Archive for Setembro, 2025
Liga dos Campeões – 2ª Jornada – Chelsea – Benfica
Chelsea – Robert Sánchez, Malo Gusto (80m – Reece James), Trevoh Chalobah, Benoît Badiashile (80m – Joshua Acheampong), Marc Cucurella, Enzo Fernández, Moisés Caicedo, Pedro Neto, Facundo Buonanotte (54m – Estêvão Gonçalves), Alejandro Garnacho (61m – Jamie Bynoe-Gittens) e Tyrique George (61m – João Pedro Jesus)
Benfica – Anatoliy Trubin, Amar Dedić, António Silva (73m – Tomás Araújo), Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Richard Ríos (77m – Leandro Barreiro), Enzo Barrenechea, Dodi Lukébakio (77m – Andreas Schjelderup), Fredrik Aursnes (89m – Henrique Araújo), Heorhiy Sudakov (77m – Franjo Ivanović) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis
1-0 – Richard Ríos (p.b.) – 18m
Cartões amarelos – Enzo Fernández (45m), Facundo Buonanotte (46m) e João Pedro Jesus (62m); Enzo Barrenechea (34m), Richard Ríos (49m), Fredrik Aursnes (64m), Nicolás Otamendi (83m), Tomás Araújo (88m) e José Mourinho (Treinador – 90m)
Cartão vermelho – João Pedro Jesus (90m)
Árbitro – Daniel Siebert (Alemanha)
No regresso de José Mourinho a Stamford Bridge (muito bem recebido pelos adeptos) – e, também, à Liga dos Campeões, após mais de cinco anos de ausência – e no reencontro com o Chelsea, depois do Mundial de Clubes, o Benfica adoptou, com naturalidade, uma atitude conservadora, procurando pressionar (o mais) alto (possível) e apostar em momentos de transição.
Dentro dos dez minutos iniciais, a um primeiro lance ameaçador protagonizado por Enzo Fernández, ripostou a equipa benfiquista com um remate de Lukébakio, descaído sobre o lado esquerdo, a obrigar o guardião contrário a uma defesa de recurso, a dois tempos, tendo a bola ressaltado ainda no poste.
Mas o Chelsea, mais poderoso, logo levaria perigo ao sector recuado do Benfica, por mais de uma ocasião, antes de, num lance infeliz, Richard Ríos – que no minuto imediatamente anterior tinha desaproveitado uma promissora jogada de ataque, rematando fraco e à figura – introduzir (desta vez com um forte remate) a bola na própria baliza, ao tentar safar, de forma precipitada (e desastrada), um cruzamento perigoso para a zona central da pequena área.
Muito cedo no jogo a formação portuguesa, agora já em desvantagem no marcador, via o seu “plano de jogo” como que desvanecer-se, passando a enfrentar uma situação de desconforto, em que, mais tarde ou mais cedo, teria de procurar arriscar, em busca de um eventual golo, que pudesse evitar nova derrota.
E, até ao intervalo, foi sempre o Chelsea a estar na “mó de cima”, não permitindo veleidades ao adversário. Na segunda metade, com o passar do tempo, a turma londrina ia adoptando uma atitude mais pragmática, de preservação da vantagem, moderando as investidas no ataque, gerindo o jogo.
Só nos dez minutos finais o Benfica conseguiria “forçar”, mostrando personalidade, tendo, então, tido a capacidade de obrigar o rival a acantonar-se nas imediações da sua área, mas, efectivamente, pecou por ser praticamente inofensivo nas tentativas de aproximação à baliza (tendo o lance de maior “frisson” sido um remate de Aursnes interceptado por um defesa, em “carrinho”).
A atitude revelada pelo conjunto benfiquista foi positiva, mas o futebol exibido ficou curto para poder aspirar a mais, pese embora perante um adversário com pouca assertividade, que, a espaços, foi deixando também a sensação de não confiar plenamente em si próprio, como que retraindo-se, evitando o risco.
O Pulsar do Campeonato – 2ª Jornada

(“O Templário”, 25.09.2025)
Numa jornada de empates (quatro, nos sete jogos disputados no Domingo), as equipas do At. Ouriense e do Mação foram as únicas a conseguir bisar o triunfo da ronda inaugural, partilhando, pois, o comando da prova, com o pleno de seis pontos; o outro clube a ganhar foi o Águias de Alpiarça, recuperando, em terreno alheio, os três pontos que cedera em casa na semana anterior.
Por seu lado, Alcanenense, At. Riachense e Porto Alto somaram segundo empate em outros tantos jogos, sendo que são ainda nove os clubes sem qualquer vitória averbada. O recém-promovido Tramagal é o único já com duas derrotas, de que decorre a posição de “lanterna vermelha”. O desafio entre U. Tomar (vitorioso na estreia) e Fazendense (derrotado) fora adiado para dia 24.
Destaques – O desfecho de maior sensação foi o que ocorreu em Coruche, com a turma local a ser desfeiteada pelo At. Ouriense, perdendo por 1-2. A formação de Ourém abriu o activo próximo dos 40 minutos, tendo o conjunto do Sorraia restabelecido a igualdade logo a abrir a segunda metade. Sendo expectável que o Coruchense pudesse, durante o tempo que faltava ainda jogar, operar a reviravolta, acabaria, contudo, por ser o At. Ouriense a fixar o resultado a seu favor, já nos minutos finais – cinco pontos perdidos em duas jornadas não estaria certamente nos planos.
Mais empolgante ainda foi a partida entre Cartaxo e Mação, com os anfitriões a começar por surpreender, apontando dois golos num intervalo de apenas cerca de dez minutos, colocando-se, inesperadamente, em vantagem por 2-0, ainda antes de completada a hora de jogo. Mas os maçaenses, não virando a cara à luta, não se entregaram, reduzindo à beira do intervalo. Na etapa complementar, o Mação empataria, próximo da meia hora, vindo a consumar, em cima do derradeiro minuto, muito importante recuperação, que lhe proporcionou ganhar por 3-2.
