Archive for 6 Setembro, 2025
Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 2025 – Final
Final – Portugal – França – 4-1
3.º / 4.º lugar – Itália – Espanha – 3-1
5.º / 6.º lugar – Andorra – Suíça – 3-1
7.º / 8.º lugar – Alemanha – Áustria – 9-3
Após uma penosa fase de grupos, em que somou por derrotas os três jogos disputados, a selecção nacional reagiu da melhor forma, tendo eliminado, nas meias-finais, o Campeão do Mundo em título e tri-campeão europeu, para, na Final, se impor categoricamente a uma equipa francesa que, nos últimos anos, tem vindo a consolidar o seu crescimento, afirmando-se entre os “grandes”.
Num confronto entre dois seleccionadores portugueses (Paulo Freitas e Nuno Lopes), Portugal tivera, precisamente no desafio frente à França, a sua pior exibição, mas, desta feita, a configuração do jogo foi bem diferente, sempre com a turma lusa em superioridade, assumindo a iniciativa, perante um adversário que apostava, principalmente, no poderio físico, procurando explorar o contra-ataque.
O nulo subsistiria até cerca dos quinze minutos, altura em que Portugal inaugurou o marcador, por intermédio de Rafael Bessa. A abordagem da formação francesa cedo lhe custou ficar sobrecarregada de faltas, e, apenas quatro minutos volvidos, o resultado seria ampliado para 2-0, por Alvarinho, na sequência de livre directo, a sancionar a 10.ª falta da França.
A equipa portuguesa parecia confiante, e o desafio praticamente ficaria decidido com o 3-0, apontado por Gonçalo Alves apenas quatro minutos após o recomeço, outra vez na conversão de lance de bola parada, desta feita uma grande penalidade.
Na parte final haveria ainda algum “frisson”, dado que Portugal ficou em inferioridade numérica para o derradeiro minuto e cinquenta segundos, tendo a França, a jogar “5 para 3” (abdicando do guarda-redes) reduzido para 1-3, por Bruno Di Benedetto. Mantendo os franceses o risco total, uma perda de bola originaria, nos últimos instantes, o 4-1, com Rafael Bessa a isolar-se e a rematar para a baliza… vazia.
Se é verdade que Portugal perdera, na (inócua) fase de grupos com a França (2.º), Itália (3.º) e Espanha (4.º), deverá também atentar-se que – para além de ter, entretanto, revertido já tais derrotas, nas meias-finais (Espanha) e na Final (França) deste Europeu – a selecção portuguesa ganhara, há apenas duas semanas, na Catalunha, a “GoldenCat”, tendo, então, vencido igualmente jogos disputados ante a França, Itália e Catalunha (base da equipa de Espanha).
A realidade é que as quatro selecções são actualmente muito equiparadas e a vitória poderá cair para qualquer uma delas, em qualquer jogo, decidindo-se as partidas por “detalhes”. Na conquista deste Campeonato da Europa, destaque para várias defesas decisivas de Xano Edo, tendo também alguma influência o factor público.
Nestes dois torneios em que Portugal se sagrou Campeão, em 4 jogos com a França, registou 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota; frente à Itália, 1 vitória e 1 derrota; com a Espanha/Catalunha, 1 vitória, 1 empate (tendo deixado escapar o triunfo a 29 segundos do final, mas acabando por se superiorizar no desempate por “penalties”) e 1 derrota.
Portugal – Alejandro “Xano” Edo, José “Zé” Miranda, José “Rafa” Costa, Gonçalo Alves (1) e Hélder Nunes; Rafael “Rafa” Bessa (2), Luís Querido, Miguel Rocha, Álvaro Morais “Alvarinho” (1) e Gonçalo “Guga” Bento (guarda-redes suplente)
França – Pedro Chambel, Bruno Di Benedetto, Rémi Herman, Roberto Di Benedetto e Carlo Di Benedetto; Stanislas “Stan” Vankammelbecke, Anthony da Costa, Marc Rouzé, Corentin Turluer e Tom Savreux (guarda-redes suplente)
Portugal sagrou-se Campeão Europeu pela 22.ª vez no seu historial, voltando a reforçar a liderança no número de títulos conquistados. Nas 56 edições do Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – que teve a sua estreia em 1926 em Herne Bay (Inglaterra) – após os 22 troféus de Portugal, seguem-se a Espanha (19), Inglaterra (12 – nas doze primeiras edições, até 1939) e Itália (3).
