Archive for 7 Dezembro, 2025

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – 2025

Num campeonato com várias cambiantes – tendo Oscar Piastri liderado, com boa vantagem, em fase já adiantada da temporada; e após uma extraordinária (pese embora insuficiente) recuperação do tetra-campeão Max Verstappen, que chegara a ter atraso superior a 100 pontos (205 vs. 309) em relação a Piastri (e de 70 pontos para Norris), ganhando as três últimas provas (seis vitórias nos últimos nove Grandes Prémio) – seria Lando Norris a acabar por sagrar-se, pela primeira vez, Campeão Mundial, com uma escassa margem, de apenas dois pontos!

Na derradeira e decisiva prova, em Abu Dhabi, necessitando apenas de terminar no 3.º lugar para confirmar a conquista do título, Norris, com frieza e pragmatismo, limitou-se a gerir a vantagem de 12 pontos de que dispunha, não se envolvendo na disputa pela vitória (Verstappen, que partira da “pole position” não deu hipóteses à concorrênca), e, naturalmente, abdicando mesmo, na parte final, de arriscar uma desnecessária ultrapassagem ao seu colega de equipa, Piastri.

Tendo apenas de controlar a pressão que Leclerc (4.º classificado) ia procurando fazer, o momento de maior “frisson” viveu-se quando, depois de uma paragem nas boxes, Norris teve de ultrapassar Tsunoda, que “dançou” à sua frente, ziguezagueando na pista, forçando o piloto da McLaren a pisar as linhas delimitadoras.

Max Verstappen venceu oito dos Grandes Prémios da temporada, face a sete triunfos no novo campeão, Lando Norris, assim como de Oscar Piastri; George Russell venceu também duas corridas.

Classificação Final do Mundial de Pilotos:

1º Lando Norris (Grã-Bretanha) – McLaren – 423
Max Verstappen (Países Baixos) – Red Bull Racing – 421
3º Oscar Piastri (Austrália) – McLaren – 410
4º George Russell (Grã-Bretanha) – Mercedes – 319
5º Charles Leclerc (Mónaco) – Ferrari – 242
6º Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) – Ferrari – 156
7º Kimi Antonelli (Itália) – Mercedes – 150
8º Alexander Albon (Tailândia) – Williams – 73
9º Carlos Sainz (Espanha) – Williams – 64
10º Fernando Alonso (Espanha) – Aston Martin – 56
11º Nico Hulkenberg (Alemanha) – Kick Sauber – 51
12º Isack Hadjar (França/Argélia) – Racing Bulls – 51
13º Oliver Bearman (Grã-Bretanha) – Haas F1 Team – 41
14º Liam Lawson (N. Zelândia) – Racing Bulls – 38
15º Esteban Ocon (França) – Haas F1 Team – 38
16º Lance Stroll (Canadá) – Aston Martin – 33
17º Yuki Tsunoda (Japão) – Red Bull Racing – 33
18º Pierre Gasly (França) – Alpine – 22
19º Gabriel Bortoleto (Brasil) – Kick Sauber – 19

Não pontuaram os pilotos: Franco Colapinto (Argentina – Alpine) e Jack Doohan (Austrália – Alpine).

Classificação do Mundial de Construtores:

1º McLaren – 833
2º Mercedes – 469
3º Red Bull Racing – 451
4º Ferrari – 398
5º Williams – 137
6º Racing Bulls – 92
7º Aston Martin – 89
Haas F1 Team – 79
9º Kick Sauber – 70
10º Alpine – 22

Nota – Yuki Tsunoda obteve três pontos (do seu total de 33) pilotando um Racing Bulls.

É o seguinte o palmarés de Campeões do Mundo:

  • 7 títulos – Michael Schumacher (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004); e Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019, 2020);
  • 5 títulos – Juan Manuel Fangio (1951, 1954, 1955, 1956, 1957);
  • 4 títulos – Alain Prost (1985, 1986, 1989, 1993); Sebastien Vettel (2010, 2011, 2012, 2013); e Max Verstappen (2021, 2022, 2023, 2024);
  • 3 títulos – Jack Brabham (1959, 1960, 1966); Jackie Stewart (1969, 1971, 1973); Niki Lauda (1975, 1977, 1984); Nelson Piquet (1981, 1983, 1987); e Ayrton Senna (1988, 1990, 1991);
  • 2 títulos – Alberto Ascari (1952, 1953); Graham Hill (1962, 1968); Jim Clark (1963, 1965); Emerson Fittipaldi (1972, 1974); Mika Häkkinen (1998, 1999); e Fernando Alonso (2005, 2006);
  • 1 título – Giuseppe Farina (1950); Mike Hawthorn (1958); Phil Hill (1961); John Surtees (1964); Denis Hulme (1967); Jochen Rindt (1970); James Hunt (1976); Mario Andretti (1978); Jody Scheckter (1979); Alan Jones (1980); Keke Rosberg (1982); Nigel Mansell (1992); Damon Hill (1996); Jacques Villeneuve (1997); Kimi Räikkönen (2007); Jenson Button (2009); Nico Rosberg (2016); e Lando Norris (2025).

