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I Liga – 2024-25 – Classificação final

     Equipa            J     V     E     D    GM   GS     P
 1.º Sporting         34    25     7     2    88 - 27    82
 2.º Benfica          34    25     5     4    84 - 28    80
 3.º FC Porto         34    22     5     7    65 - 30    71
 4.º Sp. Braga        34    19     9     6    55 - 30    66
 5.º Santa Clara      34    17     6    11    36 - 32    57
 6.º V. Guimarães     34    14    12     8    47 - 37    54
 7.º Famalicão        34    12    11    11    44 - 39    47
 8.º Estoril          34    12    10    12    48 - 53    46
 9.º Casa Pia         34    12     9    13    39 - 44    45
10.º Moreirense       34    10    10    14    42 - 50    40
11.º Rio Ave          34     9    11    14    39 - 55    38
12.º Arouca           34     9    11    14    35 - 49    38
13.º Gil Vicente      34     8    10    16    34 - 47    34
14.º Nacional         34     9     7    18    32 - 50    34
15.º C. F. E. Amadora 34     7     8    19    24 - 50    29
16.º AFS              34     5    12    17    25 - 60    27
17.º Farense          34     6     9    19    25 - 46    27
18.º Boavista         34     6     6    22    24 - 59    24

Campeão – Sporting – Entrada directa na Liga dos Campeões
2.º classificado – Benfica – 3.ª eliminatória de acesso à Liga dos Campeões
3.º classificado – FC Porto – Entrada directa na Liga Europa
4.º classificado – Sp. Braga – 2.ª eliminatória de acesso à Liga Europa
5.º classificado – Santa Clara – 2.ª eliminatória de acesso à Liga Conferência

Despromovidos – Farense e Boavista
Promovidos – Tondela e Alverca
Play-off de manutenção / promoção – AFS – Vizela

Melhores marcadores:
1. Viktor Gyökeres (Sporting) – 39
2. Samu Aghehowa (FC Porto) e Vangelis Pavlídis (Benfica) – 19
3. Clayton Silva (Rio Ave) – 14

Palmarés – Campeões:

Benfica (38) – 1935-36; 1936-37; 1937-38; 1941-42; 1942-43; 1944-45; 1949-50; 1954-55; 1956-57; 1959-60; 1960-61; 1962-63; 1963-64; 1964-65; 1966-67; 1967-68; 1968-69; 1970-71; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76; 1976-77; 1980-81; 1982-83; 1983-84; 1986-87; 1988-89; 1990-91; 1993-94; 2004-05; 2009-10; 2013-14; 2014-15; 2015-16; 2016-17; 2018-19; 2022-23

FC Porto (30) – 1934-35; 1938-39; 1939-40; 1955-56; 1958-59; 1977-78; 1978-79; 1984-85; 1985-86; 1987-88; 1989-90; 1991-92; 1992-93; 1994-95; 1995-96; 1996-97; 1997-98; 1998-99; 2002-03; 2003-04; 2005-06; 2006-07; 2007-08; 2008-09; 2010-11; 2011-12; 2012-13; 2017-18; 2019-20; 2021-22

Sporting (21) – 1940-41; 1943-44; 1946-47; 1947-48; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1953-54; 1957-58; 1961-62; 1965-66; 1969-70; 1973-74; 1979-80; 1981-82; 1999-00; 2001-02; 2020-21; 2023-24; 2024-25

Belenenses (1) – 1945-46

Boavista (1) – 2000-01

17 Maio, 2025 at 11:50 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 1/8 de final – Barcelona – Benfica

BarcelonaBarcelona – Wojciech Szczęsny, Jules Koundé, Ronald Araújo, Iñigo Martínez (87m – Eric García), Alejandro Balde, Frenkie de Jong (81m – Marc Casadó), Daniel “Dani” Olmo (70m – Pablo Gavira “Gavi”), Pedro “Pedri” González, Lamine Yamal (81m – Fermín López), Raphael “Raphinha” Belloli e Robert Lewandowski (70m – Ferran Torres)

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo (84m – João Rego), António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Fredrik Aursnes, Florentino Luís (70m – Leandro Barreiro), Orkun Kökçü (70m – Andrea Belotti), Kerem Aktürkoğlu (56m – Zeki Amdouni), Andreas Schjelderup (56m – Renato Sanches) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis

1-0 – Raphael “Raphinha” Belloli – 11m
1-1 – Nicolás Otamendi – 13m
2-1 – Lamine Yamal – 27m
3-1 – Raphael “Raphinha” Belloli – 42m

Cartão amarelo – António Silva (48m)

Árbitro – François Letexier (França)

As perspectivas não eram boas, à partida para o desafio da 2.ª mão, atendendo à derrota sofrida pelo Benfica em casa. Mas a verdade é que, o que se viu esta noite, foi uma equipa do Barcelona claramente com outro andamento, que, em várias fases do jogo, como que fez “gato-sapato” do adversário.

Tendo Bruno Lage sido forçado a substituir Carreras (a cumprir castigo) por Dahl, este denotou sempre dificuldades em procurar travar Lamine Yamal. Mas, claro, a responsabilidade desta nova derrota não pode ser imputada ao sueco, uma vez que também o meio-campo não funcionou, tal a diferença de ritmo entre as duas equipas.

O guarda-redes benfiquista ainda ia procurando adiar o desnível do marcador (com duas intervenções logo nos dez minutos iniciais), tendo, porém, o Barcelona inaugurado o placard logo de seguida, mercê de uma combinação entre a dupla diabólica, formada por Yamal e Raphinha.

Isto, pese embora Otamendi ter ainda, prontamente, empatado, na sequência de um pontapé de canto, antecipando-se à defesa e cabeceando para o fundo das redes de Szczęsny.

Mas seria “sol de pouca dura”: menos de um quarto de hora volvido, Yamal voltou a ultrapassar a defesa benfiquista (desta feita, Tomás Araújo), internando-se a partir da direita, rematando em arco, sem hipótese para Trubin.

