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EXPO’98 (XVI)
A EXPO’98 foi também palco de quatro exposições de “carácter permanente”, promovidas por empresas e instituições:
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As Conchas e o Homem – A Shell Portuguesa foi a promotora desta exposição dedicada ao tema das conchas (seu logotipo tradicional) – originárias, na sua maioria, do Departamento de Malacologia do Centro Português de Actividades Subaquáticas –, visando apresentar aspectos mais relevantes dos moluscos e da sua relação com o homem, desde fonte de inspiração artística a moeda de troca, a qual esteve patente no Edifício de Apoio da Área Internacional Norte.
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Caminhos da Porcelana – Exposição promovida pela Fundação Oriente, apresentando porcelanas chinesas do século XVI ao XX, ilustrando a sua viagem até aos salões nobres das cortes da Europa.
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Mundo Coca-Cola – Exposição patente no Edifício de apoio da Área Internacional Norte, compreendia cerca de 40 esculturas, entre 1 e 3 metros de altura, inspiradas na forma característica das garrafas de Coca-Cola, criadas por artistas de vários países; a escultura que representava Portugal inspirava-se nos azulejos tradicionais, reunindo 450 motivos diferentes.
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Leonardo Da Vinci – La Dinamica Dell’ Acqua – Com o patrocínio da Microsoft, a EXPO’98 mostrou aos seus visitantes o Códice de Leicester, livro de apontamentos de Leonardo da Vinci, que terá sido escrito entre 1506 e 1510, com estudos sobre a água, a luz e a gravidade, obra adquirida por Bill Gates em 1994.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO’98 (XV)
Outros pavilhões a merecer destaque foram, nomeadamente:
• Pavilhão do Território – Definido como um conjunto de espaços assinalados pelas palavras “Afirmar”, “Comunicar”, “Conservar”, “Navegar”, “Inventar”, “Transformar” e “Viver”, representava um convite à descoberta dos territórios que constituem a diversidade sócio-geográfica de Portugal.
• Pavilhão da Água – Com preocupações didácticas, era um espaço de interacção entre a água e a ciência, procurando mostrar a importância da água para a vida, num edifício que dava a ilusão de estar suspenso no ar. Aproveitando jogos de cores, luzes e sons, mesclados com efeitos especiais, os visitantes tinham a possibilidade de aceder a inúmeras experiências, desde compor música, a brincar com imagens a 3 dimensões, conduzir barcos em miniatura, assistir à formação das ondas e dos furacões, e conhecer o ciclo da água.
• Pavilhão dos Açores – Tinha como figura central um cachalote, mamífero emblemático do arquipélago. A biodiversidade, o clima e as paisagens estavam também representados, num pavilhão com cerca de 588 m2.
• Pavilhão da Madeira – Dividido em três núcleos: A Viagem e as Ilhas, a História e o Presente, colocava em evidência os grandes ciclos de desenvolvimento, como o açúcar, o vinho e o turismo, também com destaque para as flores e finalizando com a famosa levada madeirense.
• Pavilhão de Macau – Com uma fachada característica – uma réplica da Igreja de S. Paulo, possibilitava aos visitantes uma viagem imaginária ao Oriente, desde o Casino, ao Gande Prémio de Macau, a amplos jardins, recriando quotidianos típicos do território.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO’98 (XIV)
Exibição náutica
Constituindo como que um “Pavilhão” ao ar livre, mostrando a evolução dos instrumentos utilizados ao longo da história pelo homem na sua relação com os Oceanos, situava-se na frente ribeirinha sul, ponte-cais, quebra-mar flutuante, porto de recreio e Doca dos Olivais, num total de cerca de centena e meia de embarcações.
Destaque para a presença da fragata D. Fernando II e Glória, oitavo navio de guerra mais antigo do mundo, última nau a fazer a carreira da Índia – reconstruída nos estaleiros de Aveiro –, albergando o Pavilhão das Comunidades Portuguesas; assim como para o navio-escola Sagres.
Esta exibição compreendia ainda outras embarcações tradicionais, como os moliceiros da ria de Aveiro, bateiras e varinos da lagoa de Óbidos, galeões de sal do Sado, ou as canoas e fragatas do Tejo, a par de uma “frota internacional”, com navios oceanográficos alemães e britânicos, ou um quebra-gelo finlandês.
A complementar a exibição, a chegada ao Tejo da Regata Round the World Rally, no termo de uma expedição de 17 meses no mar.
Por fim, uma referência imprescindível à réplica do famoso café Peter’s da Horta (Faial), ponto de encontro de velejadores de todo o mundo.
