanches), Ángel Di María (65m – Jan-Niklas Beste), Kerem Aktürkoğlu e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (72m – Arthur Cabral)
Feyenoord – Timon Wellenreuther, Mvula Lotomba (75m – Anis Hadj Moussa), Gernot Trauner, Dávid Hancko, Hugo Bueno (88m – Gijs Smal), In-beom Hwang, Antoni-Djibu Milambo, Quinten Timber, Ibrahim Osman (59m – Thomas Beelen), Igor Paixão e Ayase Ueda (75m – Julián Carranza)
0-1 – Ayase Ueda – 12m
0-2 – Antoni-Djibu Milambo – 33m
1-2 – Kerem Aktürkoğlu – 66m
1-3 – Antoni-Djibu Milambo – 90m
Cartões amarelos – Zeki Amdouni (90m) e Renato Sanches (90m); Quinten Timber (39m)
Árbitro – Halil Umut Meler (Turquia)
Outra vez do “dia” para a “noite”. Ou como a exibição de “mão cheia” frente ao At. Madrid parece – apenas três semanas volvidas – já tão distante.
Acima de tudo, o Benfica – aparentemente impreparado para a forma de actuar do adversário – nunca conseguiu atinar com as marcações às velozes setas que o Feyenoord tinha do meio-campo para a frente, tendo chegado mesmo a perder por completo o “Norte” em determinado período, em que o adversário não só marcou dois golos, como chegou a ter outro lance de golo invalidado (o que, aliás, voltaria a suceder, mais tarde, já na segunda parte).
Igor Paixão, Hwang, Milambo e Timber pareciam “Diabos” à solta, em pleno relvado da Luz, quais motas em acelerações contínuas na direcção da baliza benfiquista, com um sector defensivo (nele se incluindo a zona intermediária) demasiado permeável, concedendo demasiados espaços entre linhas, sem bola, e a perder a maior parte dos duelos individuais.
Não surpreendeu, pois, o primeiro golo do Feyenoord, quando estavam jogados pouco mais de dez minutos. E, até ao segundo tento, o que se assistiu foi a um corropio junto da área do Benfica, com o seu meio-campo muito falho de intensidade.
Em 45 minutos o melhor que a equipa portuguesa conseguira foi um remate de Bah, a acertar no poste, a meio desse primeiro tempo.
Depois da “pausa técnica” do intervalo, a equipa pareceu surgir em campo com algum maior discernimento, dando um primeiro sinal de inconformismo quando Pavlidis rematou para defesa apertada, de recurso, com o pé, de Wellenreuther.
Com o jogo “partido”, arriscando poder sofrer um terceiro golo, o Benfica, porfiando no ataque, seria premiado com o tento de Aktürkoğlu – imediatamente após as entradas em campo de Beste e Amdouni –, na recarga, precisamente, a uma primeira tentativa do alemão.
Na melhor fase da equipa, Aktürkoğlu teve ocasião para marcar de novo, e Wellenreuther voltaria a ter intervenção de grande nível, a remate de Amdouni, rechaçando a bola para a trave da sua baliza.
O Feyenoord, tendo recuado no terreno, e perdido o controlo da partida, usava e abusava de acções faltosas e de anti-jogo, perdendo tempo, perante a complacência do árbitro.
Mas, nos derradeiros minutos, com o Benfica balanceado para o ataque, já algo atabalhoado, e bastante ansioso – e tendo, entretanto, o adversário conseguido “recompor-se” –, seriam os neerlandeses, já em tempo de compensação, a acabar por marcar uma vez mais, sentenciando o desfecho da partida.
Um jogo em que faltou equilíbrio à equipa benfiquista, em que, ao contrário da ronda anterior, o colectivo não funcionou, em contraponto com a máquina “bem oleada” de Roterdão, expondo cruamente as fragilidades do rival.
É verdade que o Benfica se pode queixar de alguma dose de infelicidade, perante as oportunidades de que dispôs para poder ter marcado mais do que um golo e, no caso, chegar ao empate… mas também o Feyenoord poderia ter ampliado a contagem a seu favor, pelo que, de todo, não se pode considerar a derrota injusta, perante um desempenho global tão inconstante e tão pouco conseguido.
