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O Pulsar do Campeonato – 17ª Jornada

(“O Templário”, 13.02.2025)
Recebendo um adversário em bom momento de forma – que consigo partilhava a melhor série de vitórias então em curso (cinco) –, o Ferreira do Zêzere desembaraçou-se de forma categórica do Coruchense, impondo-lhe uma inapelável goleada. Qual “rolo compressor”, com 16 vitórias em 17 jornadas (a deixar transparecer que terá sido de alguma forma incidental o desaire caseiro ante o Samora Correia), o emblema ferreirense parece lançado na senda de um inédito título.
É que, em conjugação com um desempenho muito afirmativo do comandante, os seus mais imediatos perseguidores dão indícios de claudicar, numa ronda em que as equipas que se posicionavam no 2.º, 3.º e 4.º lugares foram, todas elas, derrotadas! No caso do Fazendense (3.º), o atraso, agora de doze pontos, será já irremediável; por seu turno, o surpreendente desaire do vice-líder, Samora Correia, tem como implicação directa ter passado a distar sete pontos do guia.
Como bem evidencia o sucedido com o grupo das Fazendas – oito pontos perdidos nos três últimos jogos (!) – ninguém poderá estar imune a fases menos produtivas, mas o Ferreira só perderia este campeonato se tivesse, pelo menos, três dias maus, nas 13 partidas restantes.
Depois de, há menos de dois meses, ter atingido a histórica marca de 1.000 vitórias em jogos oficiais, o União de Tomar chegou, no passado fim-de-semana, aos 500 empates. Regista, nesta altura, um total de 1.000 vitórias, 500 empates e 885 derrotas, em 2.385 desafios disputados.
A propósito de estatísticas, aqui fica ainda uma outra, de cariz mais pessoal, sendo este o 400.º artigo sobre “O Pulsar do Campeonato”, publicado em “O Templário”, desde há doze anos e meio.
Destaques – A primeira nota de realce vai para a forma como o Ferreira do Zêzere bateu o Coruchense, grupo de muito bom potencial, mas impotente para travar a cavalgada do líder, que, com dois tentos apontados antes dos vinte minutos, praticamente sentenciou o desfecho a seu favor. Tal seria confirmado em cima do intervalo, quando a turma do Sorraia ficou, primeiro, reduzida a dez unidades, e, logo de seguida, consentindo o terceiro golo. Na etapa complementar, os ferreirenses limitaram-se a gerir, tendo fixado a contagem (um robusto 4-0) aos 70 minutos.
Em destaque esteve também o Torres Novas, embalado com a goleada aplicada ao U. Tomar, tendo, desta feita, ido ganhar às Fazendas de Almeirim, por 2-1, depois de ter chegado ao intervalo já em vantagem (1-0), que recuperaria próximo do final. Não obstante mantenham, por ora, o 6.º posto, os torrejanos têm agora o duo que reparte o 4.ª lugar (Alcanenense e Coruchense) só dois pontos acima, reduzindo-se para quatro pontos o diferencial face ao seu adversário, na 3.ª posição.
Não foi um desfecho que não pudesse ser expectável, mas, indo ao Entroncamento golear por 4-1, o Mação pode, por fim, ter sacudido a má fase que vinha atravessando (tendo acumulado sete derrotas nas nove jornadas precedentes), firmando-se na primeira metade da pauta classificativa (8.º classificado), e onde só poderá olhar para cima, dado dispor de sete pontos de avanço sobre o At. Ouriense. O conjunto da cidade ferroviária, a necessitar de pontos, ainda começou por se colocar em vantagem, logo à passagem dos dez minutos, mas os maçaenses, depois de empatarem perto da meia hora, arrancaram para a vitória, com mais três golos entre os 59 e os 78 minutos.
Surpresa – Afigura-se como bastante imprevisto o desaire sofrido pelo Samora Correia em Alpiarça, derrotado por 2-0 pelo Águias, que soma assim preciosos pontos para se afastar da zona de despromoção; com três triunfos nas seis rondas mais recentes, o grupo alpiarcense (13.º na tabela) dispõe agora de margem de segurança de sete pontos em relação à “linha de água”.
Confirmações – As restantes quatro partidas da 17.ª jornada tiveram resultados dentro da lógica, desde logo com os triunfos do Alcanenense (3-1, na recepção ao “lanterna vermelha”, Salvaterrense, tendo os donos da casa chegado a 2-0 ainda no quarto de hora inicial) e do Abrantes e Benfica (2-0, ante o Cartaxo, com os abrantinos a abrir o activo antes de completados os primeiros cinco minutos, confirmando a vitória, com o segundo tento, à beira do intervalo).
Bem mais dificuldades teve o Amiense para levar de vencida a turma da Glória do Ribatejo. Os forasteiros marcaram primeiro, a meio da primeira parte, e mantiveram-se em vantagem até aos derradeiros dez minutos, altura em que, com dois golos apontados, a formação dos Amiais conseguiria arrancar um ansiado êxito (2-1), no reencontro com as vitórias, cinco jornadas depois.
O Amiense partilha agora o 10.º posto com o U. Tomar, que, tendo a visita do At. Ouriense, repetiu, pelos mesmos números, o resultado do desafio da primeira volta (2-2 – por coincidência exactamente o desfecho averbado na véspera, pelas formações juniores dos dois emblemas).
Foi a quinta ronda sucessiva do campeonato sem ganhar – por parte de ambas as equipas –, mas, pelo menos, conseguiu travar-se um ciclo de quatro derrotas dos tomarenses. A turma unionista marcou primeiro, à passagem do quarto de hora, permitindo o restabelecimento da igualdade pouco tempo volvido, tendo o grupo de Ourém operado a reviravolta (1-2) próximo do intervalo.
Na etapa complementar o União assumiu a iniciativa do jogo, na procura de pontuar, vindo a fixar o empate à entrada do último quarto de hora, depois de ter já desperdiçado algumas outras ocasiões de golo. Perante um adversário que denotou fragilidades defensivas, os nabantinos ficaram a dever a si próprios não ter conseguido voltar aos triunfos.
II Divisão Distrital – A Série A teve uma jornada (12.ª, primeira da segunda volta) caracterizada pelas goleadas: 6-0 do líder, Porto Alto, frente à equipa “B” do U. Santarém; 7-0, do Benavente, no terreno do Benfica do Ribatejo; e, sobretudo, pelo inusitado da situação, o 7-1 com que o Forense “despachou” o Pontével, com o qual repartia a 2.ª posição da tabela classificativa!
A turma do Porto Alto tem agora seis pontos de vantagem sobre o Forense, e já nove pontos de avanço em relação ao Pontével (que baixou ao 3.º lugar, dois pontos acima do Marinhais).
Na Série B, o Tramagal, vencedor do Mindense por 4-2, dispõe já – neste caso, no final da primeira volta da prova (13.ª ronda) – de vantagem de oito pontos face a Vasco da Gama (vitória por 4-1 na Atalaia) e Vilarense (que folgou). Realce ainda para a imprevista derrota do Riachense no Pego.
Porto Alto e Tramagal parecem, pois, bem encaminhados para o regresso à divisão maior, bastantes anos depois das respectivas últimas participações nesse escalão.
Campeonato de Portugal – O Fátima “soma e segue”: quinta vitória (1-0) sucessiva, na recepção ao Marinhense, numa jornada (18.ª) com a singular particularidade de todos os restantes (seis) encontros terem terminado empatados!
Os fatimenses partilham agora a 2.ª posição com o Arronches e Benfica, com uma margem de doze pontos face à zona de despromoção, parecendo já seguro poder tirar-se a ilação de que serão apenas dois os clubes a despromover da I à II Divisão Distrital no final desta temporada.
Antevisão – No primeiro escalão destaca-se o embate entre Samora Correia e Coruchense, duas formações a “lamber as feridas” dos desaires do último Domingo. O guia, Ferreira do Zêzere, recebe o Entroncamento AC. O U. Tomar, jogando de novo em casa, tem a visita do Alcanenense. Na segunda divisão joga-se apenas na Série B, realçando-se o confronto Tramagal-Vilarense.
No arranque da fase de manutenção da Liga 3, o U. Santarém (que parte na 2.ª posição, entre os seis concorrentes da Série 2, apenas atrás da Académica – sendo que serão despromovidos os dois últimos classificados de cada série), começa por receber, precisamente, a turma coimbrã.
No Campeonato de Portugal, o Fátima defronta também (fora de casa) uma equipa conimbricense, o União 1919, que se encontra em zona de despromoção (actual antepenúltimo classificado).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 13 de Fevereiro de 2025)
O Pulsar do Campeonato – 16ª Jornada

(“O Templário”, 06.02.2025)
Mais adiante se poderá aquilatar de forma cabal sobre o impacto do desfecho do embate entre Samora Correia e Fazendense (0-0), do que decorreu, por ora, o ampliar da distância destas duas equipas face ao comandante, com os ferreirenses a disporem, nesta altura, de avanço de quatro pontos sobre os samorenses, e já de nove pontos em relação ao conjunto das Fazendas.
Tal terá comprometido definitivamente as aspirações do Fazendense, ao mesmo tempo que poderá ter proporcionado importante folga para a “gestão” do resto do campeonato por parte do guia.
Destaques – No “jogo-grande” da ronda de arranque da segunda volta da prova, as equipas do Samora Correia e do Fazendense neutralizaram-se, não tendo desfeito o nulo, no que se afigura, pois, um resultado penalizador para ambos os emblemas, que não pode ter deixado nenhum deles satisfeito. Acresce que, no caso dos samorenses, para além do efeito aritmético directo (dois pontos perdidos) também em termos anímicos poderá fazer alguma mossa terem visto (por fim) interrompida uma fantástica senda triunfal, que registavam há 14 encontros (Taça incluída), tendo vencido todos os desafios disputados nos meses de Outubro, Novembro, Dezembro e Janeiro!
Assim, o maior ciclo de vitórias presentemente em curso no campeonato passou agora a pertencer – e para além do Ferreira do Zêzere – ao Coruchense, ambos vencedores nas últimas cinco rondas.
