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Alberto Contador vence “Tour de France” pela segunda vez
Depois da vitória de 2007 – e de se ter visto impedido de correr a prova em 2008, dada a não admissão da sua equipa, o jovem ciclista espanhol Alberto Contador (de 26 anos) somou hoje a sua segunda vitória no “Tour de France” (em três presenças na competição), alcançada de forma categórica, título que junta aos triunfos obtidos no ano passado no “Giro” de Itália e na “Vuelta” a Espanha, culminando uma época em cujo início de preparação começara por alcançar o primeiro lugar na Volta ao Algarve.
Contador viu surgir este ano um “delfim”, vencedor da prova na categoria de jovens, o luxemburguês Andy Schleck (de 24 anos), mais novo dos irmãos Schleck, com Frank a alcançar também um bom 5º lugar.
Uma palavra também para a excelente prova de Lance Armstrong – hepta-vencedor da competição, de 1999 a 2005 -, garantindo (prestes a completar 38 anos) um lugar no pódio em Paris, após três anos de “sabática”, sem competir, prometendo insistir no próximo ano.
A vitória de Contador decidiu-se essencialmente nos contra-relógios (em que ganhou 3.07 minutos a Andy Schleck: 42 segundos na 1ª etapa, no Mónaco; 40 segundos no contra-relógio por equipas de Montpellier; e 1.45m na 18ª etapa, em Annecy). Nas etapas de montanha, o espanhol apenas superou Schleck nas etapas com final em Andorra (21 segundos) e em Verbier (43 segundos), ou seja, um ganho total de 1.04 minutos.
Já em relação a Armstrong, ganhou 1.52 minutos em contra-relógios (22 segundos no Mónaco e 1.30m em Annecy), tendo conquistado mais tempo nas etapas de montanha (um total de 4.17 minutos: 21 segundos em Andorra; 1.35m em Verbier; 2.18m no Grand Bornand; e 3 segundos no Mont Ventoux). O estado-unidense tinha, por outro lado, ganho 41 segundos na 3ª etapa, e 4 segundos na 19ª etapa.
Apesar de se apresentar bastante dividida – com 2 “chefes-de-fila” e com as polémicas entre eles surgidas, com Contador a sentir-se na obrigação de demonstrar que é de facto o melhor ciclista da actualidade, enquanto Armstrong esperava poder retomar o seu reinado, neste regresso ao mais alto nível – a Astana conseguiria atingir os objectivos, com a vitória na prova, para além do 3º lugar de Armstrong e do 6º de Kloden… que talvez pudesse ter ficado uns furos acima na classificação não fora as imposições tácticas de apoio aos “chefes-de-fila”.
A grande surpresa da prova seria o britânico Bradley Wiggins, especialista em provas de pista, que mostrou uma extraordinária evolução, subindo as montanhas dos Pirinéus e dos Alpes entre os melhores.
Pela negativa, referência para o sofrível desempenho do vencedor do ano anterior, o espanhol Carlos Sastre, agora a quedar-se por um cinzento 17º lugar, a mais de 26 minutos do primeiro.
Sérgio Paulinho, tendo como principal missão apoiar os seus chefes-de-fila na Astana, conclui a prova num razoável 35º lugar, a precisamente 54 minutos de Contador.
1. Alberto Contador (Espanha) – Astana – 85h 48′ 35″
2. Andy Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 04′ 11″
3. Lance Armstrong (EUA) – Astana – a 05′ 24″
4. Bradley Wiggins (Grã-Bretanha) – Garmin – a 06′ 01″
5. Frank Schleck (Luxemburgo) – Saxo Bank – a 06′ 04″
6. Andréas Kloden (Alemanha) – Astana – a 06′ 42″
7. Vincenzo Nibali (Itália) – Liquigas – a 07′ 35″
8. Christian Vande Velde (EUA) – Garmin – a 12′ 04″
9. Roman Kreuziger (R. Checa) – Liquigas – a 14′ 16″
10. Christophe Le Mevel (França) – Française des Jeux – a 14′ 25″
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35. Sérgio Paulinho (Portugal) – Astana – a 54′ 00″
P. S. Obrigatoriamente a ver as fotos do “Tour” no “The Big Picture“, do Boston Globe.




