EURO 2024 – Grupo F – 1ª jornada – Portugal – Chéquia

18 Junho, 2024 at 9:57 pm Deixe um comentário

PortugalChéquia2-1

Portugal Diogo Costa, Rúben Dias, Pepe, Nuno Mendes (90m – Pedro Neto), Diogo Dalot (63m – Gonçalo Inácio), Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Vitinha (90m – Francisco Conceição), João Cancelo (90m – Nélson Semedo), Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (63m – Diogo Jota)

Chéquia Jindřich Staněk, Tomáš Holeš (90m – Tomáš Chorý), Robin Hranáč, Ladislav Krejčí, Vladimír Coufal, Pavel Šulc (79m – Petr Ševčík), Tomáš Souček, Lukáš Provod (79m – Antonín Barák), David Douděra, Jan Kuchta (60m – Ondřej Lingr) e Patrik Schick (60m – Mojmír Chytil)

0-1 – Lukáš Provod – 62m
1-1 – Robin Hranáč (p.b.) – 69m
2-1 – Francisco Conceição – 90m

“Melhor em campo” – Vitinha

Amarelos – Rafael Leão (39m) e Francisco Conceição (90m); Patrik Schick (57m)

Árbitro – Marco Guida (Itália)

Leipzig Stadion – Leipzig (20h00)

No arranque da fase final do Europeu, Roberto Martínez terá pretendido surpreender, apresentando um “onze” inovador, apostando numa defesa a três, com Nuno Mendes a fazer o papel de terceiro “central”.

Com naturalidade, a selecção de Portugal assumiu, desde o primeiro minuto, a iniciativa e o controlo do jogo. Aliás, mesmo que, porventura, não tivesse sido esse o plano, a Chéquia forçaria a que assim fosse, uma vez que se remeteu a uma defesa porfiada, montando uma densa barreira a partir da zona intermediária do meio campo, praticamente oferecendo a bola, como que abdicando de jogar.

E se a expectativa era a de poder lançar algum contra-ataque, a verdade é que, durante toda a metade inicial do desafio, isso não sucedeu, de tal forma foi inofensiva a sua actuação, com Diogo Costa como mero espectador.

Mas, em paralelo, decorridos vinte minutos, também a equipa portuguesa não conseguira criar qualquer lance de maior perigo. Só quando o esquema checo mostrou alguma descoordenação é que Bruno Fernandes faria um cruzamento a pedir um “encosto” de Rafael Leão, que bem se esticou todo, mas ficou a centímetros da bola.

Para, poucos minutos volvidos, o mesmo Bruno Fernandes solicitar a desmarcação de Cristiano Ronaldo, que, frente ao guardião contrário, não conseguiu concretizar a jogada em golo.

À medida que o tempo ia decorrendo, com uma exibição desinspirada e muito estereotipada, a formação nacional não parecia ser capaz de encontrar soluções para desmontar a muralha checa.

E aconteceu o que, por vezes, sucede nestas ocasiões: na primeira vez que a Chéquia se aproximou da área portuguesa, marcou!

Estava já passada a hora de jogo, após cruzamentos sem perigo aparente, mas sem que a defesa portuguesa conseguisse “limpar o lance” e sair a jogar, um jogador checo atrasou para a entrada da área, com Provod, na ressaca, a rematar de primeira, inapelavelmente para o fundo da baliza portuguesa.

A tarefa dos comandados de Roberto Martínez complicava-se sobremaneira, agora com meia hora para jogar, e em desvantagem no marcador. Reagindo de imediato, promoveu duas alterações, fazendo entrar Gonçalo Inácio e Diogo Jota, por troca com Diogo Dalot e um pouco efectivo Rafael Leão.

Valeu então que, tão inesperadamente como o tento checo, de pronto surgiria o golo que permitiu repor a igualdade, mercê de falha defensiva: o guarda-redes Staněk – que já mostrara alguma insegurança, largando algumas bolas (eventualmente devido ao estado do relvado, pela muita chuva que caía) – fez mais uma defesa incompleta, em esforço, na sequência de um cabeceamento de Nuno Mendes, com a bola, num lance de infelicidade, a ressaltar na perna do defesa Hranáč, e a anichar-se nas redes.

Com o cariz do jogo a não se alterar substancialmente – pese embora Diogo Jota ter chegado a marcar, na recarga a um primeiro cabeceamento de Cristiano Ronaldo ao poste, mas tendo o golo sido invalidado pelo “VAR”, por fora-de-jogo de Cristiano -, surpreendeu então a aparente passividade de Roberto Martínez, que apenas ao nonagésimo minuto voltaria a mexer na equipa, com uma tripla substituição, que resultaria num “bingo” perfeito.

De facto, numa saída iniciada por Gonçalo Inácio, Pedro Neto acelerou o jogo, com uma arrancada pelo flanco esquerdo, cruzando para a zona da pequena área, depois de tirar um adversário da frente, com a trajectória da bola a ser ainda desviada, por um ligeiro ressalto num defesa checo, sobrando para Francisco Conceição, que, com toda a calma, marcou um golo de belo efeito, fazendo-o da forma mais elaborada, introduzindo a bola por baixo do corpo do guarda-redes.

Um minuto, um toque na bola, um golo… e um cartão amarelo (por ter tirado a camisola, nos festejos do golo), a feliz e decisiva contribuição de Francisco Conceição para uma muito sofrida vitória de Portugal!

Um desfecho que parecia “ter caído do céu”, esperando-se que a equipa portuguesa não tivesse esgotado toda a sorte logo no jogo de estreia, com extrema eficácia no aproveitamento dos erros contrários.

Mas, se atentarmos nas estatísticas (com números esmagadores), a vitória será bem mais justificável: 74%-26% em termos de posse de bola; 8-1 em remates à baliza; 13-0 em cantos!

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