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Portugal – Espanha – Liga das Nações da UEFA – Final

2-2
Diogo Costa, João Neves (45m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Gonçalo Inácio (74m – Renato Veiga), Nuno Mendes, Bernardo Silva (74m – Rafael Leão), Vítor Ferreira “Vitinha”, Pedro Neto (105m – Diogo José “Jota”), Bruno Fernandes, Francisco Conceição (45m – Rúben Neves) e Cristiano Ronaldo (88m – Gonçalo Ramos)
Espanha – Unai Simón, Óscar Mingueza (92m – Pedro Porro), Robin Le Normand, Dean Huijsen, Marc Cucurella, Pedro “Pedri” González (74m – Francisco “Isco” Alarcón), Martín Zubimendi, Fabián Ruiz (74m – Mikel Merino), Lamine Yamal (105m – Yeremi Pino), Mikel Oyarzabal (111m – Álvaro Morata) e Nicholas “Nico” Williams (92m – Alejandro “Álex” Baena)
0-1 – Martín Zubimendi – 21m
1-1 – Nuno Mendes – 26m
1-2 – Mikel Oyarzabal – 45m
2-2 – Cristiano Ronaldo – 61m
Cartões amarelos – Gonçalo Inácio (19m), Pedro Neto (82m), Nuno Mendes (100m) e Roberto Martínez (Treinador – 110m); Fabián Ruiz (33m), Robin Le Normand (90m), Alejandro “Álex” Baena (100m) e Pedro Porro (110m)
Desempate da marca de grande penalidade:
1-0 – Gonçalo Ramos
1-1 – Mikel Merino
2-1 – Vítor Ferreira “Vitinha”
2-2 – Alejandro “Álex” Baena
3-2 – Bruno Fernandes
3-3 – Francisco “Isco” Alarcón
4-3 – Nuno Mendes
Álvaro Morata permitiu a defesa a Diogo Costa
5-3 – Rúben Neves
Árbitro – Sandro Schärer (Suíça)
Allianz Arena, Munique – Alemanha
Portugal sagra-se vencedor da 4.ª edição da Liga das Nações, conquistando o troféu pela segunda vez!
Defrontando a que será, porventura, melhor selecção mundial da actualidade, por duas vezes a equipa portuguesa esteve em desvantagem no marcador, por duas vezes teve a coragem necessária para repor a igualdade.
Entrando em campo com um desenho táctico pouco ortodoxo, com a novidade de mais um lateral direito improvisado (João Neves!), procurando tirar partido da aposta na irreverência de Francisco Conceição, a selecção nacional tinha um tesouro que brilharia com maior fulgor nesta Final, numa sensacional exibição de Nuno Mendes.
A turma portuguesa, atrevida, logo de entrada procurou apropriar-se do jogo, mas rapidamente a Espanha assumiria as rédeas, dominando na zona nevrálgica, e instalando-se no meio campo contrário, começando a dar a ideia que poderia chegar ao golo, o que sucederia cumpridos os primeiros vinte minutos, beneficiando de uma sucessão de ressaltos.
A equipa nacional teria, então, a felicidade de, antes de poder reequilibrar a contenda em termos de futebol jogado, chegar, de pronto, ao empate, num raid fulminante de Nuno Mendes, que marcou pela primeira vez ao serviço da selecção.
A Espanha não desarmou, e Nico Williams, com várias investidas pelo flanco esquerdo, ia colocando a “cabeça em água” a João Neves, sem as rotinas posicionais necessárias a um bom desempenho, de forma a travar um extremo tão versátil.
Mas seria até pelo lado direito que, mesmo à beira do intervalo, a formação espanhola se recolocaria em vantagem, aproveitando alguma desconcentração portuguesa, reclamando uma falta sobre Bernardo Silva. O resultado ao intervalo ajustava-se ao rendimento apresentado pelas duas equipas.
