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EURO 2024 – Classificações – 2.ª jornada
Grupo A J V E D GM GS P 1º Alemanha 2 2 - - 7 - 1 6 2º Suíça 2 1 1 - 4 - 2 4 3º Escócia 2 - 1 1 2 - 6 1 4º Hungria 2 - - 2 1 - 5 -
Grupo B J V E D GM GS P 1º Espanha 2 2 - - 4 - 0 6 2º Itália 2 1 - 1 2 - 2 3 3º Albânia 2 - 1 1 3 - 4 1 4º Croácia 2 - 1 1 2 - 5 1
Grupo C J V E D GM GS P 1º Inglaterra 2 1 1 - 2 - 1 4 2º Dinamarca 2 - 2 - 2 - 2 2 2º Eslovénia 2 - 2 - 2 - 2 2 4º Sérvia 2 - 1 1 1 - 2 1
Grupo D J V E D GM GS P 1º Países Baixos 2 1 1 - 2 - 1 4 2º França 2 1 1 - 1 - 0 4 3º Áustria 2 1 - 1 3 - 2 3 4º Polónia 2 - - 2 2 - 5 -
Grupo E J V E D GM GS P 1º Roménia 2 1 - 1 3 - 2 3 2º Bélgica 2 1 - 1 2 - 1 3 3º Eslováquia 2 1 - 1 2 - 2 3 4º Ucrânia 2 1 - 1 2 - 4 3
Grupo F J V E D GM GS P 1º Portugal 2 2 - - 5 - 1 6 2º Turquia 2 1 - 1 3 - 4 3 3º Chéquia 2 - 1 1 2 - 3 1 4º Geórgia 2 - 1 1 2 - 4 1
Melhores marcadores
- 2 golos – Jamal Musiala (Alemanha); Ivan Schranz (Eslováquia); e Georges Mikautadze (Geórgia)
EURO 2024 – Fase de Grupos – Resultados
GRUPO A 14.06.2024 - Alemanha - Escócia (Munique - 20h00) 5-1 15.06.2024 - Hungria - Suíça (Colónia - 14h00) 1-3 19.06.2024 - Alemanha - Hungria (Estugarda - 17h00) 2-0 19.06.2024 - Escócia - Suíça (Colónia - 20h00) 1-1 23.06.2024 - Suíça - Alemanha (Frankfurt - 20h00) --- 23.06.2024 - Escócia - Hungria (Estugarda - 20h00) --- GRUPO B 15.06.2024 - Espanha - Croácia (Berlim - 17h00) 3-0 15.06.2024 - Itália - Albânia (Dortmund - 20h00) 2-1 19.06.2024 - Croácia - Albânia (Hamburgo - 14h00) 2-2 20.06.2024 - Espanha - Itália (Gelsenkirchen - 20h00) 1-0 24.06.2024 - Albânia - Espanha (Dusseldorf - 20h00) --- 24.06.2024 - Croácia - Itália (Leipzig - 20h00) --- GRUPO C 16.06.2024 - Eslovénia - Dinamarca (Estugarda - 17h00) 1-1 16.06.2024 - Sérvia - Inglaterra (Gelsenkirchen - 20h00) 0-1 20.06.2024 - Eslovénia - Sérvia (Munique - 14h00) 1-1 20.06.2024 - Dinamarca - Inglaterra (Frankfurt - 17h00) 1-1 25.06.2024 - Inglaterra - Eslovénia (Colónia - 20h00) --- 25.06.2024 - Dinamarca - Sérvia (Munique - 20h00) --- GRUPO D 16.06.2024 - Polónia - Países Baixos (Hamburgo - 14h00) 1-2 17.06.2024 - Áustria - França (Dusseldorf - 20h00) 0-1 21.06.2024 - Polónia - Áustria (Berlim - 17h00) 1-3 21.06.2024 - Países Baixos - França (Leipzig - 20h00) 0-0 25.06.2024 - Países Baixos - Áustria (Berlim - 17h00) --- 25.06.2024 - França - Polónia (Dortmund - 17h00) --- GRUPO E 17.06.2024 - Roménia - Ucrânia (Munique - 14h00) 3-0 17.06.2024 - Bélgica - Eslováquia (Frankfurt - 17h00) 0-1 21.06.2024 - Eslováquia - Ucrânia (Dusseldorf - 14h00) 1-2 22.06.2024 - Bélgica - Roménia (Colónia - 20h00) 2-0 26.06.2024 - Eslováquia - Roménia (Frankfurt - 17h00) --- 26.06.2024 - Ucrânia - Bélgica (Estugarda - 17h00) --- GRUPO F 18.06.2024 - Turquia - Geórgia (Dortmund - 17h00) 3-1 18.06.2024 - Portugal - Chéquia (Leipzig - 20h00) 2-1 22.06.2024 - Geórgia - Chéquia (Hamburgo - 14h00) 1-1 22.06.2024 - Turquia - Portugal (Dortmund - 17h00) 0-3 26.06.2024 - Geórgia - Portugal (Gelsenkirchen - 20h00) --- 26.06.2024 - Chéquia - Turquia (Hamburgo - 20h00) ---
EURO 2024 – Grupo F – 2ª jornada – Turquia – Portugal
0-3
Turquia – Altay Bayındır, Zeki Çelik, Samet Akaydin (75m – Merih Demiral), Abdülkerim Bardakcı, Ferdi Kadıoğlu, Yunus Akgün (70m – Arda Güler), Hakan Çalhanoğlu, Orkun Kökçü (45m – Yusuf Yazıcı)), Kaan Ayhan (58m – İsmail Yüksek), Kerem Aktürkoglu (58m – Kenan Yıldız) e Barış Alper Yılmaz