Ainda uma outra nota de destaque, para o triunfo obtido pelo Águias de Alpiarça, no Tramagal, mercê de um solitário tento, a abrir o segundo tempo, o que proporcionou aos alpiarcenses grande salto na tabela, mas, mais significativo, um triunfo que poderá ser determinante em termos anímicos, dado ter sido alcançado em reduto contrário, e frente a um “concorrente directo”.
Surpresas – Dos quatro encontros que terminaram igualados, por curiosidade todos com o mesmo “placard” (1-1), dois poderão ser, de alguma forma, classificados como surpresa: são os casos do Torres Novas-Pontével e do Abrantes e Benfica-Porto Alto, com dois dos novos promovidos a pontuar fora de casa, frente a opositores, em teoria, com superiores argumentos, sendo que, aliás, em ambos os casos, os visitados apenas “in extremis” evitaram a derrota.
Em Torres Novas, o Pontével colocou-se em vantagem logo nos minutos iniciais, registando-se a particularidade de se ter tratado do terceiro golo consecutivo (ou seja, todos os que este clube obteve até agora no campeonato) marcado por jogadores adversários na sua própria baliza! Os torrejanos só em período de compensação chegariam ao tento do empate.
Por seu turno, em Abrantes, foi também o grupo do Porto Alto a marcar primeiro, já no segundo tempo, vindo os abrantinos a igualar, na conversão de uma grande penalidade, ao minuto noventa, numa altura em que, há mais de vinte minutos, se encontravam em inferioridade numérica. Pela segunda semana seguida, a AREPA deixou escapar a vitória nos instantes finais.
Confirmações – Nas outras duas partidas em que o desfecho ficou empatado, ter-se-á tratado de resultados mais dentro da lógica, se considerarmos que os visitantes disporão de potencial superior aos respectivos rivais: Entroncamento AC-Alcanenense e At. Riachense-Amiense.
No Entroncamento, os anfitriões inauguraram o marcador à passagem dos vinte minutos, tendo o conjunto de Alcanena empatado cerca da hora de jogo. Nos Riachos, foram também os donos da casa a marcar primeiro, também ao minuto vinte, só que, neste caso, o Amiense ripostou de pronto, igualando no minuto imediato – não tendo ocorrido mais alterações nos resultados até final.
Taça de Portugal – Depois de Ferreira do Zêzere e Samora Correia (eliminados logo na ronda inaugural da competição), também U. Santarém, Fátima e Fazendense (que tinham ficado isentos nessa oportunidade) foram afastados na primeira eliminatória que disputaram, pelo que não subsiste já em prova qualquer representante do Distrito.
Os escalabitanos, defrontando um adversário do seu nível (Liga 3), tendo-se deslocado a Amarante, foram batidos por 2-0, desfecho fixado ainda nos primeiros minutos da segunda parte.
Também o Fátima (que disputa o Campeonato de Portugal) enfrentou um oponente daquele escalão (Liga 3), superior ao que se encontra inserido, visitando as Caldas da Rainha, não surpreendendo a derrota, mesmo que por 3-0, só no último minuto tendo sofrido o terceiro tento.
Quanto ao Fazendense (3.º classificado na última edição do Distrital) – apurado para esta competição devido ao facto de os dois primeiros classificados do campeonato (Ferreira do Zêzere e Samora Correia) terem sido também os finalistas da Taça do Ribatejo –, recebeu a visita do Mirandela (actual 11.º classificado da Série A do Campeonato de Portugal), tendo sido derrotado por 1-2, marcando o seu “ponto de honra” já na parte final do desafio.
Anota-se que, nas últimas seis temporadas (desde 2020-21) – num total de 27 participações (de 13 diferentes clubes) – só por uma única vez (o U. Santarém, na época transacta, batendo dois adversários dos Distritais) os emblemas do Distrito lograram superar as duas rondas iniciais, chegando aos 1/32 avos de final da Taça de Portugal (fase em que entram em prova os clubes da Primeira Liga). De resto, quedaram-se, em quinze ocasiões, pela 1.ª eliminatória; tendo disputado a 2.ª ronda por onze vezes.
Taça do Ribatejo – Arrancou no passado fim-de-semana a edição desta temporada da Taça distrital, com a disputa da “fase de grupos”, em que participam somente os clubes inscritos no escalão secundário (no total de 21, repartidos em seis séries – para apurar dez, que se juntarão, na fase seguinte, às 16 equipas da I Divisão).
Da ronda inicial, nota para o desaire caseiro do actual detentor do troféu (que, aliás, conquistou nas duas últimas temporadas), Ferreira do Zêzere – presentemente num contexto distinto –, batido pelo Marinhais, por 1-3, vendo, portanto, quebrada uma invencibilidade de mais de dois anos e meio na “prova rainha” (desde Janeiro de 2023), após ter somado notável série de onze jogos sem perder (quatro triunfos e um empate em 2023-24; e o pleno de seis vitórias em 2024-25).
Destacam-se ainda os triunfos obtidos em terreno alheio por: SC Rio Maior (2-0, ante o Rebocho); Ouriquense, no regresso à competição oficial, após treze anos de interregno (1-0, em Benavente); U. Atalaiense (3-1, frente ao Benfica do Ribatejo); e Moçarriense (2-0, em Salvaterra).
Outra retoma, neste caso da formação d’Os Lagartos do Sardoal (depois de seis anos de ausência), ficou marcada por uma torrente de golos, tendo o Mindense vencido por 6-3.
Antevisão – A 3.ª ronda do Distrital da I Divisão tem como principais focos de atenção os seguintes embates: At. Ouriense-Abrantes e Benfica; Tramagal-Coruchense; e Porto Alto-Fazendense. O Mação, recebendo o At. Riachense, é claro favorito. Quanto ao U. Tomar, terá a visita do Cartaxo, que ofereceu forte réplica aos maçaenses, apresentando-se também, nesta fase inicial, com o melhor marcador da prova, Emanuel Costa, bisando em ambos os jogos realizados.