Não haveria já dúvidas sobre o desfecho da eliminatória, mas, outros quinze minutos depois – e logo depois de Trubin ter negado o golo a Lewandowski – a turma catalã chegaria ao terceiro tento, fixando o que seria o resultado final, ainda antes do intervalo, outra vez com Raphinha a ser o “carrasco”, depois de uma cavalgada de Alejandro Balde.

Na segunda parte, a toada do jogo não se alterou de forma substancial, mesmo que a intensidade tenha, naturalmente, baixado.

O Barcelona continuou a não dar possibilidade ao adversário de ter bola e de desenvolver lances estruturados de ataque, dispondo, por seu lado, de oportunidades para poder ter ampliado a contagem (começou por ter, ainda nos minutos iniciais do segundo tempo, um remate ao poste), mas, de facto, tal não seria já determinante para a história do jogo ou da eliminatória.

Acabou por ser uma partida em que o Benfica, por mais esforçado que possa ter sido, não conseguiu ir muito além de um ou outro remate à figura, tendo tido como lance de maior perigo, a cinco minutos do fim, um cabeceamento de Amdouni, detido pelo guardião.

A equipa portuguesa acabou por deixar uma imagem quase como que de “falta de comparência” em Barcelona, despedindo-se desta edição da “Champions” bastante longe do que, a espaços, tinha chegado a alcançar nesta temporada.

11 Março, 2025 at 8:40 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 1/8 de final – Benfica – Barcelona

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo (57m – Samuel Dahl), António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Leandro Barreiro (70m – Andrea Belotti), Orkun Kökçü (84m – Renato Sanches), Kerem Aktürkoğlu, Andreas Schjelderup (70m – João Rego) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (84m – Arthur Cabral)

BarcelonaBarcelona – Wojciech Szczęsny, Jules Koundé, Pau Cubarsí, Iñigo Martínez, Alejandro Balde, Daniel “Dani” Olmo (28m – Ronald Araújo), Frenkie de Jong (79m – Marc Casadó), Pedro “Pedri” González, Lamine Yamal (56m – Ferran Torres), Raphael “Raphinha” Belloli e Robert Lewandowski (79m – Gerard Martín)

0-1 – Raphael “Raphinha” Belloli – 61m

Cartões amarelos – Leandro Barreiro (45m), António Silva (45m), Álvaro Carreras (73m) e João Rego (90m); Iñigo Martínez (45m)

Cartão vermelho – Pau Cubarsí (22m)

Árbitro – Felix Zwayer (Alemanha)

Imperou a velha máxima de que “não há dois jogos iguais”: depois da catadupa de (nove!) golos de há um mês e meio, um solitário golo desta vez. Porém, o desfecho foi o mesmo: nova vitória do Barcelona… e, tal como na partida anterior, o Benfica ficou a dever a si próprio não ter logrado triunfar.

O arranque parecia similar ao do jogo de Turim, com a Juventus, com as duas equipas lançadas em vertigem, tendo nomeadamente o Benfica, logo nos minutos iniciais, criado muito perigo, por intermédio de Aktürkoğlu e de Leandro Barreiro, com o adversário também a ripostar de pronto.

E, pouco depois, à passagem dos doze minutos, seria mesmo o Barcelona a, de forma incrível, desaproveitar tripla ocasião de marcar (por Frenkie de Jong, Lewandowski e Lamine Yamal), graças a uma fantástica sequência de três defesas no mesmo lance, por instinto, de Trubin.

A equipa catalã mantinha a sua característica de alto risco, o que o Benfica aproveitou para, num lançamento em profundidade, a solicitar a desmarcação de Pavlídis, este, isolando-se frente a Szczęsny, ser travado “in extremis” por Cubarsí, a cometer falta sobre a linha delimitadora da grande área, que lhe custou a expulsão.

A partir daí a configuração do jogo alterou-se: o Barcelona – que, até então, registava elevada percentagem de “posse de bola”, como que passava a “oferecer” deliberadamente a iniciativa. O Benfica tentava sucessivas investidas, mas esbarrava na muralha defensiva contrária, perante um intransponível Szczęsny. Ao contrário, eram os catalães a passar a ameaçar em rápidas transições.

Já próximo do intervalo, a turma benfiquista teve outras duas boas ocasiões, primeiro com um remate de Pavlídis a esbarrar no corpo de Koundé, e, de seguida, com Aktürkoğlu a cabecear, com Szczęsny a negar o golo, com grande intervenção.

No recomeço, num curto intervalo de tempo, Pavlídis, por duas vezes, e Aursnes, desperdiçaram outras oportunidades de poder marcar.

Porém, bastou um momento de desconcentração, com António Silva a fazer um passe transviado, que Raphinha não perdoou, com um remate seco, sesgado ao canto da baliza, não dando hipóteses a Trubin. “Contra a corrente”, estava inaugurado o marcador, a favor do Barcelona.

Bruno Lage arriscaria mais, fazendo entrar Belotti e o jovem João Rego, para os últimos vinte minutos, procurando intensificar a pressão ofensiva. E a equipa do Barcelona teria, então, de se mostrar solidária, com capacidade para sofrer, em prol da preservação da magra vantagem adquirida.

Já dentro do quarto de hora final seria de novo o guardião polaco a negar o golo a Aktürkoğlu. Para, poucos minutos volvidos, Belotti ser travado por Szczęsny, tendo o árbitro assinalado a marca de grande penalidade, lance que, contudo, seria invalidado pelo “VAR”, sancionando “milimétrica” posição de fora-de-jogo.

Em tempo de compensação, no último suspiro, com o adversário acantonado na sua área, o Benfica dispôs de quatro pontapés de canto sucessivos, tendo Renato Sanches proporcionado ainda sensação eminente de golo, com um potente remate de fora da área… uma vez mais travado pelo guarda-redes!

A equipa portuguesa terminaria o encontro revertendo a seu favor a maior percentagem de posse bola, e em clara superioridade noutros dados estatísticos, como o número de remates ou de cantos. Porém, faltou maior acutilância para poder materializar em golo qualquer das várias jogadas de ataque que realizou.

O Benfica realizou exibição positiva, personalizada, mas terá de enfrentar agora, na Catalunha, uma ingrata missão, de tentar surpreender a Europa do futebol, necessitando de alcançar o que seria um muito inesperado desfecho, o de recuperar, em Barcelona, da desvantagem caseira sofrida nesta 1.ª mão.