Jardins da Água
Constituindo um dos elementos estruturantes do recinto da EXPO, numa sequência desde o Centro de Comunicação Social (a poente) até ao Teatro Camões / Sala Júlio Verne (a nascente), com um grande muro curvo, na Alameda Central, com 7 metros de altura e 34 metros de largura, suspendendo um chafariz sob um pequeno tanque, simbolizando uma “mãe d’água”.
Ao longo de todo o percurso, os jardins partilhavam uma identidade comum, por via do seu desenho, a par de obras da pintora Fernanda Fragateiro.
O primeiro jardim era o das “Palmeiras”, existindo um canal por onde a mãe-d’água faz correr o seu conteúdo até ao rio. Seguiam-se o “Pomar do Mediterrâneo” e o “Lago Ulisses” – com o efeito especial, simulando uma cortina de nevoeiro com 2 metros de altura.
Para além destes, existiam ainda o “Lago da Ilha” e o “Jardim Hidráulico”, delta de um rio desaguando no Tejo.
Jardins Garcia de Orta
Localizados à beira Tejo, entre o Passeio Ribeirinho e a zona dos restaurantes junto à Área Internacional Norte, abrangiam 6 talhões sucessivos, com cerca de 25 metros de largura cada, com plantas recriando paisagens exóticas, por via do ambiente vegetal dos diferentes locais percorridos pelos portugueses: Madeira, Açores, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola, Brasil, Moçambique, Goa, Macau e Timor.
Uma espécie de “Pavilhão” ao ar livre, compreendendo cerca de 400 espécies provindas de diferentes partes do mundo, tratava-se de uma homenagem ao médico e botânico português, Garcia de Orta, que viveu na Índia durante 30 anos, tendo compilado o primeiro registo ocidental de plantas orientais.
Os materiais de cada talhão representavam também os diversos locais: madeira no pavilhão do chá em Coloane, basalto dos vulcões açorianos ou areia do desero africano.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/
EXPO’98 (XIII)
Da autoria do arquitecto Regino Cruz / Siddmore Owings & Merril (empresa britânica de engenharia, também co-projectista da Torre Vasco da Gama), o actualmente denominado “Pavilhão Atlântico” (Multi-Usos) fica para o futuro como uma marca da EXPO’98 (tal como o Atomium ficaria ligado a Bruxelas, em 1958, ou a Torre Eiffel a Paris), como uma das grandes realizações da EXPO’98.
Com uma planta oval, rodeado por uma escadaria exterior, a cobertura interior do pavilhão é em madeira (pinho seco laminado da Suécia), fazendo lembrar uma nau invertida / nave espacial (com revestimento exterior em zinco-quartzo), com uma trave central longitudinal de 150 metros e a maior trave lateral com um vão de 114 metros. A arena encontra-se cerca de 6 metros abaixo do nível do solo, sendo rodeada por amplas bancadas.
A área coberta deste pavilhão multiusos permite uma arena com 5 500 m2, com lugar para cerca de 12 000 espectadores (16 000 lugares, com a configuração de sala de concertos), destaca-se ainda pelo seu sistema global de gestão de energia, com o sol a incidir na fachada sul, proporcionando o aquecimento, enquanto os ventos de norte contribuem para o arrefecimento interior, beneficiando ainda de isolamento térmico reforçado, e de entradas de luz natural, comandadas por computador.
Dispunha ainda de uma sala anexa (“Sala Tejo”), com capacidade para 600 pessoas numa bancada retráctil, para além de uma sala de exposições e auditório para 150 pessoas.
Com uma área de exposição de cerca de 28 000 m2, tinha capacidade máxima para cerca de 40 000 visitantes diários durante a EXPO’98.
Albergou o espectáculo “Oceanos e Utopias”, um dos grandes acontecimentos diários da EXPO’98, tendo por tema os medos, os mitos, os monstros e as esperanças desde sempre associadas aos Oceanos, com cenas simbolizando o “Big Bang” (criação do Universo) até à criação dos Oceanos.
O Oceano como espaço da imaginação e da fantasia, criado pelos artistas, contadores de histórias, provindos de todo o mundo, unidos na atracção pelo mar, transportando os visitantes a um mundo de sonhos e fantasias, em 9 cenas: “A Queda e o Nada”; “Big-Bang”; “Os Deuses”; “Nascimento do Oceano”; “O Combate dos Deuses”; “As Grandes Conquistas”; “O Naufrágio”; “A Atlântida”; e “O Novo Mundo”.
Referências bibliográficas
– “Guia Oficial da EXPO’98”
– http://www.parquedasnacoes.pt/pt/expo98/default.asp
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Expo_98
– http://www.civilium.net/infocil/expo98.shtml
– http://www.bie-paris.org/