No reatar da partida Roberto Martínez rectificou posições, sacrificando João Neves, dando lugar a Nélson Semedo, ao mesmo tempo que procurava reforçar o meio-campo, com a entrada de Rúben Neves. As alterações promovidas pareciam fazer sentido, mas, em termos práticos, não davam resultados, no que respeita a uma tomada de controlo pela equipa portuguesa, que continuava muito pressionada.
Até que, ao passar da hora de jogo, libertou-se (de novo) o génio de Nuno Mendes – que, tendo tido de lidar, face a face, com a grande promessa (já certeza) espanhola, Lamine Yamal, ia levando claramente a melhor, em termos defensivos –, conseguindo esquivar-se ao rival directo, e “ligando o turbo”, em direcção à área, com a bola a chegar a Cristiano Ronaldo, que, com frieza, não perdoaria, fazendo o 2-2.
Até final do tempo regulamentar, a Espanha, forçada a mostrar respeito pelo adversário, refreou a tomada de risco, em contraponto à tentativa portuguesa de explorar também o “diabo à solta”, Rafael Leão, mas o resultado estava feito e não se alteraria.
Numa boa exibição da equipa nacional, este era já o sexto empate entre as duas selecções, nos últimos sete encontros!
Portugal parecia denotar maior frescura e superioridade anímica para o prolongamento, agora com Nuno Mendes e Rafael Leão a constituírem ameaças que a Espanha não podia menorizar. Faltaria, então, eficácia – sobretudo na primeira parte do prolongamento – para que a selecção portuguesa tivesse marcado e pudesse ganhar o jogo.
Na segunda metade desse tempo extra, a conjugação da fadiga que se ia avolumando, de parte a parte, com o receio de perder, fez com que não houvesse soberanas ocasiões de golo para qualquer lado.
O desempate da marca de grande penalidade tornara-se uma inevitabilidade, e, sendo sempre de desfecho contingente, prometia favorecer a equipa portuguesa. E assim seria: com todas as sete primeiras tentativas concretizadas com sucesso, bastaria a decisiva defesa de Diogo Costa, a remate de Morata, para proporcionar a Rúben Neves a oportunidade de materializar a festa, o que, com grande serenidade, confirmaria, completando o pleno de (cinco) golos de Portugal.
Depois do Campeonato da Europa de 2016, e da Liga das Nações de 2019, a selecção de Portugal conquista o seu terceiro grande troféu a nível internacional. Nuno Mendes ( o “homem do jogo”), João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos viveram a melhor semana das suas vidas a nível desportivo: depois de, no passado Sábado, se terem sagrado Campeões Europeus de clubes, conquistaram, este Domingo – por curiosidade, no mesmo mítico Estádio, em Munique –, a Liga das Nações.


Alemanha – França – Liga das Nações da UEFA – 3.º/4.º lugar

0-2
Marc-André ter Stegen, Joshua Kimmich, Jonathan Tah, Robin Koch, David Raum (65m – Maximilian Mittelstädt), Pascal Groß (73m – Thilo Kehrer), Leon Goretzka (65m – Tom Bischof), Nick Woltemade (45m – Deniz Undav), Florian Wirtz, Karim-David Adeyemi (78m – Serge Gnabry) e Niclas Füllkrug
França – Mike Maignan, Malo Gusto, Loïc Badé, Lucas Hernández, Lucas Digne, Aurélien Tchouaméni (68m – Emmanuel “Manu” Koné), Adrien Rabiot, Randal Kolo Muani (68m – Désiré Doué), Rayan Cherki (68m – Michael Olise), Marcus Thuram (90m – Mattéo Guendouzi) e Kylian Mbappé
0-1 – Kylian Mbappé – 45m
