Archive for Novembro, 2025
O Pulsar do Campeonato – 8ª Jornada

(“O Templário”, 06.11.2025)
Num estágio algo prematuro da prova, decorridas oito jornadas, a ordenação das equipas na tabela do campeonato distrital vai-se ajustando, sendo que dois triunfos sucessivos podem proporcionar ascender várias posições, situação inversa sendo aplicável ao caso oposto. De facto, bastaram ao União duas vitórias – nos dois primeiros jogos sob a direcção de Eduardo Fortes – para subir do 10.º ao 6.º posto; ao invés, o Alcanenense, com duas derrotas, baixou de 8.º a 11.º.
Em progressão temos ainda o Fazendense (que ostenta, por ora, o melhor ciclo nesta edição, com cinco vitórias sucessivas) – tendo, neste caso, escalado desde a 11.ª até à 3.ª posição, no decurso de tal período –, o Cartaxo (duas vitórias e um empate nas três últimas rondas) e o Entroncamento AC (sem perder há quatro jogos, nos quais averbou dois triunfos e outros tantos empates).
Em trajectória contrária seguem o At. Ouriense (que, depois de três triunfos a abrir, não mais voltou a ganhar, nos cinco desafios seguintes, descendo da vice-liderança até ao actual 8.º lugar) e Abrantes e Benfica (uma derrota e um empate nos encontros mais recentes). O Amiense regista, agora, a pior série em curso, tendo acumulado cinco desaires consecutivos, caindo de 6.º a 14.º.
Destaques – O desfecho de maior destaque foi a vitória alcançada pelo U. Tomar na deslocação a Alcanena, mercê de um solitário golo, de Wemerson Silva (que, gradualmente, se vem aproximando do “record” de Ferreira, como melhor marcador de sempre do clube, único a superar a centena de tentos, apontados entre 1984 e 2002 – nesta altura separados apenas por dez golos).
Numa primeira parte com as duas equipas muito encaixadas, sem soberanas ocasiões de golo, em que os sectores defensivos se impuseram aos avançados, o nulo ao intervalo ajustava-se ao desempenho evidenciado dentro de campo. Na segunda metade, o União surgiu mais afoito, assinalando-se também o regresso ao clube do avançado Chrystian Pedroso, vindo os tomarenses a marcar, na sequência de um pontapé de canto, sensivelmente a meio dessa etapa complementar.
Tendo ambas as formações ficado reduzidas a dez elementos, devido a expulsões, intercaladas apenas por cinco minutos (primeiro, o jogador do U. Tomar, aos 72 minutos, e, pouco depois, o atleta do Alcanenense), a turma da casa procurou pressionar, mas o grupo unionista logrou evitar que a sua baliza fosse visada, preservando até final a preciosa vantagem oportunamente adquirida.
Naquele que, atendendo à classificação, poderia ser considerado como “jogo grande” da jornada, um quase “derby”, entre Fazendense e Águias de Alpiarça, que repartiam o 3.º posto, os homens das Fazendas levaram a melhor, impondo-se igualmente por tangencial 1-0, o suficiente para descolarem desse rival, mas, mais importante, mantendo em três pontos o diferencial para o guia.
Os donos da casa estiveram por cima na primeira metade, mas foram perdulários, tendo o 0-0 subsistido até à pausa. Tendo acabado por chegar ao golo que lhe proporcionaria um suado triunfo, o Fazendense como que, de alguma forma, se terá retraído, permitindo ao adversário ameaçar num ou noutro lance, mas sem que o desfecho se viesse a alterar.
Num embate entre dois clubes com um palmarés rico – várias vezes Campeões Distritais em anos não muito distantes: o Riachense, em 2009, 2010 e 2013; o Coruchense, em 2015, 2017 e 2021 – mas que, neste arranque de campeonato, se quedavam na cauda da classificação, respectivamente no penúltimo e antepenúltimo lugar, realce para a categórica vitória do conjunto do Sorraia, por 3-0, colocando, enfim, termo a um ciclo muito negativo, de quatro derrotas seguidas.
Entrando praticamente a ganhar (ao quarto minuto) e tendo ampliado a vantagem ainda antes do descanso, o Coruchense transpôs a “linha de água” virtual, por troca com o Amiense, este igualado a quatro pontos justamente com o Riachense, três pontos acima do “lanterna vermelha”, Tramagal.