A formação do Sorraia deslocou-se a Mação, impondo-se por 4-3, numa partida repleta de cambiantes: depois de os maçaenses terem chegado a dispor de vantagem de dois golos, os visitantes, com uma sequência de três golos, inverteram tal situação; os donos da casa ainda empataram, mas, já na parte final, os forasteiros apontariam o tento decisivo. Posicionado no 4.º lugar, agora a escassos dois pontos do Fazendense, mas com um atraso de onze pontos em relação ao líder, o (notável) desempenho do Coruchense não lhe permitirá, contudo, aspirar a chegar ao topo, face ao muito negativo começo de época, somando três desaires nos quatro jogos iniciais.
De realçar ainda o triunfo do Alcanenense, em Ourém, ante o Atlético local, por 3-2: o conjunto de Alcanena chegou, de modo imprevisto, a uma vantagem de três golos, logo a abrir a segunda metade da partida, não tendo os anfitriões conseguido melhor do que minorar o impacto da derrota, com dois tentos, apontados já no derradeiro quarto de hora (o segundo deles, a quatro minutos do final), demasiado tarde para completar a recuperação.
Numa jornada, outra vez, com muitos golos (total de 32, à média de 4 por jogo), desfecho idêntico se registou também no Salvaterrense-Abrantes e Benfica. As similitudes com o jogo anterior não se ficaram por aí: os abrantinos, depois de cedo inaugurarem o marcador, também estiveram a vencer por 3-1 – após o conjunto de Salvaterra ter ainda chegado ao empate – e vindo o “placard” a ser fixado também ao minuto 86. Depois de dois resultados positivos, este foi, de certa maneira, um “passo atrás” por parte do Salvaterrense, outra vez “lanterna vermelha” isolado.
Confirmações – Nos outros quatro encontros da 16.ª jornada, os resultados confirmaram o que se poderia antever, mesmo que, em alguns casos, por números acima do expectável.
Tal aplica-se com toda a propriedade à goleada (4-0) imposta pelo Torres Novas ao U. Tomar, que, numa reversão do que de bom vinha mostrando nos dois últimos jogos, acumulou quarta derrota sucessiva no campeonato. E, como sucedera em Mação, outra vez com uma péssima entrada em campo, difícil de compreender: ainda antes do quarto de hora, o jogo estava, de novo, perdido, com três golos dos torrejanos, apontados aos dois, seis e 14 minutos!
A partir da meia hora, e, principalmente, na segunda parte, os tomarenses deram imagem bem diferente, chegando inclusivamente a assumir maior iniciativa de jogo, perante um adversário que, então, se concentrava, sobretudo, em impedir que o adversário pudesse marcar um golo, e sonhar com a “reentrada” no jogo, numa estratégia deliberada de gestão, e de limitação de riscos.
O que é facto é que, não só o União não marcaria, como, a três minutos do termo do tempo regulamentar, o Torres Novas viria mesmo a chegar ao 4-0, outra pesada derrota dos nabantinos.
O Cartaxo, recebendo o Amiense, que vinha numa série de quatro empates, voltou a ganhar (averbando apenas a segunda vitória, nas onze jornadas mais recentes), por 2-0, igualando o U. Tomar no 10.º lugar, ambos com dois pontos à maior sobre o conjunto dos Amiais… e, tão somente, seis pontos acima de Águias de Alpiarça e Entroncamento AC.
Num confronto que assumia cariz determinante, entre os então 14. º e 16.º classificados, apartados por quatro pontos, a equipa da Glória do Ribatejo não conseguiu ser bem-sucedida na recepção à turma da cidade ferroviária, deixando também escapar vantagem de dois tentos, permitindo a reviravolta ao Entroncamento, para, num jogo muito renhido, acabar por vir ainda a restabelecer a igualdade final, a três golos, subsistindo inalterada tal diferença pontual, a separar a zona de manutenção dos (dois) clubes abaixo da “linha de água” – para além da Glória, o Salvaterrense.
Porque os últimos são, neste caso, os primeiros, não teve grande história a partida entre Ferreira do Zêzere e Águias de Alpiarça, com o líder a ganhar por natural 3-0, ante um dos 13.º classificados, resultado feito, aliás, ainda na primeira parte, com golos aos 3, 17 e 40 minutos.
II Divisão Distrital – A primeira nota vai para o peculiar desfecho do Forense-Benfica do Ribatejo, que os visitados ganharam por 9-3 (tendo chegado mesmo a 9-1!), continuando a partilhar a 2.ª posição com o Pontével (vencedor, por 2-0, no terreno do Rebocho), mantendo o líder avanço de seis pontos, após ter batido o Paço dos Negros, por 3-1. Algo inesperado terá sido o desaire caseiro do Marinhais (1-2) ante o Moçarriense, a atrasar-se de forma comprometedora.
A Norte, o Tramagal foi ganhar (2-1) ao reduto do Caxarias, beneficiando do deslize do seu mais directo perseguidor, Vilarense (derrotado por igual marca em Minde), para ampliar, para cinco pontos, o avanço de que dispõe sobre o 2.º classificado; passando a ser já oito os pontos de vantagem sobre o trio que reparte o 3.º lugar (Vasco da Gama, Riachense e Espinheirense), realçando-se o triunfo averbado pela formação do Espinheiro, fora de casa, ante o Vasco da Gama.
Campeonato de Portugal – De forma sensacional, o Fátima somou quarto triunfo consecutivo, tendo ido ganhar ao terreno do anterior vice-líder, Peniche, mercê de um solitário tento. Os fatimenses, mantendo o 4.º posto, distam agora somente dois pontos do 2.º lugar (de novo pertença do Arronches e Benfica), estando um único ponto atrás do rival do passado Domingo. A vantagem face à zona de despromoção, quando faltam disputar nove jornadas, é já de dez pontos!
Antevisão – Na I Divisão Distrital as atenções estarão focadas, principalmente, no Ferreira do Zêzere-Coruchense, opondo o 1.º e 4.º classificados, que seguem, cada qual, com as tais séries de cinco triunfos consecutivos. Por seu lado, o Samora Correia desloca-se a Alpiarça, enquanto o Fazendense recebe o Torres Novas. Em jogo importante, o U. Tomar terá a visita do At. Ouriense.
No segundo escalão, o realce vai para as seguintes partidas: Forense-Pontével, num aliciante duelo entre os vice-líderes da Série A; Pego-Riachense e U. Atalaiense-Vasco da Gama.
A Liga 3 é reatada este fim-de-semana, mas somente no que respeita ao apuramento de Campeão, com destaque para o clássico ocidental de Lisboa, com o Belenenses a receber o Atlético. A disputa da fase de manutenção, na qual se insere o U. Santarém, apenas se inicia a 16 de Fevereiro.
No Campeonato de Portugal, já na sua 18.ª ronda (de um total de 26), o Fátima recebe o Marinhense, equipa que se posiciona imediatamente após os fatimenses, só dois pontos abaixo.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 6 de Fevereiro de 2025)
O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – 1/4 de final

(“O Templário”, 30.01.2025)
No que constitui o seu melhor momento na presente temporada, o U. Tomar surpreendeu o “Rei da Taça”, Fazendense, garantindo o apuramento para as meias-finais da “prova rainha”, o que alcança pela quinta vez no seu historial (em 26 participações na Taça do Ribatejo), após ter atingido, pelo menos, essa fase, também nas épocas de 2002-03, 2017-18, 2019-20 e 2020-21.
De resto, os dois primeiros do campeonato (Ferreira do Zêzere e Samora Correia) confirmaram, com naturalidade, também na Taça, o bom desempenho que vêm exibindo, completando o Abrantes e Benfica o leque de semi-finalistas. As meias-finais, a disputar a duas mãos, têm, pois, o seguinte alinhamento: U.Tomar-Samora Correia; e Abrantes e Benfica-Ferreira do Zêzere.
Destaques – A grande nota de realce dos quartos-de-final vai, indubitavelmente, para a proeza averbada pelo U. Tomar, afastando da prova o “recordista” de troféus na competição, Fazendense (cinco Taças do Ribatejo conquistadas, nos anos de 2006, 2012, 2014, 2016 e 2022).
Contando com alguns reforços, e dando seguimento às boas indicações que deixara já em Samora Correia, ante o vice-líder, o União – após ter defrontado o 1.º e 2.º classificados do campeonato – teve excelente entrada em jogo na recepção ao 3.º da tabela, Fazendense, inaugurando o marcador ainda dentro dos dez primeiros minutos, a traduzir a maior iniciativa até então assumida.
Tendo registado ainda outras boas acções ofensivas, os tomarenses viriam, contudo, a sofrer o tento do empate, próximo da meia hora de jogo. Não se descompondo, a turma unionista, bastante personalizada, recolocar-se-ia em vantagem (2-1) apenas dez minutos volvidos, resultado que se verificava ao intervalo.
No recomeço, o Fazendense voltaria a restabelecer a igualdade, tal como no primeiro golo do desafio, a favor do União, na sequência de um livre. A turma nabantina ia começando a denotar algumas dificuldades físicas, para suster o ritmo contrário, mas conseguiria ainda, a meio do segundo tempo, colocar-se, pela terceira vez, na frente do marcador!
Até final, o grupo das Fazendas intensificaria a pressão, vindo a fixar o 3-3 a escassos dois minutos dos noventa. Em tempo de compensação, Torres Gomez, melhor goleador do campeonato, podia ter ainda marcado, mas não foi evitado o recurso às grandes penalidades como fórmula de desempate, onde os tomarenses tiveram 100% de eficácia, face a uma única falha do adversário, com o guarda-redes unionista, Daniel Sebastião, a defender o terceiro remate.
Confirmações – A avaliar pelos números, os dois emblemas da frente da tabela da I Divisão Distrital, com expressivas vitórias, averbadas em terreno alheio, não experimentaram particulares dificuldades para superar esta ronda, e garantir a progressão para a fase seguinte da prova.
O guia do campeonato, Ferreira do Zêzere, deslocou-se ao Entroncamento, para defrontar o antepenúltimo (14.º) classificado, Entroncamento AC, tendo goleado por categórico 5-1. Por seu lado, o vice-líder, Samora Correia, em visita a Alpiarça, derrotou o Águias (13.º) por 3-0.
Os ferreirenses, actuais detentores do troféu, atingem as meias-finais da Taça pela sexta vez (depois das temporadas de 1989-90, 1998-99, 1999-00, 2000-01 e 2023-24). Por seu lado, os samorenses marcam presença no lote dos últimos quatro apurados da competição já pela oitava vez (após as épocas de 1981-82, 1982-83, 1993-94, 1996-97, 2007-08, 2019-20 e 2020-21).