Na Liga 3, o U. Santarém recebia, esta quarta, o Caldas (integrando o lote de vice-líderes da sua série, e que vem de eliminar o Fátima, para a Taça). No Campeonato de Portugal, o Fátima, actuando também no seu terreno, terá a visita do Peniche (“carrasco” do Ferreira do Zêzere, na Taça); enquanto o Samora Correia viaja até aos Açores (Terceira), para defrontar o Juv. Lajense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Setembro de 2025)
Liga Europa – 2025-26 – 1ª Jornada – Resultados e Classificação
24.09.2025 - Midtjylland - Sturm Graz 2-0 24.09.2025 - P.A.O.K. - Maccabi Tel-Aviv 0-0 24.09.2025 - Crvena zvezda - Celtic 1-1 24.09.2025 - Dinamo Zagreb - Fenerbahçe 3-1 24.09.2025 - Malmö - Ludogorets 1-2 24.09.2025 - Nice - AS Roma 1-2 24.09.2025 - Betis - Nottingham Forest 2-2 24.09.2025 - Sp. Braga - Feyenoord 1-0 24.09.2025 - Freiburg - FC Basel 2-1 25.09.2025 - Go Ahead Eagles - FCSB 0-1 25.09.2025 - Lille - Brann 2-1 25.09.2025 - Aston Villa - Bologna 1-0 25.09.2025 - Young Boys - Panathinaikos 1-4 25.09.2025 - FC Salzburg - FC Porto 0-1 25.09.2025 - Utrecht - Ol. Lyonnais 0-1 25.09.2025 - Ferencvárosi - Viktoria Plzeň 1-1 25.09.2025 - Rangers - Genk 0-1 25.09.2025 - VfB Stuttgart - Celta de Vigo 2-1
O Pulsar do Campeonato – 1ª Jornada

(“O Templário”, 18.09.2025)
Na ronda inaugural do Distrital da I Divisão, a equipa do União de Tomar surpreendeu a do Abrantes e Benfica, desforrando-se do desaire sofrido há cerca de cinco meses, obtendo uma inesperada goleada, o que, por ora, posiciona a turma nabantina no topo da tabela classificativa.
No regresso do principal escalão do futebol distrital, esta temporada com a particularidade de não contar com nenhum dos dois primeiros classificados do último campeonato (tendo o vice-campeão, Samora Correia, sido promovido ao Campeonato de Portugal; enquanto o Campeão, Ferreira do Zêzere, foi administrativamente despromovido à II Divisão Distrital, por ter abdicado da subida), e numa jornada em que o equilíbrio foi nota dominante, com resultados tangenciais, assinala-se que só o Torres Novas manteve a sua baliza inviolada, tendo, correspondentemente, o Águias de Alpiarça sido a única equipa a ficar “em branco”.
De entre os 16 concorrentes, apenas quatro (Amiense, Cartaxo, Fazendense e Torres Novas) são totalistas nas últimas doze épocas, com presença ininterrupta na I Divisão desde (pelo menos) 2014-15; nesse período o Coruchense não participou em quatro edições do Distrital, dado ter disputado o Campeonato de Portugal, tendo Mação e U. Tomar participado nessa prova uma vez.
Em função da despromoção do Ferreira do Zêzere, foram quatro os promovidos da II Divisão Distrital, tendo deixado boas indicações na ronda de estreia: o Campeão, Porto Alto (regresso após treze anos de ausência), e o finalista, Tramagal (colocando termo a um longo interregno de 18 anos); o Pontével (após dez anos) e o At. Riachense (“repescado”, beneficiando da sanção aplicada ao emblema ferreirense, por curiosidade uma penalização que fora adoptada no regulamento de provas, precisamente devido ao facto de o clube dos Riachos ter abdicado da subida aos Nacionais no ano de 2009) – sendo que apenas os tramagalenses não lograram pontuar.
Destaques – A primeira nota de realce vai para a goleada averbada pelo U. Tomar, derrotando o Abrantes e Benfica por 4-1. Um desfecho que traduz grande eficácia da formação tomarense, que começara por ter a “sorte” do jogo em dois momentos, com uma bola que embateu nos ferros da sua baliza, e com uma grande penalidade, também desperdiçada pelos abrantinos.
Tendo o nulo no marcador subsistido até ao intervalo, na segunda metade, dois tentos de Wemerson Silva, apontados em pouco mais de dois minutos – conferindo ao avançado unionista, agora com um total de 91 golos marcados ao serviço do clube, a 2.ª posição na lista dos melhores marcadores de sempre do União, tendo superado a marca de 90 golos alcançada por Bolota (este, sobretudo, em jogos da I e da II Divisão nacional), apenas abaixo do registo obtido por Ferreira, único a ultrapassar a centena de golos – praticamente sentenciaram o desfecho da partida.
Com a turma abrantina sem conseguir encontrar antídoto para contrariar a mobilidade do jogo contrário, o “placard” subiria até aos 4-0, tendo os visitantes apontado o ponto de honra já em período de compensação. Uma excelente entrada em prova dos nabantinos, mas que, com um novo grupo em construção, integrando um lote de jogadores muito jovens, obviamente deverão “manter os pés no chão”, sem deslumbramentos, numa caminhada longa como é este campeonato.
Em destaque estiveram também o Cartaxo e o Torres Novas, únicos visitantes a vencer. Os cartaxeiros, deslocando-se ao reduto dos Amiais de Baixo – por singular curiosidade, na quarta vez, em anos recentes, em que os dois emblemas se defrontam na 1.ª jornada do campeonato (depois das épocas de 2016-17, 2022-23 e 2024-25) –, beneficiando de o Amiense ter visto o seu guarda-redes expulso logo nos minutos iniciais, ganharam por 3-2, tendo chegado a dispor de vantagem de três golos, vindo a consentir os tentos dos visitados nos derradeiros cinco minutos.
Quanto aos torrejanos, repetiram os triunfos alcançados nas duas visitas anteriores a Alpiarça, em 2023 e 2024, mas, desta feita, tendo sido uma vitória “arrancada a ferros”, na conversão de uma grande penalidade, já em período de compensação, para lá dos noventa minutos regulamentares.