0-2 – Michael Olise – 84m
Cartões amarelos – David Raum (29m), Karim-David Adeyemi (35m) e Jonathan Tah (61m); Lucas Digne (12m) e Lucas Hernández (61m)
Árbitro – Ivan Kružliak (Eslováquia)
Stuttgart Arena, Stuttgart – Alemanha
Espanha – França – Liga das Nações da UEFA – 1/2 finais

5-4
Espanha – Unai Simón, Pedro Porro, Robin Le Normand (77m – Daniel Vivian), Dean Huijsen, Marc Cucurella, Mikel Merino (90m – Pablo Gavira “Gavi”), Martín Zubimendi, Pedro “Pedri” González (64m – Fabián Ruiz), Lamine Yamal, Mikel Oyarzabal (77m – Samuel “Samu” Omorodion) e Nicholas “Nico” Williams (64m – Dani Olmo)
França – Mike Maignan, Pierre Kalulu (63m – Malo Gusto), Ibrahima Konaté, Clément Lenglet (72m – Lucas Hernández), Theo Hernández, Emmanuel “Manu” Koné, Adrien Rabiot, Ousmane Dembélé (76m – Randal Kolo Muani), Michael Olise (63m – Rayan Cherki), Désiré Doué (63m – Bradley Barcola) e Kylian Mbappé
1-0 – Nicholas “Nico” Williams – 22m
2-0 – Mikel Merino – 25m
3-0 – Lamine Yamal (pen.) – 54m
4-0 – Pedro “Pedri” González – 55m
4-1 – Kylian Mbappé (pen.) – 59m
5-1 – Lamine Yamal – 67m
5-2 – Rayan Cherki – 79m
5-3 – Daniel Vivian (p.b.) – 84m
5-4 – Randal Kolo Muani – 90m
Cartões amarelos – Lamine Yamal (33m) e Pablo Gavira “Gavi” (90m); Adrien Rabiot (51m), Theo Hernández (82m), Randal Kolo Muani (90m) e Emmanuel “Manu” Koné (90m)
Árbitro – Michael Oliver (Inglaterra)
Stuttgart Arena, Stuttgart – Alemanha
Um resultado de 4-0 aos dez minutos da segunda parte pode induzir em erro, levando a pensar que “os números dizem tudo”, isto é, que o desafio teria sido um passeio para a Espanha, num jogo de “sentido único”.
Mas não foi bem assim, desde logo porque a França até teve uma melhor entrada, assumindo a iniciativa; porém, a eficácia espanhola foi tremenda, marcando dois golos num curto intervalo de três minutos, entre os 22 e os 25. O que repetiria, no tal arranque de segunda parte, com mais outros dois tentos, desta feita em minutos consecutivos.
Quando Mbappé, logo de seguida, reduziu para 1-4, o mais normal seria pensar-se que a França tinha obtido o seu “ponto de honra”. Até porque, pouco tempo decorrido, a Espanha voltava a colocar o marcador numa diferença de quatro golos a seu favor.
A partir daí, é difícil perceber se foi a Espanha que relaxou – desde logo com as saídas de Pedri e Nico Williams, porventura já uma gestão para a Final – ou se não conseguiu então encontrar antídoto para suster a “louca cavalgada” francesa, que, depois de chegar ao 3-5, terá acreditado, o que reforçou com o 4-5, que, contudo, chegaria já tarde demais.
Num jogo frenético – em que houve de tudo, com um penalty para cada lado, um auto-golo e evolução completamente atípica do marcador –, e depois de ter ficado a sensação de que a Espanha dominara a seu bel-prazer, a ideia final que perdura foi a de que, com mais alguns minutos, a França teria conseguido mesmo completar o que seria, a todos os níveis, uma recuperação verdadeiramente épica.
Que os ataques se superiorizaram claramente às defesas não restam dúvidas; o que ficou por esclarecer foi se as fragilidades defensivas evidenciadas de parte a parte serão sistémicas – no caso da equipa espanhola, como que emulando a forma de jogar do Barcelona nesta temporada –, ou de índole pontual/casual.