Liga dos Campeões – 2ª Jornada – Benfica – At. Madrid
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah (86m – António Silva), Tomás Araújo, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino Luís, Ángel Di María (71m – Benjamín Rollheiser), Fredrik Aursnes, Orkun Kökçü (86m – Leandro Barreiro), Kerem Aktürkoğlu (71m – Jan-Niklas Beste) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (60m – Zeki Amdouni)
Atlético Madrid – Jan Oblak, José María Giménez, Axel Witsel, Reinildo Mandava, Marcos Llorente (33m – Nahuel Molina), Jorge Merodio “Koke” (45m – Conor Gallagher), Rodrigo De Paul (45m – Javier “Javi” Serrano), Samuel Lino, Antoine Griezmann (45m – Alexander Sørloth), Ángel Correa e Julián Alvarez (60m – Giuliano Simeone)
1-0 – Kerem Aktürkoğlu – 13m
2-0 – Ángel Di María (pen.) – 52m
3-0 – Alexander Bah – 75m
4-0 – Orkun Kökçü (pen.) – 84m
Cartões amarelos – Fredrik Aursnes (22m); Javi Serrano (70m), Reinildo Mandava (83m), José María Giménez (83m) e Ángel Correa (90m)
Árbitro – Serdar Gözübüyük (Países Baixos)
Foi uma noite quase perfeita do Benfica, com uma exibição desassombrada, a provocar o renegar do “ADN” da equipa de Simeone, que, a dado passo, acabou mesmo por “baixar os braços”, impotente para contrariar a superioridade manifestada pelo adversário.
Subitamente, o Benfica arranca uma das suas melhores exibições nas competições europeias, nos últimos anos. Uma equipa personalizada, cada elemento sabendo a sua missão, com o colectivo a funcionar praticamente em pleno.
Desde início, foi a equipa portuguesa a assumir a iniciativa, empurrando o adversário para o seu meio-campo, exercendo forte pressão em todo o terreno, não concedendo espaços ao At. Madrid.
À passagem dos cinco minutos já Pavlidis levara sinal de perigo junto à defensiva contrária por duas vezes, primeiro com um remate a ser desviado por Witsel, e, na sequência do pontapé de canto, proporcionando uma boa intervenção de Oblak, por curiosidade, dois antigos jogadores benfiquistas.
Mas o golo não tardaria; à terceira foi de vez: num lance iniciado numa recuperação de bola de Bah, a após triangulação envolvendo Pavlidis e Aursnes, este fez o passe para Aktürkoğlu desferir um remate sem hipótese de defesa.
Com Carreras a jogar bastante adiantado, sendo as suas subidas no terreno, por vezes, compensadas por Aktürkoğlu – enquanto, em paralelo, no outro flanco, Aursnes combinava com Bah –, e Di María a vaguear pelo terreno, dificultando a marcação, o Benfica parecia ter sempre superioridade numérica na zona nevrálgica do meio-campo.
Na primeira parte o Atlético de Madrid só criaria um lance de perigo, num centro-remate de Samuel Lino, a embater na trave. Já próximo do intervalo, Pavlidis esteve perto de aumentar a contagem, rematando cruzado, com Oblak batido, mas a bola acertaria no poste…
No recomeço da partida, Simeone contava já três substituições, procurando alterar o rumo do desafio. Mas, ao contrário, seria o Benfica a acentuar ainda o seu domínio.
E bastariam cerca de cinco minutos para, em lance na área, um dos suplentes recém-entrado em campo, Gallagher, pisar o pé de Pavlidis, lance sancionado com grande penalidade, após intervenção do “VAR”. Na conversão, Di María não deu possibilidades a Oblak; estava feito o 2-0.
A equipa espanhola “abanou”, e o Benfica poderia ter marcado de novo, mas, dessa feita, o guardião esloveno conseguiria contrariar os intentos do argentino.
Bruno Lage também mexeria no “onze”, fazendo entrar Amdouni, e, depois, Rollheiser e Beste, mantendo uma notável dinâmica do conjunto, sempre em alta rotação, com uma parte final ainda em crescendo, um “quebra-cabeças” para o At. Madrid.
Seria precisamente Beste a enviar, a partir da marca de pontapé de canto, a bola direccionada para a cabeça de Bah, que fez o desvio para o fundo da baliza, ampliando o “placard” para 3-0.
A vitória benfiquista estava consumada. A formação espanhola “entregava os pontos”.
Outra vez num lance com a intervenção de Beste, passando a Amdouni, este só seria travado em falta por Reinildo, o que dava origem à segunda grande penalidade da noite, agora convertida por Kökçü. Era a goleada!
Que só não chegou aos 5-0, porque, já em período de compensação, Oblak negou o golo, outra vez a remate de Beste, em particular evidência nos minutos em que esteve em campo; tendo havido ainda tempo para Amdouni rematar novamente ao poste…
As estatísticas finais são eloquentes: 10-0 em remates à baliza! Frente a um adversário que, três dias antes, empatara com o Real Madrid (para o campeonato espanhol), o Benfica demonstrou insuspeita superioridade em todos os capítulos do jogo, numa noite de “gala”.