A equipa do Abrantes e Benfica materializou a vantagem (teórica) de jogar no seu reduto, tendo afastado o Alcanenense (finalista da prova nas duas edições precedentes), ganhando por 3-1. Os abrantinos inauguraram o marcador ainda no quarto de hora inicial, tendo consentido o golo do empate nos minutos iniciais da segunda metade. Mas, de forma assertiva, marcariam mais dois tentos, fixando o “placard” a um quarto de hora do termo do desafio.
Esta é também a quinta participação do “renovado” (pese embora centenário) clube de Abrantes nas meias-finais da Taça do Ribatejo – a quarta consecutiva, depois de uma primeira presença em 2018-19; sendo que, ao contrário dos restantes apurados, busca ainda o seu primeiro troféu.
Liga 3 – Concluiu-se, com a disputa da 18.ª jornada, a primeira fase da “Liga 3”, não tendo havido alterações na classificação, no que respeita aos lugares cimeiros: com os empates registados no Restelo (0-0, num decisivo Belenenses-Académica) e nos Açores (2-2, no Lusitânia-Sporting “B”), as equipas do Belenenses (3.º) e Sporting “B” (4.º) confirmaram o apuramento para a fase de promoção, juntamente com os dois primeiros desta série B (Atlético e 1.º Dezembro).
Estes quatro clubes disputarão, com os quatro primeiros da série A (Lusitânia de Lourosa, Varzim, Fafe e Amarante) os dois lugares de subida directa à II Liga, sendo que o 3.º classificado deste torneio (em 14 rondas) terá de jogar um “play-off” com o 16.º classificado de tal escalão.
Quanto ao U. Santarém, que necessitava ganhar, acabou por ver-se derrotado na Covilhã, por 3-1, terminando na 6.ª posição, logo após a Académica, pelo que se vê relegado para a fase de manutenção, integrando uma série constituída por seis equipas (prova a disputar em dez jornadas), de que os dois últimos classificados serão despromovidos ao Campeonato de Portugal.
Em moldes inovadores nesta época, no que respeita ao regime de pontuação, as equipas partirão para essa segunda fase com um total de pontos decorrente de bonificações calculadas em função (i) da posição que obtiveram na primeira fase; e, cumulativamente, (ii) dos pontos averbados em tal fase: o U. Santarém, enquanto 6.º classificado, com 24 pontos, iniciará a fase de manutenção considerando as bonificações, respectivamente, de 5 + 2 pontos (total de 7 pontos). Os seus competidores partirão com as seguintes pontuações: Académica (6 + 3 = 9); Caldas (4 + 2 = 6); Sp. Covilhã (3 + 2 = 5); Oliveira do Hospital (2 + 1 = 3); e Lusitânia (1 + 0 = 1).
Campeonato de Portugal – O Fátima prossegue a sua muito boa campanha nesta prova, tendo somado terceiro triunfo sucessivo, ao receber e bater o Benfica e Castelo Branco por 1-0.
Os fatimenses (16 pontos) mantêm o 4.º posto, que partilham com o Marinhense, a quatro pontos do 2.º classificado (Peniche), tendo ampliado para confortáveis oito pontos a vantagem em relação à zona de despromoção, quanto restam disputar dez jornadas.
Antevisão – No arranque da segunda volta da I Divisão Distrital, a primeira nota vai para o “clássico dos clássicos” do futebol distrital, com o Torres Novas, também a comemorar o centenário da instituição do primitivo Torres Novas F.C., a receber o U. Tomar. Após 100 jogos oficiais entre os dois emblemas, os tomarenses levam ligeira vantagem ( 42 vitórias, face a 38, tendo-se registado 20 empates). Naturalmente, esta estatística altera-se contando apenas os encontros realizados em Torres Novas, com 29 triunfos dos torrejanos, contra 11 dos nabantinos.
De especial interesse será também o desafio que coloca frente-a-frente o 2.º e 3.º classificados, com o Samora Correia a receber o Fazendense, numa espécie de última cartada dos visitantes, “proibidos” de perder, perante um rival que segue com uma fantástica série de 14 vitórias!
Já o guia, Ferreira do Zêzere, é claramente favorito na recepção ao Águias de Alpiarça, podendo, cumprindo o seu papel, tirar partido do desfecho do embate de Samora.
No escalão secundário, destacam-se os seguintes encontros: Marinhais-Moçarriense, Caxarias-Tramagal e Vasco da Gama-Espinheirense. O comandante da série Sul, Porto Alto, recebe uma das equipas na posição de “lanterna vermelha”, Paço dos Negros.
Por seu turno, no Campeonato de Portugal, o Fátima desloca-se precisamente ao terreno do vice-líder da sua série, Peniche, podendo inclusivamente, em caso de vitória, entrar, de forma sensacional, na luta por um eventual apuramento para a fase final, de disputa da promoção.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 30 de Janeiro de 2025)
O Pulsar do Campeonato – 15ª Jornada

(“O Templário”, 23.01.2025)
Diz-nos a experiência que, apenas com metade do campeonato disputado, será prematuro estar a “afastar” liminarmente da luta pelo 1.º lugar uma equipa que dista sete pontos do comando.
Porém, sendo realista – e mesmo que se admita como provável que Ferreira do Zêzere e Samora Correia venham a perder, na segunda volta, mais pontos do que os que até agora cederam (três e cinco, respectivamente) – o Fazendense, registando atraso face a estes competidores, de cinco e sete pontos, tendo acabado de ser categoricamente batido pelo guia, apresenta-se em situação de notória desvantagem, pelo que só o conjugar de uma forte superação com a baixa de rendimento de ambos os rivais lhe permitiria continuar a acalentar o sonho de poder vir a chegar ao título.
Destaques – O destaque maior da 15.ª jornada foi, necessariamente, a forma como o líder, Ferreira do Zêzere, se impôs ao 3.º classificado, Fazendense, derrotado por autoritária marca de 3-0. Tendo-se colocado em vantagem ainda antes dos dez minutos, mercê de um auto-golo, os ferreirenses ficaram, desde muito cedo, em posição confortável no jogo, cujo desfecho ficaria praticamente sentenciado com o segundo tento, alcançado à passagem dos doze minutos da etapa complementar. O 3-0, apontado já em período de compensação, foi a “cereja no topo do bolo”.
Com uma primeira volta quase exemplar, em que somou 14 triunfos em 15 encontros, acumulando a condição de ataque mais concretizador (49 golos marcados) com a de defesa menos batida (somente nove tentos sofridos), é caso para dizer que, não fora o deslize caseiro ante o Samora Correia, e o campeonato poderia estar “entregue”. Assim, mantém-se, para já, a luta a dois.
Deve, por outro lado – e pese embora o resultado final –, realçar-se a forte réplica que o agora novo “lanterna vermelha”, Glória do Ribatejo ofereceu, na recepção ao Coruchense, num “quase derby”, em que os anfitriões (que contam um único triunfo, logo na 4.ª ronda, ante o Salvaterrense) se colocaram em vantagem no marcador à beira do intervalo. Porém, a formação do Sorraia empataria por volta dos dez minutos da segunda metade, vindo a arrancar, “in extremis”, a vitória aos 90+5 minutos, no que, de facto, se traduz na 11.ª derrota consecutiva dos visitados.
Surpresa – Se acabou por não chegar a haver surpresa na Glória, ela aconteceu, e foi bem grande, no Cartaxo, onde o Entroncamento AC (que, nos cinco encontros anteriores, averbara um único ponto) obteve um muito imprevisto triunfo, por 3-2, prolongando assim a série extremamente negativa de resultados dos cartaxeiros, que somaram oitavo desaire nas últimas dez jornadas!
Tal proporcionou ao Entroncamento AC (passando a somar nove pontos), “colar-se” ao Águias de Alpiarça (dez pontos), e, principalmente, afastar-se dos dois últimos classificados, Salvaterrense e Glória do Ribatejo, ambos com cinco pontos – factor da maior relevância, atendendo a que o (bom) desempenho que o Fátima vem registando no Campeonato de Portugal oferece a perspectiva de virem a ser só dois os clubes a despromover à II Divisão Distrital.
Confirmações – Os desfechos dos restantes cinco desafios poderão enquadrar-se no que constituiria a expectativa, começando, desde logo, pelos três empates registados: 0-0 no Salvaterrense-Amiense; 1-1 no Abrantes e Benfica-Alcanenense; e 2-2 no Torres Novas-At. Ouriense, sendo de notar que, por duas vezes, o grupo de Ourém esteve em situação de vantagem, tendo os torrejanos resgatado um ponto, fruto de uma grande penalidade em tempo de descontos.
O Mação ganhou, na recepção ao Águias de Alpiarça, por 3-1, todavia com maiores dificuldades do que o resultado pode deixar aparentar.
Por fim, o Samora Correia confirmou o favoritismo que lhe era atribuído, ganhando por igual marca ao U. Tomar. Os nabantinos, depois dos “scores” muito adversos das duas semanas precedentes tiveram comportamento bastante diferente, para melhor.
Apesar de terem sofrido o primeiro golo ainda antes de decorridos os cinco minutos iniciais, reagiram de forma positiva, vindo a restabelecer a igualdade, poucos minutos volvidos, tendo o 1-1 subsistido até à hora de jogo, altura em que os samorenses fizeram vincar o seu potencial, recolocando-se na frente do “placard”. O 3-1 final chegaria já próximo do termo da partida, não deslustrando a imagem que os unionistas deixaram, frente a um oponente que, constituindo-se no maior desafiante ao líder, obteve o seu 12.º triunfo consecutivo na prova!
II Divisão Distrital – O Porto Alto, alcançando um importante triunfo (2-0) na Moçarria, beneficiou do desaire do Marinhais (goleado por 5-1 em Pontével) para se afastar ainda mais dos perseguidores, dispondo agora de avanço de seis pontos face ao Forense (1-0 ao Benavente, no terceiro jogo sucessivo em casa) e Pontével, e já oito pontos em relação ao Marinhais.
O Tramagal teve boa reacção à derrota sofrida nos Riachos, voltando aos triunfos (nono, em dez encontros disputados), batendo por tangencial 2-1 o até então vice-líder, Vasco da Gama, distanciando, agora, em cinco pontos este rival. Por seu lado, o Vilarense, ganhando por igual desfecho ao Caxarias, retomou a 2.ª posição, somente dois pontos abaixo dos tramagalenses.