A última nota de destaque vai para mais um triunfo (o sétimo, em oito jogos) do líder Mação, precisamente nos Amiais de Baixo, impondo à formação visitada a tal quinta derrota consecutiva. Os maçaenses pareciam ter tornado fácil esta partida, chegando ao 3-0 ainda na primeira parte; mas o Amiense, dando de mostras de inconformismo, não se entregou e, porventura aproveitando algum abrandamento do oponente, reduziria, já na compensação, até à diferença mínima, de 2-3.
Confirmações – Não terá havido, pela terceira semana sucessiva, resultados especialmente surpreendentes, confirmando-se, nos restantes prélios da 8.ª ronda, o favoritismo do vice-guia Torres Novas (ante o At. Ouriense), e do Entroncamento AC (com o último, Tramagal), tendo, por outra, imperado o equilíbrio nos confrontos Pontével-Porto Alto e Cartaxo-Abrantes e Benfica.
Em Torres Novas, bastou um golo, a abrir a segunda metade, para os torrejanos continuarem a potenciar o seu extraordinário desempenho defensivo (subsistindo com um único tento consentido – ainda sem que qualquer jogador adversário tivesse conseguido marcar), o que lhes proporciona um fantástico índice de conversão, dos dez golos até agora apontados, num total já de vinte pontos.
Por seu turno, o Entroncamento AC, a atravessar bom momento, não permitiu ao Tramagal dar sequência à estreia a pontuar, verificada na semana anterior, não obstante o nulo no marcador tenha subsistido até final do primeiro tempo. O grupo da cidade ferroviária venceu por 2-0, abrindo o activo à passagem da hora de jogo, e confirmando o triunfo já nos cinco minutos finais.
O Porto Alto marcou primeiro, no reduto do Pontével, mas os anfitriões restabeleceriam a igualdade, voltando a pontuar após duas derrotas – ao passo que os forasteiros mantêm sensacional invencibilidade, passando a somar cinco empates, três deles nas três últimas jornadas.
O Cartaxo-Abrantes e Benfica foi bem animado, com um total de quatro golos, repartidos equitativamente, na quarta semana sucessiva a pontuar por parte dos cartaxeiros (após recuperar de desvantagem de 0-2), tendo os abrantinos reagido bem ao desaire caseiro ante o Fazendense.
II Divisão Distrital – Moçarriense e Ouriquense (Série A) e Vasco da Gama e Pego (Série B) mantêm o pleno de vitórias, após a realização da 4.ª jornada. A turma da Moçarria continua em grande evidência, tendo batido o Benavente por 3-0, passando a totalizar 21 golos marcados (com uma média superior a cinco golos por jogo!). Em destaque esteve também o Pego, que foi vencer (3-1) ao terreno do 3.º classificado, Espinheirense.
As equipas do Forense (6-0 ao Benfica do Ribatejo), Ortiga (5-0 ao Alferrarede), Ouriquense (5-1 ao Rebocho), Caxarias (5-2 aos Lagartos do Sardoal) e Salvaterrense (4-1 em Samora Correia) deram o tom das goleadas, que se vêm revelando usuais neste campeonato.
Liga 3 – Foi enorme a surpresa (proeza) protagonizada pelo U. Santarém (até então penúltimo classificado), indo vencer ao Restelo por 2-0, face ao vice-líder, Belenenses, na 9.ª ronda, com a qual se concluiu já a primeira volta da fase regular desta prova. Os escalabitanos subiram do 8.º ao 6.º posto (empatados com o 5.º classificado, Amora), e somente a três pontos do último lugar de apuramento para a fase final, actualmente ocupado pela Académica. O Mafra (1-0 ao Atlético) é o novo comandante (a par do Caldas), beneficiando também do nulo no Académica-Caldas.
Campeonato de Portugal – Ao invés, foi algo surpreendente, neste caso pela negativa, o desfecho do Fátima, batido (1-3) no seu reduto, pelo Mortágua. Por seu lado, o Samora Correia, recebendo a Naval 1893, empatou a uma bola. Os fatimenses ocupam o 7.º lugar, só dois pontos acima do 10.º, permanecendo os samorenses em penúltimo, a três pontos da “linha de água”.