5 Março, 2025 at 10:58 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – “Play-off” intercalar – Benfica – Monaco

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Leandro Barreiro, Orkun Kökçü (87m – João Rego), Kerem Aktürkoğlu (58m – Zeki Amdouni), Andreas Schjelderup (58m – Samuel Dahl) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (87m – Andrea Belotti)

MonacoMonaco – Radosław Majecki, Krépin Diatta, Thilo Kehrer, Wilfried Singo, Christian Mawissa (80m – George Ilenikhena), Caio Henrique (80m – Kassoum Ouattara), Maghnes Akliouche, Lamine Camara, Eliesse Ben Seghir, Takumi Minamino (87m – Lucas Michal) e Breel Embolo (65m – Mika Biereth)

1-0 – Kerem Aktürkoğlu – 22m
1-1 – Takumi Minamino – 32m
1-2 – Eliesse Ben Seghir – 51m
2-2 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis (pen.) – 76m
2-3 – George Ilenikhena – 81m
3-3 – Orkun Kökçü – 84m

Cartões amarelos – Leandro Barreiro (67m) e Zeki Amdouni (71m); Maghnes Akliouche (62m)

Árbitro – Glenn Nyberg (Suécia)

Tinha ficado já no ar, no final do jogo da 1.ª mão, no Monaco, a inquietação decorrente de o Benfica ter desaproveitado soberanas ocasiões para fechar definitivamente a eliminatória a seu favor. Como se viria a confirmar, a vantagem de um golo (mesmo que obtida em terreno alheio) pode ser muito ténue.

O que é facto é que – mesmo ciente de que jogar para o empate é sempre um risco significativo, que se deve procurar evitar – o Benfica evidenciou uma abordagem desastrada a este desafio da 2.ª mão, concedendo todas as vantagens – até anímicas – ao oponente.

Até à hora de jogo, a equipa benfiquista nunca conseguiu encontrar o “Norte” dentro de campo, sempre em posição de inferioridade face ao desempenho da equipa do principado, perante a intensidade e dinamismo colocado em campo pelos seus principais talentos (com destaque para Akliouche e Ben Seghir), tendo chegado mesmo a passar por momentos em que se viu “encostado às cordas” (o que se verificava, precisamente, antes das primeiras substituições operadas por Bruno Lage).

Com “mais sorte que juízo” o Benfica até teria ainda a benesse de marcar primeiro, duplicando a vantagem na eliminatória, com Aktürkoğlu, por fim, a reencontrar-se com o golo, mercê de um fantástico trabalho prévio de Pavlídis, a deambular dentro da área, nunca desistindo, fazendo “gato sapato” dos vários defesas que lhe iam surgindo ao caminho.

Até à meia hora de jogo, em três encontros (dois e um terço, vá…) com o Benfica, o Monaco “não tinha tido sorte nenhuma”: Minamino acabara de cabecear ao poste da baliza, quando, no minuto imediato, não perdoou, marcando o 1-1.

O empate que se registava ao intervalo era um resultado bem lisonjeiro para a equipa portuguesa. E as coisas não mudariam de figura no início do segundo tempo: a continuar a jogar como o tinha vindo a fazer, só “por milagre” o Benfica conseguiria apurar-se.

A confirmar essa ideia – estava bem à vista de todos –, surgiria mesmo, bem cedo, o segundo golo da turma monegasca, a colocar-se em vantagem no marcador, igualando a eliminatória, e, por coincidência, também neste caso, imediatamente depois de o mesmo Ben Seghir ter rematado com bastante perigo.

Até que o milagre se revelaria: as entradas de Amdouni e, sobretudo, de Dahl (proporcionando maior consistência no flanco esquerdo, num notável trabalho de apoio e complemento a Carreras) viriam a dar uma configuração completamente diferente ao jogo. Com o Benfica a melhorar notoriamente o desempenho, a derradeira meia hora seria “de loucos”.

Com o 2-2, em mais um golo de Pavlídis, na conversão de uma grande penalidade, a um quarto de hora do final, esperar-se-ia que o desfecho da eliminatória pudesse, de alguma forma, estar controlado.

Mas não… Apenas cinco minutos volvidos Trubin – que, na primeira parte, fizera, pelo menos, um par de defesas que salvaram outros tantos golos – deu um enorme “frango” e o Monaco voltava a superiorizar-se no marcador, passando, então, o prolongamento a ser um cenário de forte probabilidade.

Valeu à formação portuguesa o comportamento tipo “kamikaze” dos jogadores do Monaco (o que ficou patente, a espaços, em todos os três jogos, evidenciando as suas grandes fragilidades de organização defensiva) – a fazer lembrar as equipas africanas dos anos 80/90, muito dotadas tecnicamente, mas com notórias insuficiências a nível táctico – para, num último fôlego, o Benfica conseguir ainda resgatar a eliminatória, alcançando o 3-3 (dos quais, três golos apontados num intervalo de apenas oito minutos, entre os 76 e os 84!), tendo Kökçü dada a melhor finalização a uma excelente assistência de Carreras.

Que poderia, aliás, ter-se convertido ainda numa vitória benfiquista, quando, já em tempo de compensação, o árbitro assinalou o que seria a segunda grande penalidade, contudo, revertida pelo “VAR”.

O Benfica – que teve de sofrer bem mais do que deveria – bem pode ir “pôr umas velinhas a Fátima”.