Liga dos Campeões – 1ª Jornada – Crvena zvezda – Benfica
Crvena zvezda – Omri Glazer, Ognjen Mimović (26m – Euciodálcio “Dálcio” Gomes), Nasser Djiga, Uroš Spajić, Young-woo Seol, Rade Krunić (82m – Luka Ilić), Timi Elšnik, Silas Katompa, Mirko Ivanić, Bruno Duarte (71m – Cherif Ndiaye) e Peter Olayinka (71m – Felício Milson)
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah (37m – Issa Kaboré), Nicolás Otamendi, António Silva, Álvaro Carreras, Florentino Luís, Ángel Di María (88m – Jan-Niklas Beste), Orkun Kökçü (88m – Leandro Barreiro), Benjamín Rollheiser (56m – Fredrik Aursnes), Kerem Aktürkoğlu e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (88m – Zeki Amdouni)
0-1 – Kerem Aktürkoğlu – 9m
0-2 – Orkun Kökçü – 29m
1-2 – Felício Milson – 86m
Cartões amarelos – Silas Katompa (25m) e Young-woo Seol (90m); Álvaro Carreras (52m), Issa Kaboré (64m) e Fredrik Aursnes (77m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Não foi uma boa exibição a do Benfica esta tarde, mas foi um bom resultado, na estreia do novo formato da “Champions League”, com uma “Liga” única, agregando os 36 clubes.
A exibição não foi boa, sobretudo pela enorme disparidade de desempenho da equipa, entre a primeira e a segunda parte, de tal amplitude que nem sequer se pode falar de uma questão de consistência.
Num desafio que se afigurava crucial para as aspirações de apuramento para a fase seguinte, o Benfica não poderia desejar melhor entrada: aos nove minutos colocava-se em vantagem, por intermédio da sua nova “coqueluche”, Aktürkoğlu, que, ainda antes de inaugurar o marcador, rematara já, de longe, ligeiramente ao lado da baliza.
No lance do golo, o turco teve notável sentido posicional e de oportunidade, não vacilando perante a sobra de um corte/ressalto de bola de um defesa contrário, após cruzamento de Bah para a área.
Colocando intensidade no jogo, empurrando a turma sérvia para o seu reduto defensivo, o Benfica ia calando o “Maracanã de Belgrado”.
E, ainda antes da meia hora, a turma benfiquista ampliava a contagem, para 2-0, numa excelente execução técnica de outro turco, Kökçü, na conversão de um livre directo, sem hipótese de defesa para o guardião.
Esperava-se, para a segunda parte, um Benfica a gerir a vantagem, controlando o jogo, e espreitando a possibilidade de uma transição que pudesse sentenciar o desfecho da partida.
Pois, nada disso funcionou. Nem a gestão, nem o controlo, nem a possibilidade de um terceiro golo benfiquista. Com dificuldade de concentração e de acertar com as marcações e a dinâmica da turma da casa, a formação portuguesa viu-se sem bola, acossada e, ao invés do que começara por suceder, impelida para a sua defensiva.
A saída de Bah, por lesão, rendido pelo burquinense Kaboré, revelar-se-ia uma enorme “dor de cabeça” para o recém-regressado técnico Bruno Lage, dado que o novo defesa lateral nunca conseguiu encontrar-se em campo, cometendo sucessivas falhas.
Adivinhava-se o golo do Crvena zvezda, sendo o aspecto mais surpreendente o tempo que demorou a materializar-se, tendo os centrais benfiquistas sido chamados à acção em várias ocasiões, para evitar males maiores.
Seria o angolano Felício Milson a conseguir surgir isolado nas costas da defesa contrária, sem dificuldades para bater um desamparado Trubin.
Receou-se que o Benfica não conseguisse resistir à pressão sérvia para os derradeiros finais, tendo apostado forte no reforço do seu sector recuado. Mas, paradoxalmente, seria nessa fase que o Benfica teria a melhor ocasião para voltar a marcar, pelo suíço Amdouni, infeliz, a rematar ao poste.
No final, valeu a conquista de três preciosos pontos, que não apaga o irregular desempenho do Benfica, que terá de subir de rendimento para enfrentar adversários em que o nível de exigência será bem maior que o de hoje.
