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EXPO’98 (VI)
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O logotipo da EXPO’98 – concebido por Augusto Tavares Dias (Director criativo de publicidade), vencedor de um concurso em que foram apresentados cerca de 1 300 propostas – simboliza o Mar e o Sol.
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Mascote
A mascote da EXPO’98, concebida pelo pintor António Modesto e pelo escultor Artur Moreira, foi também seleccionada de entre cerca de 300 projectos, tendo o seu nome sido atribuído por José Luís Coelho, então aluno da Escola do Ensino Básico de Barrancos, evocando o navegador Gil Eanes (também no âmbito de um concurso que abrangeu escolas de todo o país).



A EXPO’98 teve cerca de 160 participantes oficiais (o maior número registado até então), em representação de 146 países e de 14 Organizações internacionais, ocupando mais de 72 500 m2 de área coberta:
África (34) – África do Sul; Angola; Argélia; Botswana; Cabo Verde; Comores; Congo; Costa do Marfim; Djibouti; Egipto; Eritreia; Guiné-Bissau; Lesoto; Madagáscar; Malawi; Mali; Marrocos; Maurícias; Mauritânia; Moçambique; Namíbia; Nigéria; Quénia; República Democrática do Congo; São Tomé e Príncipe; Senegal; Seychelles; Suazilândia; Sudão; Tanzânia; Tunísia; Uganda; Zâmbia; Zimbabwe.
América (36) – Antígua e Barbuda; Argentina; Bahamas; Barbados; Belize; Bolívia; Brasil; Canadá; Chile; Colômbia; Costa Rica; Cuba; Dominica; El Salvador; Equador; Estados Unidos da América; Grenada; Guatemala; Guiana; Haiti; Honduras; Jamaica; México; Monserrat; Nicarágua; Panamá; Paraguai; Peru; República Dominicana; Santa Lúcia; São Vicente e Granadinas; St. Kitts e Nevis; Suriname; Trinidad e Tobago; Uruguai; Venezuela.
Ásia (24) – Arábia Saudita; Arménia; Bangladesh; Cazaquistão; China; Coreia do Sul; Emiratos Árabes Unidos; Filipinas; Iémen; Índia; Irão; Israel; Japão; Jordânia; Koweit; Líbano; Mongólia; Nepal; Palestina; Paquistão; Quirguízia; Sri Lanka; Tailândia; Vietname.
Europa (41) – Albânia; Alemanha; Andorra; Áustria; Bélgica; Bielorrússia; Bósnia-Herzegovina; Bulgária; Chipre; Croácia; Dinamarca; Eslováquia; Eslovénia; Espanha; Estónia; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Hungria; Islândia; Itália; Jugoslávia; Letónia; Lituânia; Luxemburgo; Macedónia; Mónaco; Noruega; Ordem de Malta; Polónia; Portugal; Reino Unido; Roménia; Rússia; Santa Sé; São Marino; Suécia; Suíça; Turquia; Ucrânia.
Oceânia (11) – Estados Federados da Micronésia; Ilhas Cook; Ilhas Fiji; Ilhas Salomão; Kiribati; Palau; Papua Nova Guiné; Samoa Ocidental; Tonga; Tuvalu; Vanuatu.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO’98 (V)
Em paralelo, a EXPO’98 ficaria também associada à reabilitação / reconversão de uma área de cerca de 330 hectares, localizada junto ao rio Tejo, na zona oriental de Lisboa (numa vasta área degradada e poluída, onde estavam instalados contentores petrolíferos, armazéns militares, um matadouro e até uma lixeira) – a par de grandes obras públicas como a Ponte Vasco da Gama, nova linha de Metropolitano e a Gare do Oriente.
A área da exposição propriamente dita tinha uma frente ribeirinha de cerca de 2 km de extensão, numa área de mais de 70 hectares, segmentada por dois grandes eixos ortogonais, a Alameda dos Oceanos, na direcção Norte-Sul (com duas portas nos topos Norte e Sul); e a ligação a partir da Gare do Oriente – num recinto vedado, abrindo diariamente as portas às 9 horas, com os pavilhões abertos das 10 horas até às 20 horas.