No “jogo-grande” da jornada, colocando frente-a-frente dois dos principais candidatos, o Mação levou a melhor sobre o Fazendense, impondo-se por tangencial 2-1. Num confronto entre dois dos clubes com melhor desempenho histórico na última década, sempre posicionados nos oito primeiros lugares da classificação, os maçaenses – agora reforçados com a equipa técnica, comandada por Mário Nelson, e vários dos jogadores que, na temporada finda, se sagraram Campeões Distritais, em representação do Ferreira do Zêzere – colocaram-se em vantagem no início do segundo tempo, cederam ainda o tento do empate, mas acabariam por superiorizar-se.
Surpresas – Numa fase inicial, em que são escassos os elementos que permitam aquilatar do real potencial de cada um dos concorrentes, anotam-se, ainda assim, os resultados positivos averbados por três dos recém-promovidos à divisão principal: Porto Alto, At. Riachense e Pontével.
O emblema do Porto Alto, recebendo outro dos principais candidatos, Coruchense – que concluiu o campeonato no 1.º lugar por três vezes nos últimos anos (em 2015, 2017 e 2021), para além de ter ficado, nas restantes épocas, na 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª posição –, surpreendeu, com a igualdade a uma bola, tendo, aliás, marcado o primeiro tento da prova, apenas nos derradeiros instantes consentindo o golo que permitiu à turma do Sorraia pontuar.
Quanto ao At. Riachense, de visita a Alcanena, num “quase derby”, arrancou também um empate (2-2), depois de ter, igualmente, aberto o activo; os locais ainda chegaram a operar a reviravolta, mas viriam a ceder o tento da igualdade (bis de Pedro Ferreira) já em tempo adicional.
Melhor fez o Pontével, tirando partido do factor casa, ganhando por 2-1 ao Entroncamento AC – equipa que, de forma sensacional, vencera todos os seus últimos seis jogos do campeonato precedente. Neste encontro, os anfitriões chegaram a vantagem de dois golos, tendo, curiosamente, ambos os tentos sido marcados na própria baliza. O conjunto da cidade ferroviária reduziu para a diferença mínima logo a abrir a segunda parte, mas não conseguiria evitar a derrota.
Confirmação – No outro desafio em que estava envolvido um clube promovido, entre o At. Ouriense e o Tramagal, os tramagalenses começaram também por surpreender, marcando primeiro, tendo os homens de Ourém virado o resultado para 2-1, antes de os visitantes chegarem ainda ao empate a duas bolas; não teriam, porém, capacidade para responder ao terceiro golo dos donos da casa, apenas dois minutos volvidos, fixando o marcador em 3-2 para a turma de Ourém.
Liga 3 – Após a disputa das quatro primeiras jornadas, o U. Santarém soma escassos quatro pontos (fruto de uma vitória e de um empate), ocupando o 8.º (antepenúltimo) posto, numa série, para já, muito equilibrada. No Domingo os escalabitanos sofreram convincente derrota, por 3-0, no terreno do Amora (um dos actuais vice-líderes, três pontos acima).
Campeonato de Portugal – Também com quatro rondas disputadas (mas vários jogos em atraso), não está a ser muito auspicioso o arranque dos representantes do Distrito: o Fátima (com um único ponto obtido em três jogos) ocupa a penúltima posição (13.º), tendo sido derrotado pelo Oliveira do Hospital, por 2-0; por seu turno, o Samora Correia regista desempenho análogo ao do U. Santarém, sendo 9.º (último acima da “linha de água”), tendo perdido em Peniche por 1-0.
Antevisão – Na 2.ª jornada do Distrital destaca-se o Cartaxo-Mação. O U. Tomar deslocar-se-á a Fazendas de Almeirim, mas apenas na quarta-feira, dia 24 de Setembro, dado que o Fazendense jogará, no fim-de-semana, para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal, recebendo o Mirandela (Campeonato de Portugal). As equipas do U. Santarém e do Fátima deslocam-se, respectivamente, a Amarante e às Caldas da Rainha, para defrontar dois grupos que militam na Liga 3.
Quedaram-se pela 1.ª ronda da Taça o Ferreira do Zêzere (goleado por 8-0 em Peniche) e o Samora Correia (afastado no desempate da marca de grande penalidade, na Marinha Grande, depois de empate a um golo) – Fátima, Fazendense e U. Santarém haviam, então, ficado isentos por sorteio.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 18 de Setembro de 2025)
Liga dos Campeões – 2025-26 – 1ª Jornada – Resultados e Classificação
16.09.2025 - Athletic Bilbao - Arsenal 0-2 16.09.2025 - PSV Eindhoven - Union Saint-Gilloise 1-3 16.09.2025 - Juventus - Borussia Dortmund 4-4 16.09.2025 - Real Madrid - O. Marseille 2-1 16.09.2025 - Benfica - Qarabağ 2-3 16.09.2025 - Tottenham - Villarreal 1-0 17.09.2025 - Olympiacos - Pafos 0-0 17.09.2025 - Slavia Praha - Bodø.Glimt 2-2 17.09.2025 - Ajax - Internazionale 0-2 17.09.2025 - Bayern München - Chelsea 3-1 17.09.2025 - Liverpool - Atlético de Madrid 3-2 17.09.2025 - Paris Saint-Germain - Atalanta 4-0 18.09.2025 - Club Brugge - AS Monaco 4-1 18.09.2025 - F.C. Copenhagen - Bayer Leverkusen 2-2 18.09.2025 - Eintracht Frankfurt - Galatasaray 5-1 18.09.2025 - Manchester City - Napoli 2-0 18.09.2025 - Newcastle United - FC Barcelona 1-2 18.09.2025 - Sporting - Kairat Almaty 4-1
Liga dos Campeões – 1ª Jornada – Benfica – Qarabağ
Benfica – Anatoliy Trubin, Amar Dedić, António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Richard Ríos (79m – Leandro Barreiro), Enzo Barrenechea, Fredrik Aursnes (70m – Franjo Ivanović), Heorhiy Sudakov, Andreas Schjelderup (70m – Gianluca Prestianni) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (79m – Henrique Araújo)
Qarabağ – Mateusz Kochalski, Matheus Silva, Behlul Mustafazade, Kevin Medina, Elvin Cafarguliyev (77m – Toral Bayramov), Pedro Bicalho, Marko Janković (77m – Oleksiy Kashchuk), Leandro Andrade (66m – Emmanuel Addai), Kady Borges, Abdellah Zoubir e Camilo Durán (90m – Musa Qurbanlı)
1-0 – Enzo Barrenechea – 6m
2-0 – Evangelos “Vangelis” Pavlídis – 16m
2-1 – Leandro Andrade – 30m
2-2 – Camilo Durán – 48m
2-3 – Oleksiy Kashchuk – 86m
Cartões amarelos – Não houve
Árbitro – Erik Lambrechts (Bélgica)
Como o fácil se pode tornar muito complicado. Como um jogo que prometia uma goleada se converte numa humilhante derrota do Benfica, porventura uma das piores do seu historial em 65 anos de participações em competições europeias, em jogos em casa (recuando no tempo, apenas será possível encontrar – pese embora não ao mesmo nível – os desaires ante o Metalist Kharkiv e Getafe (ambos em 2008) e P.A.O.K. (1999)).