I Liga – 2023-24 – Classificação final
Equipa J V E D GM GS P 1.º Sporting 34 29 3 2 96 - 29 90 2.º Benfica 34 25 5 4 77 - 28 80 3.º FC Porto 34 22 6 6 63 - 27 72 4.º Sp. Braga 34 21 5 8 71 - 50 68 5.º V. Guimarães 34 19 6 9 52 - 38 63 6.º Moreirense 34 16 7 11 36 - 35 55 7.º Arouca 34 13 7 14 54 - 50 46 8.º Famalicão 34 10 12 12 37 - 41 42 9.º Casa Pia 34 10 8 16 38 - 50 38 10.º Farense 34 10 7 17 46 - 51 37 11.º Rio Ave 34 6 19 9 38 - 43 37 12.º Gil Vicente 34 9 9 16 42 - 52 36 13.º Estoril 34 9 6 19 49 - 58 33 14.º C. F. E. Amadora 34 7 12 15 33 - 53 33 15.º Boavista 34 7 11 16 39 - 62 32 16.º Portimonense 34 8 8 18 39 - 72 32 17.º Vizela 34 5 11 18 36 - 66 26 18.º Chaves 34 5 8 21 31 - 72 23
Campeão – Sporting – Entrada directa na Liga dos Campeões
2.º classificado – Benfica – 3.ª eliminatória de acesso à Liga dos Campeões
3.º classificado – FC Porto – Entrada directa na Liga Europa
4.º classificado – Sp. Braga – 2.ª eliminatória de acesso à Liga Europa
5.º classificado – V. Guimarães – 2.ª eliminatória de acesso à Liga Conferência
Despromovidos – Vizela e Chaves
Promovidos – Santa Clara e Nacional
Play-off – Portimonense – AVS/Marítimo
Melhores marcadores:
1. Viktor Gyökeres (Sporting) – 29
2. Simon Banza (Sp. Braga) – 21
3. Rafael “Rafa” Mújica (Arouca) – 20
Palmarés – Campeões:
Benfica (38) – 1935-36; 1936-37; 1937-38; 1941-42; 1942-43; 1944-45; 1949-50; 1954-55; 1956-57; 1959-60; 1960-61; 1962-63; 1963-64; 1964-65; 1966-67; 1967-68; 1968-69; 1970-71; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76; 1976-77; 1980-81; 1982-83; 1983-84; 1986-87; 1988-89; 1990-91; 1993-94; 2004-05; 2009-10; 2013-14; 2014-15; 2015-16; 2016-17; 2018-19; 2022-23
FC Porto (30) – 1934-35; 1938-39; 1939-40; 1955-56; 1958-59; 1977-78; 1978-79; 1984-85; 1985-86; 1987-88; 1989-90; 1991-92; 1992-93; 1994-95; 1995-96; 1996-97; 1997-98; 1998-99; 2002-03; 2003-04; 2005-06; 2006-07; 2007-08; 2008-09; 2010-11; 2011-12; 2012-13; 2017-18; 2019-20; 2021-22
Sporting (20) – 1940-41; 1943-44; 1946-47; 1947-48; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1953-54; 1957-58; 1961-62; 1965-66; 1969-70; 1973-74; 1979-80; 1981-82; 1999-00; 2001-02; 2020-21; 2023-24
Belenenses (1) – 1945-46
Boavista (1) – 2000-01
Liga Europa – 1/4 de final – Olympique Marseille – Benfica
Olympique Marseille – Pau López, Chancel Mbemba (45m – Michael Murillo), Leonardo Balerdi, Samuel Gigot (100m – Raimane Daou), Emran Soglo (59m – Faris Moumbagna), Iliman Ndiaye (75m – Joaquín Correa), Geoffrey Kondogbia, Amine Harit (110m – Gaël Lafont), Azzedine Ounahi (59m – Luis Henrique Lima), Jordan Veretout e Pierre-Emerick Aubameyang
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, António Silva, Nicolás Otamendi, Fredrik Aursnes, Florentino Luís, João Neves, Ángel Di María, Rafael “Rafa” Silva (102m – Arthur Cabral), David Neres (61m – João Mário) e Casper Tengstedt (61m – Orkun Kökçü)
1-0 – Faris Moumbagna – 79m
Desempate da marca de grande penalidade
Ángel Di María rematou ao poste
1-0 – Joaquín Correa
1-1 – Orkun Kökçü
2-1 – Geoffrey Kondogbia
2-2 – Nicolás Otamendi
3-2 – Leonardo Balerdi
António Silva permitiu a defesa a Pau López
4-2 – Luis Henrique Lima
Cartões amarelos – Chancel Mbemba (45m), Amine Harit (89m) e Samuel Gigot (89m); António Silva (38m), Casper Tengstedt (60m), Orkun Kökçü (109m) e Florentino Luís (113m)
Árbitro – Felix Zwayer (Alemanha)
O Benfica pôs-se a jeito para um desastre anunciado. Sem ambição, parecendo temerosa, a equipa remeteu-se a uma atitude defensiva, porventura expectante que poderia aguentar o nulo até final – o que, obviamente, era meio caminho andado para que tal “estratégia” corresse mal, perante um notório encolhimento, que, claro, estimulava o adversário, sem nada a perder, a arriscar mais e mais, até acabar por ser premiado.
A culminar uma noite muito pobre em termos exibicionais, também na “lotaria dos penalties”, os jogadores benfiquistas confirmaram a pouca inspiração, desde logo com a infelicidade do remate ao poste por parte de Di María.