Anota-se ainda o imprevisto desaire do Riachense, batido pela margem mínima (1-0) pelo Espinheirense, tendo o conjunto dos Riachos visto quebrada a sua invencibilidade neste campeonato, após ter registado cinco vitórias e quatro empates, atrasando-se face ao topo da tabela, agora já a oito pontos do líder, e a seis do Vilarense.
Liga 3 – À entrada para a derradeira jornada da primeira fase, este campeonato está “ao rubro” no que respeita à contenda pelas quatro vagas de acesso à fase final, de disputa da promoção. O U. Santarém arrancou, a ferros, uma tão preciosa quão sofrida vitória (1-0) na recepção ao Lusitânia, ocupando o 6.º posto, um ponto abaixo do Sporting “B” (4.º) e da Académica (5.º).
Atlético (1.º, com 30 pontos) e 1.º Dezembro (2.º, com 28) garantiram já o apuramento. O Belenenses (3.º, com 26) – derrotado pelo Sporting “B” – depende só de si, bastando-lhe o empate na última ronda, na qual, contudo, terá a visita da Académica, num prélio de “tudo ou nada”; sendo que, por seu lado, a equipa “B” do Sporting viaja até aos Açores, para defrontar o Lusitânia.
Campeonato de Portugal – O Fátima prossegue a sua caminhada bastante segura, tendo ido vencer a Alcains, por 2-1, um triunfo muito importante, na óptica de distanciar ainda mais um dos concorrentes em zona de descida. Com seis vitórias e seis empates (nos quinze encontros realizados), os fatimenses posicionam-se num bom 4.º lugar, agora já com uma margem de sete pontos face à “linha de água” (Sp. Pombal, 10.º classificado), quando restam jogar onze rondas.
Antevisão – Os campeonatos distritais dão passagem à Taça do Ribatejo, para disputa dos quartos-de-final, com o seguinte alinhamento: U. Tomar-Fazendense (logo após terem defrontado o 1.º e o 2.º classificados, os unionistas enfrentam agora o 3.º do campeonato); Entroncamento AC-Ferreira do Zêzere e Águias de Alpiarça-Samora Correia, dispondo os dois clubes do topo da tabela de claro favoritismo, mas actuando em reduto alheio, em desafios de cariz muito específico, a eliminar; e Abrantes e Benfica-Alcanenense, numa “sequela” do embate do passado Domingo.
Na derradeira jornada da primeira fase da Liga 3, o U. Santarém vai de longada até à Covilhã, onde – pese embora sem garantias – só a vitória lhe permitirá ainda poder ambicionar a um lugar nos quatro primeiros e consequente qualificação. No Campeonato de Portugal, o Fátima recebe o Benfica e Castelo Branco, actual 6.º classificado, três pontos atrás dos fatimenses.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 23 de Janeiro de 2025)
O Pulsar do Campeonato – 14ª Jornada

(“O Templário”, 16.01.2025)
No regresso dos campeonatos distritais, três semanas decorridas desde a ronda precedente, o Salvaterrense – alcançando enfim, prestes a findar a primeira metade da prova, o seu primeiro triunfo (quebrando uma série de oito derrotas consecutivas) – e o Águias de Alpiarça obtiveram vitórias que poderão vir a revelar-se determinantes, em duas partidas em que estiveram em confronto directo os quatro últimos da tabela, a lutar afincadamente para escapar à descida.
No topo, nada de novo, com o trio de candidatos ao título a sair vencedor, com maiores ou menores dificuldades: de forma bastante expressiva, por parte do líder, Ferreira do Zêzere; com um desfecho tangencial, no caso do Samora Correia; “in extremis”, pelo 3.º classificado, Fazendense.
Destaques – O Salvaterrense – a comemorar o Centenário, que se completou a 6 de Janeiro – aproveitou a deslocação ao terreno do Entroncamento AC (14.º e antepenúltimo classificado, que regista também uma única vitória, na 9.ª ronda, tendo averbado só um ponto nas últimas cinco partidas que disputou) para garantir o seu primeiro triunfo no campeonato, o que, no imediato, lhe proporcionou (saltando de um para quatro pontos), colar-se aos mais directos rivais, Glória do Ribatejo (cinco pontos) e o adversário do passado Domingo, Entroncamento (seis pontos), o que não deixará de proporcionar novo (e, porventura, decisivo) ânimo ao emblema de Salvaterra.
A turma da cidade ferroviária até marcou primeiro, tendo chegado ao intervalo em vantagem, mas os visitantes operariam a reviravolta, vindo a estabelecer o 2-1, a seu favor, já na parte final.
Bem mais fácil se revelou a tarefa do Águias de Alpiarça, que, recebendo o conjunto da Glória do Ribatejo, goleou por 5-1, impondo aos forasteiros décimo desaire sucessivo, na pior série da competição. Os alpiarcenses chegaram a 2-0, tendo consentido a redução para 2-1, saindo para o descanso a ganhar por 3-1. Na segunda parte, ampliaram ainda a contagem com mais dois tentos.
Com os três pontos averbados, os alpiarcenses (passando a somar dez) afastaram-se da zona perigosa, mantendo o 13.º lugar, mas posicionando-se apenas a três pontos do Amiense e Cartaxo.
Pela mesma marca (5-1) se desembaraçou, de forma categórica, o Coruchense do Cartaxo, com a formação do Sorraia a isolar-se no 4.º posto, pese embora a considerável distância do trio da dianteira (a sete pontos do Fazendense, a nove do Samora Correia, e a onze do Ferreira do Zêzere).
O grupo de Coruche chegou aliás a 5-0 (tendo apontado os três primeiros golos até meio do primeiro tempo), antes de os cartaxeiros obterem, em período de compensação, o ponto de honra.
O vice-líder, Samora Correia, que mantém apertada perseguição ao comandante, não vacilou, continuando a estender a sua magnífica série triunfal, agora já de onze jogos consecutivos!
Tinha, não obstante, uma difícil saída, até Ourém, para defrontar o At. Ouriense, onde se impôs por tangencial 2-1: os samorenses colocaram-se em vantagem aos 25 minutos, tendo permitido a igualdade já perto do termo da metade inicial; mas, reagindo de pronto, tendo conseguido repor a vantagem (e fixando o resultado) ainda antes do intervalo.
Concludente foi o triunfo do Ferreira do Zêzere, ganhando, pela primeira vez na história, após 13 confrontos (desde a estreia, no ano de 1998 – e após um total de dez derrotas e dois empates), em Tomar, ao União, por pesada marca de 4-0. Um desfecho que, porém, mesmo que por números excessivos, terá tido o seu quê de expectável, dado o potencial das duas equipas nesta fase.
Os ferreirenses abriram o activo aos doze minutos, tendo o U. Tomar, já próximo do descanso, disposto de possibilidade de marcar. Porém, o segundo golo dos visitantes, logo a abrir a segunda parte, sentenciou o resultado. Outros dois tentos, aos 72 e 78 minutos, selaram o marcador final.
Confirmações – Confirmando o seu favoritismo, o Fazendense bateu o Mação por 3-2, uma vitória, todavia, “arrancada a ferros”: depois de ter inaugurado o marcador logo aos cinco minutos, a turma das Fazendas possibilitou aos maçaenses a reviravolta, com golos aos 18 e aos 84 minutos. Um bis do melhor marcador do campeonato (Torres Gomez) aos 88 e 90+4 minutos, acabaria por proporcionar nova e decisiva reviravolta no “placard”, desta feita a favor dos visitados.
Numa partida que se antecipava equilibrada, o Alcanenense fez valer o factor casa, ganhando ao Torres Novas, mercê de um solitário golo, alcançado já na etapa complementar.
O Amiense voltou a empatar (desfecho que averbou em metade das 14 rondas), pela quarta vez nos cinco últimos desafios para o campeonato… tendo voltado a deixar escapar o triunfo já nos minutos derradeiros. Tendo o 0-0 subsistido até ao intervalo, e depois dos donos da casa terem chegado ao golo, o Abrantes e Benfica conseguiria ainda arrancar um ponto, com o score de 1-1.
II Divisão Distrital – A Norte, destaca-se o primeiro desaire sofrido pelo Tramagal, tendo visto interrompida uma notável série de oito vitórias consecutivas, nos oito jogos que, até então, disputara na presente edição deste campeonato.
Alcançou tal proeza o Riachense, que se impôs por 2-0, sendo agora (com cinco vitórias e quatro empates) o único concorrente invicto, nesta série; mantém, contudo, a 4.ª posição, a três pontos do Vasco da Gama e do Vilarense (contando este um total de dez encontros já realizados), que se defrontaram nesta ronda, com triunfo da turma de Boleiros, por 3-2, em desafio muito disputado.
Mais a Sul, o Porto Alto prossegue num bem-sucedido trilho, tendo, ao fim de nove jornadas, cedido um único empate (em casa, ante o Marinhais, precisamente o novo 2.º classificado, beneficiando da derrota sofrida pelo Pontével (3-1) no terreno do… comandante.
De facto, e por seu lado, a turma de Marinhais não teve dificuldades, goleando (5-0) o Benfica do Ribatejo, mantendo-se a cinco pontos do guia, relegando o Pontével para o último lugar do pódio, agora a par do Forense (que goleou também por 4-1, na recepção ao Rebocho).
Liga 3 – Tendo a prova sido retomada no dia 5 de Janeiro, o U. Santarém tinha alcançado importante triunfo (1-0), em casa, ante o 1.º Dezembro (então no 2.º lugar da classificação), o que lhe proporcionara subir ao 5.º lugar, a escassos dois pontos dos lugares de acesso à fase final.
Defrontava, na 16.ª (antepenúltima) ronda, precisamente, o 4.º classificado, Belenenses, em embate de cariz determinante nessa disputa. Só que os “azuis” do Restelo, cuja última vitória datava já do final de Setembro (!), por curiosidade obtida em Santarém, conseguiram enfim quebrar uma “seca” de oito jogos sem ganhar, batendo os escalabitanos por 2-0, um revés nas aspirações do clube da capital do Distrito, que baixou ao 6.º posto, a quatro pontos do 4.º lugar.