Em qualquer caso, Portugal terá perfeita noção de que não encontrará facilidades no Domingo, numa aliciante Final ibérica…
Alemanha – Portugal – Liga das Nações da UEFA – 1/2 finais

1-2
Marc-André ter Stegen, Jonathan Tah, Robin Koch, Waldemar Anton (71m – Felix Nmecha), Joshua Kimmich, Aleksandar Pavlović (71m – Karim-David Adeyemi), Leon Goretzka, Maximilian Mittelstädt (60m – Robin Gosens), Leroy Sané (60m – Serge Gnabry), Florian Wirtz e Nick Woltemade (60m – Niclas Füllkrug)
Diogo Costa, João Neves (58m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Rúben Neves (58m – Vítor Ferreira “Vitinha”), Bernardo Silva, Francisco Trincão (58m – Francisco Conceição), Bruno Fernandes, Pedro Neto (83m – Diogo José “Jota”) e Cristiano Ronaldo (90m – João Palhinha)
1-0 – Florian Wirtz – 48m
1-1 – Francisco Conceição – 63m
1-2 – Cristiano Ronaldo – 68m
Cartões amarelos – Jonathan Tah (80m), Florian Wirtz (84m) e Niclas Füllkrug (85m); Roberto Martínez (Treinador – 52m), Rúben Neves (52m) e Rúben Dias (85m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
Allianz Arena, Munique – Alemanha
Desta vez nem sequer se terá tratado da velha máxima de um jogo com duas partes distintas. Porque, de facto, o que fez mudar a configuração do embate foi, na sequência do golo da Alemanha, a alteração promovida por Roberto Martínez, com as substituições operadas já próximo da hora de jogo, e que tão rapidamente frutificaria.
Com a “cabeça no cepo” (começaram a avolumar-se os rumores de que não resistirá, sequer, até à fase de qualificação para o Mundial, perante o perfilar de candidatos à sua sucessão, em especial, José Mourinho e Jorge Jesus), Martínez fez alinhar um “onze” inesperado e dificilmente compreensível, desde logo, com o relegar de Vitinha para o banco; e, acrescendo à estranheza, a colocação de João Neves como lateral direito…
Com um histórico muito desfavorável, surgindo a Alemanha como uma espécie de “papão”, as sensações não eram muito boas, não se antecipando que a estratégia pudesse resultar.
E, de facto, tal foi-se confirmando em campo, com a equipa portuguesa a evidenciar muitas dificuldades para chegar ao último terço do terreno, sem conseguir “ter bola”, vendo-se compelida a procurar explorar a profundidade (sobretudo a velocidade de Pedro Neto, que, um par de vezes, enfrentou o guardião contrário), enquanto a formação germânica se assenhoreava do jogo, e, à medida que o tempo ia avançando, ameaçava crescentemente a baliza de Diogo Costa, colocado à prova em duas ocasiões, a que deu notável resposta.
O nulo subsistiria até ao intervalo, mas, logo no recomeço, a Alemanha chegava mesmo ao golo, como, já há algum tempo, se podia ir antevendo.
Decorrendo talvez de uma alteração a nível mental, após ter alcançado a vantagem, e/ou incapaz de se adaptar às mudanças de posicionamento da equipa portuguesa, a turma da casa como que desapareceu do jogo, de forma algo inusitada. Em contraponto, sobressairiam as individualidades portuguesas.
Sob a batuta de Vitinha, com Nuno Mendes a dinamitar a organização contrária, Francisco Conceição – entrado em campo há cinco minutos –, inspirado decerto pelo “hat-trick” apontado pelo pai, há 25 anos (na, até agora, última vitória portuguesa), encheu-se de confiança, e, depois de ganhar posição, internando-se no terreno, visou a baliza, com um remate de longe, bem colocado, que resultou no golo do empate.