Antevisão – Na divisão principal as atenções focam-se no Águias de Alpiarça-Mação, no Fazendense-Cartaxo e no reencontro entre dois históricos de grande tradição, Tramagal e Torres Novas. O U. Tomar terá a visita do Amiense. Na II Divisão destacam-se os encontros: Salvaterrense-Moçarriense, Glória do Ribatejo-Ouriquense e Ferreira do Zêzere-Vasco da Gama.
Na Liga 3, o U. Santarém volta a jogar fora, deslocando-se a Évora, para defrontar o Lusitano, seu imediato perseguidor na pauta classificativa. No Campeonato de Portugal, o Fátima visita a Figueira da Foz, onde encontrará o actual 2.º classificado, Naval 1893; cabendo ao Samora Correia viajar até Cantanhede, onde jogará com o Marialvas (6.º, igualado com o Fátima).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 6 de Novembro de 2025)
Liga Conferência – 2025-26 – 3ª Jornada – Resultados e Classificação
06.11.2025 - Mainz - Fiorentina 2-1 06.11.2025 - Sparta Praha - Raków Częstochowa 0-0 06.11.2025 - AEK Athens - Shamrock Rovers 1-1 06.11.2025 - AEK Larnaca - Aberdeen 0-0 06.11.2025 - Shakhtar Donetsk - Breiðablik 2-0 06.11.2025 - Noah - Sigma Olomouc 1-2 06.11.2025 - KuPS Kuopio - Slovan Bratislava 3-1 06.11.2025 - Celje - Legia Warsaw 2-1 06.11.2025 - Samsunspor - Hamrun Spartans 3-0 06.11.2025 - BK Häcken - Racing Strasbourg 1-2 06.11.2025 - Crystal Palace - AZ Alkmaar 3-1 06.11.2025 - Lausanne - Omonoia 1-1 06.11.2025 - Dynamo Kyiv - Zrinjski Mostar 6-0 06.11.2025 - Shkëndija - Jagiellonia Białystok 1-1 06.11.2025 - Lincoln Red Imps - Rijeka 1-1 06.11.2025 - Rayo Vallecano - Lech Poznań 3-2 06.11.2025 - Shelbourne - Drita 0-1 06.11.2025 - Rapid Wien - Univ. Craiova 0-1
Liga Europa – 2025-26 – 4ª Jornada – Resultados e Classificação
06.11.2025 - FC Salzburg - Go Ahead Eagles 2-0 06.11.2025 - FC Basel - FCSB 3-1 06.11.2025 - Midtjylland - Celtic 3-1 06.11.2025 - Utrecht - FC Porto 1-1 06.11.2025 - Crvena zvezda - Lille 1-0 06.11.2025 - Dinamo Zagreb - Celta de Vigo 0-3 06.11.2025 - Malmö - Panathinaikos 0-1 06.11.2025 - Nice - Freiburg 1-3 06.11.2025 - Sturm Graz - Nottingham Forest 0-0 06.11.2025 - Aston Villa - Maccabi Tel-Aviv 2-0 06.11.2025 - Bologna - Brann 0-0 06.11.2025 - Viktoria Plzeň - Fenerbahçe 0-0 06.11.2025 - Ferencvárosi - Ludogorets 3-1 06.11.2025 - P.A.O.K. - Young Boys 4-0 06.11.2025 - Rangers - AS Roma 0-2 06.11.2025 - Betis - Ol. Lyonnais 2-0 06.11.2025 - Sp. Braga - Genk 3-4 06.11.2025 - VfB Stuttgart - Feyenoord 2-0
Liga dos Campeões – 2025-26 – 4ª Jornada – Resultados e Classificação
04.11.2025 - Slavia Praha - Arsenal 0-3 04.11.2025 - Napoli - Eintracht Frankfurt 0-0 04.11.2025 - Atlético de Madrid - Union Saint-Gilloise 3-1 04.11.2025 - Bodø/Glimt - AS Monaco 0-1 04.11.2025 - Juventus - Sporting 1-1 04.11.2025 - Liverpool - Real Madrid 1-0 04.11.2025 - Olympiacos - PSV Eindhoven 1-1 04.11.2025 - Paris Saint-Germain - Bayern München 1-2 04.11.2025 - Tottenham - F.C. Copenhagen 4-0 05.11.2025 - Pafos - Villarreal 1-0 05.11.2025 - Qarabağ - Chelsea 2-2 05.11.2025 - Ajax - Galatasaray 0-3 05.11.2025 - Club Brugge - FC Barcelona 3-3 05.11.2025 - Internazionale - Kairat Almaty 2-1 05.11.2025 - Manchester City - Borussia Dortmund 4-1 05.11.2025 - Newcastle United - Athletic Bilbao 2-0 05.11.2025 - O. Marseille - Atalanta 0-1 05.11.2025 - Benfica - Bayer Leverkusen 0-1
Liga dos Campeões – 4ª Jornada – Benfica – Bayer Leverkusen