(imagem via http://www.parquedasnacoes.pt/images/mapa_recinto_expo.jpg)
A água constituiu o elemento chave da EXPO’98, assumindo funções lúdicas e estéticas, expressas em jogos de água, fontes e lagos, integrados em alamedas, largos e jardins.
Os pavilhões agrupavam-se em cinco áreas: Internacional Norte (actual localização da Feira Internacional de Lisboa); Internacional Sul; Organizações Internacionais; Organizações Nacionais; e Empresas.
O recinto da exposição dispunha de 4 entradas: Porta Norte (da autoria do arquitecto Manuel Tainha), Porta do Mar (Sul – da autoria dos arquitectos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, tendo como ex-libris a Torre da Petrogal), Porta do Sol (da autoria do arquitecto Daciano Costa – Estação do Oriente / actual Centro Vasco da Gama) e Porta do Tejo (da autoria da arquitecta Lívia Tirone – acesso por via fluvial).
Foram emitidos bilhetes: (i) de um dia (5 000$00 – cerca de 25 €); (ii) três dias (12 500$00 – cerca de 62,50 €); assim como (iii) bilhetes diários apenas para a parte da noite (a partir das 20 horas, pelo preço de 2 500$00 – cerca de 12,50 €).
Existia igualmente a possibilidade de aquisição de um passe livre com acesso ilimitado à exposição durante três meses (50 000$00 – cerca de 250 €); ou, apenas para a noite, por um preço de 25 000$00 (cerca de 125 €).
A Swatch lançou também, especialmente para o evento, um relógio, modelo Adamastor, com um dispositivo computorizado (chip) válido por um dia (recarregável), com o preço de 13 300$00.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO'98 (IV)
Apenas em 1958, na Exposição Universal de Bruxelas, surgiu, pela primeira vez, a ideia de associação de um determinado tema à mostra, no caso, a utilização pacífica da energia atómica.
Mas, reforçando a inovação, em 1998, pela primeira vez na história, uma Exposição Mundial subordinava-se a um tema central, servindo como “fio condutor”, percorrendo todo o evento.
O tema oficial da EXPO’98 – “Os Oceanos, Um Património para o Futuro” – viria portanto a ser desenvolvido para além da mera evocação histórica do quinto centenário da descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama, sublinhando antes uma perspectiva de futuro, relacionando-a com a política, a tecnologia e a arte, propondo uma nova ética nas relações do homem com o meio ambiente, visando despertar consciências e sensibilizar para a responsabilidade de todos nós na preservação dos oceanos e do património que constituem, não só em termos físicos, mas também a nível cultural.