18 Fevereiro, 2025 at 11:00 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – “Play-off” intercalar – Monaco – Benfica

MonacoMonaco – Radosław Majecki, Vanderson Campos, Mohammed Salisu, Thilo Kehrer e Krépin Diatta; Maghnes Akliouche (68m – Eliesse Ben Seghir), Denis Zakaria, Almoatasembellah Al-Musrati e Alexandr Golovin (68m – Takumi Minamino); Breel Embolo e Mika Biereth (57m – Soungoutou Magassa)

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo (67m – Ángel Di María) (86m – Arthur Cabral), António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Florentino Luís (67m – Leandro Barreiro), Orkun Kökçü, Andreas Schjelderup (78m – Zeki Amdouni)), Kerem Aktürkoğlu e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (78m – Andrea Belotti)

0-1 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 48m

Cartões amarelos – Álvaro Carreras (16m) e Florentino Luís (56m); Almoatasembellah Al-Musrati (41m), Vanderson Campos (79m) e Denis Zakaria (90m)

Cartão vermelho – Almoatasembellah Al-Musrati (52m)

Árbitro – Maurizio Mariani (Itália)

O Benfica voltou a ganhar no Principado. Incrivelmente, o Monaco voltou a terminar o jogo reduzido a dez elementos, por circunstâncias em tudo idênticas às do jogo anterior: Carreras (outra vez) poderia ter visto o segundo cartão amarelo, e quem acabou expulso foi, de novo, o jogador da casa (o nosso bem conhecido Al-Musrati), desta vez, por reclamar ostensivamente, na direcção do árbitro, a amostragem de tal cartão. Mas as semelhanças com o desafio da fase de “Liga” terminam por aqui.

A primeira parte foi bastante repartida, com as duas equipas com abordagem similar, apostando em rápidas transições, mas com sucessivas perdas de bola, sem ter, efectivamente, criado soberanas ocasiões de golo. Sem um “fio de jogo” definido, de parte a parte, não se poderá dizer que alguma equipa se tenha claramente superiorizado.

Mal se tinha iniciado o segundo tempo e logo o Benfica se colocaria em vantagem, num lance finalizado com uma fantástica execução técnica de Pavlídis: uma excelente abertura de Tomás Araújo, a solicitar o avançado grego, que, depois de se desembaraçar do defesa contrário, já algo descaído sobre o lado direito e próximo da linha de fundo, com ângulo reduzido, fez a bola “picar” sobre o guardião, anichando-se inapelavelmente no fundo das redes.

Fruto directo ou não de algum descontrolo emocional, as coisas complicar-se-iam decisivamente para o Monaco com a expulsão de Al-Musrati, que, já admoestado com cartão amarelo (apenas dez minutos antes), terá sido algo ingénuo na forma como reinvindicou que Carreras fosse sancionado com igual medida (o que ditaria a sua expulsão), acabando por ser vítima de um critério bastante severo por parte do árbitro.

A partir daí o Monaco perdeu-se completamente; o jogo parecia oferecer tantas facilidades ao Benfica, que, notoriamente, houve dificuldade em manter o foco, tornando-se, até final, um festival de desperdício de lances ofensivos. Por seu lado, as substituições operadas por Adi Hutter não resultaram, e, com o avançar do tempo, parecia adivinhar-se que o Benfica acabaria por ampliar a contagem.

Porém, lançado contra uma “parede” (a equipa da casa, sem bola, via-se forçada a recuar no terreno, para a imediação da sua área), terá faltado ao Benfica – desaproveitando a superioridade numérica de que beneficiou durante cerca de 40 minutos e actuando num ambiente como que a jogar “em casa” – a frieza necessária para materializar tantas ocasiões de perigo, ficando a dever a si próprio não ter, desde logo, “fechado” a eliminatória, num jogo em que deveria ter vencido, à vontade, pelo menos, por três golos de diferença!

A desorientação da formação monegasca teria ainda outras implicações disciplinares, com Vanderson e Zakaria a ficarem igualmente arredados do jogo da segunda mão (tal como sucede, no caso do Benfica, com Florentino, receando-se que também Di María, forçado a sair, por lesão, menos de vinte minutos depois de ter entrado em campo, tenha de ficar afastado dos relvados durante largo período).

Nos minutos derradeiros (e não obstante ter sido Arthur Cabral a entrar para o lugar do argentino), a sensação que pairou foi que a equipa benfiquista, ainda “escaldada” pelo final do jogo ante o Barcelona, terá optado por privilegiar preservar a vantagem.

Esperemos que o Benfica não venha a ter de lamentar a falta de eficácia, numa eliminatória que – disso terá de ter-se a plena consciência – acabou por não ficar ainda decidida, e em que será arriscada uma abordagem, mesmo que a nível do subconsciente, de pensar que, na 2.ª mão, na Luz, “o empate serve”.

12 Fevereiro, 2025 at 11:00 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 8ª Jornada – Juventus – Benfica

JuventusJuventus – Mattia Perin, Timothy Weah, Pierre Kalulu (16m – Manuel Locatelli), Federico Gatti, Weston McKennie, Khéphren Thuram-Ulien (61m – Teun Koopmeiners), Douglas Luiz, Francisco Conceição, Samuel-Germain Mbangula (61m – Nicolás González), Kenan Yıldız e Dušan Vlahović

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo (90m – João Rego), António Silva, Nicolás Otamendi, Alexander Bah, Florentino Luís, Fredrik Aursnes, Orkun Kökçü (90m – Benjamín Rollheiser), Ángel Di María (72m – Kerem Aktürkoğlu), Evangelos “Vangelis” Pavlídis (84m – Zeki Amdouni) e Andreas Schjelderup (72m – Leandro Barreiro)

0-1 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 16m
0-2 – Orkun Kökçü – 80m

Cartões amarelos – Dušan Vlahović (55m); Nicolás Otamendi (63m) e Alexander Bah (78m)

Árbitro – István Kovács (Roménia)

O (frenético) arranque deste jogo parecia ser a continuação do final do Benfica-Barcelona, com as duas equipas desenfreadamente lançadas no ataque: ainda não estavam completados os dois primeiros minutos, e já tinha havido três ocasiões de perigo, nas imediações das duas balizas! Pavlídis e Schjelderup podiam ter marcado; enquanto Trubin negava também o golo a McKennie.

E, logo aos sete minutos, nova oportunidade, com Pavlídis a lançar Schjelderup, que rematou cruzado, para defesa atenta de Perin.

Apesar de algumas falhas, de parte a parte, tal terá constituído um bom tónico motivacional para a turma benfiquista, a mostrar-se, à medida que o tempo avançava, progressivamente confiante.