Campeonato de Portugal – Não tendo ido além do nulo na recepção ao Mortágua, finalizando a primeira volta no grupo dos 6.º classificados (a par desse adversário e do Marinhense), o Fátima obteve convincente vitória (4-0) na abertura da segunda volta, também em casa, ante o Marialvas, ascendendo à 4.ª posição (que partilha com o conjunto da Marinha Grande), mas, principalmente, dilatando para cinco pontos a sua margem de segurança em relação à “linha de água”.
Antevisão – Na I Divisão Distrital, o jogo grande da última jornada da primeira volta coloca frente-a-frente o líder, Ferreira do Zêzere, ao 3.º classificado, Fazendense, num embate que poderá revelar-se definidor. O Samora Correia, recebendo o U. Tomar, dispõe de natural favoritismo.
No escalão secundário, destacam-se as partidas: Moçarriense-Porto Alto, Pontével-Marinhais e Benavente-Forense; assim como, a Norte, o duelo dos dois primeiros, Tramagal e Vasco da Gama.
Na penúltima ronda da Liga 3, o U. Santarém recebe o seu parceiro de subida da última temporada, actual “lanterna vermelha”, Lusitânia. No Campeonato de Portugal, o Fátima desloca-se a Alcains, em desafio importante, justamente face à primeira equipa em zona de despromoção.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 16 de Janeiro de 2025)
O Pulsar do Campeonato – 13ª Jornada

(“O Templário”, 26.12.2024)
Depois de ter goleado por 7-1 na semana anterior, o U. Tomar voltou a ser interveniente directo na “chuva de golos” que fez com que a 13.ª jornada passasse a ser a mais profícua da presente temporada (com um total de 36 tentos apontados). Só que, desta feita, o União ficou do “lado errado”, tendo sofrido pesado desaire na deslocação a Mação, onde foi goleado por 6-1.
Por coincidência, o mesmo desfecho que se registou no Abrantes e Benfica-Entroncamento AC, a favor dos abrantinos; mas o desafio com mais golos (oito) jogou-se em Salvaterra de Magos, onde o Coruchense foi bater o “lanterna vermelha”, Salvaterrense, por 5-3!
Destaques – O primeiro destaque vai, ainda assim, para a 10.ª vitória consecutiva do Samora Correia, que, de forma impositiva, bateu o até então 4.º classificado, Torres Novas, por 3-0, mantendo acesa perseguição ao líder, só a dois pontos. Anota-se, aliás, que, em função dos desfechos desta última ronda do ano – tendo também o Alcanenense cedido pontos – se terá reduzido a três o lote de candidatos ao título, incluindo o Fazendense, dois pontos mais abaixo.
É, por outro lado, inevitável realçar a goleada aplicada pelo Mação ao U. Tomar. Os maçaenses foram “parceiros” directos nos dois últimos troféus conquistados pelo clube: a Taça do Ribatejo, em 2018, em que o União ganhou, na Final, ao Mação; e o título de Campeão Distrital, em 2023, tendo os unionistas festejado tal conquista, com o triunfo, na derradeira ronda, ante tal adversário.
No passado Domingo, porém – vindo o oponente de uma incrível série de seis derrotas sucessivas (incluindo um jogo da Taça), o que originou a substituição do seu responsável técnico – os tomarenses, que se esperaria se apresentassem motivados com o resultado da jornada precedente, tiveram uma entrada em jogo verdadeiramente desastrada, com três golos sofridos num espaço de apenas cinco minutos, nas três primeiras ofensivas do Mação, aos três, cinco e oito minutos!
Ainda antes dos dez minutos, o União tinha o jogo perdido. Mesmo procurando reagir, ou, pelo menos, controlar os danos, não evitaria que o marcador subisse até aos 5-0, ainda antes do intervalo. Na segunda metade a partida teve contornos distintos, com o Mação já algo em gestão, não tendo os tomarenses nunca abdicado de lutar pelo ponto de honra, que chegaria próximo do final, já depois de os donos da casa terem somado ainda mais um golo à sua contagem.
6-1 foi também o “placard” final do Abrantes e Benfica-Entroncamento AC, com os abrantinos a confirmarem, cabalmente, o seu favoritismo, ante um adversário que até vinha de um resultado animador frente ao Amiense, mas que, de facto, conta apenas uma vitória na prova, do que decorre preocupante antepenúltima posição.
Precisamente, o Amiense, que deixara escapar dois pontos ao cair do pano, no Entroncamento, esteve agora em evidência, arrancando um empate a uma bola numa sempre difícil deslocação a Alcanena. Passo a passo, o grupo dos Amiais vai-se distanciando das (quatro) equipas da cauda da tabela. Já o Alcanenense confirma o momento menos positivo – tendo obtido um único triunfo nas últimas cinco rondas, baixando ao 6.º posto, ultrapassado pelo Coruchense.
Por fim, assinala-se o regresso do Cartaxo às vitórias, de que se encontrava arredado há sete longas jornadas. Mas não foi nada fácil levar de vencida o Águias de Alpiarça: o desfecho de 2-1 a favor dos cartaxeiros apenas foi alcançado já na fase derradeira do encontro.
Confirmações – As equipas do Ferreira do Zêzere, Fazendense e Coruchense confirmaram, com maior ou menor dificuldade, o favoritismo que lhes era atribuído, defrontando adversários de potencial inferior – em especial, no que respeita aos casos da Glória do Ribatejo e do Salvaterrense, que ocupam, nesta altura, as duas posições de despromoção ao escalão secundário.
Não obstante, e tal como no caso do Cartaxo, também os ferreirenses tiveram de se empregar a fundo para garantir que chegavam ao fim do ano de 2024 isolados na liderança. Recebendo uma moralizada turma do At. Ouriense, a igualdade a um golo só seria desfeita, pelo conjunto de Ferreira, igualmente na parte final do prélio.
Mais afirmativas foram as vitórias do Fazendense, na Glória (com os visitados a somarem nono desaire sucessivo no campeonato), por inequívoca margem de 3-0; e do Coruchense, em Salvaterra de Magos, pelo tal inusitado “score” de 5-3, numa partida com vários lances de grande penalidade (no que, por seu turno, constitui a oitava derrota seguida do Salvaterrense na prova).
Na viragem do ano, em comparação com o campeonato da época anterior (então com 14 jornadas disputadas, até final do mês de Dezembro de 2023), assinalam-se as seguintes evoluções mais relevantes: tal como há um ano, o Ferreira do Zêzere (que soma, agora, mais um ponto) é o líder; tal como há um ano, regista dois pontos de avanço sobre o seu mais imediato perseguidor – desta vez o Samora Correia (5.º em 2023); então o Abrantes e Benfica (actualmente na 7.ª posição).
O Fazendense progrediu de 4.º (atrás do Fátima, que acabaria por se vir a sagrar Campeão) para 3.º, e reduzindo a diferença face ao líder, de sete, para quatro pontos. Aparentemente já fora das contas do título (tal como no ano passado, a onze pontos do guia), o Coruchense passou do 6.º ao 4.º posto. O Torres Novas subiu de 8.º a 5.º; ao invés, o Mação baixou do 7.º ao 8.º lugar. Num contexto de estabilidade dos clubes melhor classificados, o Alcanenense evoluiu de 9.º para 6.º.
II Divisão Distrital – Em dia de goleadas, nos dois escalões do Distrital, o “record” foi do Espinheirense, que bateu a jovem equipa “B” do Abrantes e Benfica por inusitada marca de 10-1! O Porto Alto, que lidera destacado a sua série, foi ganhar por 7-1, fora de casa, ante o Benfica do Ribatejo. Por seu lado, o Vasco da Gama foi também golear, a Minde, neste caso por 6-2.
Assinalam-se ainda os empates registados no Forense-Marinhais e no Vilarense-Riachense (ambos com o resultado de 1-1). O Tramagal (ganhando por 3-0 à formação da Ortiga) isolou-se no comando da sua série, continuando a somar o pleno de (oito) vitórias, tendo beneficiado do “deslize” do Vilarense, agora dois pontos atrás (e com um jogo a mais que os tramagalenses).
Mais a Sul, o Pontével (triunfo por 2-1 ante o QT-SC Rio Maior) tirou partido da igualdade registada nos Foros de Salvaterra, isolando-se na perseguição ao Porto Alto. Anota-se ainda um algo imprevisto triunfo (4-3) do U. Almeirim na Moçarria.
Antevisão – Os campeonatos apenas serão retomados no novo ano, de 2025. No caso da I Divisão Distrital, a 14.ª ronda está agendada para dia 12 de Janeiro, destacando-se o “clássico” U. Tomar-Ferreira do Zêzere, tendo o Samora Correia uma saída difícil, para defrontar o At. Ouriense, enquanto o Fazendense recebe o Mação, num confronto sempre disputado.
Na divisão secundária, também a 12, o Porto Alto recebe o Pontével, num aliciante embate entre os dois primeiros classificados da Série A. Mais a Norte, realce para as partidas Riachense-Tramagal e Vasco da Gama-Vilarense.
Quanto à Liga 3, terá a sua 15.ª jornada (do total de 18 desta primeira fase) no dia 5 de Janeiro, cabendo ao U. Santarém receber o vice-líder, 1.º Dezembro.
O Campeonato de Portugal regressará também no mesmo fim-de-semana, com o Fátima a ter a visita do Mortágua, emblema que, por curiosidade, reparte com os fatimenses a 4.ª posição.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 26 de Dezembro de 2024)
O Pulsar do Campeonato – 12ª Jornada

(“O Templário”, 19.12.2024)
Culminando um selectivo marco histórico, alcançado em 85 temporadas de participação em competições oficiais, de índole Nacional e Distrital, o União de Tomar averbou, no passado Domingo, frente à equipa da Glória do Ribatejo – ganhando com uma retumbante goleada de 7-1 –, a 1.000.ª vitória do seu historial, nos 2.379 jogos oficiais que disputou (aprestando-se, em paralelo, a atingir igualmente as cinco centenas de empates).