Benfica – Anatoliy Trubin, Fredrik Aursnes, Tomás Araújo, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl (69m – Andreas Schjelderup), Richard Ríos, Enzo Barrenechea, Dodi Lukébakio, Leandro Barreiro (69m – Amar Dedić), Heorhiy Sudakov (69m – Gianluca Prestianni) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis
Bayer Leverkusen – Mark Flekken, Jarell Quansah, Loïc Badé, Edmond Tapsoba, Arthur Soares, Aleix García, Ibrahim Maza, Alejandro “Álex” Grimaldo, Claudio Echeverri (57m – Malik Tillman), Ernest Poku (88m – Eliesse Ben Seghir) e Christian Kofane (57m – Patrik Schick)
0-1 – Patrik Schick – 65m
Cartões amarelos – Ibrahim Maza (41m), Edmond Tapsoba (55m) e Malik Tillman (79m); Dodi Lukébakio (62m) e Nicolás Otamendi (78m)
Cartões vermelhos – Rogier Meijer (Treinador adjunto – 83m); João Tralhão (Treinador adjunto – 83m)
Árbitro – Simone Sozza (Itália)
O Benfica realizou exibição razoável durante cerca de uma hora de jogo, porém inconsequente. Pior: a partir do momento em que sofreu o golo, deu sinais de derrotismo, não mais conseguiria criar jogadas com cabeça, tronco e membros, que pudessem levar perigo junto da área contrária. O resultado pode ser considerado algo injusto, mas é o que é: ganha quem marca, independentemente da “nota artística”.
A equipa portuguesa registou clara superioridade a nível das estatísticas (22-6 em termos de remates!), controlou o jogo, criou várias oportunidades, tendo tido alguma dose de infelicidade, com duas bolas a embater nos ferros da baliza (Lukébakio, rematando ao poste, logo aos doze minutos; e Otamendi, cabeceando à trave, aos 33 minutos), a par de outras ocasiões desperdiçadas (destacam-se duas seguidas, à beira do intervalo, outra vez por Lukébakio e por Pavlídis, sem o guarda-redes na baliza, mas a bola a ser travada, “in extremis”, pelo defesa), que justificariam plenamente ter-se adiantado no marcador. Só faltou materializar o futebol explanado.
Porém, “quem não marca, sofre”, com o passar do tempo, e o nulo a persistir, a formação germânica – que vinha de uma traumatizante goleada sofrida (2-7!), em Leverkusen, ante o Paris Saint-Germain – ia acreditando que seria possível levar de Lisboa um resultado positivo.
E bastou um momento em que Ríos e Barrenechea vacilaram, para Grimaldo, com um excelente “passe a rasgar”, lançar Schick; o guardião benfiquista ainda começou por negar o golo, em intervenção apertada, mas, noutro lance de grande infelicidade, Dahl, ao tentar afastar a bola, de cabeça, colocou-a “direitinha” no ponto de mira do avançado checo, que, também de cabeça, não teve qualquer dificuldade em empurrar para o fundo da baliza, apanhando Trubin em contrapé.
Mourinho fez uma tripla substituição, apostando em Prestianni e Schjelderup, entrando também Dedić para lateral direito, de molde a libertar Aursnes para tarefas mais ofensivas; a equipa foi tentando, mas, porventura, já pouco crente nas suas capacidades, sempre “mais com o coração do que com a cabeça”, de forma algo precipitada e sem discernimento, também enervada pelo constante anti-jogo da equipa alemã.
E, naturalmente, o resultado não se alteraria, o que se traduz na quarta derrota em outros tantos jogos e o fantasma dos zero pontos a subsistir e a alastrar na mente de todos.
O Pulsar do Campeonato – 7ª Jornada

(“O Templário”, 30.10.2025)
O Campeonato Distrital parece começar a “arrumar-se”, com as equipas teoricamente mais apetrechadas a aproximar-se dos lugares da frente: dos oito primeiros classificados, ninguém perdeu (tendo, três deles, registado empates), enquanto que, dos oito clubes agora na segunda metade da tabela, nenhum ganhou, o que tem por consequência o ampliar de distâncias.