Não sei quem terá achado que procurar repetir a abordagem do jogo de Toulouse – apesar de tudo, frente a um adversário ainda de menor potencial –, onde o Benfica já tinha escapado com alguma boa dose de felicidade, poderia ser uma boa ideia…
O pior de tudo, que, uma vez mais, transparece desta partida, é a falta de um colectivo. E, quando as individualidades falham (casos de Di María e Rafa, “ausentes” do jogo – e, também, no sector defensivo, com Otamendi muito intranquilo), é difícil alcançar os objectivos.
Mas, quando o objectivo é falhado perante um adversário notoriamente inferior, fica bastante mais difícil de compreender e aceitar.
Tradicionalmente mexendo tarde na equipa, Schmidt mexeu também mal, neste desafio: Neres, que parecia procurar dar alguns sinais de inconformismo, tendo criado os dois lances mais promissores, no início da segunda parte, viria a ser um dos sacrificados, logo à passagem do quarto e hora (em paralelo, o treinador fez então sair também o único “ponta de lança”, substituindo-o por um médio – entregando a Rafa a responsabilidade de ser o elemento mais ofensivo da equipa).
Ou seja, a partir do banco, a mensagem que era transmitida era a de recuar no terreno, e procurar lançamentos em profundidade, a tentar explorar a velocidade de Rafa. A equipa francesa, claro, aproveitou para se estender ainda mais no ataque, intensificando a pressão, arriscando tudo, e criando ocasiões de perigo.
Tantas vezes o “cântaro vai à fonte”, que lá fica a asa: faltavam cerca de dez minutos para o final do tempo regulamentar, quando o Marseille conseguiu o golo que tanto almejava, empatando uma eliminatória que, a dada altura, chegara a parecer estar resolvida, ainda no Estádio da Luz.
Só no prolongamento Schmidt procuraria “emendar o tiro”, fazendo entrar Arthur Cabral… para a saída de Rafa. A equipa até deu alguns sinais de reacção positiva, mas era tarde demais. De facto, o Benfica fez muito pouco para justificar outro resultado.
O desfecho acabou por ser uma punição severa, mas que não se pode dizer que tenha sido totalmente injusta, perante a atitude demonstrada, em especial nesta 2.ª mão da eliminatória. Um triste adeus às provas europeias, numa temporada repleta de equívocos.
Liga Europa – 1/4 de final – Benfica – Olympique Marseille
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, António Silva, Nicolás Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Florentino Luís, Ángel Di María, Rafael “Rafa” Silva, David Neres (71m – João Mário) e Casper Tengstedt (71m – Marcos Leonardo)
Olympique Marseille – Pau López, Chancel Mbemba (67m – Emran Soglo), Leonardo Balerdi, Samuel Gigot, Quentin Merlin (45m – Iliman Ndiaye), Luis Henrique Lima, Jordan Veretout, Geoffrey Kondogbia, Amine Harit, Pierre-Emerick Aubameyang e Faris Moumbagna (54m – Azzedine Ounahi)
1-0 – Rafael “Rafa” Silva – 16m
2-0 – Ángel Di María – 52m
2-1 – Pierre-Emerick Aubameyang – 67m
Cartão amarelo – David Neres (18m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Foi um bom jogo o que o Benfica fez esta noite. Bom… na verdade, até à hora de jogo, altura em que se aguardava o 3-0.
Entrou personalizado – mesmo que o Marseille até tenha, nos minutos iniciais, ensaiado alguns ataques –, marcou cedo, e exerceu claro domínio, alicerçado numa dupla formada por Florentino e João Neves, a controlar e a pautar o jogo. Podia, até, ter chegado ao segundo golo ainda na primeira metade, se Tengstedt ou Neres estivessem mais inspirados.
Foi com os adeptos satisfeitos e confiantes que, ao intervalo, o Estádio da Luz viveu um dos seus grandes momentos, com a bela homenagem proporcionada a Sven-Göran Eriksson (ele que era o treinador aquando da famosa meia-final da Taça dos Campeões Europeus de 1989-90, em que o Benfica afastou o Marseille, apurando-se para a Final de Viena), acompanhado por muitos dos seus jogadores de há 40 (e de há 32) anos (nomes como os de Humberto Coelho, Delgado, Veloso, Álvaro, Vítor Paneira, Shéu, Carlos Manuel, Valdo, Diamantino, César Brito, Rui Águas, Michael Manniche, Filipović, José Carlos, William ou Paulo Madeira, entre outros, acompanhados pelo “adjunto” Toni).
Embalada, a equipa portuguesa ampliaria mesmo a vantagem, logo nos minutos iniciais do segundo tempo, numa boa combinação entre Neres e Di María, parecendo ter “encostado às cordas” o adversário, que dava sinais de estar algo perdido em campo, sem saber como se organizar para suster as investidas benfiquistas, patenteando mesma alguma descrença.