Diogo Costa, João Cancelo (68m – Nélson Semedo), Rúben Dias, Pepe (83m – António Silva), Nuno Mendes, João Palhinha (45m – Rúben Neves), Bernardo Silva, Vitinha (88m – João Neves), Bruno Fernandes, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (45m – Pedro Neto)
0-1 – Bernardo Silva – 21m
0-2 – Samet Akaydin (p.b.) – 28m
0-3 – Bruno Fernandes – 56m
“Melhor em campo” – Bernardo Silva
Amarelos – Abdülkerim Bardakcı (25m), Samet Akaydin (42m) e Zeki Çelik (42m); Rafael Leão (39m) e João Palhinha (45m)
Árbitro – Felix Zwayer (Alemanha)
BVB Stadion Dortmund – Dortmund (17h00)
Depois do susto na estreia, a selecção de Portugal enfrentava o que, em função das exibições da ronda inaugural, se afigurava como o competidor mais forte nesta fase de grupos, a Turquia, incentivada por uma grande massa adepta, em clara maioria no Signal Iduna Park.
Roberto Martínez voltava a adoptar o tradicional sistema 4-3-3, agora com João Cancelo e Nuno Mendes a assumirem as laterais – o que, não obstante, se traduziu, a nível do “onze” inicial, numa única alteração, com a chamada de João Palhinha para as funções de médio mais defensivo, em detrimento de Diogo Dalot.
E o primeiro sinal de maior perigo viria a ser dado precisamente pela equipa turca, tendo Aktürkoglu desperdiçado soberana ocasião de inaugurar o marcador.
Procurando pautar o jogo com curtas trocas de bola, de modo a evitar a impulsividade adversária, a selecção nacional voltaria a ser feliz, quando, à passagem dos vinte minutos, numa boa combinação entre Rafael Leão e Nuno Mendes, este centrou atrasado, um jogador turco tentou afastar a bola, que, contudo, sobrou para a zona onde surgiu Bernardo Silva a rematar para o fundo da baliza, na sua estreia a marcar em fases finais de grandes competições por Portugal.
Revelar-se-ia determinante este golo, um verdadeiro “game changer” a nível da forma como as duas equipas passaram a abordar o jogo, tendo a Turquia acusado, em termos anímicos, a situação de desvantagem.
Apenas sete minutos volvidos, um lance caricato praticamente “definia” o desfecho da partida: Cancelo procurava solicitar a desmarcação de Ronaldo, mas a combinação não saiu bem, com Cristiano a não perceber onde a bola iria ser colocada (os dois ficaram a trocar-se de “razões”), tendo sobrado para um defesa turco, Akaydin, que, ao pretender atrasar para o guarda-redes, não viu que Bayındır saíra da sua baliza e se dirigia em direcção a ele, acabando a bola por se encaminhar lentamente para as redes vazias (com Cancelo e Ronaldo, depois de terem esbracejado um com o outro, de imediato a abraçarem-se).
Paradoxalmente, a selecção turca teria, até final do primeiro tempo, o seu melhor período na partida, em busca de um golo que pudesse ainda alimentar a esperança de reverter o resultado que se anunciava. Mas Diogo Costa mostrar-se-ia concentrado, não permitindo veleidades ao ataque contrário.
Para a segunda metade, Roberto Martínez fazia entrar em campo Rúben Neves e Pedro Neto, para os lugares de Palhinha e de Rafael Leão. O paradigma não se alteraria, porém, com a equipa portuguesa a continuar a fazer a gestão da bola e do tempo, e a Turquia, à medida que o relógio avançava, a começar a descrer.