É claro que o facto de ter marcado logo à passagem do quarto de hora – tirando também benefício de uma substituição forçada no eixo da defesa contrária – proporcionou uma tranquilidade acrescida, a uma equipa que, ao longo de toda a noite, sempre esteve em posição de apuramento para o “play-off”.

Tal tento surgiu na sequência de uma recuperação de Aursnes, este fez boa abertura para Bah – em novidade nesta partida, a jogar no flanco esquerdo (por impedimento de Carreras), tendo-se saído a contento –, o qual desviou para Pavlídis rematar para o golo. E, ainda antes do intervalo, o Benfica podia ter ampliado a contagem, quando o avançado grego interceptou um passe defeituoso de um defesa contrário.

Até então praticamente inoperante – com sucessivas tentativas de cruzamento de Francisco Conceição, sem resultado prático –, a Juventus procurou ter uma entrada mais afirmativa na segunda metade, mas enfrentaria um colectivo que se mostrou bastante solidário, com muito boa organização defensiva.

Em toda a segunda parte a Juventus assustaria apenas em duas ocasiões, mas com os remates a sair ao lado (um deles, de maior perigo, às malhas laterais da baliza de Trubin).

Já dentro dos derradeiros vinte minutos Bruno Lage procurou colocar “trancas à porta”, com as entradas de Aktürkoğlu (por troca com Di María) e, sobretudo, de Leandro Barreiro.

O golo da confirmação surgiria a dez minutos do final – depois de Barreiro ter falhado o remate pouco antes –, em jogada em que imperou o sentido colectivo (com mais de um minuto de sucessivas trocas de bola), envolvendo, na sua fase final, Aursnes, a libertar, de calcanhar, para Leandro Barreiro, Pavlídis e Aktürkoğlu, que, com uma simulação de corpo, deixou a bola perfeitamente enquadrada para o tiro de Kökçü, sem hipótese de defesa para o guardião.

Até final, a equipa portuguesa levaria ainda perigo à baliza da Juventus, num remate de meia-distância de Aktürkoğlu, com a bola a rasar o poste.

Perante um opositor falho de ideias, com o Benfica a mostrar concentração e competência, o desfecho ajusta-se na perfeição à exibição das duas equipas, em mais uma grande noite europeia.

Numa estatística fantástica entre dois adversários desta cotação, o emblema benfiquista, não só repetiu o triunfo alcançado em Turim há pouco mais de dois anos, como somou a 7.ª vitória em nove jogos frente à Juventus, em contraponto a um único triunfo dos transalpinos, para além de um empate!

Na estreia da fase de Liga da “Champions League” o Benfica termina posicionado no 16.º lugar, portanto, com estatuto de “cabeça-de-série” para os “play-off” (mesmo que, em paralelo, tal signifique, depois, em caso de apuramento, a disputa dos 1/8 de final ante o 1.º ou 2.º classificados, respectivamente, Liverpool e Barcelona).

29 Janeiro, 2025 at 10:59 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 7ª Jornada – Benfica – Barcelona

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Florentino Luís (61m – Leandro Barreiro), Orkun Kökçü (80m – Benjamín Rollheiser), Kerem Aktürkoğlu (71m – Alexander Bah), Andreas Schjelderup (71m – Ángel Di María) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (80m – Zeki Amdouni)

BarcelonaBarcelona – Wojciech Szczęsny, Jules Koundé (74m – Eric García), Ronald Araújo, Pau Cubarsí, Alejandro Balde (74m – Ferran Torres), Pablo Gavira “Gavi” (62m – Fermín López), Marc Casadó (62m – Frenkie de Jong), Pedro “Pedri” González, Lamine Yamal (90m+2 – Gerard Martín), Raphael “Raphinha” Belloli e Robert Lewandowski

1-0 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 2m
1-1 – Robert Lewandowski (pen.) – 13m
2-1 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 22m
3-1 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis (pen.) – 30m
3-2 – Raphael “Raphinha” Belloli – 64m
4-2 – Ronald Araújo (p.b.) – 68m
4-3 – Robert Lewandowski (pen.) – 78m
4-4 – Eric García – 86m
4-5 – Raphael “Raphinha” Belloli – 90m+6

Cartões amarelos – Álvaro Carreras (76m); Pablo Gavira “Gavi” (36m), Jules Koundé (66m), Frenkie de Jong (90m+4) e Fermín López (90m+8)

Cartão vermelho – Arthur Cabral (90m+8 – no banco)

Árbitro – Danny Makkelie (Países Baixos)

O que prometia ser uma noite épica acabaria por transformar-se numa azia monumental.

Foi um jogo alucinante, caótico, vertiginoso, entusiasmante! Mesmo que as duas equipas não tenham realizado exibições de grande nível (sendo que a terceira esteve bastante pior).

Praticamente entrando em campo a ganhar, com o primeiro golo apontado antes de completado o segundo minuto de jogo – poderia, aliás, logo de seguida, ter ampliado a contagem –, e mesmo depois de, rapidamente, o Barcelona ter restabelecido a igualdade, a sensação que imperou foi a de que o Benfica iria marcar mais golos, tal a forma como conseguiu provocar e aproveitar o desacerto defensivo do adversário, com a equipa catalã a denotar algo inesperadas fragilidades.

Imediatamente após o segundo tento de Pavlídis – a aproveitar uma descoordenação entre o guardião e um defesa, que chocaram um com o outro, deixando a bola à mercê do avançado grego – , não foi uma previsão de grande risco a de que teria uma boa oportunidade para vir a alcançar o “hat-trick”; o que talvez não se pensasse era que esses três golos fossem obtidos em menos de meia hora!

O 3-1 surgiria na conversão de uma grande penalidade, por alegada falta (difícil de avaliar) de um desastrado Szczęsny sobre Aktürkoğlu. Ainda assim, mesmo antes do intervalo, o Barcelona dera já nota de que não iria baixar os braços…

Não obstante, a toada de jogo não se alteraria de modo significativo nos primeiros minutos do segundo tempo, com Aursnes a não conseguir ultrapassar o guarda-redes, ainda antes de completado o décimo minuto, no que constituiu uma soberana ocasião de o Benfica poder chegar ao 4-1.