Até hoje, o desempenho do Qarabağ em jogos da “Champions League” não ia além de uma modesta participação na fase de Grupos (na época de 2017-18), que se saldara por dois empates (obtidos, ambos, ante o At. Madrid) e quatro derrotas (com apenas dois golos marcados e 14 sofridos).
De entre os 36 clubes que disputam a presente edição da prova só o Pafos e o Kairat Almaty (para além de Athletic Bilbao e Newcastle, estes devido ao reduzido número de participações em anos recentes) registam pior posição no ranking da UEFA.
Tudo parecia correr pelo melhor quando, apenas com cerca de um quarto de hora de jogo, e beneficiando dos amplos espaços nesse período concedidos pelo adversário, o Benfica ganhava já por 2-0 (com um improvável cabeceamento de Barrenechea, a antecipar-se à defesa, na sequência de um canto; e uma execução irrepreensível de Pavlídis, a ter de rodar para dominar a bola, rematando “à meia volta” – em ambos os casos com assistência do último reforço da equipa, o ucraniano Sudakov), antecipando-se, então, uma possível goleada.
Porém, algo inexplicavelmente, contra o que, até aí, fora a “corrente do jogo”, bastaria um golo sofrido – apontado por Leandro Andrade, um luso-cabo-verdiano, natural de Tavira, que chegara a jogar no Olhanense e no Fátima –, também a aproveitar uma bola parada, na recarga após um mau alívio, para a zona central da área, para que toda a equipa abanasse.
Os jogadores benfiquistas, agora demasiado intranquilos, passaram a acumular erros, ao mesmo tempo que a turma do Azerbaijão (cujo plantel integra nada menos de nove jogadores que haviam militado em clubes de escalão secundário em Portugal) ganhava confiança.
Até ao intervalo, o Qarabağ provocaria ainda alguns outros grandes sustos, em especial com um remate ao poste, seguido de uma notável defesa de Trubin, que voltaria a ter intervenção difícil mesmo a fechar a metade inicial do desafio.
Tinha sido apenas adiado o inevitável: apenas com três minutos de jogo do segundo tempo, já o resultado estava empatado, a duas bolas, mercê da passividade da defensiva portuguesa, tendo Camilo Durán (colombiano com passagens pelo Lusitânia dos Açores e Portimonense) explorado da melhor forma um passe longo, surgindo, sobre o flanco esquerdo, a rematar cruzado para o fundo da baliza.
As substituições operadas por Bruno Lage também não resultariam, com o jogo “muito mastigado”, sem fluidez, com tentativas de ataque mal definidas e improfícuas.
Numa fase de “jogo partido”, com o Benfica algo em desespero, e o adversário a procurar explorar o contra-ataque, temia-se o pior… que acabou mesmo por acontecer, quando, já na recta final, a formação azeri culminou uma incrível reviravolta, de 0-2 para 3-2, em pleno Estádio da Luz!
A partir de um lançamento em profundidade do seu guardião, os jogadores do Qarabağ, com “todo o tempo do mundo” e muito espaço, manobraram a seu bel-prazer dentro da grande área benfiquista, com trocas de passes, até que o também ucraniano Kashchuk (este, com passagem pelo Shakhtar Donetsk), igualmente com um remate em rotação, bateu inapelavelmente Trubin.
Até final, Barrenechea, de fora da área, ensaiaria ainda um remate à baliza, mas a bola sairia bastante por cima. Estava consumado o desastre.
Para o treinador, Bruno Lage, este seria um desaire sem remissão, que lhe custaria ser demitido do clube pela segunda vez, saindo pela “porta baixa”, vítima de falhas próprias e do desnorte da equipa que comandava, novamente incapaz de mudar o rumo.
O Benfica vê-se agora numa situação muito delicada, em que – para além de necessitar obter o máximo de pontos possível nos três restantes jogos em casa, todos de elevado grau de dificuldade (Bayer Leverkusen, Napoli e Real Madrid) – estará obrigado a ir buscar a(s) vitória(s) onde tal se afiguraria menos provável (nas visitas ao Chelsea, Newcastle, Ajax ou Juventus), de molde a poder colmatar o inacreditável desperdício desta noite.
João Almeida 2.º na “Vuelta”
Depois de ter terminado já o “Giro” em 3.º (2023), 4.º (2020) e 6.º lugar (2021), o “Tour” no 4.º posto (2024) e a “Vuelta” na 5.ª (2022) e 9.ª posição (2023), João Almeida culmina a sua melhor época de sempre – em que se sagrou vencedor da “Volta ao País Basco”, do “Tour de Romandie” e da “Volta à Suíça” – obtendo o 2.º lugar na “Vuelta”, igualando o melhor registo de um ciclista português (Joaquim Agostinho, 2.º na “Vuelta” de 1974) em grandes provas de ciclismo por etapas.