Não surpreenderia, pois, a chegada do terceiro golo de Portugal, aliás, apenas dez minutos completados nessa etapa complementar, com a particularidade de Cristiano Ronaldo, isolado frente ao guardião contrário, que atraíra até si, ter passado a bola a Bruno Fernandes, ao seu lado – ambos tinham aproveitado o adiantamento da linha defensiva turca, desmarcando-se na sequência de uma notável abertura de Rúben Dias -, tendo Bruno, sem qualquer oposição, com a “baliza aberta”, concretizado sem dificuldade, bastando “encostar”.
Confirmado que estava o triunfo português, o ritmo decaiu, claro, limitando-se as duas equipas a deixar correr o tempo. O seleccionador nacional aproveitou para, já nos minutos finais, lançar, primeiro António Silva (proporcionando uma espécie de homenagem a Pepe, que, aos 41 anos, manteve a segurança defensiva a alto nível) e, depois, também João Neves.
Portugal podia ter ainda ampliado a contagem, mas tal também não seria justo face ao esforço da equipa turca.
Voltando às estatísticas, e como podem ser ilusórias: mantendo a superioridade em termos de posse de bola (57-43%), e a paridade (3-3) a nível de remates à baliza, a selecção portuguesa via, desta feita, a Turquia “esmagar” a nível de cantos (9-1) – tal como nos 13 cantos de Portugal frente à Chéquia, todos eles infrutíferos.
Ainda com o terceiro jogo desta fase de grupos por disputar, Portugal garantiu já, não só o apuramento para os 1/8 de final, como, inclusivamente, o 1.º lugar do seu Grupo, pelo que irá defrontar um dos 3.º classificados de outro Grupo.
EURO 2024 – Classificações – 1.ª jornada
Grupo A J V E D GM GS P 1º Alemanha 1 1 - - 5 - 1 3 2º Suíça 1 1 - - 3 - 1 3 3º Hungria 1 - - 1 1 - 3 - 4º Escócia 1 - - 1 1 - 5 -
Grupo B J V E D GM GS P 1º Espanha 1 1 - - 3 - 0 3 2º Itália 1 1 - - 2 - 1 3 3º Albânia 1 - - 1 1 - 2 - 4º Croácia 1 - - 1 0 - 3 -
Grupo C J V E D GM GS P 1º Inglaterra 1 1 - - 1 - 0 3 2º Dinamarca 1 - 1 - 1 - 1 1 2º Eslovénia 1 - 1 - 1 - 1 1 4º Sérvia 1 - - 1 0 - 1 -
Grupo D J V E D GM GS P 1º Países Baixos 1 1 - - 2 - 1 3 2º França 1 1 - - 1 - 0 3 3º Polónia 1 - - 1 1 - 2 - 4º Áustria 1 - - 1 0 - 1 -
Grupo E J V E D GM GS P 1º Roménia 1 1 - - 3 - 0 3 2º Eslováquia 1 1 - - 1 - 0 3 3º Bélgica 1 - - 1 0 - 1 - 4º Ucrânia 1 - - 1 0 - 3 -
Grupo F J V E D GM GS P 1º Turquia 1 1 - - 3 - 1 3 2º Portugal 1 1 - - 2 - 1 3 3º Chéquia 1 - - 1 1 - 2 - 4º Geórgia 1 - - 1 1 - 3 -
Melhores marcadores
- 1 golo – 31 jogadores (foram, adicionalmente, marcados 3 golos na própria baliza)
EURO 2024 – Grupo F – 1ª jornada – Portugal – Chéquia
2-1
Diogo Costa, Rúben Dias, Pepe, Nuno Mendes (90m – Pedro Neto), Diogo Dalot (63m – Gonçalo Inácio), Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Vitinha (90m – Francisco Conceição), João Cancelo (90m – Nélson Semedo), Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (63m – Diogo Jota)
Jindřich Staněk, Tomáš Holeš (90m – Tomáš Chorý), Robin Hranáč, Ladislav Krejčí, Vladimír Coufal, Pavel Šulc (79m – Petr Ševčík), Tomáš Souček, Lukáš Provod (79m – Antonín Barák), David Douděra, Jan Kuchta (60m – Ondřej Lingr) e Patrik Schick (60m – Mojmír Chytil)
0-1 – Lukáš Provod – 62m
1-1 – Robin Hranáč (p.b.) – 69m
2-1 – Francisco Conceição – 90m
“Melhor em campo” – Vitinha
Amarelos – Rafael Leão (39m) e Francisco Conceição (90m); Patrik Schick (57m)
Árbitro – Marco Guida (Itália)
Leipzig Stadion – Leipzig (20h00)
No arranque da fase final do Europeu, Roberto Martínez terá pretendido surpreender, apresentando um “onze” inovador, apostando numa defesa a três, com Nuno Mendes a fazer o papel de terceiro “central”.