Apenas mais cinco minutos volvidos, outra jogada rápida, em que se destaca a brilhante arrancada de Nuno Mendes, Cristiano Ronaldo – em posição no limite do “fora de jogo” – surgiria isolado frente ao guardião contrário, não vacilando, conseguindo dar a melhor sequência ao lance, fazendo anichar a bola no fundo das redes. Portugal operava uma sensacional reviravolta, passando a ganhar por 2-1.
Até final, com a Alemanha, necessariamente, a procurar assumir maior risco, em busca de, pelo menos, restabelecer a igualdade, a equipa portuguesa, beneficiando de mais espaços, podia ter inclusivamente sentenciado o desfecho, com um terceiro golo, não fora duas incríveis paradas de ter Stegen, a remates, quase à “queima roupa”, de Diogo Jota e Francisco Conceição.
Alcançando um êxito com o seu quê de inesperado, frente a um adversário poderoso, e em reduto alheio, e mais, da forma convincente como foi obtido, Roberto Martínez terá conseguido, para já, afastar o “fantasma” do despedimento. Mas continuará a ser-lhe exigido muito, agora ante um outro rival, ainda mais temível, na que será apenas a quarta final da história da principal selecção portuguesa (depois de 2004, 2016 e 2019).
Liga das Nações da UEFA – 2024/25 – 1/4 de Final (2.ª mão)
Liga A – 1/4 de final
2ª mão 1ª mão Total Espanha - Países Baixos (5-4 gp) 2-2 (3-3ap) 2-2 4-4 França - Croácia (5-4 gp) 2-0 (2-0ap) 0-2 2-2 Portugal - Dinamarca 3-2 (5-2ap) 0-1 5-3 Alemanha - Itália 3-3 2-1 5-4
É o seguinte o alinhamento das meias-finais, previamente sorteado:
Alemanha – Portugal
Espanha – França
Play-off Liga A / Liga B
2ª mão 1ª mão Total Hungria - Turquia 0-3 1-3 1-6 Bélgica - Ucrânia 3-0 1-3 4-3 Sérvia - Áustria 2-0 1-1 3-1 Escócia - Grécia 0-3 1-0 1-3
A Turquia e a Grécia garantiram a promoção à Liga A, na qual asseguraram a manutenção a Bélgica e a Sérvia.
Play-off Liga B / Liga C
2ª mão 1ª mão Total Islândia - Kosovo 1-3 1-2 2-5 Irlanda - Bulgária 2-1 2-1 4-2 Geórgia - Arménia 6-1 3-0 9-1 Eslovénia - Eslováquia 0-0 (1-0ap) 0-0 1-0
O Kosovo garantiu a promoção à Liga B, na qual asseguraram a manutenção a Irlanda, Geórgia e Eslovénia.
Play-off Liga C / Liga D
Gibraltar – Letónia – 26 e 31.03.2026
Malta – Luxemburgo – 26 e 31.03.2026
Portugal – Dinamarca (Liga das Nações – 1/4 de final)
Portugal – Diogo Costa, Diogo Dalot (81m – Francisco Trincão), Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Bernardo Silva, Vítor Ferreira “Vitinha” (99m – Rúben Neves), Bruno Fernandes, Francisco Conceição (81m – Nélson Semedo), Rafael Leão (62m – Diogo Jota) e Cristiano Ronaldo (90m – Gonçalo Ramos)
Dinamarca – Kasper Schmeichel, Rasmus Kristensen, Joachim Andersen, Jannik Vestergaard, Patrick Dorgu (97m – Conrad Harder), Christian Eriksen (83m – Morten Frendrup), Morten Hjulmand, Christian Nørgaard (83m – Victor Froholdt), Gustav Isaksen (73m – Victor Kristiansen), Rasmus Højlund (73m – Mika Biereth) e Jesper Lindstrøm (65m – Andreas Skov Olsen)
1-0 – Joachim Andersen (p.b.) – 38m
1-1 – Rasmus Kristensen – 56m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 72m
2-2 – Christian Eriksen – 76m
3-2 – Francisco Trincão – 86m
4-2 – Francisco Trincão – 91m
5-2 – Gonçalo Ramos – 115m
Cartões amarelos – Rúben Dias (50m) e Diogo Jota (75m); Christian Eriksen (50m), Christian Nørgaard (66m), Joachim Andersen (105m) e Jannik Vestergaard (120m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
A propósito de resultados ilusórios: a selecção de Portugal esteve à beira de ser eliminada – e esse teria sido até o desfecho mais lógico perante o desempenho de ambas as equipas no decurso dos noventa minutos de tempo regulamentar; ou, ainda com maior acuidade, se tivermos também em consideração o jogo da primeira mão.