João Almeida foi ainda vencedor da 13.ª etapa, com final no alto de L’Angliru, em que apenas Jonas Vingegaard (que obteve a vitória final na classificação geral, depois de ter sido também já vencedor do “Tour” em 2022 e 2023) o conseguiu acompanhar na escalada final.
Os dois primeiros classificados disputaram toda a competição praticamente a par, sendo que o dinamarquês começara por se superiorizar logo na 2.ª etapa (que venceu, ganhando 2+10 segundos de bonificação), bisando o triunfo na 9.ª etapa (ganhando, adicionalmente, 24+6 segundos), ampliando a vantagem em mais 4+10 segundos na 11.ª etapa. Por seu lado, João Almeida reduziria ainda (com a vitória na 13.ª etapa, e, antes, na 5.ª etapa, no contra-relógio por equipas) a diferença na classificação geral para 46 segundos.
No contra-relógio individual, da 18.ª etapa, que João Almeida terminou no 3.º lugar (face ao 9.º posto de Vingegaard), recuperando 10 segundos, a desvantagem na geral fora ainda encurtada para 40 segundos, passando, todavia, a 44 segundos logo no dia seguinte, mercê de mais uma bonificação do “camisola vermelha”, obtida em sprint intermédio.
Na etapa decisiva (20.ª e penúltima), com a escalada da “Bola del Mundo”, o dinamarquês voltou a ganhar, fixando a diferença final de um minuto e 16 segundos. A etapa derradeira, da consagração, com final previsto para Madrid, seria anulada a pouco menos de 60 km da meta, devido a acção de protesto contra Israel, em defesa da Palestina, tendo a estrada sido invadida por uma multidão de manifestantes.
Ao longo de toda a prova, o duelo entre os dois primeiros foi ainda condicionado pelo distinto posicionamento das respectivas equipas, com a Visma sempre a apoiar o seu líder, enquanto, na UAE, pareceu haver liberdade para todas as iniciativas individuais, culminando num total de 7 etapas ganhas – para além do contra-relógio por equipas, triunfos também para Jay Vine (6.ª e 10.ª etapa), Juan Ayuso (7.ª e 12.ª), João Almeida (13.ª) e Marc Soler (14.ª etapa).

Classificação geral final:
1.º Jonas Vingegaard (Dinamarca) – Team Visma – Lease a Bike – 74h 20′ 28”
2.º João Almeida (Portugal) – UAE Team Emirates XRG – a 01′ 16”
3.º Thomas Pidcock (Reino Unido) – Q36.5 Pro Cycling Team – a 03′ 11”
4.º Jai Hindley (Austrália) – Red Bull – Bora – Hansgrohe – a 03′ 41”
5.º Matthew Riccitello (EUA) – Israel – Premier Tech – a 05′ 55”
6.º Giulio Pellizzari (Itália) – Red Bull – Bora – Hansgrohe – a 07′ 23”
7.º Sepp Kuss (EUA) – Team Visma – Lease a Bike – a 07′ 45”
8.º Felix Gall (Áustria) – Decathlon AG2R La Mondiale Team – a 07′ 50”
9.º Torstein Træen (Noruega) – Bahrain Victorious – a 09′ 48”
10.º Matteo Jorgenson (EUA) – Team Visma – Lease a Bike – a 12′ 16”
É a seguinte a lista completa dos vencedores das 80 edições já disputadas da “Vuelta”:
- 4 vitórias – Roberto Heras (2000, 2003, 2004 e 2005); e Primož Roglič (2019, 2020, 2021 e 2024)
- 3 vitórias – Tony Rominger (1992, 1993 e 1994); e Alberto Contador (2008, 2012 e 2014)
- 2 vitórias – Gustaaf Deloor (1935 e 1936); Julián Berrendero (1941 e 1942); José Manuel Fuente (1972 e 1974); Bernard Hinault (1978 e 1983); Pedro Delgado (1985 e 1989); Alex Zülle (1996 e 1997); e Chris Froome (2011 e 2017)
- 1 vitoria – Delio Rodríguez (1945); Dalmacio Langarica (1946); Edward Van Dijck (1947); Bernardo Ruiz (1948); Emilio Rodríguez (1950); Jean Dotto (1955); Angelo Conterno (1956); Jesús Loroño (1957); Jean Stablinski (1958); Antonio Suárez (1959); Frans De Mulder (1960); Angelino Soler (1961); Rudi Altig (1962); Jacques Anquetil (1963); Raymond Poulidor (1964); Rolf Wolfshohl (1965); Francisco Gabica (1966); Jan Janssen (1967); Felice Gimondi (1968); Roger Pingeon (1969); Luis Ocaña (1970); Ferdinand Bracke (1971); Eddy Merckx (1973); Agustín Tamames (1975); José Pesarrodona (1976); Freddy Maertens (1977); Joop Zoetemelk (1979); Faustino Rupérez (1980); Giovanni Battaglin (1981); Marino Lejarreta (1982); Éric Caritoux (1984); Álvaro Pino (1986); Luis Herrera (1987); Sean Kelly (1988); Marco Giovannetti (1990); Melcior Mauri (1991); Laurent Jalabert (1995); Abraham Olano (1998); Jan Ullrich (1999); Ángel Casero (2001); Aitor González (2002); Alexander Vinokourov (2006); Denis Menchov (2007); Alejandro Valverde (2009); Vincenzo Nibali (2010); Chris Horner (2013); Fabio Aru (2015); Nairo Quintana (2016); Simon Yates (2018); Remco Evenepoel (2022); Sepp Kuss (2023); e Jonas Vingegaard (2025)
Hungria – Portugal (Mundial 2026 – Qualif.)