E, como “quem não marca, sofre”, Trubin “retribuiu” a falha clamorosa que originara o segundo tento benfiquista, numa tentativa de saída de bola, que, contudo, tabelou em Raphinha, assim involuntário marcador do 3-2.

Duraria pouco a diferença mínima, tendo bastado apenas mais quatro minutos, para, em mais uma das muitas descidas do Benfica, pelo flanco, após cruzamento de Schjelderup – interceptado por Ronald Araújo, a “tirar o pão da boca” a Pavlídis (no que teria sido um incrível “poker”), mas desviando a bola para o fundo das suas redes –, a equipa portuguesa repor a vantagem de duas bolas.

O 4-2 subsistiria até aos 78 minutos, altura em que, porém, a configuração do jogo mudara já radicalmente: as saídas de Aktürkoğlu e de Schjelderup, supostamente para procurar refrescar o meio-campo, não resultaram de todo, tendo o Benfica perdido por completo o controlo do jogo, impotente para suster a intensidade que o Barcelona colocava então em campo, vendo-se cada vez mais impelido a acantonar-se nas imediações da sua área.

O dique acabaria por ceder na sequência de mais uma grande penalidade, também controversa, a proporcionar aos catalães, não só o reentrar no jogo, mas, como que num sistema de vasos comunicantes, e enquanto o Benfica se afundava, reforçar a confiança de que seria possível levar pontos da Luz.

Procurando fazer “das tripas coração” a formação benfiquista ainda aguentou o resultado até escassos quatro minutos do final do tempo regulamentar, quando o defesa Eric García se antecipou à defesa, para cabecear para o 4-4.

Com o jogo completamente partido, já sem táctica que resistisse, Di María, surgindo isolado frente ao guardião, teve ainda nos pés o que teria sido o 5-4, mas não logrou ludibriar Szczęsny. Tal como Aursnes, foram duas perdidas que acabariam por sair muito caras.

Numa fase inebriada do desafio, já em período de compensação, o Benfica beneficiou ainda de um livre próximo da área do Barcelona; na sequência, Leandro Barreiro isolava-se também, tendo sido tocado pelas costas por um defesa, desequilibrando-se; numa rapidíssima transição (enquanto os benfiquistas ficaram a reclamar a correspondente grande penalidade), um lançamento longo para Raphinha, completamente liberto, a correr todo o campo, pelo flanco direito, internando-se ligeiramente para o “cara-a-cara” com Trubin, ao qual não deu hipótese, culminaria com a bola a anichar-se na baliza.

No final, a verdade é que o Benfica apenas viria a perder por não ter conseguido resistir à vertigem de poder chegar ainda ao quinto golo, e acabar mesmo por ganhar um jogo que, antes, tivera “ganho”, por duas vezes, com o marcador em 3-1, e, sobretudo, 4-2, já dentro do derradeiro quarto de hora.

Este era um encontro em que o objectivo primário seria o de somar o ponto que faltava para garantir, desde logo, a continuidade na prova. Com um livre a seu favor, já com o tempo de compensação a esgotar-se, a equipa benfiquista poderia ter optado por preservar a bola, até ao apito final (que, decerto, não demoraria mais que breves segundos); mas será difícil censurar a (que se revelaria) fatal atracção por tentar o 5-4.

Numa partida com tantas falhas de parte a parte, invocar a arbitragem para justificar o insucesso poderá parecer “desculpa de mau pagador”, mas, na realidade, e no decurso de todo o jogo, Danny Makkelie esteve longe de se mostrar assertivo, aparentemente pouco convencido, ele próprio, das decisões que ia tomando, com notórias e sucessivas hesitações. Teve que ser corrigido pelo “VAR” em lances de grande penalidade (subsistindo a incerteza), sendo que, no instante derradeiro, que originaria o 5.º golo do Barcelona, ter-se-á optado por não desacreditar mais o árbitro, numa jogada susceptível de interpretação, quanto à famosa avaliação da “intensidade” do contacto.

Um árbitro que, no mínimo, tem patenteado alguma infelicidade em jogos com equipas portuguesas: para além de não ter igualmente sancionado com grande penalidade, na época anterior, no jogo do Benfica em Milão, com o Inter, um evidente contacto de Barella sobre David Neres, estivera também associado a um erro crasso, no Sérvia-Portugal, de apuramento para o Mundial de 2022, não tendo então validado um golo em que a bola notoriamente ultrapassara a linha de baliza (o que acabaria por custar à selecção nacional ter de disputar o respectivo play-off).

Foi pena.

21 Janeiro, 2025 at 11:00 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Benfica – Bologna

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, Tomás Araújo, Nicolás Otamendi, Álvaro Carreras, Fredrik Aursnes, Florentino Luís, Orkun Kökçü (80m – Arthur Cabral), Ángel Di María, Kerem Aktürkoğlu (72m – Jan-Niklas Beste) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (72m – Zeki Amdouni)

BolognaBologna – Łukasz Skorupski, Stefan Posch (88m – Tommaso Corazza), Sam Beukema, Nicolò Casale (73m – Jhon Lucumi), Emil Holm, Lewis Ferguson, Nikola Moro (73m – Remo Freuler), Kacper Urbański (73m – Dan Ndoye), Giovanni Fabbian (73m – Tommaso Pobega), Samuel Iling-Junior e Thijs Dallinga

Cartões amarelos – Evangelos “Vangelis” Pavlídis (24m), Florentino Luís (48m), Alexander Bah (59m), Orkun Kökçü (63m) e Nicolás Otamendi (76m); Giovanni Fabbian (53m), Nicolò Casale (62m), Lewis Ferguson (71m), Remo Freuler (89m) e Sam Beukema (90m)

Árbitro – Radu Petrescu (Roménia)

Não tendo sido – por um padrão de exigência mediano – uma exibição muito bem conseguida, o Benfica fez, não obstante, o que teria sido necessário para, em condições “normais”, levar de vencida este adversário, e, consequentemente, garantir, desde já, a continuidade na prova.

O “golo” até surgiu bem cedo, ainda antes de completado o terceiro minuto de jogo… só que não valeu, dado que Pavlídis, que “picara” a bola por cima do guardião, partira de posição irregular.

