Archive for 5 Setembro, 2025

Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 1/2 finais

Meias-finais

França – Itália – 9-5
Espanha – Portugal – 2-2 (2-2 a.p.) (2-3 a.p.)

Apuramento do 5.º ao 8.º lugar

Alemanha – Suíça – 1-5
Áustria – Andorra – 2-2 (3-3 a.p.) (2-3 g.p.)

Tendo-se estreado com uma exibição positiva no jogo de arranque da prova, ante a Itália, mas que, com alguma infelicidade, se saldara por um desaire, os níveis de confiança da equipa portuguesa ressentiram-se, tendo estado muito abaixo do seu potencial no encontro ante a França, em que foi justamente batida por uma selecção gaulesa muito competente.

Após duas derrotas nas duas primeiras partidas da fase de Grupos (que tinha como única consequência a determinação do alinhamento dos embates da fase a eliminar), Portugal procurara, sem grande convicção, inverter tal desempenho na 3.ª jornada, no confronto ante a Espanha (em que as posições das duas equipas, respectivamente 4.º e 1.º lugar, estavam já previamente estabelecidas), mas o adversário revelou-se mais eficaz.

Os quartos-de-final, ante Andorra, tinham sido um mero “pro-forma” – como o foram os outros desafios dessa ronda, com as quatro equipas do Grupo A a golearem as do Grupo B, com um agregado de 39-3, bem esclarecedor do enorme fosso competitivo entre as quatro melhores selecções e as restantes, numa modalidade em que falta massa crítica, e em que, à excepção da evolução registada pela França com a actual geração, a tendência geral parece ser de esvaziamento.

“Cerrando os dentes”, sabendo que este seria um confronto decisivo para o balanço final do campeonato, Portugal abordou este novo jogo com a Espanha de forma muito concentrada e empenhada.

Com as duas equipas muito “encaixadas”, e pese embora a toada de “parada e resposta”, acabou por não surpreender muito o nulo registado ao intervalo, o que, aliás, subsistiria praticamente até meio da segunda parte.

Só a treze minutos do final do encontro seria inaugurado o marcador, para a Espanha, por Sergi Aragonés. Valeu, então, a pronta reacção da equipa portuguesa, com Miguel Rocha a restabelecer o empate menos de dois minutos volvidos.

A selecção nacional culminaria a reviravolta, chegando à vantagem (2-1) a oito minutos do final, com um tento de Hélder Nunes. O jogo abriu, e houve, então, um par de oportunidades de golo, de parte a parte, com ambos os guardiões (Xano Edo e Càndid Ballart) a grande nível.

Na parte final, Portugal ia controlando o jogo, até que, para o último minuto e meio, a Espanha fez sair o guarda-redes, arriscando no “5 contra 4”, estratégia com a qual a equipa portuguesa não soube lidar.

Em quatro ocasiões em que teve posse de bola (por faltas cometidas pela formação espanhola, a jogar já “em desespero”), junto à sua tabela de fundo, perante o cerco a que se viu submetida, a turma de Portugal mais não conseguiu que, em todas as vezes, lançar a bola em profundidade, para o meio-campo contrário (no qual não se encontrava nenhum jogador português), oferecendo-a ao adversário, que não se fez rogado.

Se Portugal perdera já (em 2012) um Europeu a seis segundos do fim, desta feita deixaria escapar o triunfo a 29 segundos do termo da partida, consentindo a igualdade a duas bolas, num lance infeliz, com a bola a ressaltar no stick de um jogador português, a trair o guardião, após remate de César Carballeira.

Tendo de disputar todo o prolongamento fortemente condicionada por se encontrar com nove faltas, a equipa portuguesa teve dificuldade em controlar o jogo, não tendo, não obstante, a Espanha conseguido criar flagrantes oportunidades de golo, pelo que o resultado não se alterou, sendo necessário recorrer ao desempate da marca de grande penalidade.

Os espanhóis começaram por se colocar em vantagem, mas Alvarinho e Gonçalo Alves (convertendo a segunda e terceira tentativas, no primeiro caso, surpreendendo, tendo saído com a bola a jogar, e fazendo a picadinha sobre Ballart) inverteram a marcha do marcador a favor de Portugal, beneficiando também das defesas de Xano Edo.

Tendo a Espanha desperdiçado também a sua quarta tentativa, Portugal poderia ter, desde logo, consumado a vitória… mas seria necessário sofrer ainda. No quinto remate, a turma espanhola (“proibida” de falhar) marcava de novo, vindo a fixar-se (também neste desempate) o resultado em 2-2.

No “prolongamento dos penalties”, Xano Edo negaria o golo a Pol Manrubia, para, enfim, Gonçalo Alves (outra vez, com grande proficiência) colocar Portugal na Final do Europeu!

5 Setembro, 2025 at 11:33 pm Deixe um comentário


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