Archive for 27 Agosto, 2025
Liga dos Campeões – Play-off – Benfica – Fenerbahçe
Benfica – Anatoliy Trubin, Amar Dedić, António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Richard Ríos, Enzo Barrenechea, Fredrik Aursnes, Leandro Barreiro, Kerem Aktürkoğlu (76m – Andreas Schjelderup) e Evangelos “Vangelis” Pavlídis (76m – Franjo Ivanović)
Fenerbahçe – Dominik Livaković, Nélson Semedo (17m – Çağlar Söyüncü), Mert Müldür (65m – Oğuz Aydın), Milan Škriniar, Jayden Oosterwolde, Archie Brown (65m – Jhon Durán), Frederico “Fred” de Paula Santos, Sofyan Amrabat (45m – İsmail Yüksek), Sebastian Szymański, Youssef En-Nesyri e Anderson “Talisca” Conceição
1-0 – Kerem Aktürkoğlu – 35m
Cartões amarelos – Sofyan Amrabat (30m), Anderson “Talisca” Conceição (79m) e Çağlar Söyüncü (87m); Bruno “Lage” Nascimento (Treinador – 64m), Leandro Barreiro (70m) e António Silva (85m)
Cartão vermelho – Anderson “Talisca” Conceição (82m)
Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)
Afinal, talvez Bruno Lage tivesse razão com a abordagem que adoptou para os dois jogos desta eliminatória: da Turquia trouxe o empate que parecia desejar; na Luz, a equipa benfiquista teve uma entrada em campo bem afirmativa, assenhoreando-se do controlo do jogo, que, não obstante, se poderia ter complicado em termos anímicos, com dois lances de golo invalidados em apenas cerca de vinte minutos.
Não estava ainda completado o terceiro minuto e já Leandro Barreiro desperdiçava uma soberana oportunidade de golo, com um remate à “queima-roupa”, salvo por Livaković.
Para, à passagem dos dez minutos, o mesmo Barreiro ser, outra vez, protagonista involuntário: na sequência de um canto, António Silva, posicionado no coração da área, livre de marcação, cabeceou para o fundo da baliza… mas o tento não seria validado por fora-de-jogo posicional de Leandro Barreiro, considerando-se ter interferência no lance, uma vez que tentara ainda disputar a bola (antes de se anichar nas redes) com Nélson Semedo.
À passagem dos 22 minutos, após um livre, na zona intermédia, descaído sobre o flanco esquerdo, apontado de forma larga, para o poste mais distante, seria o mesmo Leandro Barreiro a rematar de cabeça, com a bola a cruzar, pela segunda vez, a linha de golo… novamente invalidado, desta feita devido ao facto de o árbitro ter considerado faltoso contacto prévio com um defesa contrário (que se aproveitou de tal toque, sem intensidade, para se deixar cair…).
Receou-se que estas situações pudessem afectar a concentração e enervar a equipa, mas o Benfica dominava de tal forma, que, menos de um quarto de hora volvido, acabaria por marcar pela “terceira vez”, desta feita, a contar.
Adivinhe-se quem esteve na jogada: Leandro Barreiro! Um alívio defeituoso por parte da defesa turca foi bem aproveitado pelo centro-campista luxemburguês, que, de primeira, libertou para Aktürkoğlu, o qual, sozinho, do lado esquerdo, não teve dificuldade em marcar, num remate cruzado, sem hipótese para o guardião.
Barreiro teria ainda, antes do intervalo, ocasião para fazer aumentar a contagem. A superioridade evidenciada pelo Benfica nos primeiros quarenta e cinco minutos fora tão flagrante que a interrogação colectiva era de como se podia ter chegado ao intervalo meramente com um (ainda perigoso) resultado tangencial…
No recomeço, ambas as equipas pareceram adoptar mais cautelas, com o Benfica a procurar preservar a preciosa vantagem, e o Fenerbahçe a não querer comprometer, desde logo, o desfecho da eliminatória. Só aos 65 minutos Mourinho assumiria então o risco, com uma dupla substituição, fazendo entrar Jhon Durán e Oğuz Aydın para a zona de ataque.
Tal como sucedera em Istambul, En-Nesyri voltou a assustar, com um remate à trave, sem que Trubin pudesse ter evitado o possível golo. E, de seguida, também Talisca levava o perigo junto à área benfiquista. O jogo encaminhava-se para a sua fase derradeira (e decisiva) e a eliminatória mantinha-se incerta.
Até que, em espelho face ao que sucedera na 1.ª mão, seria, desta vez, o emblema turco a ficar em situação de inferioridade numérica, precisamente por expulsão de Talisca, que viu dois amarelos em apenas três minutos.
Faltavam oito minutos para os noventa, e o Benfica terá, enfim, respirado de alívio, confiante que o apuramento para a “Champions League” já não escaparia.
No conjunto das duas mãos, ficou bem patente a superioridade benfiquista, que não tinha necessidade de ter sofrido tanto, para acabar por garantir uma vitória pela diferença mínima, de um só golo, no conjunto dos 180 minutos.
Fica, por outro lado, a nota muito positiva de ter sido completado o sétimo jogo (quatro nas eliminatórias prévias da principal competição europeia, dois no campeonato, e um da Supertaça) ainda sem sofrer qualquer golo na presente temporada!