Porque se trata de um evento de notável raridade, vale bem a pena fixar uma breve súmula relativa a estes 1.000 triunfos (465 em provas de âmbito nacional; e 535 em competições de cariz regional), indicando-se: o número de vitórias, por (i) competição, (ii) adversário e (iii) treinador; assim como o total de golos marcados pelos melhores goleadores, em jogos ganhos pelo União:

Destaques – Quanto ao jogo propriamente dito, e não obstante o significativo desnível do marcador, foi até pródigo em “histórias”: desde logo, o facto de ter sido a equipa da Glória – que somou a oitava derrota consecutiva, pior série registada no presente campeonato – a inaugurar o marcador, pouco depois do quarto de hora; de seguida, o U. Tomar a desperdiçar uma grande penalidade, antes de, já com meia hora de jogo, conseguir restabelecer a igualdade, para vir a consumar a reviravolta, ainda antes do intervalo. Na segunda metade, mais três golos de “rajada”, aos 55, 58 e 60 minutos, sentenciaram o desfecho da partida, confirmado aos 78 e 90 minutos.
Com a peculiaridade de Siaka Bamba e Wemerson Silva (este, totalizando agora 83 golos, a igualar Camolas como 3.º melhor marcador de sempre da história do clube) terem assinado dois “hat-tricks”, o U. Tomar obteve terceiro triunfo sucessivo no seu reduto (quinto, se contarmos os desafios da Taça), consolidando posição, mantendo o 10.º posto, mas apenas a dois pontos do 7.º.
Nos principais embates, entre os clubes do topo da tabela, o Ferreira do Zêzere reagiu da melhor forma ao desaire da semana anterior, não vacilando na deslocação a Torres Novas, onde averbou convincente vitória, por 2-0, marca que, aliás, se registava já ao intervalo, não tendo sofrido alteração, mesmo com os torrejanos reduzidos a dez unidades nos últimos quarenta minutos.
Também o Samora Correia saiu vencedor, na recepção ao Alcanenense, por tangencial 2-1, mantendo a perseguição ao líder, somente a dois pontos. Os samorenses resolveram a contenda em pouco mais de cinco minutos, com dois golos, aos 50 e 57 minutos, tendo sofrido ainda nos momentos finais, depois de os visitantes terem reduzido para a diferença mínima aos 84 minutos.
Num duelo entre os até então dois últimos (que, nas sete rondas anteriores, tinham somado um único ponto, acumulando seis desaires cada), o Águias de Alpiarça bateu, por categórico 4-0, o Salvaterrense, conseguindo sair da zona de despromoção, e “afundando” ainda mais o rival.
Surpresa – A surpresa será mais pela expressão do resultado, com que o At. Ouriense impôs ao Mação o que constitui já a quinta derrota consecutiva, num absolutamente imprevisto ciclo, para uma equipa que, a par do guia, Ferreira do Zêzere, fora a única a manter a invencibilidade nas sete primeiras jornadas. Neste embate, os golos como que surgiram aos pares: o grupo de Ourém chegou a 2-0 (12 e 17 minutos), tendo o Mação igualado o marcador com tentos aos 20 e 22 minutos; os anfitriões repuseram a vantagem (4-2) com outros dois golos, aos 33 e 34 minutos; a fechar, os maçaenses reduziram para 3-4 aos 89… e o At. Ouriense fixou o 5-3 aos 90 minutos!
Confirmações – Fazendense e Coruchense confirmaram o favoritismo que lhes era creditado, vencendo, pela mesma marca (2-0), o Cartaxo e o Abrantes e Benfica, respectivamente.
Também de alguma forma enquadrado no que seria a expectativa acabou por ser o desfecho do confronto entre Entroncamento AC e Amiense: os forasteiros começaram por colocar-se em vantagem ainda antes da meia hora, vindo, mais uma vez, a ver escapar-se dois pontos, já em tempo de compensação, tendo a turma da casa estabelecido o empate (1-1) aos 90+7 minutos.
II Divisão Distrital – O Porto Alto impôs-se na recepção ao Forense, mercê de um solitário tento, o bastante para manter o comando da sua série, três pontos acima do Pontével e Marinhais, com o grupo dos Foros de Salvaterra agora já com um atraso de quatro pontos. Realce ainda para as goleadas obtidas por QT-SC Rio Maior (6-0, na recepção ao Benfica do Ribatejo) e Moçarriense (6-1 em Santarém, frente à equipa “B” do União local).
Na Série B, o Tramagal prossegue a sua senda triunfal (6-0 em Abrantes, também ante a equipa “B” do Abrantes e Benfica), somando sétima vitória em outros tantos desafios disputados; igualmente com 21 pontos (mas em oito jogos) segue o Vilarense, que ganhou 3-2 na Ortiga.
Liga 3 – O U. Santarém surpreendeu pela positiva, tendo ido ganhar por 3-0 às Caldas, subsistindo no 6.º posto, mas encurtando distâncias: agora, só a dois pontos do 5.º, precisamente o rival que derrotou, e a quatro pontos do… Belenenses (4.º classificado, sem ganhar há sete jornadas!).
Campeonato de Portugal – O Fátima, apesar de derrotado em Arronches (vice-líder) por tangencial 1-0, manteve a 4.ª posição (em igualdade com o Mortágua), assim como o diferencial de quatro pontos sobre a “linha de água”, à entrada para a derradeira ronda da primeira volta.
Antevisão – Na 13.ª ronda do Distrital da I Divisão destaca-se o encontro entre Samora Correia e Torres Novas, com os samorenses com maior favoritismo, tal como sucede com o Ferreira do Zêzere, que joga igualmente em casa, ante o At. Ouriense, e com o Fazendense, na visita à Glória.
Por seu lado, o U. Tomar viaja até Mação, procurando tirar partido da fase difícil que o adversário vem atravessando, no derradeiro desafio do ano de 2024.
Na II Divisão, destacam-se as seguintes partidas: Forense-Marinhais e Vilarense-Riachense.
A Liga 3, tal como o Campeonato de Portugal, apenas serão retomados no início de Janeiro.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 19 de Dezembro de 2024)
O Pulsar do Campeonato – 11ª Jornada

(“O Templário”, 12.12.2024)
Após um ciclo de doze vitórias consecutivas (das quais dez em outras tantas jornadas do Distrital), o líder, Ferreira do Zêzere, soçobrou no embate em que recebia o seu mais directo perseguidor, Samora Correia, que infligiu aos ferreirenses a primeira derrota, estreitando-se, assim, para apenas dois pontos, a diferença entre ambos na pauta classificativa. Tendo triunfado nos respectivos compromissos, também Fazendense, Torres Novas e Alcanenense se reaproximaram do comandante, agora, respectivamente, a quatro, cinco e sete pontos. Temos campeonato!
Destaques – Bastou um tento, apontado bem cedo, logo aos dez minutos, para o Samora Correia colocar travão na notável campanha, até então 100% vitoriosa, do Ferreira do Zêzere. Os ferreirenses já por várias ocasiões tinham começado por estar em desvantagem (tal sucedera nas partidas ante o Amiense, Abrantes e Benfica, Glória do Ribatejo e Alcanenense, e, ainda, em jogo da Taça, com o Moçarriense), mas sempre tinham conseguido reagir e operar a reviravolta no marcador, o que, desta vez, perante um forte opositor, não lograram alcançar.
Em especial evidência esteve também, uma vez mais, o Torres Novas, que foi ganhar (quarto triunfo consecutivo, oitavo nas últimas nove rondas do campeonato) ao terreno do Mação, por 3-2, consolidando, pois, a sua posição entre os cinco concorrentes do topo da tabela, enquanto os maçaenses (que, ao invés, somaram quarto desaire sucessivo) prosseguem a sua trajectória descendente, tendo baixado já ao 8.º posto, a distantes treze pontos do guia.
Defrontando um rival em posição difícil – Glória do Ribatejo, um escasso ponto acima da “linha de água” (soma cinco pontos, fruto de um único triunfo averbado, a que junta dois empates) –, o At. Ouriense não desperdiçou a oportunidade de, vencendo, se afastar da parte baixa da classificação, totalizando agora 14 pontos, o que, aliás, lhe proporcionou ascender ao 9.º lugar.
O U. Tomar deslocou-se ao Cartaxo, onde, defrontando um adversário que tem atravessado fase de alguma “turbulência”, vindo de uma série muito negativa, de seis desaires sucessivos (pese embora quatro deles ante adversários que ocupam, nesta altura, os quatro primeiros lugares), obteve um ponto, preservando a sua baliza inviolada, mas sem criar grandes oportunidades.
Numa partida que, de modo geral, não foi bem jogada (o estado do relvado, natural, mas apresentando sinais de degradação, não permitiria que o jogo tivesse boa fluidez – registando-se em paralelo forte ventania), os tomarenses equilibraram a contenda durante largo período do primeiro tempo, mas, à medida que o tempo decorria, os cartaxeiros, sobretudo em lances rápidos, iam ameaçando, colocando, em diversas situações, vários elementos na área contrária.
Valeu a actuação do guarda-redes unionista, Luís Sousa, sobretudo com duas intervenções já perto do final do desafio, uma mais espectacular, em voo, a desviar a bola, com a ponta dos dedos, para canto, e outra, em que lhe surgia adversário isolado pela frente, fazendo a mancha, uma vez mais a negar o golo. Do lado do União, Wemerson Silva não conseguiu ser expedito o suficiente, para, numa ocasião de maior perigo, rematar com êxito à baliza do Cartaxo.
Surpresa – Para além dos algo imprevistos desfechos dos encontros de Ferreira do Zêzere e de Mação, a grande surpresa da 11.ª jornada sucedeu nos Amiais de Baixo, onde o Amiense, impondo-se ante o Coruchense por 2-0, obteve aquela que é apenas a sua segunda vitória no campeonato (um sucesso de que estava arredado desde a 2.ª ronda, quando fora ganhar ao reduto da Glória do Ribatejo). Tal proporcionou aos comandados de Marco Marques igualar o Cartaxo no 11.º posto, mas, sobretudo, ampliar para seis pontos o diferencial face à zona de despromoção.
Confirmações – Nos restantes três encontros confirmaram-se, mais golo, menos golo, os desfechos que seriam previsíveis. com Fazendense, Alcanenense e Abrantes e Benfica a derrotarem, respectivamente, as formações do Salvaterrense, Entroncamento AC e Águias de Alpiarça, que continuam, pois, a ocupar os três lugares da cauda da tabela.
A marca mais dilatada (4-1) foi, aliás, obtida pela equipa que actuou em terreno alheio, tendo o Fazendense goleado o “lanterna vermelha”, Salvaterrense, que acumulou o décimo desaire em onze jornadas, não tendo ainda conseguido estrear-se a vencer nesta edição do campeonato.