Hungria – Balázs Tóth, Bendegúz Bolla (90m – Zsombor Gruber), Attila Szalai, Willi Orbán, Loïc Négo, Milos Kerkez (90m – Márton Dárdai), Alex Tóth (60m – Bence Ötvös), Dominik Szoboszlai, Callum Styles (81m – Milán Vitális), Zsolt Nagy (60m – Dániel Lukács) e Barnabás Varga
Portugal – Diogo Costa, Rúben Neves, Rúben Dias, Nuno Mendes, João Cancelo, João Neves (79m – João Félix), Vítor Ferreira “Vitinha” (87m – António Silva), Pedro Neto (79m – João Palhinha), Bernardo Silva, Bruno Fernandes (66m – Francisco Trincão) e Cristiano Ronaldo (87m – Gonçalo Ramos)
1-0 – Barnabás Varga – 21m
1-1 – Bernardo Silva – 36m
1-2 – Cristiano Ronaldo (pen.) – 58m
2-2 – Barnabás Varga – 84m
2-3 – João Cancelo – 86m
Cartões amarelos – Barnabás Varga (57m); João Neves (77m) e João Palhinha (90m)
Árbitro – Erik Lambrechts (Bélgica)
Num Grupo em que Portugal assume grande favoritismo, este seria o jogo mais determinante para afirmar a liderança, e, desde logo, colocar a selecção nacional em posição privilegiada para o apuramento.
O seleccionador, Roberto Martínez, surpreendeu com a colocação de Rúben Neves como um dos três elementos da linha de “centrais”, acabando, de certo modo, por ser feliz, sobretudo pela forma como viria a chegar à vitória.
A equipa portuguesa entrou a “mandar no jogo”, perante uma formação da Hungria, que, mesmo jogando no seu reduto, evitou expor-se ao risco. O grupo de Portugal instalou-se no meio-campo contrário, mas o espaço escasseava.
Porém, como tantas vezes sucede, numa das primeiras investidas da turma húngara, aproveitando alguma falta de coordenação contrária, com Barnabás Varga a ganhar a posição entre dois “centrais”, o avançado, muito oportuno, cabeceou para o golo.
O conjunto português não se descompôs, tendo reagido bem, intensificando a pressão, criando algumas oportunidades para marcar, negadas pelo guardião da Hungria, em especial por Ronaldo, à passagem da meia hora.
O tento do empate não tardaria, num lance em que estiveram envolvidos João Neves e Rúben Neves, antes da bola chegar a Bernardo Silva, que, no limite do “fora-de-jogo”, rematou para o fundo da baliza.
No início da segunda parte manteve-se a toada da partida, tendo a equipa portuguesa beneficiado de uma grande penalidade (por ressalto da bola no braço de um jogador húngaro) para operar a reviravolta no marcador: Cristiano Ronaldo, na conversão, hesitou, procurando fazer, por várias vezes, a simulação de “paradinha”, acabando por rematar, sem balanço, com a bola muito colocada, junto ao poste. Foi o seu 39.º golo em jogos da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo, igualando o “record” do guatemalteco Carlos Ruiz.
Ainda durante algum período foi Portugal a “estar por cima”, podendo ter ampliado a vantagem, nomeadamente quando João Cancelo obrigou Balázs Tóth a defesa apertada, próximo dos 70 minutos; todavia, a Hungria ia-se mostrando mais afoita, a testar a defensiva portuguesa, e viria mesmo a restabelecer a igualdade, a duas bolas, com Varga a bisar.
Restavam jogar pouco mais de cinco minutos, e foi, então, que chegou a tal dose de “felicidade”, numa jogada com a assinatura de João Cancelo: foi ele que, ainda em zona intermediária, começou por recuperar uma bola, depois Vitinha a abrir para Bernardo Silva, que assistiu para Cancelo, de primeira, ainda de fora da área, rematar colocado, para o golo da vitória.
Já em período de compensação, João Félix teria ainda hipótese de dilatar a vantagem, num remate que saiu ligeiramente ao lado do poste, mas o fundamental tinha sido já alcançado.
GRUPO F Jg V E D G Pt 1º Portugal 2 2 - - 8 - 2 6 2º Arménia 2 1 - 1 2 - 6 3 3º Hungria 2 - 1 1 4 - 5 1 4º Irlanda 2 - 1 1 3 - 4 1
2ª jornada
09.09.2025 – Arménia – Irlanda – 2-1
09.09.2025 – Hungria – Portugal – 2-3
(mais…)
Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – 2025 – Final
Final – Portugal – França – 4-1
3.º / 4.º lugar – Itália – Espanha – 3-1
5.º / 6.º lugar – Andorra – Suíça – 3-1
7.º / 8.º lugar – Alemanha – Áustria – 9-3
Após uma penosa fase de grupos, em que somou por derrotas os três jogos disputados, a selecção nacional reagiu da melhor forma, tendo eliminado, nas meias-finais, o Campeão do Mundo em título e tri-campeão europeu, para, na Final, se impor categoricamente a uma equipa francesa que, nos últimos anos, tem vindo a consolidar o seu crescimento, afirmando-se entre os “grandes”.
Num confronto entre dois seleccionadores portugueses (Paulo Freitas e Nuno Lopes), Portugal tivera, precisamente no desafio frente à França, a sua pior exibição, mas, desta feita, a configuração do jogo foi bem diferente, sempre com a turma lusa em superioridade, assumindo a iniciativa, perante um adversário que apostava, principalmente, no poderio físico, procurando explorar o contra-ataque.
O nulo subsistiria até cerca dos quinze minutos, altura em que Portugal inaugurou o marcador, por intermédio de Rafael Bessa. A abordagem da formação francesa cedo lhe custou ficar sobrecarregada de faltas, e, apenas quatro minutos volvidos, o resultado seria ampliado para 2-0, por Alvarinho, na sequência de livre directo, a sancionar a 10.ª falta da França.
A equipa portuguesa parecia confiante, e o desafio praticamente ficaria decidido com o 3-0, apontado por Gonçalo Alves apenas quatro minutos após o recomeço, outra vez na conversão de lance de bola parada, desta feita uma grande penalidade.
Na parte final haveria ainda algum “frisson”, dado que Portugal ficou em inferioridade numérica para o derradeiro minuto e cinquenta segundos, tendo a França, a jogar “5 para 3” (abdicando do guarda-redes) reduzido para 1-3, por Bruno Di Benedetto. Mantendo os franceses o risco total, uma perda de bola originaria, nos últimos instantes, o 4-1, com Rafael Bessa a isolar-se e a rematar para a baliza… vazia.