Porto Alto e Torres Novas – anteriores 2.º e 3.º classificados, que se defrontaram nesta 7.ª ronda, não tendo desfeito o nulo, repartindo os pontos em jogo – subsistem invictos, o que, em paralelo, contribuiu para que os torrejanos tenham cedido a liderança, tendo o Porto Alto baixado à 5.ª posição, dado os seus anteriores parceiros no último lugar do pódio terem vencido ambos.
O U. Tomar, em dia de estreia do novo responsável técnico, Eduardo Fortes – um “regresso a casa”, após treze anos, tendo sido treinador do clube já durante seis temporadas, entre 2006-07 e 2011-12 – teve, desta feita, aquela dose de fortuna que lhe tinha faltado noutras ocasiões, obtendo importante triunfo, que lhe proporciona, não só afastar-se da parte baixa da pauta classificativa, como, mais importante até, devolver a tranquilidade e aumentar a confiança no seio do grupo.
Destaques – O Fazendense, depois de um arranque algo titubeante, com duas derrotas (em Mação e no Porto Alto), afirma-se porventura como o principal desafiante do Mação na disputa pelo título, tendo somado quarto triunfo consecutivo, com uma demonstração de força, indo ganhar a Abrantes por 3-1, ocupando o 3.º posto, a dois pontos do Torres Novas e a três dos maçaenses.
Em evidência, pela positiva, esteve igualmente o Cartaxo, ganhando por 2-0 pela segunda semana sucessiva, agora ao Coruchense (depois de ter também batido o Tramagal), numa contenda cujo desfecho ficou definido logo na meia hora inicial. Por seu lado, a turma do Sorraia não consegue sacudir a crise de resultados que vem atravessando, tendo sofrido quarta derrota seguida, somando já cinco desaires, mantendo-se no antepenúltimo posto, incrivelmente, abaixo da “linha de água”.
É ainda de realçar o categórico triunfo (3-0) averbado pelo Águias de Alpiarça ante o Amiense (“placard” que se verificava já ao intervalo), com os alpiarcenses, com excelente início de temporada, igualados no 3.º lugar com o Fazendense, mercê das cinco vitórias já obtidas. Ao invés, o Amiense emula o ciclo negativo do Coruchense, com quatro desaires sucessivos, integrando, com o grupo do Sorraia, e com o At. Riachense, um trio, apenas com quatro pontos.
Confirmações – Noutra jornada sem grandes surpresas, o novo comandante, Mação, assim como o U. Tomar (que reparte agora a 8.ª posição com o Abrantes e Benfica – a três pontos do 5.º lugar… e a cinco do 3.º) confirmaram o favoritismo que lhes era creditado, vencendo as respectivas partidas, mantendo, em ambos os casos, as suas balizas “a zeros”.
Os maçaenses não vacilaram e ganharam, também por convincente 3-0, ao Alcanenense, não concedendo veleidades ao adversário, somando o sexto triunfo nos sete encontros até agora disputados. Com um total de 22 golos marcados (média superior a três golos/jogo) a turma de Mação segue o seu caminho de forma bem assertiva (sendo que, a nível de golos sofridos, apenas o Torres Novas apresenta melhor registo, continuando apenas com um tento consentido).
Em Tomar, recebendo a formação do Pontével – com a qual estava empatada pontualmente –, o União teve boa entrada em campo, colocando-se em vantagem ainda antes de completados os primeiros dez minutos. Até final da primeira parte, os tomarenses, mantendo-se na “mó de cima”, voltaram a criar e a desaproveitar oportunidades para ampliar a contagem.
No segundo tempo, porém – e mesmo tendo visto o adversário ficar em inferioridade numérica – a turma unionista denotou grandes dificuldades em contrariar o ímpeto dos forasteiros, que vieram com atitude bem distinta, tendo ameaçado, por mais de uma ocasião, poder chegar ao empate. Valeu, para serenar, o bis de Tomás Nunes, apontado a cerca de dez minutos do termo do desafio.
