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Parlamento debate relatório sobre petição contra Acordo Ortográfico
A Assembleia da República debate na próxima quarta-feira o relatório da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura relativo à petição contra o Acordo Ortográfico, a qual reune já mais de 113 000 subscritores.
Este relatório, divulgado no dia 13 de Abril, recomenda que o plenário deve “apreciar” a petição contra o Acordo Ortográfico, tendo em consideração que «o Acordo Ortográfico enferma de vícios susceptíveis de gerarem a sua patente inconstitucionalidade», solicitando à Assembleia da República que «tome, adopte ou proponha as medidas julgadas necessárias».
(via Público)
Acordo Ortográfico: comissão parlamentar aconselha que se debata petição
O relatório da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, hoje divulgado, recomenda que o plenário deve “apreciar” a petição contra o Acordo Ortográfico e que algumas das preocupações e sugestões ali referidas devem ser tomadas em conta.
(Público)
(Des)Acordo ortográfico
Precisamente um ano decorrido, esta minha “declaração anti-Acordo ortográfico” regista um total de 187 comentários (não tendo sido, por outro lado, publicados alguns outros comentários, em que considerei terem sido claramente excedidos os limites da urbanidade e da salutar dialéctica de opiniões).
Pode consultar aqui mais artigos sobre esta temática.
Jornais brasileiros adoptam novas regras ortográficas
Os jornais “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo“, dois dos principais diários brasileiros, adoptam – a partir de hoje, 1 de Janeiro de 2009 – as novas regras de escrita decorrentes da reforma ortográfica da língua portuguesa.
No Brasil, as principais mudanças ortográficas consistem – para além da inclusão das letras K, W e Y no alfabeto – no fim do trema, algumas alterações a nível da acentuação (por exemplo, o fim do acento em ditongos abertos), e nas novas regras relacionadas com a utilização (ou não) do hífen.
Embora o acordo ortográfico entre em vigor oficialmente hoje, terá apenas carácter facultativo até Dezembro de 2012, prevendo-se que os livros didácticos deverão estar totalmente adaptados em 2010.
P. S. Mais detalhes n’ A Origem das Espécies, incluindo referências a “Guias da reforma ortográfica“.
Acordo ortográfico promulgado pelo Presidente da República
O Presidente da República, Cavaco Silva, terá já promulgado o acordo ortográfico, o qual havia sido ratificado no Parlamento no passado dia 16 de Maio.
O Segundo Protocolo do Acordo Ortográfico, cuja ratificação era essencial para a entrada em vigor do acordo, foi assinado na V Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé e Príncipe, abrindo a possibilidade de adesão da República Democrática de Timor-Leste, que, à data do Acordo (1990), não era ainda um Estado soberano. Para além de Portugal, ratificaram o Acordo Ortográfico o Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Não foram assim tidas em conta as opiniões discordantes, bem expressas em petição subscrita por mais de 85 000 signatários.
Ainda (contra) o acordo ortográfico
Um dossier com pareceres de índole fundamentalmente linguística, alguns dos quais inéditos, será entregue ao Presidente da República na próxima segunda-feira por signatários do Manifesto em defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico, o qual conta já mais de 44 000 subscritores.
Petição contra o acordo ortográfico com mais de 30 000 subscritores
Foi entregue hoje na Assembleia da República – véspera do debate sobre o Acordo ortográfico – a Petição contra o acordo ortográfico, subscrita por mais de 33 000 signatários (conta já, neste momento, com mais de 34 500), um número de uma ordem de grandeza incomum, o qual não poderá deixar de suscitar a devida reflexão.
Petição contra o acordo ortográfico
“O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes “mudas” – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão. […]”
P. S. Esta petição conta já com mais de 7 000 subscritores, cerca de metade dos quais apenas no dia de hoje.
Acordo ortográfico
Qual “Velho do Restelo”, aqui deixo expresso que não adoptarei de forma voluntária este novo acordo ortográfico. Se, compulsivamente, for obrigado a adoptá-lo, fá-lo-ei sob protesto!
«Consoantes mudas
Quando um dos termos de uma sequência consonântica é proferido na pronúncia culta da língua, como em “pacto” ou ficção”, fica tudo como está. Se é invariavelmente mudo, como acontece nas palavras “acto”, “colecção” ou “director”, o “c” cai sempre. Pela mesma lógica, cai o “p” em “Egipto” ou “peremptório”, sendo que neste último caso o “m” dá lugar a um “n”: perentório.
Acentos
A conjugação na terceira pessoa do plural do presente do indicativo de verbos como ter, vir e ver – têm, vêm e vêem – perde o acento circunflexo. Passa a escrever-se, por exemplo, “reveem”. Já em “dêmos” (presente do conjuntivo), continua a aceitar-se o acento, a título facultativo, para evitar a homografia com “demos” (pretérito perfeito do indicativo). A excepção é a forma verbal “pôde”, que preserva o acento.
Também são banidos os acentos agudos e circunflexos que ainda se mantinham em algumas palavras graves, como em “pára” ou “pêlo”, que passam a não se distinguir graficamente de para e pelo.
Hífen
Os redactores do novo Acordo Ortográfico investiram um especial esforço na regularização do uso do hífen, sobretudo nas palavras formadas por prefixação.
Algumas regras:
Quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com “r” ou “s”, cai o hífen e dobra-se a consoante: “contrarrelógio”.
Quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa por uma vogal diferente, não se usa o hífen: “antiaéreo”. Quando o prefixo termina com a vogal que inicia o elemento seguinte, usa-se o hífen: “contra-almirante”. A excepção a esta regra é o prefixo “co-“, que se aglutina com o elemento seguinte mesmo que este se inicie com um “o”: “coocupante”. Um dos exemplos que o texto do Acordo avança é “coordenar”, que se torna graficamente indistinguível de “coordenar” no sentido de dirigir ou supervisionar.
Os hífenes caem também em algumas locuções nas quais ainda iam sendo usados, como “fim-de-semana”. Mas abrem-se excepções para outras, nas quais esse uso foi considerado mais generalizado, como “pé-de-meia” ou “cor-de-rosa”.
Uma alteração que será provavelmente mais difícil de interiorizar é a supressão do hífen em todos casos em que uma forma monossilábica do verbo haver se une à prepoisção “de”. Passará a escrever-se, por exemplo, “hei de” e “hão de”.»
(excerto de artigo do jornal Público)
P. S. Outros exemplos de aberrações (via Macacos Sem Galho): ação (em vez de acção); adotar (adoptar); fação (facção); ótimo (óptimo); receção (recepção); ou o culminante úmido (húmido).