Archive for Julho, 2013
Atletismo – Estatística – Manuel Arons de Carvalho

Uma fantástica recolha de Manuel Arons de Carvalho, desde há mais de 45 anos, que agora faculta para consulta online, aqui.
(via JoaoLima.net)
Dia Mundial da Síndrome de Sjögren
23 de Julho é o dia mundial da Síndrome de Sjögren, doença crónica auto-imune do foro reumatológico pouco conhecida, mas com um impacto na sociedade que se estima próximo do que tem o Lúpus ou a Artrite Reumatóide.
Esta síndrome deve o seu nome ao oftalmologista sueco Henrijk Sjögren que pela primeira vez a identificou, em 1933. Atinge maioritariamente as mulheres e caracteriza-se pela secura das mucosas, devido ao ataque das células do sistema imunitário às glândulas exócrinas, que faz com que estas não funcionem normalmente.
Na maioria dos casos, os principais sintomas são fadiga extrema, boca, olhos e pele secos, dores musculares e articulares. No entanto, a sintomatologia varia muito de pessoa para pessoa. Por isso, e porque os sintomas são partilhados com outras doenças, a Síndrome de Sjögren tem um diagnóstico difícil, que pode demorar vários anos.
Não sendo controlada por medicação, a doença vai evoluindo por todo o corpo, provocando danos normalmente irreversíveis, o que se traduz numa diminuição da qualidade de vida, podendo acarretar mesmo incapacidade para as tarefas do quotidiano e o exercício de uma profissão.
Em Portugal foi criado, no final de 2011, o primeiro grupo organizado de doentes com Síndrome de Sjögren, dependente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas. O Núcleo de Sjögren pretende apoiar quem sofre desta doença, partilhar experiências, assim como sensibilizar a população em geral e os próprios profissionais de saúde para esta doença.
Mais informações sobre a Síndrome de Sjögren e este Núcleo podem encontrar-se no sítio web da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e na página de Facebook do Núcleo. Podem também ver uma entrevista, dada pela Cristina Carvalho, membro do Núcleo, aqui.
Christopher Froome vence centésima edição do “Tour de France”
O ciclista britânico (nascido no Quénia) Christopher Froome venceu hoje a centésima edição da Volta a França em Bicicleta, uma prova em que o português Rui Costa esteve também em grande evidência, tendo vencido duas etapas, e concluindo a competição no 27.º lugar da classificação geral, tendo Sérgio Paulinho obtido posição bem mais modesta (apenas 136.º posto).
Destaque para o excelente desempenho do colombiano Nairo Quintana, que, na estreia, atinge a 2.ª posição final. A grande decepção foi o espanhol Alberto Contador, que se perfilava como um dos principais candidatos à vitória, tendo sido apenas 4.º classificado. Outros dois antigos vencedores da prova, Andy Schleck (vencedor em 2010, depois da desclassificação de Alberto Contador) e Cadel Evans (vencedor em 2011), não foram além do 20.º lugar e do 39.º lugar, respectivamente.
1º Christopher Froome (Grã-Bretanha) – Sky Procycling – 83h 56′ 40”
2º Nairo Quintana (Colômbia) – Movistar – a 04′ 20”
3º Joaquin Rodriguez (Espanha) – Katusha – a 05′ 04”
4º Alberto Contador (Espanha) – Saxo-Tinkoff – a 06′ 27”
5º Roman Kreuziger (R. Checa) – Saxo-Tinkoff – a 07′ 27”
6º Bauke Mollema (Holanda) – Belkin Pro Cycling – a 11′ 42”
7º Jakob Fuglsang (Dinamarca) – Astana – a 12′ 17”
8º Alejandro Valverde (Espanha) – Movistar – a 15′ 26”
9º Daniel Navarro (Espanha) – Cofidis – a 15′ 52”
10º Andrew Talansky (EUA) – Garmin – Sharp – a 17′ 39′
…
27º Rui Costa (Portugal) – Movistar – a 54′ 34”
…
136º Sérgio Paulinho (Portugal) – Saxo-Tinkoff – a 03h 38′ 58”
Fantástico Rui Costa bisa no “Tour”
(foto via “A Bola“)
Com um fantástico desempenho, Rui Costa entra na história do ciclismo mundial, ao conseguir vencer, na edição do “Tour de France” deste ano, duas etapas, no intervalo de apenas três dias!