O tema central compreendia os seguintes subtemas:
- Conhecimento dos Mares, Recursos dos Oceanos
- Os Oceanos e o Equilíbrio Planetário
- Os Oceanos e os Lazeres
- Os Oceanos, Fonte de Inspiração Artística
Conhecimento dos Mares, Recursos dos Oceanos
- Da costa para o largo, da superfície para as grandes profundidades
- As evoluções naturais
- As redes de vida nos ecossistemas marinhos
- A dinâmica das correntes e a zona litoral
- A deriva dos continentes e a formação dos fundos marinhos
- Os recursos tradicionais (vivos e não vivos)
- Os recursos do futuro (energias renováveis). Vigilância (monitoring) do mar e troca de conhecimentos
- Oceanos e desenvolvimento (A empresa marinha do século XXI, conhecimento e know-how)
- O papel da cooperação internacional
Os Oceanos e o Equilíbrio Planetário
- Oceanos e mudanças climatéricas (previsão e impactos)
- Distribuição e fusão dos gelos polares
- As catástrofes naturais
- O estado de saúde dos oceanos: a poluição dos mares
- A gestão integrada das zonas costeiras
Os Oceanos e os Lazeres
- Democratização do oceano lúdico e dos lazeres
- Turismo de massas e turismo cultural
- Os novos “povos” do mar: Argonautas, Neptunos e Ícaros
- A tecnologia e os desportos aquáticos: os novos materiais
- Sonhos e evasões: cruzeiros e paquetes
- Os safaris marinhos: parques e reservas submarinas
- Arqueologia subaquática
Os Oceanos, Fonte de Inspiração Artística
- O Mar, paisagem dos pintores (A pintura)
- Os barulhos do mar e os cantos do homem (humanos)
- A representação do medo e dos medos marinhos (A religião, os mitos)
- A forma das ondas (A escultura)
- As marés-cheias e o sopro que anima o corpo (A dança)
- O mar em cena
- A iconografia popular (Ex-votos e artesanato)
- O mar dos poetas e o oceano da História (A literatura, a História)
- O mar que afasta, o labirinto dos oceanos (A ópera)
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO'98 (III)
A primeira Exposição Mundial propriamente dita tivera lugar em 1851, no Crystal Palace, em Londres; na sequência do seu sucesso, numerosas exposições – de início essencialmente feiras industriais e comerciais – foram realizadas, nomeadamente a Exposição de Paris de 1889, cujo ex-libris viria a ser a Torre Eiffel.
Com a multiplicação desordenada destes eventos, surgiria, por Convenção internacional de 1928, o BIE – Bureau International des Expositions, organismo que agrega actualmente cerca de 140 Estados membros.
Tendo por missão o desenvolvimento do papel destas exposições enquanto meios de promoção da cooperação internacional e de exploração dos limites da experiência e do saber humanos, viria a estabelecer algumas regras básicas, restringindo a frequência das exposições e definindo as suas características, distinguindo entre: (i) “Exposições Universais” (a realizar todos os cinco anos, com uma duração até seis meses); e (ii) “Exposições Internacionais” (realizadas no período entre duas “Exposições Universais”, com duração máxima de 3 meses e uma superfície até 25 hectares).
As Exposições Internacionais reconhecidas pelo BIE foram realizadas em diversas cidades de vários (19) países e (4) continentes, com destaque para Paris e para os EUA:
Inglaterra – Londres (1851 / 1862)
França – Paris (1855 / 1867 / 1878 / 1889 / 1900 / 1937 / 1947); Lyon (1949) ; Lille (1951)
Áustria – Viena (1873)
EUA – Filadélfia (1876); Chicago (1893 / 1933); Saint Louis (1904); San Francisco (1915); New York (1939); Seattle (1962); San Antonio (1968); Spokane (1974); Knoxville (1982); New Orleans (1984)
Austrália – Melbourne (1880); Brisbane (1988)
Espanha – Barcelona (1888 / 1929); Sevilla (1992); Zaragoza (2008)
Bélgica – Bruxelas (1897 / 1910 / 1935 / 1958); Liège (1905 / 1939); Gand (1913)
Itália – Milão (1906); Roma (1953); Nápoles (1954); Turim (1955 / 1961); Génova (1992)
Suécia – Estocolmo (1936 / 1949); Helsingborg (1955)
Finlândia – Helsínquia (1938)
Haiti – Port-au-Prince (1949)
Israel – Jerusalém (1953); Beit Dagon (1956)
Alemanha – Berlim (1957); Munique (1965); Hannover (2000)
Canadá – Montreal (1967); Vancouver (1986)
Japão – Osaka (1970); Okinawa (1975); Tsukuba (1985); Aichi (2005)
Hungria – Budapeste (1971)
Bulgária – Plovdiv (1981 / 1985 / 1991)
Coreia do Sul – Taejon (1993)
Portugal – Lisboa (1998)
Tendo a primeira exposição do século decorrido em Paris em 1900, Lisboa acolhia a última exposição do século XX.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/









