«Sinais»
4 Julho, 2011 at 6:32 pm Deixe um comentário
Cerca de três quartos do orçamento de estado são gastos (por ordem decrescente) na segurança social, saúde e educação. Não é possível equilibrar as contas públicas sem reduzir gastos nestas três áreas e não há subsídios de Natal que cheguem para tapar o buraco crescente nas mesmas.
É essencial para a viabilidade da república que a população tenha consciência deste facto e entenda que muitos benefícios sociais garantidos pelo estado terão de sofrer ajustamentos (ou mesmo cortes). Para isso é importante tomar medidas que sinalizem inequivocamente esta realidade.
Até ao momento, a única medida verdadeiramente sinalizadora e inequívoca é um imposto extraordinário (nos vários significados do termo) que incide maioritáriamente sobre aqueles que já pagam mais impostos e contribuições. A sinalização está completamente ao contrário: De um lado, medida imediata no lado da receita, tal como fizeram os governos anteriores, com o resultadão que todos conhecemos; do outro, conversa teórica vaga sobre racionalização da despesa, mudanças das funções do estado, e tal, com medidas que ainda virão, no futuro, como sempre.
(Miguel Botelho Moniz, n’O Insurgente – sublinhados meus)
Entry filed under: Economia e Gestão, Sociedade.




Trackback this post | Subscribe to the comments via RSS Feed