Porém, bastaria uma falha defensiva, que Aubameyang não perdoou, para o Marseille reentrar na eliminatória, e, aliás, no próprio jogo.
Acusando muito o toque, vindo ao de cima a intranquilidade, e começando a denotar maior fadiga – dada a intensiva utilização de vários dos seus jogadores principais –, o Benfica decaiu abruptamente de produção, oferecendo à formação francesa a possibilidade de causar perigo junto da sua baliza.
Ao invés, perdia-se o sentido do colectivo, com Di María e Rafa a procurarem, por si sós, fazer o que a equipa não era já capaz. E o “prejuízo” poderia até ter sido maior, num jogo em que o Benfica ficou a dever a si próprio não viajar a França com a eliminatória praticamente garantida.
Roger Schmidt, perspectivado como principal responsável por uma época aquém das expectativas – depois da eliminação da Taça de Portugal e da derrota ante o Sporting, que deixa o campeonato bastante mais difícil –, não foi poupado, tendo ouvido um coro de assobios.
O Benfica vai ter de se unir e ser corajoso, para enfrentar a “fúria” do Vélodrome.
Liga Europa – 1/8 de final – Rangers – Benfica
Rangers – Jack Butland, James Tavernier, Connor Goldson, John Souttar, Rıdvan Yılmaz, Mohamed Diomande (86m – Nicolas Raskin), John Lundstram, Scott Wright (73m – Rabbi Matondo), Thomas Lawrence (73m – Todd Cantwell), Fábio Silva e Cyriel Dessers (77m – Kemar Roofe)
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, António Silva, Nicolás Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Florentino Luís, Ángel Di María (89m – João Mário), Rafael “Rafa” Silva (90m – Tiago Gouveia), David Neres (65m – Orkun Kökçü) e Marcos Leonardo (45m – Casper Tengstedt)
0-1 – Rafael “Rafa” Silva – 66m
Cartões amarelos – Connor Goldson (55m); Casper Tengstedt (90m)
Árbitro – Ivan Kružliak (Eslováquia)
O Benfica ganhou – pela primeira vez em 12 partidas disputadas por clubes portugueses em Glasgow, frente ao Rangers, que somava, até agora, oito vitórias, obtidas frente ao FC Porto (três), Sp. Braga (duas), Sporting, Boavista, Marítimo; para além de três empates (dois com o Sporting e um com o Benfica). E ganhou porque é melhor. Bastante melhor, aliás.
Porém, ainda não foi desta que ficou patente a grande diferença a nível de qualidade individual entre as duas formações. Não foi, claro, uma exibição brilhante, nem, ainda menos, um jogo extraordinário do Benfica, como a ele se referiu Roger Schmidt.
Logo de entrada, o jogo parecia aberto, com “bola cá, bola lá”, mas sem efectivas ocasiões. À medida que o tempo ia avançando, o Rangers ia deixando transparecer – como já mostrara na Luz – as dificuldades dos seus jogadores a nível técnico, recorrendo, sobretudo, a bolas pelo ar e tentativas de lançamentos em profundidade.
Por seu lado, o Benfica, também com uma primeira metade bastante fraca, teria apenas uma oportunidade para criar perigo junto da baliza contrária.
A turma escocesa veio mais agressiva para a segunda metade, procurando colocar mais intensidade e a equipa benfiquista passou uma fase em que pareceu algo perdida em campo, podendo mesmo o Rangers ter chegado ao golo.
Com o avançar do relógio, o Rangers foi esmorecendo, e, ao contrário, o Benfica ia-se animando.
Até que, num repente, numa jogada com início ainda antes da linha divisória de meio-campo (o que o árbitro assistente pareceu não ter vislumbrado…), num toque subtil de cabeça, Di María, desmarcou um rapidíssimo Rafa, que correu todo o meio-campo contrário, para, isolado na cara do guardião, não vacilar, fazendo anichar a bola no fundo das redes. Uma vez mais seria ainda necessário um longo compasso de espera, até que o “VAR” confirmasse a posição regular de Rafa, no momento do passe.
Faltavam jogar cerca de 25 minutos, mas logo se percebeu que o golo tinha sido a “estocada final” no Rangers, a partir daí absolutamente incapaz de criar algum lance com “pés e cabeça”.
O Benfica estava, agora, muito mais confiante, e confortável na defesa do seu sector recuado, tendo disposto, aliás, de boa ocasião para ampliar a contagem a seu favor.
Num desafio sem grandes primores técnicos, acabou por prevalecer a lei do mais forte – mesmo que, durante larga fatia do encontro, sem a fluidez de jogo que seria expectável, como que algo desconfiado de si próprio…
Pela terceira época consecutiva o Benfica avança para os 1/4 de final (desta vez na Liga Europa, depois de duas temporadas em que alcançou tal fase na Liga dos Campeões), esperando-se que seja possível melhorar ainda este desempenho, mas, necessariamente, com outra qualidade de jogo, em especial a nível colectivo.