7 Dezembro, 2025 at 8:06 pm Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – 11ª Jornada

(“O Templário”, 04.12.2025)

Uma algo imprevista “débâcle” do guia foi aproveitada pelos mais próximos perseguidores para um reagrupamento no topo da pauta classificativa, agora com a liderança partilhada entre Mação e Fazendense, e apenas um ponto a separá-los do 3.º classificado, Torres Novas. Ao mesmo tempo, os desaires de Abrantes e Benfica e de U. Tomar originaram também o compactar de posições a meio da tabela – tendo todos os quatro clubes classificados imediatamente a seguir (Coruchense, Cartaxo, At. Ouriense e Alcanenense) vencido as suas partidas –, encurtando-se a diferença entre o 6.º (Abrantes e Benfica) e o 12.º classificado (Pontével) para escassos três pontos.

Por seu turno, Porto Alto e Águias de Alpiarça (também vitoriosos) – que repartem o 4.º posto –, continuando a distar cinco pontos do pódio, ampliaram para quatro pontos a vantagem face aos abrantinos. Enquanto, em contra-ciclo – tendo as quatro equipas da rectaguarda sido, todas elas, derrotadas na 11.ª jornada –, são já cinco os pontos de diferença entre o 12.º e o 13.º lugar; cavando-se, em paralelo, significativo fosso, de nove pontos, entre o Pontével e a “linha de água” (encontrando-se, nesta altura, em zona de despromoção o Amiense, At. Riachense e Tramagal).

Destaques – O principal sublinhado da ronda vai, necessariamente, para o categórico triunfo do Porto Alto ante o comandante, Mação, derrotado por impressivo 3-0. A formação da AREPA, que sofrera um “tropeção” em Ourém, no jogo da Taça, reagiu de forma bem afirmativa, mesmo actuando em casa “à porta fechada” (sanção decorrente de situação ocorrida ainda na época passada), não dando hipóteses de resposta ao conjunto maçaense, alargando assim para onze jogos o seu excelente ciclo de invencibilidade neste campeonato! Tendo inaugurado o marcador pouco depois da meia hora de jogo, o Porto Alto como que sentenciaria o desfecho com o segundo tento, logo nos minutos iniciais do segundo tempo, fixando o “placard” final a 25 minutos do final.

Impressionante foi também a goleada aplicada pelo Torres Novas em Abrantes, por números fora de qualquer conjectura: 6-1! Tendo os forasteiros aberto o activo ainda antes de completados dez minutos, e ampliado a contagem por volta dos 25 minutos, poderá ter chegado a pensar-se que o 1-2, apontado pelos abrantinos logo no recomeço, poderia reabrir a contenda. Mas os torrejanos não estiveram pelos ajustes, voltando a marcar aos 57 e 66 minutos, vindo a culminar um dia de descalabro do Abrantes e Benfica com mais outros dois tentos, já em cima do minuto noventa.

De assinalar ainda a vitória (2-1) do Alcanenense no terreno do Tramagal, que parece falho de argumentos para contrariar a tendência muito negativa que tem registado neste regresso ao principal escalão do futebol distrital, de que estivera arredado durante largos anos, tendo acumulado a sua décima derrota, mantendo-se com um único ponto averbado, na indesejada condição de “lanterna vermelha”. Tendo o nulo subsistido até ao intervalo, o conjunto de Alcanena obteria dois golos em cerca de um quarto de hora, não tendo os tramagalenses conseguido melhor do que, já em período de compensação, marcar o “ponto de honra”.

A última nota de realce, de cariz negativo, vai para a partida entre Águias de Alpiarça e U. Tomar, em que, pelas inusitadas circunstâncias, não pode deixar de lamentar-se que os unionistas tenham acabado por desperdiçar o que se afigurava poder ser uma boa oportunidade de somar mais três pontos, vindo a ser desfeiteados por 3-1, no que constitui a sua terceira derrota sucessiva.

E, todavia, as coisas até começaram bastante bem, com os tomarenses a colocar-se em vantagem logo aos oito minutos, e, denotando superioridade face ao adversário, tendo beneficiado de ocasiões em que poderiam ter ampliado o marcador a seu favor. Até que, de modo absolutamente insólito, se viram reduzidos a dez unidades: desacatos entre espectadores afectos a ambos os emblemas, envolvendo familiar do guardião unionista, levaram a que este, abandonando o seu lugar entre os postes, dentro de campo, se dirigisse à bancada, envolvendo-se em tais distúrbios, acabando por ver o cartão vermelho, como, inclusivamente, ser identificado pelas autoridades.