Na primeira fase do desafio, a formação italiana conseguiria, porém, manter o adversário alerta, procurando potenciar a velocidade dos seus extremos, ao mesmo tempo que, colocando agressividade nas suas acções defensivas, em grande disputa pela posse de bola, impedia o fio de jogo do adversário.

E, com o tempo a passar, só próximo do intervalo o Benfica teria um lance de bom futebol colectivo, envolvendo Aursnes, Carreras e Di María, a rematar para uma intervenção atenta de Skorupski, depois de um bom cruzamento do lateral esquerdo benfiquista.

A segunda metade seria substancialmente melhor, com a equipa portuguesa a despertar, a assenhorear-se do controlo do jogo, instalando-se no meio terreno contrário, de forma muito mais pressionante. E as oportunidades começariam a surgir.

Pavlídis, falho de confiança, desperdiçou soberana ocasião de golo, quando, isolado frente ao guarda-redes, se deixou “antecipar”, permitindo a Skorupski fazer a mancha a uma recarga (depois de ter afastado a bola para a frente), a evitar a progressão do esférico para o fundo das redes.

As entradas de Beste e de Amdouni, já dentro dos derradeiros vinte minutos, proporcionaram maior dinâmica à equipa, frente a uma defesa do Bologna, então a denotar alguns sinais de fadiga, e que se concentrava cada vez mais nas imediações da sua grande área.

Pouco depois de entrar em campo, Amdouni rematou com muito perigo, outra vez com o guardião a negar o golo; isto, logo a seguir a uma boa iniciativa de Di María, bloqueada por um defesa, a oferecer o corpo à bola.

Bruno Lage faria ainda entrar, para os dez minutos finais, mais um avançado, Arthur Cabral, por troca com Kökçü, mas o Benfica só voltaria a criar perigo em cima do minuto noventa, outra vez por intermédio de Amdouni, com um remate de meia-distância, que, uma vez mais, não logrou ter êxito, perante a oposição do guarda-redes polaco.

Todavia, a falta de eficácia acabaria por se traduzir na manutenção do nulo no marcador, até final.

O Benfica apenas somou um ponto, magro pecúlio para as suas aspirações (e, também, face ao labor desenvolvido em campo), mantendo-se no limbo quanto ao apuramento para a fase seguinte da competição: os dez pontos averbados conferem-lhe, por ora, a 15.ª posição, podendo, no final, vir a revelar-se suficientes, mas, dispondo de margem de apenas três pontos, tal não lhe permite ainda relaxar.

11 Dezembro, 2024 at 10:59 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 5ª Jornada – Monaco – Benfica

MonacoMonaco – Radosław Majecki, Vanderson Campos, Thilo Kehrer, Wilfried Singo, Caio Henrique (57m – Christian Mawissa), Lamine Camara (57m – Soungoutou Magassa), Denis Zakaria (90m – George Ilenikhena), Maghnes Akliouche, Alexandr Golovin, Eliesse Ben Seghir (63m – Mohammed Salisu) e Breel Embolo (63m – Folarin Balogun)

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Alexander Bah, Nicolás Otamendi, Tomás Araújo, Álvaro Carreras, Florentino Luís (65m – Zeki Amdouni), Fredrik Aursnes (85m – Leandro Barreiro), Ángel Di María (90m – Benjamín Rollheiser), Orkun Kökçü, Kerem Aktürkoğlu e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (65m – Arthur Cabral)

1-0 – Eliesse Ben Seghir – 13m
1-1 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 48m
2-1 – Soungoutou Magassa – 67m
2-2 – Arthur Cabral – 84m
2-3 – Zeki Amdouni – 88m

Cartões amarelos – Denis Zakaria (41m), Thilo Kehrer (41m), Wilfried Singo (42m) e Christian Mawissa (79m); Florentino Luís (6m), Álvaro Carreras (29m) e Kerem Aktürkoğlu (42m)

Cartão vermelho – Wilfried Singo (58m)

Árbitro – Rade Obrenovič (Eslovénia)

Esta foi uma tão importante como atípica vitória do Benfica, a operar a reviravolta no marcador já nos derradeiros minutos da partida, tirando partido do facto de dispor de superioridade numérica face ao adversário, com Di María, numa das suas grandes noites, a “fabricar” os dois golos que permitiram tal sucesso.

As duas equipas estariam num período de “estudo mútuo”, com o Benfica talvez um pouco mais na expectativa, quando o Monaco se colocou em vantagem, ainda antes de decorrido o primeiro quarto de hora de jogo, no que, no imediato, constituía um rude golpe nas aspirações benfiquistas.

Logo numa das suas primeiras ofensivas, depois de uma defesa incompleta de Trubin, uma troca de bola entre dois jogadores da casa, perante a passividade contrária, resultava no abrir do activo.

A intensidade de jogo aumentaria, mas, até final do primeiro tempo, o Benfica não parecia capaz de superar a organização contrária, pese embora alguma maior toada de parada e resposta, por parte de ambas as formações.

No recomeço, Embolo provocou novo calafrio, com um remate ao poste da baliza de Trubin. Não obstante, de imediato, um “golo para os apanhados” beneficiaria, desta feita, o Benfica: um defesa monegasco tentava fazer um atraso de cabeça, num lance que resultou no isolar de Pavlídis, que, com muita serenidade, empatou a contenda.

Parecia, contudo, ser “sol de pouca dura”, porque, de imediato, a turma da casa voltava a marcar, valendo à equipa portuguesa a intervenção do VAR, a invalidar o golo, sancionando posição de fora-de-jogo.

Na resposta, Bah daria a melhor sequência a um cruzamento de Di María. De uma situação de 1-2, passava-se, num ápice, a 2-1, a favor do Benfica. Ou, pelo menos, assim parecia… Só que o VAR interveio de novo, recolocando tudo na mesma: mantinha-se o 1-1.

Foi então que sucedeu o momento crucial do desafio, pouco antes da hora de jogo: Wilfried Singo, que fora já admoestado com cartão amarelo (por reclamar do facto de o árbitro não ter exibido o que seria o segundo cartão amarelo a Carreras), veria, ele próprio, o cartão pela segunda vez, agora por ter cometido falta, sendo expulso.