Hoje, entre Bourg-d’Oisans e Le Grand-Bornand, numa extensão de 204,5 km, com duas contagens de montanha de categoria “extra”, e outras duas de primeira categoria, a última a cerca de 13 km da meta, o português, desde cedo integrado num grupo de cerca de 20 fugitivos, aproveitou a última escalada para começar por se isolar, em perseguição do ciclista que seguia na frente, Pierre Roland, para, depois de o alcançar, atacar decididamente em direcção à vitória, que consumaria com uma temerária descida até à meta, sob intensa chuva e com a estrada bastante molhada, terminando com uma vantagem de 48 segundos sobre o 2.º classificado, Andreas Kloden, com o 1.º pelotão a chegar com 8.40 minutos de atraso.
Com uma magnífica atitude táctica e excelente leitura da corrida, Rui Costa – não sendo um “trepador nato” – conquista o triunfo nestas duas etapas, com características similares, adoptando uma táctica em que é, a nível mundial, dos melhores ciclistas, impondo-se na subida, e não dando possibilidades de recuperação na descida final.
Na classificação geral – nesta altura, de importância secundária para o português -, Rui Costa voltou a subir, até ao 24.º lugar.
Desta forma, passa a ser de 12 o número de vitórias individuais de ciclistas portugueses em etapas da competição, depois dos triunfos de Joaquim Agostinho (4, duas das quais em 1969, e uma nas edições de 1973 e 1979, esta no mítico Alpe d’Huez – no ano de 1977 venceu também uma outra etapa, mas seria posteriormente desclassificado), Acácio da Silva (3, em 1987, 1988 e 1989 – ano em que envergou a camisola amarela da prova) e Rui Costa (3, duas este ano e uma em 2011), Paulo Ferreira (1, em 1984) e Sérgio Paulinho (1, em 2010) – tendo também José Azevedo participado em 2 vitórias em contra-relógios por equipas (em 2004, pela US Postal, e em 2005, pela Discovery Channel).
Homenagem a Aristides de Sousa Mendes

(clicar na imagem para ampliar)
A ler, também, este artigo do “The New York Times”, «In Portugal, a Protector of a People Is Honored».
Acordo ortográfico – Relatório da Comissão de Educação, Ciência e Cultura
«Pouco há a assinalar contra reformas ortográficas que assinalem as normais e duradouras mudanças que as línguas sofrem ao longo dos anos. Não é o caso desta. Como os países de língua portuguesa evoluem o “seu” Português de forma independente, uma reforma ortográfica clara e simplificadora provavelmente criaria mais diferenças do que identidades entre as várias formas de Português. Não viria mal ao mundo por isso e seria mais útil para cada um dos povos que escreve Português do que criar uma “ortografia unificada de língua portuguesa” de utilidade duvidosa. Aliás, de alguma maneira essa ortografia unificada contraria a própria história. As várias formas do Português já foram em tempo unas – deixaram de o ser com sucessivos processos em Portugal e no Brasil e poderíamos reconhecer e aceitar essa evolução.»
(Relatório da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, da Assembleia da República, sobre petição contra o Acordo ortográfico – Relator Michael Seufert – ver documento com o texto integral aqui)
Rui Costa vence etapa no “Tour de France” pela segunda vez
O ciclista português Rui Costa, de 26 anos (recente vencedor da Volta à Suíça, prova que tinha já conquistado também em 2012), ao serviço da equipa Movistar, obteve hoje em Gap – na quinta participação no Tour de France”- a sua segunda vitória em etapas, na mais importante prova velocipédica do mundo.
Aumenta assim para 11 o número de vitórias individuais de ciclistas portugueses em etapas da competição, depois dos triunfos de Joaquim Agostinho (4, duas das quais em 1969, e uma nas edições de 1973 e 1979, esta no mítico Alpe d’Huez – no ano de 1977 venceu também uma outra etapa, mas seria posteriormente desclassificado), Acácio da Silva (3, em 1987, 1988 e 1989 – ano em que envergou a camisola amarela da prova), Paulo Ferreira (1, em 1984) e Sérgio Paulinho (1, em 2010) – tendo também José Azevedo participado em 2 vitórias em contra-relógios por equipas (em 2004, pela US Postal, e em 2005, pela Discovery Channel).
(foto via)
Na etapa de hoje, entre Vaison-la-Romaine e Gap, na distância de 168 km, depois de uma primeira tentativa de fuga, logo ao km 3, neutralizada aos 30 km, o ciclista português culminaria da melhor forma uma outra longa fuga, de cerca de 130 km, integrando um alargado lote de 26 ciclistas, conseguindo, já na parte final da etapa, na subida de uma contagem de montanha de 2.ª categoria (de 10 km de extensão), destacar-se dos seus companheiros de escapada, controlando depois a vantagem na rápida descida de 10 km até Gap, vencendo, com mais de 11 minutos de vantagem sobre o pelotão, que chegaria à meta separado em diversos pequenos grupos.
O Mundo, em “100 pessoas”
(clicar na imagem – via jackhagley.com)