Entretanto, o árbitro interrompera o desafio durante quase meia-hora, justamente aguardando que as forças policiais chegassem ao recinto. E, quando foi reatado o jogo, mesmo em cima do intervalo, o Águias, apanhando ainda o guarda-redes suplente “a frio”, aproveitou para, de imediato, restabelecer o empate. Na segunda parte, o União aguentou o resultado até cerca de vinte minutos do fim, na expectativa de poder, até, surpreender em transição, mas não resistiria, vindo a sofrer o segundo e terceiro golos aos 68 e 84 minutos. De deplorar a situação ocorrida, não tolerável nos palcos do futebol, o qual deveria constituir-se, acima de tudo, numa festa.

Confirmações – Nos restantes quatro encontros os anfitriões confirmaram o favoritismo que lhes era atribuído, destacando-se a goleada (5-2) imposta pelo Coruchense ao Pontével, na quarta vitória consecutiva do grupo do Sorraia na prova, tendo ascendido do 14.º ao 8.º lugar, aliás, em igualdade pontual com o 7.º classificado, U. Tomar. Tendo marcado primeiro, a turma de Coruche ainda permitiu o empate (1-1), antes de, à beira do intervalo, se recolocar em vantagem, que dilataria até aos 5-1, vindo os visitantes a reduzir já para além do tempo regulamentar.

Mais comedidos foram os triunfos do Cartaxo sobre o At. Riachense (2-0), e, especialmente, do At. Ouriense face ao Amiense – a agudizar a delicada situação das derrotadas formações dos Riachos e dos Amiais –, assim como do Fazendense, na recepção ao Entroncamento AC, em ambos os casos mercê de um solitário tento, não deixando de suscitar alguma estranheza a magreza do desfecho alcançado pelo agora novo co-líder, tendo, em qualquer caso, a turma das Fazendas estendido já para oito a sua sensacional série de vitórias consecutivas no campeonato.

II Divisão Distrital – Ouriquense e Vasco da Gama mantêm o pleno de vitórias após a disputa da 7.ª jornada. A formação de Vila Chã de Ourique obteve concludente goleada, por 4-0, em Salvaterra de Magos, mantendo os dois pontos de vantagem face ao Moçarriense (que foi a Samora Correia golear por números ainda mais expressivos, de 6-0, ante a equipa “B” local).

Por seu lado, o Vasco da Gama arrancou difícil triunfo no reduto do Caxarias, por tangencial 3-2, beneficiando do inesperado desaire caseiro do Pego (1-3, ante a Ortiga) para ampliar para cinco pontos o diferencial face aos mais directos perseguidores, agora At. Pernes (ganhando, por 6-1, em Abrantes, também à equipa “B”) e U. Atalaiense (vitória, por 3-1, em Ferreira do Zêzere).

Liga 3 – O U. Santarém, recebendo a Académica, esteve a ganhar, mas apenas durante cinco minutos (entre os 70 e os 75), não evitando o empate a uma bola. Numa série muito equilibrada, os escalabitanos, com doze pontos em onze jogos, ocupam o 7.º lugar, somente um ponto acima do trio da cauda (Atlético, Sp. Covilhã e 1.º Dezembro), mas, por outro lado, apenas a quatro pontos do 4.º classificado, precisamente o seu rival do passado sábado.

Campeonato de Portugal – O Fátima obteve resultado positivo, voltando às vitórias (2-0), na recepção ao Marialvas, o que lhe proporcionou retomar a posição acima da zona de despromoção (também 7.º classificado), pese embora com diminuta margem, de um único ponto. Já o Samora Correia, recebendo o comandante, V. Sernache, não logrou impedir novo desaire, devido a golo consentido já nos minutos derradeiros, começando a fazer perigar uma possível manutenção no Nacional: regista seis pontos à décima ronda (ainda assim, do total de 26 em disputa), já a sete dos clubes imediatamente acima da “linha de água”, tendo caído para o último lugar (14.º).

Antevisão – Os campeonatos distritais voltam a estar em pausa, para nova eliminatória da Taça do Ribatejo (1/8 de final), em que se destacam os seguintes embates: Mação-Águias de Alpiarça; Cartaxo-Fazendense; At. Ouriense-Torres Novas; e o “derby” Amiense-Moçarriense.

Na Liga 3, o U. Santarém viaja até à Serra da Estrela, para defrontar o Sp. Covilhã, actual penúltimo classificado; no Campeonato de Portugal, Fátima e Samora Correia terão também deslocações, respectivamente a Cernache do Bonjardim (face ao líder) e a Ponte de Sôr, para defrontar o Eléctrico, também penúltimo, mas motivado pelo triunfo averbado em Peniche (3-0).

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 4 de Dezembro de 2025)

7 Dezembro, 2025 at 11:00 am Deixe um comentário


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