Nos outros dois desafios registou-se resultado idêntico (3-1), com a particularidade de, em ambos os casos, terem sido os forasteiros a abrir o activo, por volta dos vinte minutos, para, depois, os conjuntos de Alcanena e de Abrantes apontarem três tentos cada: o Alcanenense chegou ao intervalo já em posição de vantagem, selando o desfecho ainda antes do quarto de hora da segunda parte; os abrantinos apenas na etapa complementar chegariam aos golos, operando a reviravolta aos 47 e 53 minutos, fixando o “placard” em tempo de compensação.
II Divisão Distrital – O Porto Alto, que tão boa impressão deixara em Tomar na semana anterior, em jogo da Taça, alcandorou-se à liderança da Série A, goleando por 6-0 no terreno do Rebocho; e beneficiando do inesperado desaire caseiro sofrido pelo anterior comandante, Forense, batido por 1-2 pelo QT-SC Rio Maior, que, continuando a ocupar discreto 7.º lugar, volta a surpreender pela positiva, depois de, há cerca de um mês, ter ido também vencer ao reduto do Marinhais.
Na frente da classificação temos, agora, Porto Alto (16 pontos), seguido de muito perto por Forense e Pontével (15) e Marinhais (13). Mas o Moçarriense, Benavente e Rio Maior (todos, nesta altura, só com nove pontos), não poderão ser ainda, liminarmente, afastados da corrida.
Mais a Norte, o Tramagal segue de vento em popa, tendo somado a sexta vitória em outros tantos jogos disputados, batendo, por categórico 3-0, o Alferrarede, no reeditar de um velho “clássico”. Tem, não obstante, a mesma pontuação (18 pontos) que o Vilarense (este com um jogo a mais), turma que goleou a equipa “B” do Abrantes e Benfica por 6-1. O Vasco da Gama, que folgou, viu-se igualado, a 13 pontos, pelo Caxarias (que não foi além de um empate, 2-2, com o Riachense).
Liga 3 – O U. Santarém voltou a perder, desta vez em casa, ante a Académica, por algo pesada marca de 0-3, mantendo a 7.ª posição, mas, nesta altura, já a seis pontos do 4.º classificado, e somente com um ponto à maior face a Sp. Covilhã e Oliveira do Hospital.
Nota de realce para mudança no comando: a atravessar um ciclo muito negativo, sem conseguir ganhar há seis jogos (nos quais averbou apenas quatro pontos), o Belenenses cedeu a liderança ao Atlético e Académica (ambos com 22 pontos), tendo, inclusivamente, caído, numa só ronda, até ao 4.º lugar (igualado a 21 pontos com o 1.º Dezembro – e, ambos, só um ponto acima do Caldas).
Campeonato de Portugal – Foi uma ronda (11.ª) que se caracterizou pelo insólito de doze dos 14 clubes concorrentes da Série C terem empatado! Só o Mortágua conseguiu sair vencedor, em Alverca (2-1). Quanto ao Fátima, não desfez o nulo na recepção ao guia, O Elvas, mantendo a 4.ª posição, mas, agora, somente com margem de quatro pontos sobre a “linha de água”.
Antevisão – Na 12.ª jornada do Distrital da I Divisão prosseguem os embates a suscitar grande interesse, desde logo o Torres Novas (4.º) – Ferreira do Zêzere (1.º), assim como o Samora Correia (2.º) – Alcanenense (5.º), ou o Coruchense (6.º) – Abrantes e Benfica (7.º). Por seu lado, o Fazendense volta a receber, apenas quinze dias volvidos, o Cartaxo, enquanto o U. Tomar terá a visita do Glória do Ribatejo, buscando um triunfo que poderá ser crucial.
Na divisão secundária as atenções estarão centradas, a Sul, no embate entre Porto Alto e Forense. Na série B, destaca-se o Vasco da Gama-Caxarias, sendo Tramagal e Vilarense favoritos nas deslocações, respectivamente, a Abrantes e Ortiga.
Na Liga 3, o U. Santarém viaja até às Caldas da Rainha, para defrontar o actual 5.º classificado, que aspira também a integrar o quarteto de apurados para a fase final. No Campeonato de Portugal, o Fátima visita Arronches, onde encontrará um dos vice-líderes.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 12 de Dezembro de 2024)
O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – 1/8 de final

(“O Templário”, 05.12.2024)
Após a disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo não subsiste já qualquer clube do escalão secundário em prova, tendo prevalecido a lógica, com os primodivisionários (que beneficiaram ainda da vantagem de actuar no respectivo reduto) a vencer os quatro desafios que disputaram ante equipas da II Divisão Distrital.
Não terá havido também surpresa no desfecho das quatro partidas entre emblemas da I Divisão; depois da eliminação, na ronda prévia, do Coruchense, At. Ouriense, Amiense e Salvaterrense, também Torres Novas, Mação, Cartaxo e Glória do Ribatejo ficaram já afastados da competição.
Assim, é o seguinte o alinhamento dos jogos dos quartos-de-final, previamente sorteado: Entroncamento AC (14.º) – Ferreira do Zêzere (1.º); Águias de Alpiarça (15.º) – Samora Correia (2.º); U. Tomar (9.º) – Fazendense (3.º); e Abrantes e Benfica (8.º) – Alcanenense (5.º).
Destaques – O actual detentor do troféu, Ferreira do Zêzere, continua a estender a sua série triunfal: às dez vitórias no campeonato soma mais duas na Taça do Ribatejo, totalizando, agora, doze êxitos consecutivos. Repetiu, desta feita por tangencial 1-0, o triunfo que havia averbado quinze dias antes em Mação, tendo bastado, para tal, um tento obtido no início da segunda parte.
Em evidência esteve também o Fazendense, que recebeu e goleou o Cartaxo, por 4-0: dois golos apontados a fechar o primeiro tempo decidiram a contenda, o que foi confirmado com outros dois tentos, entre os 67 e os 75 minutos, sem que os cartaxeiros conseguissem esboçar reacção.
Em Abrantes o conjunto local superiorizou-se ao Torres Novas, mercê de um golo alcançado ainda no quarto de hora inicial, tendo o Abrantes e Benfica beneficiado, por outro lado, do facto de os torrejanos terem actuado em inferioridade numérica a partir dos 40 minutos.
No outro encontro entre clubes da I Divisão, o Samora Correia venceu o Glória do Ribatejo, por 2-1, resultado mais “apertado” do que seria expectável, mas, efectivamente, nunca o triunfo dos homens da casa terá estado em causa, uma vez que chegaram rapidamente a vantagem de dois golos, marcados aos 5 e 24 minutos. Os visitantes apenas obteriam o “ponto de honra” ao sexto minuto do período de compensação, demasiado tarde para poder ainda assustar.
Confirmações – Nas outras quatro partidas, em que emblemas do principal escalão foram anfitriões de oponentes da divisão secundária, confirmou-se o favoritismo dos visitados.
Não houve, pois, surpresa, mas ela até esteve perto de poder suceder, em Tomar, com o União a experimentar grandes dificuldades para suplantar a bem orientada turma do Porto Alto. Os unionistas começaram, aliás, por ser surpreendidos pela forma assertiva como o grupo do Sul do Distrito entrou em campo, com grande dinâmica e assumindo a iniciativa, tendo aberto o activo decorridos os dez minutos iniciais, na conversão de uma grande penalidade.
Durante vinte minutos os tomarenses não conseguiam acertar com as marcações, e o Porto Alto criou ainda um ou outro lance de perigo, antes de os visitados conseguirem rectificar o posicionamento. No cômputo geral, as coisas acabariam por correr bastante de feição ao U. Tomar, sobretudo a partir da expulsão, logo no primeiro minuto da segunda metade, de um adversário.
Igualmente de “penalty”, os nabantinos empataram (80.º golo de Wemerson Silva ao serviço do União), acabando por chegar ao triunfo, por sofrido 2-1, já no último minuto, mercê de um auto-golo. Ficou, não obstante, patente a qualidade de jogo do conjunto da II Divisão.
Também o Entroncamento AC se desembaraçou, aparentemente sem dificuldades de maior, do U. Almeirim, ganhando por 2-0, marcando o primeiro tento a abrir a segunda parte e confirmando a vitória com outro golo, já à entrada dos dez minutos finais.
Em Alpiarça, onde, porventura, poderia ser mais susceptível uma eventual surpresa (depois de o Vilarense ter, na ronda anterior, afastado o Amiense), o Águias obteve convincente vitória ante a formação de Vilar dos Prazeres, por 3-0, chegando ao intervalo já com dois tentos de vantagem.
Assinala-se ainda uma outra goleada, esta bem mais robusta, por 8-0, no Alcanenense-U. Atalaiense, um jogo sem outra história que não a da sequência dos golos: após ter chegado ao intervalo com (magra) vantagem de 2-0, a formação de Alcanena marcou mais cinco tentos num curto espaço de quinze minutos (entre os 46 e os 61), portanto, logo a abrir a segunda etapa da partida, numa fase de grande desnorte do adversário, sem argumentos para contrariar o significativo diferencial entre as duas equipas. O oitavo golo surgiria já no derradeiro minuto.
Liga 3 – Num encontro repleto de cambiantes, o U. Santarém acabou por empatar (3-3) em Alcochete, ante a equipa “B” do Sporting: os escalabitanos inauguraram o marcador ainda antes dos dez minutos, mas permitiram a reviravolta, com dois tentos dos sportinguistas, entre os 30 e os 38 minutos. Na segunda parte, a turma de Santarém recolocar-se-ia em vantagem (3-2), tendo marcado aos 65 e 77 minutos, vindo a conceder o golo que fixou o “placard” final aos 90+4…
Após a realização da 12.ª jornada (de um total de 18, nesta primeira fase), a classificação da Série B traduz uma invulgar situação de equilíbrio, apenas com sete pontos a separar o 1.º e o penúltimo (o mesmo diferencial que se regista entre este e o 10.º e último classificado, Lusitânia dos Açores).
O U. Santarém (15 pontos) mantém o 7.º posto, somente três pontos abaixo do último lugar (4.º) de apuramento para a fase de promoção. Ao líder Belenenses (21) – que não vence há cinco jogos! –, seguem-se: Atlético e Académica (19), 1.º Dezembro (18), Sporting “B” e Caldas (17).