Salvo quase ao soar do gongo, por um golo de Trincão, a equipa portuguesa teria, logo de seguida, a felicidade de o mesmo Trincão marcar no primeiro minuto do prolongamento, alcançando um bis que consubstanciou um ponto de viragem que viria a ser definitivo, complementado ainda, já próximo do termo dessa extensão do tempo de jogo, com mais um golo de Gonçalo Ramos, numa fase em que a Dinamarca “entregara já os pontos”.
E, veja-se lá como são as coisas: tudo parecia começar a ficar bem encaminhado logo aos cinco minutos, quando Portugal beneficiou de uma grande penalidade… que, contudo, Cristiano Ronaldo não conseguiria converter em golo.
Parecendo acusar esse contratempo, a equipa mostrou-se algo ansiosa, acumulando falhas, e não conseguindo fluidez de jogo para construção de oportunidades, perante um opositor bem organizado.
Mas a sorte sorriria de novo aos portugueses quando o defesa dinamarquês, involuntariamente, acabou por introduzir a bola na sua baliza, na sequência de um pontapé de canto. O resultado ao intervalo era, apesar de tudo, animador, face à produção desenvolvida.
Na segunda parte a Dinamarca surgiria mais afoita: já depois de Hjulmand ter ameaçado, viria mesmo a restabelecer o empate, também na marcação de um canto, estavam cumpridos apenas os primeiros dez minutos.
O ritmo de jogo intensificar-se-ia à entrada para os vinte derradeiros minutos, primeiro, com Portugal a recolocar-se em vantagem (igualando novamente a eliminatória), num lance de insistência, com Bruno Fernandes a rematar de meia distância, ao poste, com Cristiano Ronaldo, muito oportuno, a fazer a recarga com êxito.
Mas seria “sol de pouca dura”: um lapso de Rúben Dias, a perder a bola em zona comprometedora, proporcionou uma rápida transição contrária, com a Dinamarca, outra vez, a empatar o jogo e a fazer, de novo, pender a eliminatória a seu favor.
Já numa fase de algum desespero, Roberto Martínez arriscaria enfim, apostando em Francisco Trincão, por troca com Diogo Dalot. E, outra vez, Portugal seria feliz: bastariam cinco minutos em campo para marcar um golo determinante; novamente Bruno Fernandes com intervenção na jogada, a cruzar para a área, tendo Schmeichel rechaçado a bola, que sobraria para Nuno Mendes, de imediato a fazer o último passe, para a finalização de Trincão. Estava garantida a “vida extra” do prolongamento.
Aí, tendo já refrescado o ataque, com a entrada de Gonçalo Ramos para o lugar de Cristiano Ronaldo, não poderia tal período ter começado melhor: logo no primeiro minuto, o tal bis de Trincão (também numa recarga, depois de Schmeichel ter defendido o remate, precisamente de Gonçalo Ramos) colocava Portugal, pela primeira vez, ao fim de 180 minutos, em vantagem na eliminatória.
O jogo entrara numa espiral algo caótica, já sem grandes tácticas e pouco rigor nas marcações e posicionamento, abrindo espaços, o que o mesmo Gonçalo aproveitaria para fixar o placard num 5-2, que traduz uma expressão ilusória de facilidades que, todavia, nunca existiram, neste duro confronto entre Portugal e a Dinamarca.