Com naturalidade, a selecção de Portugal assumiu, desde o primeiro minuto, a iniciativa e o controlo do jogo. Aliás, mesmo que, porventura, não tivesse sido esse o plano, a Chéquia forçaria a que assim fosse, uma vez que se remeteu a uma defesa porfiada, montando uma densa barreira a partir da zona intermediária do meio campo, praticamente oferecendo a bola, como que abdicando de jogar.
E se a expectativa era a de poder lançar algum contra-ataque, a verdade é que, durante toda a metade inicial do desafio, isso não sucedeu, de tal forma foi inofensiva a sua actuação, com Diogo Costa como mero espectador.
Mas, em paralelo, decorridos vinte minutos, também a equipa portuguesa não conseguira criar qualquer lance de maior perigo. Só quando o esquema checo mostrou alguma descoordenação é que Bruno Fernandes faria um cruzamento a pedir um “encosto” de Rafael Leão, que bem se esticou todo, mas ficou a centímetros da bola.
Para, poucos minutos volvidos, o mesmo Bruno Fernandes solicitar a desmarcação de Cristiano Ronaldo, que, frente ao guardião contrário, não conseguiu concretizar a jogada em golo.
À medida que o tempo ia decorrendo, com uma exibição desinspirada e muito estereotipada, a formação nacional não parecia ser capaz de encontrar soluções para desmontar a muralha checa.
E aconteceu o que, por vezes, sucede nestas ocasiões: na primeira vez que a Chéquia se aproximou da área portuguesa, marcou!
Estava já passada a hora de jogo, após cruzamentos sem perigo aparente, mas sem que a defesa portuguesa conseguisse “limpar o lance” e sair a jogar, um jogador checo atrasou para a entrada da área, com Provod, na ressaca, a rematar de primeira, inapelavelmente para o fundo da baliza portuguesa.
A tarefa dos comandados de Roberto Martínez complicava-se sobremaneira, agora com meia hora para jogar, e em desvantagem no marcador. Reagindo de imediato, promoveu duas alterações, fazendo entrar Gonçalo Inácio e Diogo Jota, por troca com Diogo Dalot e um pouco efectivo Rafael Leão.
Valeu então que, tão inesperadamente como o tento checo, de pronto surgiria o golo que permitiu repor a igualdade, mercê de falha defensiva: o guarda-redes Staněk – que já mostrara alguma insegurança, largando algumas bolas (eventualmente devido ao estado do relvado, pela muita chuva que caía) – fez mais uma defesa incompleta, em esforço, na sequência de um cabeceamento de Nuno Mendes, com a bola, num lance de infelicidade, a ressaltar na perna do defesa Hranáč, e a anichar-se nas redes.
Com o cariz do jogo a não se alterar substancialmente – pese embora Diogo Jota ter chegado a marcar, na recarga a um primeiro cabeceamento de Cristiano Ronaldo ao poste, mas tendo o golo sido invalidado pelo “VAR”, por fora-de-jogo de Cristiano -, surpreendeu então a aparente passividade de Roberto Martínez, que apenas ao nonagésimo minuto voltaria a mexer na equipa, com uma tripla substituição, que resultaria num “bingo” perfeito.
De facto, numa saída iniciada por Gonçalo Inácio, Pedro Neto acelerou o jogo, com uma arrancada pelo flanco esquerdo, cruzando para a zona da pequena área, depois de tirar um adversário da frente, com a trajectória da bola a ser ainda desviada, por um ligeiro ressalto num defesa checo, sobrando para Francisco Conceição, que, com toda a calma, marcou um golo de belo efeito, fazendo-o da forma mais elaborada, introduzindo a bola por baixo do corpo do guarda-redes.
Um minuto, um toque na bola, um golo… e um cartão amarelo (por ter tirado a camisola, nos festejos do golo), a feliz e decisiva contribuição de Francisco Conceição para uma muito sofrida vitória de Portugal!
Um desfecho que parecia “ter caído do céu”, esperando-se que a equipa portuguesa não tivesse esgotado toda a sorte logo no jogo de estreia, com extrema eficácia no aproveitamento dos erros contrários.
Mas, se atentarmos nas estatísticas (com números esmagadores), a vitória será bem mais justificável: 74%-26% em termos de posse de bola; 8-1 em remates à baliza; 13-0 em cantos!