Campeonato de Portugal – A interrupção do campeonato não terá sido favorável ao Fátima, que viu também interrompido um excelente ciclo de quatro vitórias consecutivas, não tendo conseguido desfazer o nulo na recepção ao Sp. Pombal, na retoma da competição (10.ª ronda).
Os fatimenses (16 pontos) mantêm também a posição (4.ª), igualmente a três pontos dos lugares de acesso à fase final – numa série comandada por dois emblemas alentejanos: O Elvas (25 pontos) e Arronches e Benfica (19) – subsistindo a margem de cinco pontos face à “linha de água”.
Antevisão – Na retoma da I Divisão Distrital, para disputa da 11.ª jornada, as atenções estarão concentradas no embate entre os dois primeiros classificados, com o Ferreira do Zêzere a receber o Samora Correia, num desafio que poderá ser definidor para o futuro do campeonato.
De interesse será também o Mação-Torres Novas, enquanto o Fazendense procurará confirmar o favoritismo na visita a Salvaterra de Magos. O U. Tomar desloca-se ao Cartaxo, para defrontar um adversário que acumula seis derrotas consecutivas, sendo de notar, não obstante, que quatro delas foram averbadas perante os clubes que ocupam, nesta altura, os quatro primeiros lugares.
Na divisão secundária, destacam-se os seguintes encontros: Marinhais-Benavente e Caxarias-Riachense. Os líderes são claramente favoritos, recebendo, respectivamente, o QT-SC Rio Maior (Forense) e o Alferrarede (Tramagal), no reviver de um clássico do futebol distrital.
Na Liga 3, o U. Santarém terá um jogo de elevado grau de dificuldade, recebendo a histórica Académica (um dos vice-líderes), que vinha também de quatro triunfos sucessivos, antes da paragem, tendo cedido um empate caseiro ante o Oliveira do Hospital no passado fim-de-semana.
Por seu lado, o Fátima, no Campeonato de Portugal, enfrentará também um compromisso da maior exigência competitiva, recebendo precisamente o guia destacado, O Elvas.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 5 de Dezembro de 2024)
O Pulsar do Campeonato – 10ª Jornada

(“O Templário”, 28.11.2024)
Três vitórias e um empate nos últimos cinco jogos disputados (incluindo o da Taça), subida à 9.ª posição, com média superior a um ponto por jogo (doze em dez rondas), agora com margem de oito pontos (12-4) face à “linha de água”; mesmo que tenha defrontado rivais da parte baixa da tabela e sem ter apresentado grandes primores exibicionais, o União vai fazendo a sua caminhada, acercando-se decididamente de uma marca histórica. O reforço da confiança, e à medida que puder dispor de todo o plantel, deverão proporcionar uma progressiva melhoria de desempenho.
Na frente, a novidade foi a perda de pontos do Fazendense, que não conseguiu melhor do que o empate, na recepção ao Abrantes e Benfica, do que resultou que o Samora Correia passasse a ficar isolado na perseguição ao triunfal líder, Ferreira do Zêzere, que soma trinta pontos em dez jogos.
Destaques – A décima vitória dos ferreirenses foi, todavia, arrancada “in extremis”: recebendo a bem organizada equipa do Alcanenense, a turma da casa foi surpreendida, vendo-se em desvantagem de dois golos ainda antes de meio da primeira parte, depois de os visitantes terem entrado praticamente a ganhar, inaugurando o marcador logo aos quatro minutos.
Os anfitriões reduziram para 1-2 antes do intervalo, mas a desvantagem subsistiria até aos derradeiros minutos, tendo o golo do empate chegado apenas aos 83 minutos. Visando contrariar a intensa pressão dos ferreirenses, José Torcato faria ainda quatro substituições de uma assentada, no penúltimo minuto do tempo regulamentar, mas que acabaram por se revelar infrutíferas, dado que o grupo de Ferreira do Zêzere consumaria a reviravolta, estabelecendo o “placard” final de 3-2 a seu favor, em tempo de compensação, já passados cinco minutos dos noventa.
Em evidência esteve também o vice-líder, Samora Correia, a demonstrar consistência, somando sétimo triunfo consecutivo (só empatou, na ronda inaugural, com o Fazendense, tendo perdido um único encontro, na 3.ª jornada, em Coruche), ganhando por 2-0 ao Mação, que, ao invés, sofreu terceiro desaire seguido, depois das derrotas com o Alcanenense e Ferreira do Zêzere.
Num embate entre dois dos conjuntos de maior potencial, Fazendense e Abrantes e Benfica neutralizaram-se, empatando a uma bola: marcaram primeiro os donos da casa, logo aos seis minutos; tendo os abrantinos restabelecido a igualdade aos… seis minutos do segundo tempo. Este deslize provocou o ampliar do atraso do grupo das Fazendas, face ao comandante, para sete pontos, enquanto o Abrantes e Benfica mantém a 8.ª posição, agora já a quinze pontos do guia, dois pontos abaixo do Mação (que desceu a 7.º) e, afinal, somente três pontos acima do U. Tomar.
Em destaque, mas pela negativa, continua o Cartaxo, que acumulou quinta derrota sucessiva (após ter sido também batido pelo Mação, Ferreira do Zêzere, Samora Correia e Torres Novas), tendo, desta feita, perdido em Ourém, ante o Atlético local, mercê de um tento apontado pelos oureenses cinco minutos para além do tempo regulamentar. Muito distantes dos ambiciosos objectivos inicialmente declarados, os cartaxeiros ganharam apenas duas vezes, tendo baixado ao 11.º lugar!
Confirmações – Quase sem se dar por ela, “pé ante pé”, a equipa do Torres Novas vai somando triunfos (terceiro seguido, num total de sete vitórias nas últimas oito rondas), que lhe têm possibilitado ir, gradualmente, subindo na pauta classificativa, até um notável 4.º posto, um único ponto atrás do Fazendense. Recebendo a formação da Glória do Ribatejo, os torrejanos não tiveram dificuldades em resolver a contenda a seu favor, ganhando por categórica marca de 3-0.
Também expectável era a vitória do Coruchense ante o Entroncamento AC, selada com concludente goleada de 5-0: quebrada a resistência dos forasteiros apenas à beira do intervalo, na segunda metade a turma do Sorraia beneficiou de maiores facilidades, tendo marcado mais quatro tentos na última meia hora do desafio.
Águias de Alpiarça e Amiense, dois emblemas a sentir as agruras da tentativa de escapar aos indesejados lugares de despromoção, disputaram intenso confronto, que finalizaria com a repartição de pontos, confirmando um desfecho que se poderia projectar. Os alpiarcenses estiveram em vantagem por duas vezes, tendo marcado o 2-1 ao minuto noventa; porém, o autor dos dois tentos da equipa da casa, João Atela, seria de imediato expulso, por acumulação de amarelos, o que o conjunto dos Amiais aproveitaria para restabelecer o empate, aos 90+6 minutos.
Um desfecho mais penalizador para o Águias, que subsiste em zona de descida (15.º e penúltimo classificado, à frente do Salvaterrense), mantendo o Amiense o 12.º posto, três pontos acima.
A concluir esta resenha da jornada, recuperemos então a vitória do U. Tomar, precisamente na recepção ao Salvaterrense, repetindo o triunfo averbado três semanas antes, em partida a contar para a Taça do Ribatejo, mas, desta vez, mercê de um solitário golo, marcado aos 66 minutos, resultado deveras escasso atendendo às oportunidades de que dispôs, principalmente após ter chegado à vantagem. Depois de uma primeira parte “morna”, os unionistas mostraram sempre maior iniciativa na etapa complementar, em relação a um opositor muito necessitado de pontuar.
II Divisão Distrital – Na Série A, o Forense isolou-se no comando, após cinco jornadas, mantendo o pleno de vitórias, com uma retumbante goleada de 5-0, aplicada no terreno do U. Almeirim. Beneficiou, para tal, do empate (1-1) entre Porto Alto e Marinhais, respectivamente 2.º e 4.º classificados, assinalando-se que a equipa do Porto Alto sofreu o seu primeiro golo na prova.
A notar, igualmente, o desfecho do embate entre Benavente e Moçarriense (1-0 para os visitados), com a turma da Moçarria a atrasar-se significativamente, já a nove pontos do líder.
Mais a Norte, na Série B, já na sexta ronda, o Tramagal saltou para o 1.º lugar, tendo ido golear a Pernes por 4-0, somando também cinco vitórias nos cinco jogos já realizados. Os tramagalenses aproveitaram o desaire sofrido pelo anterior guia, Vasco da Gama, batido por 3-1 nos Riachos.
O Vilarense soma, tal como o Tramagal, 15 pontos, depois de ter ido vencer por 3-0 a Alferrarede, mas contando já com seis encontros disputados (tendo concedido uma única derrota, logo na jornada de abertura, precisamente na recepção ao agora novo líder, num empolgante 3-4).
Por seu turno, o Caxarias, que se encontrava em igualdade pontual com o Tramagal e Vilarense, sofreu muito inesperada derrota, perdendo com o conjunto da Ortiga (até então último classificado, tendo perdido todas as cinco partidas anteriores), por 2-1.
Antevisão – Os campeonatos distritais estarão em pausa neste fim-de-semana, para disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo, em que avultam os seguintes embates: Abrantes e Benfica-Torres Novas, Fazendense-Cartaxo e, sobretudo, o Mação-Ferreira do Zêzere. Em jogos de cariz sempre especial, a eliminar, a surpresa poderá estar à espreita em qualquer campo.
Também o U. Tomar, que recebe o Porto Alto, 2.º classificado na Série A do escalão secundário, deverá ter presente a campanha que o adversário vem realizando, muito sólido a nível defensivo.
Na retoma da Liga 3, o U. Santarém desloca-se a Alcochete, para defrontar a equipa “B” do Sporting, no 5.º posto, dois degraus (e dois pontos) acima da posição dos escalabitanos. Por seu lado, no Campeonato de Portugal, o Fátima recebe o Sp. Pombal (9.º classificado), procurando dar sequência à fase muito positiva que vinha atravessando antes da interrupção da prova, em que averbou quatro vitórias consecutivas, que o catapultaram para um bem meritório 4.º lugar.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 28 de Novembro de 2024)