Para além dos 22 títulos conquistados (1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1956, 1959, 1961, 1963, 1965, 1967, 1971, 1973, 1975, 1977, 1987, 1992, 1994, 1996, 1998. 2016 e 2025), Portugal foi vice-campeão por 15 vezes (1951, 1953, 1954, 1957, 1969, 1979, 1981, 1983, 2000, 2002, 2008, 2010, 2012, 2018 e 2023), e 3.º classificado noutras 10 ocasiões (1936, 1937, 1939, 1955, 1985, 1990, 2004, 2006, 2014 e 2021); apenas por duas vezes tendo ficado em 4.º lugar (1932 e 1938).
Nas 51 edições em que participou (falhou as quatro primeiras, de 1926 a 1929 – tendo-se estreado em 1930 –, assim como a 8.ª, em 1934), somente em 1930 e 1931 (6.º classificado nas duas ocasiões) Portugal não alcançou um lugar de honra.
Campeão 2.º 3.º 4.º Total Portugal 22 15 10 2 49 Espanha 19 16 6 3 44 Inglaterra 12 1 - 2 15 Itália 3 12 25 8 48 França - 7 3 7 17 Suíça - 2 4 12 18 Alemanha - 2 4 10 16 Bélgica - 1 1 5 7 Holanda - - 4 6 10
Nota – Na edição de 2021 do Campeonato da Europa, foi decidido atribuir o 3.º lugar, “ex aequo”, às selecções de Portugal e da Itália.
Arménia – Portugal (Mundial 2026 – Qualif.)
Arménia – Henri Avagyan, Erik Piloyan, Georgii Arutiunian, Sergei Muradian, Nayair Tiknizyan (79m – Edgar Grigoryan), Kamo Hovhannisyan, Ugochukwu Iwu (86m – Narek Aghasaryan), Eduard Spertsyan, Vahan Bichakhchyan (60m – Edgar Sevikyan), Tigran Barseghyan (79m – Zhirayr Shaghoyan) e Lucas Zelarayán (60m – Grant-Leon Ranos)
Portugal – Diogo Costa, João Cancelo (79m – João Palhinha), Gonçalo Inácio, Rúben Dias, Nuno Mendes (66m – Nuno Tavares), Bruno Fernandes, João Neves, Vítor Ferreira “Vitinha”, Pedro Neto (45m – Francisco Trincão), João Félix (66m – Pedro Gonçalves) e Cristiano Ronaldo (57m – Gonçalo Ramos)
0-1 – João Félix – 10m
0-2 – Cristiano Ronaldo – 21m
0-3 – João Cancelo – 32m
0-4 – Cristiano Ronaldo – 46m
0-5 – João Félix – 62m
Cartão amarelo – Piloyan (26m)
Árbitro – Anthony Taylor (Inglaterra)
Portugal obteve aprovação com distinção no arranque desta fase de qualificação para o Mundial de 2026 (em que apenas o vencedor do Grupo terá apuramento directo), goleando, com naturalidade, na deslocação à Arménia, expondo as fragilidades do adversário.
Foram cinco golos, mas poderiam bem ter sido dez, com mais alguma eficácia, e se não se tivesse reduzido o ritmo de jogo nos últimos vinte minutos.
Anota-se a particularidade de todos os cinco tentos terem sido apontados por jogadores a alinhar em clubes da Arábia Saudita.
GRUPO F Jg V E D G Pt 1º Portugal 1 1 - - 5 - 0 3 2º Hungria 1 - 1 - 2 - 2 1 2º Irlanda 1 - 1 - 2 - 2 1 4º Arménia 1 - - 1 0 - 5 -
1ª jornada
06.09.2025 – Arménia – Portugal – 0-5
06.09.2025 – Irlanda – Hungria – 2-2