Se é verdade que Portugal perdera, na (inócua) fase de grupos com a França (2.º), Itália (3.º) e Espanha (4.º), deverá também atentar-se que – para além de ter, entretanto, revertido já tais derrotas, nas meias-finais (Espanha) e na Final (França) deste Europeu – a selecção portuguesa ganhara, há apenas duas semanas, na Catalunha, a “GoldenCat”, tendo, então, vencido igualmente jogos disputados ante a França, Itália e Catalunha (base da equipa de Espanha).
A realidade é que as quatro selecções são actualmente muito equiparadas e a vitória poderá cair para qualquer uma delas, em qualquer jogo, decidindo-se as partidas por “detalhes”. Na conquista deste Campeonato da Europa, destaque para várias defesas decisivas de Xano Edo, tendo também alguma influência o factor público.
Nestes dois torneios em que Portugal se sagrou Campeão, em 4 jogos com a França, registou 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota; frente à Itália, 1 vitória e 1 derrota; com a Espanha/Catalunha, 1 vitória, 1 empate (tendo deixado escapar o triunfo a 29 segundos do final, mas acabando por se superiorizar no desempate por “penalties”) e 1 derrota.
Portugal – Alejandro “Xano” Edo, José “Zé” Miranda, José “Rafa” Costa, Gonçalo Alves (1) e Hélder Nunes; Rafael “Rafa” Bessa (2), Luís Querido, Miguel Rocha, Álvaro Morais “Alvarinho” (1) e Gonçalo “Guga” Bento (guarda-redes suplente)
França – Pedro Chambel, Bruno Di Benedetto, Rémi Herman, Roberto Di Benedetto e Carlo Di Benedetto; Stanislas “Stan” Vankammelbecke, Anthony da Costa, Marc Rouzé, Corentin Turluer e Tom Savreux (guarda-redes suplente)
Portugal sagrou-se Campeão Europeu pela 22.ª vez no seu historial, voltando a reforçar a liderança no número de títulos conquistados. Nas 56 edições do Campeonato da Europa de Hóquei em Patins – que teve a sua estreia em 1926 em Herne Bay (Inglaterra) – após os 22 troféus de Portugal, seguem-se a Espanha (19), Inglaterra (12 – nas doze primeiras edições, até 1939) e Itália (3).
Para além dos 22 títulos conquistados (1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1956, 1959, 1961, 1963, 1965, 1967, 1971, 1973, 1975, 1977, 1987, 1992, 1994, 1996, 1998. 2016 e 2025), Portugal foi vice-campeão por 15 vezes (1951, 1953, 1954, 1957, 1969, 1979, 1981, 1983, 2000, 2002, 2008, 2010, 2012, 2018 e 2023), e 3.º classificado noutras 10 ocasiões (1936, 1937, 1939, 1955, 1985, 1990, 2004, 2006, 2014 e 2021); apenas por duas vezes tendo ficado em 4.º lugar (1932 e 1938).
Nas 51 edições em que participou (falhou as quatro primeiras, de 1926 a 1929 – tendo-se estreado em 1930 –, assim como a 8.ª, em 1934), somente em 1930 e 1931 (6.º classificado nas duas ocasiões) Portugal não alcançou um lugar de honra.
Campeão 2.º 3.º 4.º Total Portugal 22 15 10 2 49 Espanha 19 16 6 3 44 Inglaterra 12 1 - 2 15 Itália 3 12 25 8 48 França - 7 3 7 17 Suíça - 2 4 12 18 Alemanha - 2 4 10 16 Bélgica - 1 1 5 7 Holanda - - 4 6 10
Nota – Na edição de 2021 do Campeonato da Europa, foi decidido atribuir o 3.º lugar, “ex aequo”, às selecções de Portugal e da Itália.
Arménia – Portugal (Mundial 2026 – Qualif.)
Arménia – Henri Avagyan, Erik Piloyan, Georgii Arutiunian, Sergei Muradian, Nayair Tiknizyan (79m – Edgar Grigoryan), Kamo Hovhannisyan, Ugochukwu Iwu (86m – Narek Aghasaryan), Eduard Spertsyan, Vahan Bichakhchyan (60m – Edgar Sevikyan), Tigran Barseghyan (79m – Zhirayr Shaghoyan) e Lucas Zelarayán (60m – Grant-Leon Ranos)
Portugal – Diogo Costa, João Cancelo (79m – João Palhinha), Gonçalo Inácio, Rúben Dias, Nuno Mendes (66m – Nuno Tavares), Bruno Fernandes, João Neves, Vítor Ferreira “Vitinha”, Pedro Neto (45m – Francisco Trincão), João Félix (66m – Pedro Gonçalves) e Cristiano Ronaldo (57m – Gonçalo Ramos)
0-1 – João Félix – 10m
0-2 – Cristiano Ronaldo – 21m
0-3 – João Cancelo – 32m
0-4 – Cristiano Ronaldo – 46m
0-5 – João Félix – 62m
Cartão amarelo – Piloyan (26m)
Árbitro – Anthony Taylor (Inglaterra)
Portugal obteve aprovação com distinção no arranque desta fase de qualificação para o Mundial de 2026 (em que apenas o vencedor do Grupo terá apuramento directo), goleando, com naturalidade, na deslocação à Arménia, expondo as fragilidades do adversário.
Foram cinco golos, mas poderiam bem ter sido dez, com mais alguma eficácia, e se não se tivesse reduzido o ritmo de jogo nos últimos vinte minutos.
Anota-se a particularidade de todos os cinco tentos terem sido apontados por jogadores a alinhar em clubes da Arábia Saudita.
GRUPO F Jg V E D G Pt 1º Portugal 1 1 - - 5 - 0 3 2º Hungria 1 - 1 - 2 - 2 1 2º Irlanda 1 - 1 - 2 - 2 1 4º Arménia 1 - - 1 0 - 5 -
1ª jornada
06.09.2025 – Arménia – Portugal – 0-5
06.09.2025 – Irlanda – Hungria – 2-2