Os restantes três jogos saldaram-se por empates, em confrontos que já se antecipavam equilibrados. Começando pelo Porto Alto-Torres Novas, as duas equipas terão mostrado respeito mútuo, talvez privilegiando, a partir de certa fase do embate, a manutenção da invencibilidade, em detrimento da assumpção de maior risco, em busca de uma eventual possibilidade de vitória, não se tendo registado qualquer golo. Os torrejanos, apenas com nove golos marcados (só quatro clubes têm pior registo) somam 17 pontos, potenciando a sua impressionante solidez defensiva.
Entroncamento AC e At. Ouriense empataram a duas bolas, mas num confronto de cariz distinto, com bastantes (quatro) tentos, tendo o conjunto de Ourém disposto de duas situações de vantagem no marcador, que, todavia, não conseguiram preservar, possibilitando aos donos da casa chegar à igualdade (2-2) já nos derradeiros dez minutos.
O Tramagal logrou, por fim, pontuar, mas não terá ficado totalmente satisfeito, dado que, tendo estado em vantagem (golo apontado próximo da hora de jogo), permitiu ao At. Riachense empatar (1-1) apenas seis minutos volvidos, tendo ambos os tentos sido obtidos na conversão de grandes penalidades. Depois de dois empates nas duas primeiras jornadas, a formação dos Riachos volta a encadear duas igualdades, somando “pontinhos” que poderão vir a revelar-se preciosos.
II Divisão Distrital – O campeonato é ainda relativamente longo – a fase regular terá, esta época, um total de 22 jornadas – mas o Moçarriense entrou com um embalo fantástico: se as goleadas das duas rondas iniciais (6-1 no Benfica do Ribatejo; e 7-0 frente ao Rebocho) poderão indiciar fragilidades dos oponentes, a goleada (5-0) aplicada na Glória do Ribatejo é, necessariamente, de outro cariz, dado ter sido obtida face a um rival que, até então, partilhava o comando da série.
Agora, só o regressado Ouriquense acompanha, na Série A, o pleno de vitórias do grupo da Moçarria, tendo a formação de Vila Chã de Ourique vencido por 4-1 no terreno do Benfica do Ribatejo. No “derby” entre Salvaterrense e Marinhais, o conjunto de Salvaterra levou a melhor (2-1), mas é outro emblema do município (Forense) – vencedor, também por 2-1, em Rio Maior – que reparte, com as equipas da Glória do Ribatejo e do U. Santarém “B”, o 3.º lugar.
Na Série B, um dos anteriores guias, Espinheirense, não foi além do empate (2-2) em Ferreira do Zêzere, tendo deixado escapar, na liderança, Vasco da Gama (que goleou por 4-0 em Alferrarede) e Pego (2-1 na recepção ao Caxarias), únicos desta série a somar vitórias nos três jogos disputados.
Liga 3 – O U. Santarém não teve argumentos para contrariar a superioridade evidenciada pelo Mafra (actual 3.º classificado) sendo derrotado, no seu reduto, por 1-2 (tendo chegado a estar em desvantagem de dois tentos). Os escalabitanos baixaram ao antepenúltimo lugar, somente com um ponto mais que Lusitano de Évora e Sp. Covilhã. O Caldas continua a comandar, seguido pelo Belenenses (a um ponto) e pelos mafrenses (outro ponto mais abaixo).
Campeonato de Portugal – A 7.ª jornada foi (a par da 3.ª) a mais proveitosa para os clubes do Distrito, que, pela segunda vez nesta época, pontuaram ambos: muito boa vitória (1-0) do Fátima, nos Açores, perante a Juv. Lajense; um positivo empate (0-0) do Samora Correia em Mortágua.
Com o terceiro triunfo sucessivo obtido, os fatimenses ascenderam à 5.ª posição (total de dez pontos, em seis jogos realizados); por seu turno, os samorenses, contando cinco pontos, são penúltimos (13.º), não obstante apenas a três pontos da “linha de água”.
Antevisão – Na I Divisão Distrital destacam-se as partidas: Amiense-Mação, Torres Novas-At. Ouriense, Fazendense-Águias de Alpiarça e Alcanenense-U. Tomar. No escalão secundário, os encontros principais serão: Moçarriense-Benavente; e Espinheirense-Pego.
Na Liga 3, já a fechar a primeira volta, o U. Santarém visita o Restelo, onde defrontará o histórico Belenenses. No Campeonato de Portugal, Fátima e Samora Correia actuam ambos na condição de visitados, recebendo, respectivamente, o Mortágua (7.º) e a Naval 1893 (actual vice-líder).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 30 de Outubro de 2025)







