"O SEU PRIMEIRO ROMANCE" – EQUADOR, by Miguel Sousa Tavares
Então cá vai (depois de umas “voltinhas” pela net – estamos a falar de um principiante…), agora sim, o primeiro “post” a sério (porque é que estas coisas têm de ser todas em inglês?): o livro do mês (para mim, é o livro do milénio, pelo menos no que toca ao nosso “rectângulo à beira-mar plantado” – eu não disse que Portugal tem coisas muito boas?).
Tudo é magnífico, começando pela capa que é belíssima; o próprio título (“EQUADOR”) é um achado; depois o conteúdo é brilhante, uma história que prende o leitor da primeira à 527ª página (com um desfecho inesperado), com uma escrita clara, límpida, transparente, sem pretensões de obra-prima da intelectualidade.
Se há “altos e baixos” ao longo do livro (e há…) é porque os “altos” são passagens de uma grande intensidade e de um nível que seria impossível manter ao longo de uma obra com esta dimensão (obrigado Dr. Miguel Sousa Tavares por nos proporcionar mais de 500 páginas de deslumbramento).
A vontade de “ver” (sim, porque conhecer, já o conhecemos pela descrição feita pelo autor) S. Tomé (e Príncipe!) do início do século passado é imensa.
O herói da história faz-nos lembrar um daqueles heróis de “capa e espada”, em que a honra está acima de tudo. Tudo é tão belo que até conseguimos nutrir alguma simpatia por esse famoso Rei D. Carlos (mais conhecido pela sua bonacheirice e pelo regicídio).
O enquadramento / inserção do casal britânico na história (a parte da história passada na Índia) é de uma qualidade notável.
A própria promoção do livro me parece extraordinariamente bem feita (mesmo “o seu primeiro romance” parece ser uma mensagem subliminar que nos deixa na dúvida: primeiro romance do autor ou primeiro romance do leitor?!).
Parabéns Dr. Miguel Sousa Tavares. Por favor, continue a proporcionar-nos momentos de “puro prazer” com a leitura dos seus futuros romances.
P. S. – Presenciei já várias pessoas (em livrarias, nos hipermercados, na própria Feira do Livro) que tiveram o livro na mão e, por fim, não o compraram (o preço pode ser considerado – para quem não conhece o livro – um pouco “puxado”, para as nossas bolsas, claro). Um alerta à navegação: comprem o livro! poucas vezes poderão ter adquirido um bem com tal relação qualidade/preço.
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