Liga Europa – 1/8 de final – Benfica – Rangers
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah (84m – Álvaro Carreras), António Silva, Nicolás Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Florentino Luís, David Neres (84m – Tiago Gouveia), Rafael “Rafa” Silva, Ángel Di María e Arthur Cabral (65m – Marcos Leonardo)
Rangers – Jack Butland, James Tavernier, Connor Goldson, John Souttar, Rıdvan Yılmaz, Mohamed Diomande (83m – Nicolas Raskin), John Lundstram, Dujon Sterling (76m – Cole McKinnon), Thomas Lawrence (76m – Ryan Jack), Fábio Silva (90m – Ross McCausland) e Cyriel Dessers (76m – Kemar Roofe)
0-1 – Thomas Lawrence – 7m
1-1 – Ángel Di María (pen.) – 45m+2
1-2 – Dujon Sterling – 45m+5
2-2 – Connor Goldson (p.b.) – 67m
Cartões amarelos – Ángel Di María (35m) e Alexander Bah (72m); Dujon Sterling (27m), Jack Butland (45m) e Rıdvan Yılmaz (67m)
Árbitro – Tobias Stieler (Alemanha)
Pouco mais de três anos volvidos, os caminhos de Benfica e Rangers voltam a cruzar-se na Liga Europa, e, tal como em Novembro de 2020 (na altura, com dois empates, a três golos, em Lisboa, e a dois tentos, em Glasgow – tendo, de ambas as vezes, recuperado, nos minutos finais, desvantagens de dois golos), só a custo a formação benfiquista conseguiu forçar nova igualdade, outra vez a duas bolas (depois de, por duas vezes, ter visto o adversário colocar-se à frente no marcador).
Vindo de dois desaires, ante o Sporting (para a Taça), e, logo de seguida, a traumática goleada (0-5) sofrida no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto, o Benfica pareceu entrar em campo determinado a esconjurar os fantasmas, em busca de, rapidamente, chegar ao golo.
A equipa encarnada, bastante pressionante, instalou-se no meio-campo contrário e, logo nos minutos iniciais, ganhou vários cantos… só que, na primeira vez que o Rangers conseguiu libertar-se e chegar próximo da área benfiquista, marcou!
Não se descompondo, o Benfica tentou manter a toada, continuando a conquistar mais cantos, todos eles improfícuos. A melhor oportunidade surgiria a remate de David Neres, com o guardião Butland, a negar o golo, e a evitar ainda que a recarga de Arthur Cabral pudesse ser bem-sucedida.
Com Rafa muito apagado, era Di María a tentar pautar o jogo, mas usando e abusando de sucessivos cruzamentos, que, sistematicamente, saíam mal.
Tal como sucedera na eliminatória anterior, com o Toulouse, valeria outra grande penalidade “de VAR”, quando um defesa escocês, inadvertidamente, tocou na bola com o braço. Di María, chamado novamente a converter, não falhou, empatando, já em período de compensação da primeira parte.
Ninguém esperaria o “golpe de teatro” que, quase de imediato, se seguiria: ao quinto minuto desse tempo adicional, aproveitando a desconcentração e as falhas defensivas oferecidas, o Rangers recolocava-se em vantagem.
O Benfica ia para o intervalo, outra vez, a necessitar de se reerguer. Voltou para a segunda metade, de novo, pressionante – perante um adversário que, à medida que o tempo ia avançando, cada vez mais se ia acantonando na sua zona mais recuada.
A posse de bola era, praticamente, um exclusivo da equipa da casa. Mas o esférico era muito “mal tratado”, com iniciativas bastante atabalhoadas, sem um “fio de jogo”.
Numa das raras saídas da turma escocesa, Fábio Silva teve ainda mais uma oportunidade para marcar, com Trubin, atento, a dar boa resposta a um perigoso remate.
E acabaria por ser em mais um dos inúmeros “cruzamentos falhados” de Di María, que viria a surgir o golo que permitia restabelecer a igualdade, e, ainda assim, levar a eliminatória em aberto para a Escócia: na sequência de um livre, a bola sobrevoou a área, onde o infeliz Goldson, ao tentar a intercepção, cabeceando-a desastradamente para trás, marcou – pela segunda vez em dois jogos no Estádio da Luz, ao serviço do Rangers – na sua própria baliza!
Como que “jogando sobre brasas”, com níveis de confiança muito afectados, seriam os adeptos na bancada a tentar “empurrar” a equipa benfiquista para a frente, nos minutos finais. Mas o dia era um “dia não” e Di María desperdiçaria ainda oportunidade para consumar a reviravolta.