O almejado prémio é a presença na “Final Four” da Liga das Nações, a disputar na Alemanha, em que a selecção nacional enfrentará, nas meias-finais, exactamente a formação germânica.
Liga das Nações da UEFA – 2024/25 – 1/4 de Final (1.ª mão)
Liga A – 1/4 de final
Países Baixos – Espanha – 2-2
Croácia – França – 2-0
Dinamarca – Portugal – 1-0
Itália – Alemanha – 1-2
Play-off Liga A / Liga B
Turquia – Hungria – 3-1
Ucrânia – Bélgica – 3-1
Áustria – Sérvia – 1-1
Grécia – Escócia – 0-1
Play-off Liga B / Liga C
Kosovo – Islândia – 2-1
Bulgária – Irlanda – 1-2
Arménia – Geórgia – 0-3
Eslováquia – Eslovénia – 0-0
Dinamarca – Portugal (Liga das Nações – 1/4 de final)
Dinamarca – Kasper Schmeichel, Rasmus Kristensen, Jannik Vestergaard, Joachim Andersen, Gustav Isaksen (87m – Patrick Dorgu), Morten Hjulmand, Christian Eriksen (86m – Jonas Wind), Christian Nørgaard, Joakim Mæhle, Mika Biereth (69m – Rasmus Højlund) e Jesper Lindstrøm (69m – Andreas Skov Olsen)
Portugal – Diogo Costa, Diogo Dalot (66m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Renato Veiga (76m – Gonçalo Inácio), Nuno Mendes, Vítor Ferreira “Vitinha”, João Neves (86m – Bernardo Silva), Bruno Fernandes, Pedro Neto, Rafael Leão (76m – Rúben Neves) e Cristiano Ronaldo
1-0 – Rasmus Højlund – 78m
Cartões amarelos – Diogo Dalot (57m) e Vítor Ferreira “Vitinha” (59m)
Árbitro – Irfan Peljto (Bósnia-Herzegovina)
A Dinamarca podia ter definitivamente arrumado, a seu favor, esta eliminatória, tal o desperdício de flagrantes ocasiões de golo. Numa exibição deplorável da selecção portuguesa – ausente de campo, sem conseguir pegar no jogo – um resultado de, pelo menos, 4-0 não escandalizaria ninguém, perante o que se passou esta noite em Copenhaga.
Na equipa portuguesa salvou-se Diogo Costa, a defender uma grande penalidade (a remate de Christian Eriksen), para além de uma mão cheia de outras boas intervenções, a evitar outros tantos golos, num dos casos quase como que por milagre, com a bola, caprichosamente, em sucessivas carambolas, não se percebendo bem como não acabou dentro da baliza.
Falha de intensidade, em contraponto notório à agressividade colocada em campo pela selecção dinamarquesa, a formação portuguesa praticamente limitou-se a ver jogar, com Cristiano Ronaldo, plantado na frente, sem qualquer intervenção digna de registo, desde logo porque a bola não lhe chegava.
Um desempenho difícil de compreender e de justificar, perante a aposta num eixo do meio-campo formado pela dupla Vitinha e João Neves, que, muito recentemente (ao serviço do Paris Saint-Germain), subjugara o todo poderoso Liverpool, em pleno Anfield Road. Repleto de equívocos, o “plano de jogo” nunca carburou, e Portugal andou sempre a correr atrás da bola, em posse do adversário.
As estatísticas do jogo são bem elucidativas: a Dinamarca bateu o seu record de iniciativas de ataque, enquanto Portugal chegou ao minuto 90 com um único remate à baliza, apenas tendo feito a segunda tentativa (um remate frouxo, sem qualquer perigo) já em período de compensação.
