Archive for 29 Junho, 2003
REPÚBLICA TURCA DO NORTE DE CHIPRE (!?)
Eu bem sei que há, nos dias que correm, mil e uma preocupações em todo o mundo, mais importantes que esta RTNC…
Nós conhecemos o Chipre nos anos 70 (quando a selecção de Portugal se começou a cruzar com este simpático país nos campeonatos internacionais de futebol – era então uma das poucas selecções a quem tínhamos a certeza de ganhar sempre… e por alguns golos).
Ora, foi precisamente em 1974 (ano em que não aconteceram só coisas boas, como é óbvio) que aquela ilha do mediterrâneo foi dividida em duas partes, através de uma “barreira fronteiriça”: na parte sul da ilha, o regime era afecto à vizinha Grécia; na parte norte, foi então instaurada a República Turca do Norte de Chipre (cujo regime, obviamente, é afecto à vizinha Turquia – que foi, aliás, o único país a reconhecer oficialmente essa República). Como é que é possível que haja um país cujo nome oficial inclui referência a outro??? Como é possível dizer-se haver “cipriotas-gregos” e “cipriotas-turcos”?
Mas os tempos evoluem e, o Chipre, será nosso parceiro na União Europeia daqui a poucos meses! (apenas a parte sul…).
Para concluir, o aspecto positivo que está na origem deste escrito é que, após quase 30 anos de absoluta divisão, foi finalmente possível aos “cipriotas do norte” transpor as fronteiras para o sul e vice-versa.
Terá sido um passo ainda muito tímido (mas poderá ser o início da queda de um mini-“muro de Berlim”). Como o primeiro passo é sempre o mais difícil de dar, há que ter esperança que os cipriotas possam rapidamente unir-se e trabalhar e viver em harmonia.
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ALVALADE XXI vs. SÉRGIO GODINHO
Decorreu ontem o último evento no “velhinho” Estádio de Alvalade. Não pude estar presente e ainda não tive ecos sobre o espectáculo. Também é verdade que a melhor recordação que tenho do dito Estádio (não levem a mal…) é a de um épico 3-6 (com um “João Pinto, nota 10”).
Vem isto a propósito de uma outra coisa bastante boa que é o disco (“tributo a”) de Sérgio Godinho, “O Irmão do Meio”. Muito bom! Parcerias com Teresa Salgueiro, Rui Veloso, Jorge Palma, Xutos e Pontapés, Carlos do Carmo e Camané… mas o mais extraordinário é mesmo o dueto com Caetano Veloso (ontem, lá estiveram os dois, ao vivo…). Depois, há uma faixa espectacular com José Mário Branco (a lembrar os tempos “pré-revolução”).
Então, aqui fica mais um apelo ao “consumo”: vale a pena comprar o disco (é um pouco da nossa história dos últimos 30 anos).
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