Para a segunda mão, em Glasgow, será necessário um importante trabalho de mentalização, para que o Benfica consiga “assentar” o seu jogo, perante um adversário que, esta noite, denotou grandes fragilidades, mas que, no seu reduto, adoptará certamente outro posicionamento e atitude dentro de campo.
Liga Europa – “Play-off” intercalar – Toulouse – Benfica
Toulouse – Guillaume Restes, Mikkel Desler (30m – Warren Kamanzi), Logan Costa, Rasmus Nicolaisen, Moussa Diarra (23m – Kévin Keben), Stijn Spierings, Vincent Sierro, Aron Dønnum, Yann Gboho (80m – Frank Magri), Gabriel Suazo (80m – Shavy Babicka) e Thijs Dallinga
Benfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, António Silva, Nicolás Otamendi, Felipe Silva “Morato” (45m – Álvaro Carreras), João Neves, Rafael “Rafa” Silva, João Mário, Ángel Di María (85m – Orkun Kökçü), David Neres (68m – Fredrik Aursnes) e Casper Tengstedt (45m – Arthur Cabral)
Cartões amarelos – Aron Dønnum (15m), Gabriel Suazo (74m) e Warren Kamanzi (83m); Alexander Bah (84m)
Árbitro – Maurizio Mariani (Itália)
O Benfica garantiu – como esperado – o apuramento para os 1/8 de final da Liga Europa. Mas conseguiu-o com uma muito grande dose de sorte… Se já a tinha tido, em Lisboa, ganhando mercê de duas grandes penalidades (a decisiva, ao minuto 97), esta tarde/noite, em Toulouse, a sorte foi ainda mais necessária.
E, não obstante, o Benfica até começou por ter, na primeira parte, ocasiões para, definitivamente, “fechar” a eliminatória. Porém, na segunda metade, a exibição da formação portuguesa foi absolutamente desastrosa, sem conseguir “pegar no jogo”, completamente à mercê dos incríveis falhanços do Toulouse, em lances de perigo que se sucediam uns atrás dos outros – para além dos ferros da baliza, valeu, também, a concentração de Trubin, a negar um par de “golos” ao adversário.
Com um Estádio a galvanizar a sua equipa, os jogadores do Toulouse, empolgados, deram tudo o que tinham, tendo estado à beira da que teria sido, porventura, a maior proeza do historial do clube (a par da conquista da Taça de França da época passada, que lhe abriu as portas de acesso a esta competição europeia).
Depois de ter experimentado Carreras na lateral esquerda na 1.ª mão, Roger Schmidt retornou à fórmula inicial, fazendo alinhar Morato, mas as coisas voltaram a não correr bem, nem em termos ofensivos, como, sobretudo, a nível defensivo.
A turma francesa até começara, bem cedo no jogo, por ter a infelicidade de ver os seus dois defesas laterais lesionarem-se, o que, durante um curto período, de necessário ajustamento, após as alterações forçadas, proporcionaria ao Benfica as tais ocasiões para marcar, beneficiando, em especial, da velocidade de Neres.
Logo aos 25 minutos, Rafa rematara por alto, para, dez minutos depois, ser Di María a chegar atrasado, não conseguindo dar o melhor efeito ao desvio da bola, que saiu a rasar o poste. A fechar o primeiro tempo, poderíamos ter tido um “herói improvável”, quando António Silva surgiu isolado frente ao guardião contrário, mas não conseguindo sair vencedor desse duelo, com o jovem Restes a oferecer o corpo à bola.
Para a segunda metade, voltava a ser chamado Carreras, entrando também Arthur Cabral, para o lugar de Tengstedt. Mas, contrariamente ao que seriam as expectativas, as coisas só piorariam… e muito!
O Toulouse assenhoreou-se do jogo, o Benfica deixou de “ter bola”, vindo o conjunto francês a instalar-se no meio-campo benfiquista, dominando a seu bel-prazer, pecando na eficácia, uma vez mais pagando caro o preço da inexperiência a este nível.
“Tantas vezes o cântaro vai à fonte”… Entre os 60 e os 70 minutos, o Benfica esteve à deriva, enquanto, em paralelo, a turma da casa desperdiçava “golos feitos”: aos 65 minutos, Dallinga, isolado, rematou ao poste; apenas dois minutos volvidos, Spierings tinha tudo para marcar, mas Trubin salvou “in extremis” a sua baliza; de imediato Nicolaisen rematou para fora.
O Benfica recuava cada vez mais no terreno, impotente para travar as investidas adversárias. Efectivamente, só nos derradeiros cinco minutos poderá ter começado a acreditar que “sairia vivo” de Toulouse, quando se percebeu que a equipa da casa lutava, já então, algo em desespero, contra o tempo.
O Toulouse tinha deixado fugir o “momentum”. O Benfica, sem brilho, garantia – de forma algo envergonhada, sem dar azo a grandes comemorações – o nulo, e consequente qualificação.