De forma não muito usual ao nível europeu, o Benfica viria a beneficiar significativamente desta “dualidade” arbitral: o segundo amarelo poupado a Carreras resultou num primeiro amarelo a um adversário, que viria a estar na origem da inferioridade numérica da equipa do Monaco.

Os dois treinadores moveram então as peças, qual jogo de xadrez – “Adi” Hütter tinha, aliás, acabado de fazer duas substituições no minuto imediatamente anterior à expulsão, operando outras duas, cinco minutos volvidos, totalizando seis, dadas as trocas, no Benfica, de Pavlídis e Florentino, por Arthur Cabral e Amdouni.

Não estaria, então, nas previsões gerais, o que se seguiu: a suposta aposta ofensiva do Benfica teve resultados contraproducentes, com a perda de controlo a meio-campo, e seria inclusivamente o Monaco a recolocar-se em vantagem.

Em certos lances chegou a dar então a ilusão de que seria o Benfica a jogar com menos um, tal a impotência que denotava para conseguir travar a dinâmica do adversário, em rápidas transições, muito mais assertivo na recuperação de bola.

O Benfica parecia perdido, quando Di María tirou – por duas vezes – o “coelho da cartola”: primeiro, um cruzamento tenso, teleguiado, para o cabeceamento de Arthur Cabral, a dar “nova alma” à equipa, a acreditar que seria ainda possível chegar à vitória, enquanto, ao invés, o Monaco passava a duvidar de si próprio.

Já com Leandro Barreiro em campo, tendo saído Aursnes, mais três minutos passados, o argentino voltava a fazer das suas: outra vez a centrar, a solicitar a desmarcação do oportuno Amdouni, também de cabeça, a marcar o golo do (que chegou a parecer muito improvável) triunfo.

Um (feliz) desfecho que deixa o Benfica em muita boa situação para poder avançar na “Champions”, nesta época de estreia da “Liga única”.

27 Novembro, 2024 at 10:57 pm Deixe um comentário

Liga dos Campeões – 4ª Jornada – Bayern – Benfica

Bayern MünchenBayern München – Manuel Neuer, Joshua Kimmich, Min-jae Kim, Dayotchanculle “Dayot” Upamecano, Alphonso Davies, João Palhinha, Konrad Laimer, Serge Gnabry (72m – Kingsley Coman), Jamal Musiala (90m – Thomas Müller), Michael Olise (56m – Leroy Sané) e Harry Kane

BenficaBenfica – Anatoliy Trubin, Issa Kaboré (45m – Jan-Niklas Beste), Tomás Araújo, Nicolás Otamendi, António Silva, Álvaro Carreras, Renato Sanches (86m – Benjamín Rollheiser), Fredrik Aursnes, Orkun Kökçü (79m – Arthur Cabral), Zeki Amdouni (45m – Evangelos “Vangelis” Pavlídis) e Kerem Aktürkoğlu (56m – Ángel Di María)

1-0 – Jamal Musiala – 67m

Cartões amarelos – Jamal Musiala (73m); Issa Kaboré (26m), Orkun Kökçü (71m)

Árbitro – Davide Massa (Itália)

Não é difícil fazer a síntese deste jogo, em que o Benfica se remeteu completamente à defesa, desde início a fim, abdicando de jogar. Se não passou a vergonha de ser goleado, como tem sido regra em Munique, passou a vergonha de, de forma deliberada, se ter assumido como equipa pequena.

Foi, quase durante todo o tempo, uma espécie de “tiro ao boneco”, por parte do Bayern; tantos remates (total de 24) fez, tanto empurrou o Benfica para dentro do seu reduto defensivo, que seria virtualmente impossível que nenhuma dessas múltiplas tentativas não resultasse em golo.

Ao contrário, o Benfica sai do Allianz Arena com uma pior que medíocre estatística, a de ter ensaiado um único remate, em mais de noventa minutos (em termos de remates à baliza a contagem final ficou, aliás, em 10-0, exactamente como a nível do número de cantos)…

E, a dada altura, até terá sido possível ter a ilusão de se ter encontrado antídoto para os ataques bávaros: mesmo que a equipa portuguesa não conseguisse ter bola, e, portanto, sem conseguir esboçar qualquer tentativa de contra-ataque, na primeira meia hora de jogo o Bayern não dispôs de efectivas oportunidades. Só perto dos 40 minutos, Trubin foi seriamente colocado à prova.

Mas, “descoberto o caminho” para a baliza, nunca mais o conjunto benfiquista teve sossego, sempre posto em aflição.

Depois da espécie de “revolução” protagonizada por Bruno Lage a nível do “onze” inicial (fazendo alinhar três defesas centrais, numa linha defensiva de cinco elementos), as alterações efectuadas ao intervalo terão visado que fosse possível “ter bola”, por via de uma referência ofensiva, como, pretensamente, seria Pavlídis.

Mas o jogo manteve-se de “sentido único”, com a pressão a intensificar-se mesmo, e a torrente germânica acabaria (inevitavelmente) por romper o dique: já depois de outras duas intervenções do guardião ucraniano, o Bayern chegaria mesmo ao golo.

Faltavam jogar ainda cerca de 25 minutos, mas só para os dez minutos finais o técnico do Benfica arriscaria a entrada de outro avançado (Arthur Cabral).

Não obstante, a equipa portuguesa – então com menos um homem na zona de “construção de jogo” – continuaria a ser tão improfícua no ataque como fora até aí, sem conseguir, durante todo o tempo, criar qualquer lance de perigo para a baliza de Neuer.

Ao sétimo jogo do Benfica em Munique, passam a ser sete as derrotas sofridas, sendo, até, apenas a segunda vez que não foi goleado. A única coisa positiva desta noite – e aceitando a evidente superioridade do Bayern – poderá mesmo ter sido a diferença tangencial no resultado, não penalizando de forma relevante a diferença de golos geral, em termos de pauta classificativa final da “Champions League”.

6 Novembro, 2024 at 11:09 pm Deixe um comentário

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