A equipa nacional só pareceu esboçar alguma iniciativa, nos cinco minutos finais, após a entrada de Bernardo Silva, mas era tarde – isto depois de, a um quarto de hora do fim, Roberto Martínez ter transmitido um claro sinal de que ficaria satisfeito com o nulo que então se verificava, com as substituições operadas, numa clara aposta no reforço da tracção atrás.
Mas a Dinamarca viria a marcar apenas dois minutos volvidos (depois de, no lance imediatamente anterior, ter desperdiçado uma das várias ocasiões de que dispôs)… e Portugal viu-se desarmado, impotente para responder.
A verdade é que Roberto Martínez, tendo adquirido, logo de entrada, muito relevante capital de simpatia, pelo esforço de se expressar em português (e de forma bastante correcta – o que é muito difícil para um espanhol), começa já a ter demasiado tempo a dar a ideia de estar a desperdiçar a matéria-prima de que dispõe, que não demonstra evolução que possa ser visível.
A sua declaração de que precisamos de jogos como este, para aprender – ao mesmo tempo que reconheceu ter sido este o pior jogo desde que assumiu o comando técnico –, soou a incapacidade para dar a volta, e fazer da selecção uma equipa na verdadeira acepção do termo.
O crédito de que dispõe estará ao nível mais baixo de sempre. O desafio imediato é de monta: o de, perante um adversário que, agora, ganhou importante suplemento anímico de confiança, operar a reviravolta na eliminatória, de forma a poder marcar presença na “Final-Four”.
Liga das Nações da UEFA – 2024/25 – Sorteio da Fase Final
Realizou-se esta manhã o sorteio da fase final da Liga das Nações da UEDA 2024/25, com o seguinte alinhamento de jogos (eliminatórias a disputar a duas mãos, agendadas para dias 20 e 23 de Março de 2025), nas suas várias vertentes:
1/4 de final
Países Baixos – Espanha
Croácia – França
Dinamarca – Portugal
Itália – Alemanha
O emparelhamento para as meias-finais, também já sorteado, será o seguinte:
Itália/Alemanha – Dinamarca/Portugal
Países Baixos/Espanha – Croácia/França
Play-off Liga A / Liga B
Turquia – Hungria
Ucrânia – Bélgica
Áustria – Sérvia
Grécia – Escócia
Play-off Liga B / Liga C
Kosovo – Islândia
Bulgária – Irlanda
Arménia – Geórgia
Eslováquia – Eslovénia
Play-off Liga C / Liga D
Gibraltar – Letónia
Malta – Luxemburgo
Liga das Nações da UEFA – 2024/25 – 6.ª Jornada
LIGA A
Grupo 1 – Croácia-Portugal – 1-1 / Polónia-Escócia – 1-2
1º Portugal, 14; 2º Croácia, 8; 3º Escócia, 7; 4º Polónia, 4
Grupo 2 – Itália-França – 1-3 / Israel-Bélgica – 1-0
1º França, 13; 2º Itália, 13; 3º Bélgica, 4; 4º Israel, 4
Grupo 3 – Hungria-Alemanha – 1-1 / Bósnia-Herzegovina-Países Baixos– 1-1
1º Alemanha; 14; 2º Países Baixos, 9; 3º Hungria, 6; 4º Bósnia-Herzegovina, 2
Grupo 4 – Espanha-Suíça – 3-2 / Sérvia-Dinamarca – 0-0
1º Espanha, 16; 2º Dinamarca, 8; 3º Sérvia, 6; 4º Suíça, 2
Qualificaram-se para os 1/4 de final, a disputar em Março de 2025: Portugal, França, Alemanha e Espanha (“cabeças-de-série”), Croácia, Itália, Países Baixos e Dinamarca.
Escócia, Bélgica, Hungria e Sérvia disputarão o “play-off” de manutenção/promoção com um dos 2.º classificados da Liga B (Ucrânia, Grécia, Áustria e Turquia).
Polónia, Israel, Bósnia-Herzegovina e Suíça serão despromovidos à Liga B (edição de 2026/27).



